Poesia da noite

O poema novo é dos insurgentes. 
Surde, subterrâneo 
e somente eles o escutam. 
Não parece poema, parece 
que todos podem escrevê-lo 
mas não o escrevem 
nem o escreverão nunca.

Não tem cabeça e pé 
princípio ou fim definidos 
mas não são sem pé nem cabeça. 
Tem peito, plexo solar, e dois 
dedos de prosa quebrados. 
Só vai ser poesia, depois. 
Quando muitos o terão lido 
relido e estabelecido.


Armando Freitas Filho nasceu no Rio de Janeiro em 1940. Recebeu em 1986, com o livro 3X4, o prêmio Jabuti, e em 2000, com o livro Fio Terra, o prêmio Alphonsus de Guimarães. Publicou recentemente o livro 'Dever' com poemas escritos entre 2007 e 2013. 

PHA - porque Aécio vacila tanto?

É minas!
O fato de o Padim Pade Cerra dizer no Facebook que não é mais candidato e que o Aécio deve se lançar não significa que o Cerra não seja mas candidato.

Ser Presidente é uma obsessão dele.

Ele, de fato, acha que se preparou a vida toda para isso e ninguém melhor do que ele para exercer a Presidência.

Há aí uns ingredientes de megalomania combinada com alguma forma de patologia.

Como ele não tem escrúpulos – segundo o Ciro Gomes – o Cerra é capaz de usar os métodos mais heterodoxos (não para ele)  e fulminar o Aécio no primeiro dossiê que escapar de seu controle …

Portanto, esse raciocínio informa a decisão do Aécio lançar-se não à Presidência, mas ao dialogo com o Brasil.

Não precisava tanto esforço.

Se fosse só para dialogar com o Brasil, bastava um Facebook, que o adversário (de morte) já utiliza.

E como diz a Maria Frô, nem a estátua do Drummond de Andrade, na Avenida Atlântica, quer conversa com ele.

Não é só o Cerra que o Aécio teme.

É Minas.

E se ele perde a eleição para governador em Minas ?

A vida não tem fim

Nós dois estamos procurando tocar os limites da nossa existência.
Os grandes poetas do passado sempre se entregavam à Vida.

Eles não procuravam uma coisa determinada, nem tentavam desvendar segredos: simplesmente permitiam que suas almas fossem arrebatadas pelas emoções.

As pessoas estão sempre buscando segurança, e às vezes conseguem: mas a segurança é um fim em si, e a Vida não tem fim.

Khalil Gibran

Fernando Brito - a classe média suicida

Em 1942, jovem filósofo francês Valentin Feldman, integrante da Resistência Francesa, diante de um pelotão de fuzilamento formado por soldados do Governo de Vichy, aliado dos nazistas, gritou para seus algozes, segundos antes de eles dispararem:

- Imbecis, é por vocês que vou morrer!

O comportamento da elite brasileira, por vezes, lembra o daqueles franceses, que, por covardia e interesses pessoais, tornaram-se agentes da dominação hitleriana sobre o país.

O Brasil jamais, em sua história, foi mais um país de classe média como é hoje – não obstante ainda termos uma legião imensa de  excluídos. Parece mesmo irônico que o governo petista viesse a repetir aquela frase com que procurava desqualificar, nos tempos de imaturidade, Getúlio Vargas, apontado como "o pai dos pobres e a mãe dos ricos".

Ontem, o BC divulgou o salto dos gastos de brasileiros no exterior: US$ 2,1 bilhões em abril de 2013, 17% acima do registrado em abril do ano passado. Nos quatro primeiros meses do ano, passaram de US$ 8 bilhões.

É obvio que tamanha gastança não é feita pelas elites tradicionais, apenas. Grande parte dela provém da classe média que, deslumbrada com seu poder de compra crescente, viaja à Turquia por causa da novela da Globo ou compra enxovais de bebês em Nova York.

Não se está condenando estas pessoas – embora haja coisas bem melhores para motivar viagens – mas apontando a contradição entre o que podem hoje e o que se deixam levar a pensar sobre o governo que sustenta um crescimento econômico que lhes permite o que, antes, não podia fazer.
Mas é impressionante como ela se deixa levar pelo catastrofismo econômico que, há anos e sob as mais variadas formas, os porta-vozes da dominação financeira que subjugou este país impõem através da mídia e daqueles que ela seleciona como "analistas de economia".

Porque é ele, o mundo das finanças e dos ganhos astronômicos que não perdoa que, em parte, tenha tido de moderar seus apetites sobre a carne suculenta deste país que, antes, devoravam sem qualquer moderação.

Ontem, o Brasil 247 pôs o dedo na ferida: embora a inflação inicie uma trajetória de queda, a economia aumente sua atividade e o IBGE acabe de registrar o menor índice de desemprego para o mês de abril em 11 anos,  a pressão do catastrofismo não dá tréguas.

O 247 vai ao ponto: eles querem é mais juros.
Os juros que, aliás, a classe média paga em seu consumo.

Como os soldados de Vichy, eles seguem o que os colaboracionistas da dominação lhes ordenam. E nem percebem que são ordens, acham que é mesmo aquilo o que pensam.

Felizmente, também como na França ocupada, eles são minoria, como provam as pesquisas de opinião sobre a popularidade do Governo Dilma. Mas são os que têm voz, pelos meios de comunicação.

Porque nós, os que defendemos uma trajetória de libertação e avanço deste país, não falamos. E, quando falamos, nos fixamos muito mais na crítica às concessões que a política obriga um governo progressista a fazer.

E, sob este clima, toda sorte de oportunismos se espalha: os marinismos, as chantagens parlamentares do PMDB, a dança com que Eduardo Campos se oferece como alternativa à direita, desfalcada de um José Serra que afunda – atirando, aliás – e um Aécio Neves que não decola.

E, tal como naquela França do pré-guerra, não vão faltar figuras como a de Pierre Laval, que passou de socialista a expoente da direita e um dos maiores colaboradores dos alemães.

Se não entendermos que teremos, nas eleições do ano que vem, de enfrentar corações e mentes desta classe média ascendente com o máximo de solidez possível na base de apoio ao Governo progressista, estaremos correndo sérios riscos.

Isso, de maneira alguma, significa deixarmos de pensar o que pensamos e combater desvios – políticos e pessoais – do poder.

Mas, também, e jamais, esquecermos que a luta que se trava é maior e mais, muito mais, importante e vital.

É pelos direitos do povo brasileiro – mesmo os de sua classe média  – de viver melhor, num país livre, que não mais será escravo de ninguém.

Seremos o maior produtor de plataforma do mundo

O Brasil vai precisar de muita plataforma daqui para frente. Quero dizer que com a exploração do petróleo do pré-sal ganhando velocidade e escala o Brasil vai se transformar necessariamente no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI. A gente tem de pensar grande, do tamanho do Brasil.


Brasil vai se transformar no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI

A presidenta Dilma Rousseff destacou, nesta terça-feira (17), a importância da indústria naval brasileira, que vai se tornar a maior produtora de plataformas de petróleo do século XXI. Dilma participou, em Ipojuca (PE), da inauguração da plataforma P-62, que contou com 63% de conteúdo nacional e criou 5 mil empregos diretos.

"O Brasil vai precisar de muita plataforma daqui para frente. Quero dizer que com a exploração do petróleo do pré-sal ganhando velocidade e escala o Brasil vai se transformar necessariamente no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI. A gente tem de pensar grande, do tamanho do Brasil", ressaltou.

Plataforma P-62Dilma lembrou que, só em 2013, foram entregues nove plataformas, o que demonstra a capacidade e o dinamismo da indústria naval brasileira. O setor emprega, hoje, 79 mil homens e mulheres, enquanto em 2003 eram apenas 7 mil funcionários. E a presidenta ainda garantiu que muitas contratações serão feitas.

"Só em Libra, para terem uma ideia, só esse último campo, para eles extraírem petróleo de um campo, precisa de 12 a 18 plataformas. (…) E precisa de navios. Estou falando uma coisa das que já estão garantidas, que foi licitado, que tem sócio, grandes empresas são sócias e 75% de todo o óleo fica para o governo, 25% para as empresas", disse.

Dilma afirmou que a conclusão da P-62 é mais uma prova de competência da indústria e do trabalhador brasileiro e da trabalhadora brasileira. Ela lembrou que quando comandava a pasta de Minas e Energia, no início do governo Lula, recebeu a missão de viabilizar a construção de plataformas, navios e sondas em território nacional e que conseguiu contrariar quem dizia que o Brasil não era capaz de ter uma indústria naval.

"Nós decidimos, sim, que deveria ser produzido no Brasil o máximo possível dos equipamentos necessários aos investimentos. Nós decidimos, sim, que o governo faria tudo para garantir que essa indústria naval, que nos anos 80, nos anos de 1980, tinha sido a 2ª indústria naval do mundo, essa indústria ressuscitaria das cinzas e voltaria a ser uma das indústrias mais importantes, não só do Brasil, mas do mundo, porque essa indústria será isso, ela tem capacidade de ser isso, vocês têm capacidade de transformá-la numa indústria de nível internacional".

A linguagem é mais que sangue

[...] como uma prisão arbitrária (antes do trânsito em julgado; exposição desnecessária em périplo aéreo por três cidades do país; regime fechado para condenados em regime aberto; substituição arbitrária do juiz da vara de execuções penais de Brasília, etc.) foi se transformando em “um privilégio dos mensaleiros petistas”.