2013: a hora do PT

Os fatos caminham à frente das idéias. Mas é preciso ajudá-los com a materialidade destas  para que a história possa girar a sua roda e sancionar  os novos  sujeitos  que por sua vez vão protagonizar  os  fatos fundadores  do período seguinte. Assim sucessivamente. 

O nascimento de um partido  -- um verdadeiro partido --  representa de certa forma a fusão desses diferentes momentos. É ao mesmo tempo um fato, uma ideia e um sujeito. Mas até quando? 

A pergunta  reverbera o divisor vivido hoje pelo PT.  Em que medida o partido ainda reúne energias para ser o portador do tríplice mandato da história? Não se trata de questão particular aos petistas. Ela fala  à  democracia e ao destino do desenvolvimento brasileiro na próxima década. 

As dificuldades são imensas. 

O assalto às lideranças petistas na AP 470 é um sinal da ofensiva de vida ou morte do conservadorismo. Mas os trunfos não são menores. 

O novo é Márcio Pochmann na direção da Fundação Perseu Abramo, para fazer desse tink thank petista,finalmente,um centro estratégico de reflexão de esquerda. 

O novo é a caravana da cidadania de Lula,  a partir de fevereiro próximo.

Jânio de Freitas: Governos petistas são um fracasso de Comunicação


Tão palavrosos como dirigentes partidários e como militantes, nos seus governos os petistas são um fracasso de comunicação até aqui inexplicável. E pagam preços altíssimos por isso, sem no entanto se aperceberem dos desastres e suas consequências. Ou melhor, às vezes percebem, e até se autocriticam, mas com atraso de anos.

Para aturdir os governantes e dirigentes petistas, deixando-os à mercê da pancadaria, nem é preciso um canhonaço como foi o mensalão. Um aparelho de ar refrigerado em pane é suficiente. Nada mais normal do que a quebra de uma máquina. Mas há cinco dias os usuários do aeroporto Santos Dumont se esfalfam em queixas e acusações; e, no outro lado, a presidente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Secretaria de Aviação Civil (a que veio mesmo?) e a Infraero apanham, inertes, dos meios de comunicação e da estimulada opinião pública.

No governo imenso, cheio de assessorias de comunicação próprias e contratadas, a ninguém ocorreu romper o marasmo burocrático e dirigir-se à população com as explicações devidas.

A quebra foi assim-assado, tomaram-se tais providências, e, depois, o reparo está demorando ou não deu certo por tais motivos, diante dos quais estão tomadas as seguintes providências, e por aí afora. 

Acredite quem quiser


No último dia de 2012, José Sarney não perdeu a mania de moldar o futuro de acordo com suas conveniências do presente, esquecendo o passado sempre que necessário. Declarou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que os ex-presidentes da República, uma vez cumpridos seus mandatos, deveriam ser proibidos de candidatar-se a quaisquer outros cargos eletivos. Ficariam, no máximo, à disposição do país para missões extra-rotineiras, sempre que acionados. Claro que com  o poder público  garantindo-lhes condições para exercer a singular profissão de ex-presidentes, com pensão, escritório, viagens e segurança permanente.

Nos Estados Unidos é assim, mas no Brasil de José Sarney não foi. Por temer incerta perseguição  do sucessor ou por incapacidade de permanecer ao sol e ao sereno, desde que  deixou o poder  vem se elegendo senador.  Como ficou difícil no  Maranhão, manobrou para tornar-se representante do Amapá, onde nunca havia estado e não está, exceção do mês anterior às  campanhas  eleitorais. Tivesse aplicado na prática sua atual teoria e o Senado não aproveitaria sua experiência por tantos anos, desde 1990.
                                                       
O ex-presidente também se disse  adversário das  medidas provisórias, primeiro a utiliza-las a partir da Constituição de  1988: “sem elas seria impossível governar,  mas com elas a democracia jamais se aprofundará e as instituições jamais se consolidarão”. Foi graças à sua inflexibilidade que o parlamentarismo deixou de ser implantado pelos constituintes,  mas agora atribui ao presidencialismo do qual não abriu mão a maioria dos males nacionais.
                                                      
Por essas e outras vamos deixar na geladeira a decisão por ele anunciada, de não se candidatar outra vez em 2014. Quem quiser que acredite...
por Carlos Chagas

Eco debate: descrecimento com prosperidade


A humanidade já ultrapassou os limites planetários sustentáveis e a pegada ecológica antrópica esta 50% acima da biocapacidade da Terra. Por conta disto, o ser humano precisa se adequar aos espaços cabíveis do Planeta, necessitando aprender a conviver com as demais espécies vivas do mundo na única casa existente e conhecida do Universo.
O mundo moderno ficou viciado em crescimento. Em 250 anos, desde o início da Revolução Industrial e do começo do uso maciço dos combustíveis fósseis as fronteiras planetárias sustentáveis foram ultrapassadas. Desta forma, nos dias atuais, o DECRESCIMENTO passou a ser uma palavra chave e cada vez mais utilizada, pois está se constatando que não há saída para a continuidade ou mesmo a manutenção indefinida do atual modelo de produção poluidor e que visa principalmente o lucro e só sobrevive com base em um consumismo desregrado.
Tem aumentado a consciência de que a humanidade precisa urgentemente mudar a maneira como está tocando sua economia. Para evitar um desastre ecológico, o ser humano precisa reduzir a emissão de gás carbônico derivado da queima de combustíveis fósseis. Precisa reduzir a emissão de gás metano derivado da criação dos 60 bilhões de animais terrestres que vão todos os anos para os abatedouros para saciar o apetite humano. Precisa interromper a curva ascendente do aquecimento global. Precisa reduzir a exploração de metais e outros recursos naturais que sugam as entranhas da Terra e deixam cicatrizes cada vez mais profundas.
A humanidade precisa parar de poluir e superexplorar as fontes limpas de água doce, parar de usar as reservas de água subterrâneas mais rapidamente do que elas podem ser repostas e parar de matar os corais e sujar e acidificar os oceanos. Precisa parar de desmatar e destruir as florestas. Parar de ameaçar a vida marinha e danificar os ecosistemas. Precisa eliminar o crime do ecocídio. Precisa parar de produzir tanto luxo e tanto lixo.
Portanto, o ser humano precisa interromper sua corrida em direção ao precipício e dar uma marcha à ré no ritmo frenético do crescimento econômico. Tem aumentado o número de pessoas que acredita que o decrescimento econômico e populacional pode ser uma maneira de interromper o desastre. Já existem vários países que estão experimentando redução da população, tais como Rússia, Ucrânia, Japão, Cuba, etc.

Dilma: atingimos 6,1 do PIB em investimento em Educação e pretendemos elevar ainda mais


Na primeira coluna Conversa com a Presidenta de 2013, a presidenta Dilma Rousseff deu detalhes do programa para melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura dos aeroportos regionais, que contará com orçamento de R$ 7,3 bilhões; explicou as ações do governo federal para modernizar as Forças Armadas; e ainda reforçou a importância da educação para o desenvolvimento do país. Dilma lembrou que os recursos federais para estados e municípios, responsáveis pela educação básica, foram triplicados.
“O orçamento do Ministério da Educação cresceu de R$ 31,7 bilhões em 2003, em valores atualizados, para R$ 86,2 bilhões, em 2012. Atingimos o investimento total de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, e o objetivo é elevar ainda mais esse investimento. Por isso, enviei uma medida provisória ao Congresso para que todos os recursos de royalties do petróleo gerados pelos novos campos do pré-sal sejam destinados exclusivamente à educação”, afirmou Dilma, que respondeu ao repositor de mercadorias de Chapecó (SC) Alan Marcelo de Oliveira Santana, de 19 anos.
Dilma ainda deu detalhes do Programa de Investimentos em Logística – Aeroportos”, que visa melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura aeroportuária que já existe no Brasil. Ao todo, dão 720 aeroportos públicos e mais de 1.900 privados, que, na maioria dos casos, precisam de ampliação e qualificação. É esperado um investimento na primeira fase de R$ 7,3 bilhões para 270 aeroportos regionais, com reforma e construção de pistas, melhorias em terminais, ampliação de pátios e etc.
“No caso de voos regionais estratégicos, para garantir a existência das linhas, vamos subsidiar a passagem, e os aeroportos que movimentem até 1 milhão de passageiros por ano serão isentos das tarifas aeroportuárias e aeronáuticas. Queremos fortalecer a malha aeroviária regional do Brasil, encurtar as distâncias, e garantir oportunidades de crescimento econômico e mais qualidade de vida para a população”, a presidenta explicou para Gildásio Brito dos Santos, 23 anos, professor em Barra do Corda (MA).
Em resposta a Ismael Telmista de Lima, pastor evangélico de Lençóis Paulista (SP), Dilma enumerou ações para a modernização das Forças Armadas, como o desenvolvimento do submarino à propulsão nuclear, sob a responsabilidade da Marinha; a criação do Centro de Defesa Cibernética e o início da produção da nova família de blindados Guarani, sob a responsabilidade do Exército; e  a partida dada para o Sisfron, um sistema integrado que fortalecerá a defesa territorial da faixa de fronteira, além dos investimos nos projetos do novo avião cargueiro reabastecedor KC-390 e do VLS, o veículo lançador de satélites, por meio da Força Aérea.
Confira a íntegra

Brasileiro é bonzinho


Brasileiro é tão bonzinho! Acolhe docilmente goela abaixo tudo que os doutores da política impõe. Aceitam um salário mínimo sem nenhuma importância do ponto de vista social, o qual não dá para pagar as despesas do primeiros dez dias do mês, quanto mais passar um mês com esse mínimo dos mínimos na América do Sul. Desconhece completamente seus direitos como consumidor, visto que no habitual é passado para trás por comerciantes inescrupulosos e ladrões, que apresenta aos montes no Brasil além da tolerância que um “cristão” pode aguentar. Permite que a imprensa burguesa sofisme sem o menor constrangimento na veiculação de de noticias em seus jornais televisivo e de papel.
O Brasileiro é tão bonzinho! Pois não compreende a existência da grande quadrilha que as igrejas, empresas  e governantes estão abarcados para alienar e maltratar a população carente do ponto de vista social e cultural.
Brasileiro é tão bonzinho! Permite que essa quadrilha se perpetue no poder por anos e anos a fio, e nada faz para mudar tal conjuntura política.