Batman e a musiquinha da Globo num estranho baile de máscaras carioca

por Rodrigo Vianna (via @brsamba – Bruno Ribeiro)
A dica chegou pelo twitter. Ao ver as imagens, fiquei na dúvida se devia rir ou chorar.
No vídeo, aparece aquele mesmo Batman que foi destroçado pelo cineasta numa rua da zona sul carioca. E aparece um monte de manifestante sorridente, cantando a musiquinha de fim de ano da Globo: “hoje é um novo dia, de um novo tempo…” Lá pelas tantas, vem a sacada genial dos manifestantes de butique: “hoje a rua é sua, hoje a rua é nossa…”
Rua no lugar de festa. A “festa” das ruas. Sacaram?
É um simulacro de protesto. E tudo muito bem produzido e coreografado: um “vídeo institucional” dos manifestantes – alguns mascarados, anônimos.
Freud talvez explique: para se sentir importante, o manifestante canta a música que vê na TV. Alguns até carregam cartazes (“Globo é o caralho”), mas na verdade não há qualquer afronta ao verdadeiro poder. Há a vontade de ser não ator de mudanças, mas “artista” de uma rua transformada em palco.
Simulacro de rua. Simulacro de protesto.
Será que estou sendo muito duro? Quem sou eu pra “julgar” o protesto dos outros. De fato. Vamos nessa. Vale tudo.
Mas me permito observar que o “poder” a ser combatido, na cabeça de tantos que vejo e ouço por aí, é apenas o “governo”. O poder não é o capital, a mídia. As relações de dominação viram um simulacro. Basta protestar contra o “governo”. 
Desde 2009, 2010, muita gente dizia que a despolitização do lulismo cobraria um preço. Esse é o preço. Batman e “um novo tempo, um novo dia”. Ou não.
Santa ingenuidade.
Impressionantes também são os comentários no vídeo postado no Youtube:
- “Emocionante!!!É de arrepiar.Acompanhei a gravação ,não imaginei que ficaria essa belezura.O Presidente de Penélope Charmosa…
- Parabéns a todos !!!Que Deus os abençoe, proteja e ilumine hoje e sempre!!!”
-  “ESSE É FOI O MELHOR SHOW DE TODOS OS TEMPOS.”
De fato. É show!!!
E mais: acabam de me avisar que a tal Sininho (amiga do Freixo e que teria ligado pro primo da tia do estagiário do advogado do black block) aparece no vídeo.
Ou seja: falta só o Capitão Gancho…
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STF: metade canalha, metade covarde

Lewamdovski feito sanduíche
 por Paulo Moreira Leite na Istoé
Decisão de Barbosa é tão absurda que impede o réu José Dirceu cumprir sua pena na forma da lei
No dia 24 de janeiro, o ministro Ricardo Lewandovski deu parecer favorável ao pedido de José Dirceu, que pretende exercer o direito legal de trabalhar fora da Papuda, para onde foi encaminhado no cinematográfico voo de 15 de novembro. Embora fosse uma decisão de um ministro do STF, o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais, não deu encaminhamento imediato, permitindo que Dirceu ficasse preso, em regime fechado, num prazo absurdo que completará 90 dias na semana que vem.

Ontem, de volta aos trabalhos,  Joaquim Barbosa revogou a decisão de Lewandosvski.

O direito de Dirceu trabalhar é legalmente indiscutível. Foi questionado depois que surgiu a versão, nascida numa conversa ouvida por um repórter na mesa ao lado de um restaurante de Salvador, de que um secretario de Jacques Wagner, governador da Bahia, havia conseguido falar com o ex-ministro através de um aparelho celular.

Comprovou-se, em investigação oficial no presídio, que a história era uma pura cascata do secretário — conhecido entre colegas de governo por um comportamento falastrão – que foi divulgada sem o devido cuidado. No dia em que isso teria acontecido, sequer houve visitas na Papuda. O próprio Dirceu nem saiu da cela. Embora a investigação já tivesse se encerrado, tão banal que foi possível terminar antes do prazo, o juiz Bruno Ribeiro não deu curso a liminar de Lewandovski, alegando que havia tempo para novas apurações. Essa decisão permitiu que Barbosa retornasse do recesso e revogasse a liminar. Detalhe: Barbosa fez isso contrariando parecer da procuradora da República Márcia Milhomens Corrêa se manifestou favoravelmente ao pedido de trabalho de José Dirceu. Sexta-feira passada Milhomem deu parecer favorável.

A decisão criou uma situação nova no STF. Não se compreende por que razão o juiz Bruno descumpriu a decisão de Lewandovski, que falava em nome da mais alta corte do país.

Também não se compreende por que Joaquim Barbosa não deixou que o plenário do STF tomasse a decisão, como é recomendável em situações desse tipo. Embora já tenham ocorrido antecedentes, existe a interpretação de que o regimento interno do STF diz que só o juiz que prolatou a decisão tem direito de revogá-la.

A única forma de compreender a situação criada pela decisão do presidente do STF é política, traço principal do julgamento da AP 470, concluído com penas fortes para provas fracas.

Para ouvir uma opinião fundamentada a respeito, entrevistei o professor de Direito Luiz Moreira, doutor em direito pela UFMG, membro do Conselho Nacional do Ministério Público e um dos principais críticos da
“judicialização,” aquele processo em que os tribunais ocupavam espaços que os regimes democráticos reservam a luta política. 

Ser menos insubstituível

Há muito tempo, em uma galáxia muito distante, a Outra Significativa (minha companheira) era uma pessoa-que-trabalhava-em-prédio. Um pouco insolente, ela vivia pedindo aumento. um dia, a chefa olhou para ela e disse:
"olha aqui, menina, o seu trabalho eu arrumo vinte que fazem igual. ninguém é insubstituível!".
Aquilo calou fundo. a chefa estava coberta de razão.

Análise eleitoral do genial estrategista da oposição midiasmatica, Cesar Maia

Ele é o mesmo que em 2010 previu a vitória de José Serra no 1º turno

EM 2014 LULA NÃO VAI MAIS TRANSFERIR VOTOS COMO EM 2010! QUAL A EQUAÇÃO DE 2014?
            
1. Quem olha para 2010 pensando que 2014 será igual se equivoca redondamente. Lula, sentado na cadeira presidencial, tinha a mobilidade que queria. Com a economia crescendo 7,5%, tirava o tema do discurso da oposição. Seu carisma retirante tirou o Nordeste dos sonhos da oposição. Contava com Eduardo Campos absoluto em Pernambuco e a oposição não tinha a Bahia. No Rio Grande do Sul vencia com Tarso. Tinha Cabral, um candidato praticamente nomeado a governador do Rio com o PT a tiracolo.

Empreenderapesar

George Koukis acredita estarmos carentes de liderança ética – afirmação que tem meu total apoio. Nosso sistema sócio-econômico atual é uma britadeira, perfurando incessantemente. Empreenderapesar dessas circunstâncias é colocar seus valores em cheque dia após dia.
Se você é empresário ou aspira se tornar um, esse papo é imperdível.
As fortes e bem embasadas opiniões, o vozeirão de barítono e o inglês com sotaque grego tornam Koukis uma figura e tanto.
Empresário e dono da Temenos, referência global no ramo de softwares bancários, hoje ele se dedica à plataforma “Dream for the World“, cujo foco é a formação de jovens lideranças íntegras ao redor do mundo. Sua história foi narrada em livro de mesmo nome, já traduzido para o português.
No Brasil trabalha em parceria com a Intento, que realiza “uma experiência de imersão transformadora para quem deseja identificar seus talentos e colocá-los a serviço da sociedade, impactando positivamente o meio em que vive”. Infelizmente as inscrições para a próxima edição estão fechadas. Recomendo ficarem atentos às próximas.
Em fevereiro de 2012, estive no seminário “Integridade em ação: empreender com ética e propósito“, no qual Koukis foi um dos palestrantes. Naquele mesmo dia, à tarde, conseguimos vinte minutos de sua agenda, graças ao intermédio de Anna Aranha e Marcelo Campanér (obrigado!).
Esse papo foi gravado em meio a barulho e condições adversas de luz, com a Luiza fazendo milagres. A tradução foi feita pela Myla Fonseca e revisada por mim.

As perguntas:

0:54.0 – George, poderia descrever o projeto Dream for the World para nós?
4:27.0 – Algumas pessoas dizem que você escolhe criar um empresa ética ou uma de sucesso. Em sua opinião, o que torna uma empresa ética?
9:03.0 – Via de regra, as empresas colocam toda sua energia em crescer, crescer e crescer – de maneira obsessiva. E tal crescimento traz consigo grandes desafios éticos. No entanto, se todos seguirem focados em maximizar os lucros indefinidamente, o próprio sistema e a competição desenfreada, o próprio sistema e a competição desenfreada acabam por induzir a tomada de decisões pouco ou nada éticas.
E se fosse possível construir uma empresa próspera, que cresça num ritmo mais orgânico ou mesmo, em certo ponto, abdique da necessidade de crescimento? O que teria a dizer sobre isso?
16:49.0 – Sobre legado, como gostaria de ser lembrado?
* * *
Caso esteja apressado, não deixe de escutar a resposta da terceira – ela inspirou o próprio título desse artigo:
Clique para abrir o vídeo direto nela
Clique para abrir o vídeo direto nela
Para se aprofundar, sugiro ler esse texto sobre crescementismo de Umair Haque, autor da Harvard Business Review. E também esse outro, “Sobre outras possibilidades de empresas e negócios“.
Tenho me interessado bastante por explorar maneiras de tornar empresas espaços de real desenvolvimento humano; criar negócios que não se pareçam com negócios. Conversas assim me deixam pra lá de empolgado. Penso inclusive em gravar mais papos como esse, ao longo do ano.
Bom, curioso para escutar as impressões de vocês nos comentários.
Guilherme Nascimento Valadares


Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.

Outros artigos escritos por 

Barbosa escumlhambou o STF

O Presidente Joaquim Barbosa revogou a decisão do Ministro Lewandowski de mandar o Juiz de Execuções Penais proceder o inicio do semi-aberto de José Dirceu e deixá-lo trabalhar.

É o que diz o Estadão 

Barbosa deu um Golpe na decisão de Lewandowski.

Cassou, rasgou a decisão e avocou a si a responsabilidade de decidir.

Quando quiser.

Quando voltar da próxima viagem, talvez.

Só tem um probleminha.

Barbosa não é mais do que Lewandowski nem que qualquer outro ministro.

Só quem revoga liminar de Ministro do Supremo é o PLENÁRIO do Supremo.

Barbosa já tinha feito isso, ao cancelar a decisão de Lewandowski sobre o IPTU de duas cidades.

A Presidência do Supremo é apenas uma função administrativa.

TODO  ministro do Supremo tem o poder jurisdicional – tomar uma decisão legal.

O Ministério Público já tinha mandado o Juiz de Execuções Penais proceder a autorização para Dirceu ir trabalhar.

Mas, parece, o Juiz da Execução Penal do DF mantém uma ligação extra-sensorial com o Presidente Barbosa e esperou que ele tomasse as decisões hoje anunciadas.

Dirceu vai mofar na Papuda, como o João Paulo mofou em casa.

E, como a tipificação de “quadrilha” deve cair, Barbosa manterá Dirceu em cárcere fechado, como se não caísse.

Onde é que nós estamos ?

Por aí se vê a imparcialidade, a impessoalidade do Juiz Barbosa no julgamento do mensalão.

O Juiz-relator, que não desmembrou o processo.

Aquele que Faz a Diferença, na Globo !

Por que será que ele omitiu o 2474 ?

Agora está mais claro, não, amigo navegante ?

Quantos Golpes estão por vir ?

A única saída para Dirceu, agora, é entrar com um HC !

Como se diz nos Estados Unidos, a principal função de um Presidente da Republica é escolher os ministros do Supremo !

Governar não é abrir estradas.

A Hildegard é quem tinha razão, desde o inicio: isso foi um Mentirão !.

Chora, Ataulfo (*), chora !

A máscara caiu.

Em tempo: de amigo navegante: 

“Sim, Paulo Henrique, foi um Golpe ! Um Golpe de usurpação das atribuições do Plenário e do Ministério Público. Ele passou com um tanque sobre as instituições. O PGR não agravou a decisão favorável ( do Lewandowski) ao Dirceu e, mesmo assim, Barbosa cassou sem nenhum recurso. E os outros ministros do Supremo vão ficar calados ? Acuados como os senadores do PT, como diz você muito bem … ?”


Paulo Henrique Amorim

Frase do dia

"...nós enfrentamos e vencemos todas as crises até agora. São os mesmos, esses pessimistas, que agora aproveitam alguns desequilíbrios típicos de uma conjuntura internacional muito difícil para todos os países para dizer que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou, sim, mas chegou para eles e isso faz muito tempo"...
presidente Dilma Roussef na festa de aniversário dos 34 anos do PT