*Ibop - Dilma venceria eleição no primeiro turno com 61% do votos válidos

Na primeira pesquisa para a eleição presidencial de 2014 a presidente Dilma Roussef aparece com ampla vantagem sobre os seus adversários, Aécio Neves (PSDB e Eduardo Campos (PSB).

A pesquisa assim como o TSE só conta os votos válidos. Brancos e nulos não são contabilizados.
A margem de erro da pesquisa só divulgamos na última da série.
Confiram abaixo o resultado da pesquisa realizada do dia 1º de Janeiro a 16 de Fevereiro, em todo o território nacional.

  • Dilma Roussef (PT) 61%
  • Aécio Neves (PSDB) 24%
  • Eduardo Campos (PSB) 15%
*Instituto Biguilino de Opinião Pessoal


Arte e psicanálise

A cultura molestada por Freud

A psicanálise, um peculiar método terapêutico que foi coqueluche no século XX, e se embasa na interpretação da fala mais ou menos espontânea do paciente segundo modelo teórico específico, continua relativamente forte em certos nichos: aqui, França e Buenos Aires são exemplos.
Porém, é bastante claro — na formação dos departamentos universitários, e para onde vai o dinheiro de pesquisa, num nível mundial –, que ela cada vez mais cede espaço para tentativas de finalmente transformar a psicologia numa ciência hard, matematicamente modelada e dotada de verificações experimentais universais e repetíveis.
Em meio a esse cenário, a psicanálise perde seu lugar nas universidades e acaba espremida em institutos privados e autocredenciados, onde gente com uma ideia de chique (talvez meio datada) muitas vezes a busca estudar com élan de atividade extracurricular da vida, como quem faz cerâmica ou tapeçaria.
Quando em algumas conversas levanto críticas (por exemplo, as de Wittgenstein, num nível epistemológico) com relação à psicanálise, uma reação comum e digna de respeito é martelada: a psicanálise é o último bastião da alma num admirável mundo novo de epifenomenalismo, funcionalismo e, principalmente, fisicalismo. Explico. O viés psicanalítico é tido por seus defensores como mais humano do que a mecânica psiquiátrica e das neurociências, e mais propriamente profundo do que o behaviorismo 2.0 da psicologia cognitiva. Enfim, não interessa a base ou sustentação física do fenômeno mental por excelência subjetivo, é dele e apenas dele que trata o processo de análise.
Essas outras disciplinas estão preocupadas com dados grosseiros, informações brutas, tais como indícios químicos e físicos na caixola, ou comportamentos mensuráveis — nem que seja por questionários e testes (cuja elaboração, por si só, mesmo na psicologia mais poindexteriana e com pretensões de método científico clássico, está cheia de labirintos epistêmicos insolúveis, que vão das determinações linguísticas ao processo de adaptação seletiva, e toda sorte de complexidade biológica, matemática e estatística até um limiar quase autodeclaradamente místico, que, ironicamente, acaba por soar tão charlatão quanto o autoconfesso próprio “Lacan”. Essas aspas aí também só para gerar frisson lanacal, não repare.)

Covardia - Roberto Freire mostra que consegue superar-se ao atacar Dirceu

A nova contribuição de Roberto Freire para atualizar sua biografia consiste em pedir o bloqueio das doações destinadas
a José Dirceu. 
 
Vamos combinar: é uma covardia absoluta  atacar um cidadão preso. 
 
Dirceu não tem como defender-se, não pode dar entrevista nem explicar seu pronto de vista a ninguém. 
 
Vítima de uma denúncia infame, sem pé nem cabeça, desmontada pela direção do presídio,  Dirceu é mantido há 90 dias sob
regime fechado, embora tenha direito legítimo ao regime semiaberto, conforme já foi reconhecido pelo ministro Rciardo Lewandovski. 
 
Embora não se pratique a tortura na Papuda, como acontecia nos tempos em que o pai de Tuminha -- novo amigo do deputado -- 
reinava no DOPS, basta ter alguma sensibilidade para se reconhecer que Joaquim Barbosa aplica aos condenados da AP 470 um regime de terror. 
 
Os direitos estão suspensos, o perigo pode vir de qualquer lugar e aquilo que que deveria ser o traço máximo da Justiça -- a previsibilidade -- já deixou de existir. 
O que se quer é a execução social dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria.
As doações mostram que esse esforço é inútil.
Para desespero de quem imaginou que os prisioneiros seriam levados ao ostracismo -- como o próprio Joaquim cobrou da imprensa -- a campanha confirma que eles têm base social e reconhecimento. 
 
Com todas as diferenças que se possa  imaginar, as doações de 2014 lembram a reação dos militantes do PT em 2005, quando 312 000 filiados participaram da escolha da nova direção do partido, surpreeendendo aqueles que apostavam na derrocada final da legenda depois da denúncia de Roberto Jefferson e das CPMIs do Congresso. 
 
O ataque a Dirceu comprova, por outro lado, que Roberto Freire conseguiu  superar-se. Perde referencias, abandona o próprio passado. Não é tudo por dinheiro, como aqueles infelizes nos programas de auditório. É tudo para aparecer na mídia. Tudo. At~e a coragem dos covardes, que batem em indefesos.  
 
Dias atrás se alinhou a Romeu Tuma Jr para pedir uma investigação sobre a insinuação de que Luiz Inãcio Lula da Silva teria sido informante da ditadura.
Fernando Henrique Cardoso deixou claro, numa entrevista ao Manhathan Conection, que está fora desse jogo sujo. 
 
Mas Roberto Freire mergulhou na lama sem receio de manchar sua biografia.  
Porque toda pessoa que tenha participado da resistencia a ditadura sabe que insinuações sobre personagens da luta contra o regime  -- Lula é só o último exemplo entre tantos -- destina-se a acobertar os verdadeiros carrascos, os que comandavam a tortura e as execuções. 
 
Já era sintomático, semanas atrás, que Roberto Freire tenha apelado a Comissão da Verdade para apurar o papel de Lula.
Era muito mais fácil e decente pedir que se apurasse, prioritariamente, o papel de Romeu Tuma, pai, homem de confiança
dos militares, cujo papel no aparelho repressivo, em São Paulo, foi embranquecido e passado a limpo, a tal ponto
que no fim da vida era tratado como amiguinho -- e até como democrata -- pelos desavisados, ingenuos e interesseiros. Bastava uma conversinha com vozes do porão para se saber de outras coisas.  
A farsa, a fraude, o absurdo reside nisso. Para acobertar um papel vergonhoso e lamentável durante o regime militar,
procura-se espalhar a calúnia, a mentira, sobre pessoas contra as quais não há fato algum. Toda vez que fez uma
insinuação sobre Lula, seu filho (ajudado por Roberto Freire) deu um lustro na estátua do próprio pai. 
Compreende-se que um filho  faça isso. Até que anuncie um segundo volume com novas besteiras. Todo mundo precisa ganhar vida e nunca faltarão amiguinhos sem pudor para dar auxílio e divulgação. Amor filial existe. 
E amor próprio?
Um deputado comunista, que perdeu vários companheiros nas masmorras onde Tuma agia como
um gerente -- que jamais ajudou a localizar um desaparecido, nunca deu uma pista para condenar um torturador -- não deveria portar-se de modo tão vergonhoso. 
 
Também não deveria, agora, agredir quem não tem como se defender.
Paulo Moreira Leite

Mensagem da Lú

Mensagem da noite

O sorriso é um santo remédio. 
Ele lava a alma e refresca a mente.
Os problemas, quando enfrentados com ânimo e alegria, têm maiores chances de solução. 
A tristeza e o mau humor bloqueiam a visão interior, atrapalhando nosso desenvolvimento. 
Já o sorriso atrai energias positivas e boas intuições. E, claro, melhores resultados. 
Os anjos são alegres e adoram as pessoas de bem com a vida.
Ao agir com leveza e simpatia, facilitamos a ação construtiva dos nossos amigos espirituais. 

Sorria! 
+♥ Meus Rabiscos ♥ 

Faz sentido

Reflexão Balbiniana
Se um cara preto, pobre e petista bate na mulher é... Maria da Penha nele.
Se um cara branco, rico e antipetista bate na mulher é... 50 Tons de Cinza.

de Eduardo Oliveira 

Operação banqueiro

Márcio Chaer a serviço de quem, tenta desqualificar o autor do livro?...Joel Neto

Prezados leitores,

Quando um escritor e uma editora lançam um livro, ainda mais quando ele trata de assuntos tão candentes quanto "Operação Banqueiro", é claro que estão abertos a avaliações negativas. É parte da democracia e críticas sérias são bem aceitas.

Mas o texto que o empresário e jornalista Márcio Chaer publicou em seu site “Consultor Jurídico” na última segunda-feira passa muito longe de qualquer resenha profissional. Trata-se de uma série de acusações descabidas, numa tentativa de abalar a credibilidade do livro e do autor.

Basta dizer que, no texto, ele comparou a mim e outros jornalistas de muitos anos de experiência a uma pessoa presa em Minas Gerais sob acusação de falsificação de documentos. É uma dessas difamações inaceitáveis que não merecem o silêncio.

Comparar uma pessoa presa sob essa acusação com um jornalista que, como eu, trabalha há mais de 15 anos em um dos jornais mais lidos do país, que jamais foi condenado em virtude de qualquer matéria que tenha escrito _tendo coberto as mais áridas e arriscadas investigações ao longo de anos e anos_ não tem nada a ver com uma resenha: trata-se de um evidente ataque pessoal planejado para difamar o livro e o autor. Não conseguirá.

Em meu livro, apresentei fatos, documentos, interceptações telefônicas, datas, entrevistas. Márcio Chaer apresenta leviandades, ofensas, insinuações, mentiras e distorções.

Essa é a diferença entre um jornalista responsável pelo que apura e escreve e um jornalista que trabalha com ilações. Um fala com provas, o outro mente e deturpa.

Antes de tudo, preciso apresentar Márcio Chaer a quem não o conhece e os interesses que o cercam, já que, obviamente, ele não fez a sua correta apresentação aos seus próprios leitores.
Chaer tem ou teve como clientes de suas empresas alguns dos principais escritórios de advocacia do país, muitos dos quais receberam recursos da companhia telefônica Brasil Telecom na época em que ela era comandada por pessoas indicadas pelo grupo Opportunity. Márcio Chaer é amigo íntimo do ministro do Supremo Gilmar Mendes, devidamente referido em meu livro. 
Márcio Chaer também ofereceu os serviços de sua empresa para o então homem forte do banqueiro Daniel Dantas, Humberto Braz, depois condenado em primeira instância por corrupção no caso Satiagraha. Essa proposta foi enviada por e-mail, com arquivos anexados que previam os trabalhos de empresa de Márcio Chaer em prol da companhia telefônica. A proposta de contrato, a que tive acesso em detalhes, foi citada em meu livro. Diferentemente do que Márcio Chaer faz comigo em seu texto, contudo, tratei-o no livro com todo o respeito e até descrevi a defesa que ele apresentou em público, na internet.

Em síntese, Márcio Chaer insinua em seu texto que um dos empresários que tem divergências com o grupo Opportunity está por trás do livro. Trata-se, como já vimos, do mesmo argumento apresentado pelos advogados do banco Opportunity quando do lançamento do livro.

No livro “Operação Banqueiro”, procurei demonstrar como o banco e seus prepostos operam para descredenciar e desqualificar pessoas que têm um comportamento que o banco julga não ser de seu interesse. Examinei o caso da juíza do Rio Márcia Cunha, que teve que provar (com perícias!) que as decisões que ela proferiu eram dela mesmo.

Chaer propõe a mesma coisa: afirma que eu não escrevi o livro que escrevi. Provas, indícios, nenhum. Apenas palavras vazias ao sabor do vento.

Márcio Chaer, terei que contratar uma perícia para também demonstrar que eu escrevi o que eu escrevi? Sua insinuação é insultuosa.

O longo texto de Chaer será rebatido ponto a ponto, para que o leitor tenha a devida compreensão dos fatos.