Irresponsáveis paralisam obras do viaduto da Avenida Antonio Sales

Pergunto:
O Procurador da República Oscar Costa Filho autor da Ação, e o Juiz Federal Francisco Roberto Machado vão assumir os prejuízos financeiros causados pela decisão deles?

Respondo:
Não! É por isso que eles vivem fazendo demagogia. Depois vem a mídia e coloca a culpa dos atrasos e desperdício do nosso suado dinheirinho - Impostos -, exclusivamente nas costas do políticos. Já passou da hora dos membros Judiciário também serem responsabilizados por suas ações e omissões. 

Medicina mercantilista

A morte de um cidadão que infartou em frente a porta de um hospital cardiológico reflete uma medicina venal

Médicos com fronteiras

por Pedro Porfírio

Sinceramente, estou chocado com a postura dos médicos do Instituto Nacional de Cardiologia, que negaram qualquer tipo de atendimento a um cidadão enfartado e levado por um motorista de ônibus até a porta do hospital, onde veio a falecer.  Os doutores do INC não apareceram para dar nenhum tipo de atendimento: estavam em greve, como acontece todos os anos nos hospitais públicos, enquanto os privados deitam e rolam sem que um único profissional levante a voz e ouse parar suas atividades.
 Até um PM foi tentar socorrer o cidadão enfartado. Os médicos no INC em greve não estavam nem aí e não se dignaram a qualquer atendimento. 
 
O episódio é emblemático e reflete o grau de insensibilidade de uma corporação que perdeu totalmente a noção dos compromissos mínimos de seu ofício, que trata da salvação de vidas, e segue ao pé da letra as determinações da elite mercantilista, indiferente até à dívida com a sociedade que paga mais de R$ 1 milhão pela formação de cada um nas melhores universidades do país.
 
É possível que eu próprio tenha sido tolerante e/ou compreensivo com certas formas de reivindicar de algumas categorias profissionais, que nunca atingem os responsáveis pela situação. Ao contrário, paralisações de atendimento em hospitais públicos, que se repetem todos os anos, punem cruelmente a população pobre, que não tem nada a ver com o peixe e não vê outra alternativa de socorro. 
 
Ante a insatisfação plausível, seria preciso encontrar outras formas de pressão que não castigasse a população. Greves sempre foram armas bem usadas quando afetam os responsáveis pela situação dos trabalhadores.  Ao cruzarem os braços, operários industriais alvejam seus patrões, que ficam no prejuízo e não suportam paralisações demoradas. Mas em serviços públicos como saúde e educação, a única consequência para os governantes é o desgaste político, hoje minimizado pela banalização desse tipo de protesto.
 
Em ambas as áreas, os excessos de greves fazem o jogo dos interesses privados, que vendem a peso de ouro os serviços que o Estado deve aos cidadãos contribuintes. Aliás, no caso da saúde essa opção parece indisfarçável por parte das entidades de classe, que costumam fazer blitz em hospitais públicos, mas fecham os olhos para as centenas de pardieiros onde o mínimo que se registra é a utilização de profissionais despreparados, que não são submetidos a nenhum concurso ou prova. Onde a fartura de erros médicos tem respondido por centenas de óbitos. Onde práticas ilegais fazem a fortuna de profissionais inescrupulosos.
 
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Como havia informado, estamos tentando dar uma nova dinâmica ao blog, incluindo atualização diária.  Por favor, gostaria de conhecer sua opinião.


Ginástica para emagrecer

Toda vez que lhe oferecerem comida 
- em horário impróprios - 
Feche a boca
Vire a cabeça para a esquerda
Vire para a direita
Faça esse exercício sempre!

Grande mídia - a estratégia é desinformar

Regulação da mídia não é censura

Recentemente, a presidenta Dilma Rousseff, pré-candidata à reeleição pelo PT, declarou que, se eleita, enfrentará o debate acerca da regulação dos meios de comunicação. A afirmação causou furor na mídia comercial, que não perde oportunidades para alimentar a versão de que há um plano da esquerda para controlar a mídia e impedir críticas ao governo. O candidato da oposição de direita também se apressou a reafirmar “o PT quer censurar a imprensa”.
Neste momento, quanto mais confuso for o debate sobre o tema, menos resultados ele produzirá. Assim, alguns veículos empenham-se em embaralhar as informações de forma sofisticada; outros omitem do público informações relevantes sobre o tema; outros, ainda, divulgam o dito pelo não dito. O esforço é um só: manter inalterada a atual situação de concentração econômica e de ausência de diversidade e pluralidade na mídia brasileira.
Tendo em vista esta ostensiva operação para interditar um debate direto e transparente sobre a regulação da mídia (ação corrente que, essa sim, caracteriza prática de censura), vamos aos fatos, numa tentativa de desfazer o labirinto construído em torno do assunto.
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a radiodifusão é, assim como a energia, o transporte e a saúde, um serviço público que, para ser prestado com base no interesse público, requer regras para o seu funcionamento. No caso das emissoras de rádio e TV, a existência dessas regras se mostra fundamental em função do impacto social que têm as ações dos meios de comunicação de massa, espaço central para a veiculação de informações, difusão de culturas, formação de valores e da opinião pública.

Frase do dia

"Os colegas (jornalistas) que, desde fim dos anos 80, ajudaram a transformar o Jornal Nacional no maior telejornal da história devem chorar lágrimas de sangue com o que estão fazendo com sua cria."

Os intocáveis

CPMI da Petrobras não dará em nada, roçou os Corruptores

— Estou com os nomes neste documento. São políticos que receberam dinheiro para suas campanhas. Dinheiro doado pelas empresas que estão envolvidas neste drama da falência da Petrobras. Na próxima sessão, vou dizer os nomes e os números. Tem números exorbitantes.
O senador Mario Couto (PSDB-PA), líder da minoria, dirigia-se ao presidente da CPI mista da Petrobras, o também senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Falava com a estridência que lhe é peculiar. Insinuava que parte da representação governista na CPI está monetariamente comprometida.
— Aqueles que receberam ajuda para suas campanhas não deveriam estar aqui. Espero que Vossa Excelência possa falar com esses políticos, que vêm aqui defender o governo porque foram beneficiados em suas campanhas políticas. Isso não pode ser admitido…
A CPI estava reunida, nesta segunda-feira (2), para tomar conhecimento do plano de trabalho elaborado pelo relator, o deputado Marco Maia (PT-RS). Alheio às insinuações de Mario Couto, o presidente Vital do Rêgo continuou dando vazão à lista de oradores inscritos para comentar a peça do relator. Súbito, foi ao microfone o deputado Sibá Machado (PT-AC), um conhecido membro da infantaria do Planalto.
— Então, nós vamos parar o nosso trabalho para analisar os parlamentares da comissão? Quando um partido nomeia um membro para esta CPI, sabe o que está fazendo. É um erro colocar sob suspeita quem tenha recebido, porque as pessoas podem ter agido como manda a lei eleitoral.
Decidido a pagar à provocação do senador tucano na mesma moeda, Sibá, o marujo governista, também exibiu suas armas. Com uma diferença: deu nomes aos bois:
— Vou dar dois casos aqui: o senador Aloysio Nunes [líder do PSDB no Senado] recebeu R$ 9,084 milhões em recursos de campanha. Tudo devidamente legalizado. Desse total, R$ 1,3 milhão veio de fornecedores da Petrobras. O senador Aécio Neves, que já esteve aqui na CPI, recebeu R$ 11,07 milhões, dos quais R$ 1,090 milhão de fornecedores da Petrobras. Os dois estão proibidos de vir a esta comissão? Acho esse debate equivocado.
Mario Couto voltaria à carga minutos depois:
— Na relação que eu tenho aqui não consta nem o nome de Aécio nem de Aloyzio. Tem senadores que pertencem à CPI e que receberam milhões de reais das empreiteiras que estão envolvidas no caso Petrobras. O que farão esses senadores nesta CPI? Senadores de outros partidos receberam numa faixa de R$ 50 mil, R$ 100 mil. O PT, com seus senadores, recebeu muito mais.
Surpreendido por Sibá, o senador tucano decidiu despejar sobre o microfone os nomes e as cifras que prometera para a “próxima sessão”, a realizar-se na tarde desta terça (3). A certa altura, Mario Couro soou como se cuspisse num prato em que não conseguiu comer:
— A senadora Gleisi Hoffmann [ex-chefe da Casa Civil] recebeu R$ 2,420 milhões de empresas fornecedoras da Petrobas. Ah, o Mario Couto com um dinheiro desses para fazer campanha! Humberto Costa [líder do PT no Senado] recebeu R$ 1,530 milhão. José Pimentel [líder de Dilma no Senado], R$ 1 milhão. Será que esses senadores não vão fazer aqui um esforço até físico para poder retribuir essa gracinha que foi dada a eles?
A arenga verbal dá uma ideia do que virou a CPI mista da Petrobras já na largada. Tomado pelo que omitiu nas 17 folhas de seu plano de trabalho, o relator Marco Maia parecia mais preocupado em definir o que não quer investigar do que em desvendar os meandros do consórcio formado por um ex-diretor da Petrobras e um doleiro, para fraudar contratos na estatal petroleira, engordar as próprias contas bancárias e financiar políticos e partidos por baixo da mesa.
Entre pedidos de inquirições, quebras de sigilos e requisições de documentos, foram protocolados na CPI 606 requerimentos. Marco Maia disse ter aproveitado 227. Absteve-se de exibir a relação. Informou que pretende priorizar a oitiva de trêspersonagens. Dois da Operação Lava Jato —o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff— e um do caso da refinaria de Pasadena —Nestor Cerveró, outro ex-diretor da Petrobras.
Autor de 202 requerimentos, o deputado paranaense Rubens Bueno, líder do PPS, estranhou o fato de o relator não ter feito menção à quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das empresas que se relacionaram com Costa e Youssef. Brandindo uma página de jornal, Bueno recordou o conteúdo de uma notícia veiculada no final de semana:
— Tem aqui essa reportagem, dizendo que foi celebrado um acordo entre as bancadas do governo e da oposição para blindar os fornecedores da Pebrobras. Não posso acreditar que seja verdade. Mas já que saiu essa notícia, proponho inverter o processo. Por que não quebrar imediatamente os sigilos das empresas? Com isso, vamos ganhar tempo. Quem sabe sai dessa CPI, rogo por isso, uma reforma política que acabe com a situação que coloca o Parlamento brasileiro toda hora sobre o ringue, no córner. Ou na vala comum dos financiamentos escusos.
Vital do Rêgo, o presidente da CPI, fez ouvidos moucos para as palavras de Bueno. Marco Maia, o relator, tampouco esboçou reação. Ficou entendido que, além de proteger as posições conquistadas no organograma da Petrobras, o centro das preocupações cenográficas do bloco governista na CPI é apagar as luzes que a Polícia Federal e o Ministério Público acenderam sobre algumas logomarcas que são grandes provedoras de arcas eleitorais. Algumas foram mencionadas nos requerimentos de Rubens Bueno e da bancada do PSDB. Por exemplo: Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht, Mendes Júnior, Constran…
Arma-se na CPI da Petrobras uma pizzaria equipada com um forno muito parecido com o da CPI do Cachoeira, que foi sufocada pelo manto de proteção mútua que os parlamentares teceram. O tucanato apresentou 179 requerimentos. Vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias também estranhou a timidez do relator.
— Parece-me que há no plano de trabalho uma ausência dos requerimentos que dizem respeito à quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico. E a requisição de informações sigilosas importantes. São fundamentais e não constam aqui. Nosso tempo é escasso.
Alvaro foi ecoado pelo líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy:
— Gostaria que fossem priorizados os requerimentos de quebra de sigilo. Sinto falta também da convocação de algumas personalidades, dirigentes de construtoras, prestadoras de serviços da Petrobras. Não vi nenhum nome aqui. E essas empresas já circulam fortemente. Algumas têm a necessidade de esclarecer o que teria acontecido.
Marco Maia não se deu por achado. Além de dar de ombros para as sugestões de quebras de sigilo, ignorou os apelos para que nomeasse subrelatores, descentralizando a pseudoinvestigação. A máxima concessão que o relator parece disposto a fazer é a requisição do papelório colecionado pelos órgãos de controle do governo e pelos investigadores da Operação Lava Jato:
— Requerimentos que têm polêmicas podem ser votados no curso da CPI. Até porque estamos requisitando todas as informações, inclusive as referentes à Lava Jato, que contém um conjunto de informações sigilosas. Estarão à disposiçãoo da CPI. Há ali quebras de sigilos bancários, fiscal e telefônico de pessoas e empresas investigadas. A única preocupação nossa é não ter pressa em aprovar todos os requerimentos ao mesmo tempo.
Pressa, de fato, é tudo o que o Planalto não tem. Com o auxílio do presidente do Senado, Renan Calheiros, Dilma Rousseff empurrou a CPI para as vésperas da Copa. Depois do certame, virá o recesso congressual de julho. Na sequência, os parlamentares mergulharão na campanha eleitoral. Passadas as urnas de outubro, Marco Maia redigirá o seu relatório final. Que deve ter a profundidade de uma dessas poças que qualquer formiga pode atravessar com água pelas canelas.
Resta ao contribuinte torcer para que o ministro Teori Zavascki, que avocou para o STF os oito inquéritos da Lava Jato, autorize a PF, a Procuradoria e o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, a concluir o trabalho que começaram.
por Josias de Souza

Ninguém sai do armário?

Por Marcelo Hailer 

Diariamente quando abrimos o jornal, acessamos a rede, ligamos a televisão somos inundados por uma propaganda opressora do estilo de vida heterossexual; somos levados a crer que viemos a este mundo para reproduzir, ter filhos, comprar casa e ir à missa. Pior, querem nos fazer descer goela abaixo que as pessoas nascem com tal orientação sexual e, mais obsceno ainda, denúncias dão conta de que grupos políticos ligados à educação estão aplicando pedagogias do heterossexualismo, querem doutrinar as crianças e jovens para tal estilo de vida nefanda. Ou seja, vivemos um verdadeiro heteroterrorismo…

Esta introdução serve apenas para ilustrar o quão pífias são as "críticas" que seguem o mesmo roteiro utilizado acima, só que para atacar as pessoas LGBT e os grupos políticos e midiáticos que têm se posicionado favoravelmente aos direitos civis dos grupos que não seguem a orientação hegemônica. E não surpreende que o último texto a se utilizar de tal retórica de cunho higienista tenha vindo da revista semanal 'Veja', por meio de seu colunista Felipe Moura, sob o título "Ninguém nasce gay, nem sai do armário; Os perigos da propaganda homossexual na mídia conservadora", que na verdade trata-se de uma tradução de um texto escrito por Stephen Baldwin, que desfere ataques, principalmente, contra o canal Fox.

Mapear o gene gay?

O texto que o articulista da "Veja" utiliza para atacar os parcos direitos civis e espaço midiático conquistados pela comunidade é todo construído em argumentos que poderiam muito bem estar na boca do pastor Silas Malafaia: há uma revolução gay em curso que visa corromper a sociedade para os seus valores subversivos. Chega a ser patético, quando o autor comenta uma pesquisa feita por Dr. Francis Collins, chefe do Projeto Genona Humano, que reuniu mais de 150 "dos maiores" geneticistas para encontrar – pasmem – o gene gay.

Esta teoria foi derrubada há mais de 50 anos por Simone de Beauvoir, em seu monumental "O segundo sexo", mas há outros autores, contemporâneos, que também já desconstruíram a tese do "gene gay", por exemplo, a filósofa Beatriz Preciado, que é categórica ao afirmar que as intenções de se localizar um gene gay não são mais do que instrumentos de poder para patologizar os corpos dissidentes. Ou, ainda, podemos retomar Michel Foucault, de quem Preciado é continuadora, ao estabelecer uma bio-história dos corpos, ou seja, a medicina e ciência da genética enquanto mecanismos normatizadores dos corpos. Ou seja, a carta genética mapeada em busca de uma "origem" dessa ou daquela orientação sexual nada mais é do que a busca pela legitimação do sexismo e da homofobia.

Ninguém sai do armário?

Em momento de precariedade argumentativa, o autor afirma que "ninguém sai do armário", mas que apenas assume práticas momentâneas de homossexualidade e que (sem citar fonte alguma) mais da metade dessas pessoas volta pra heterossexualidade. Neste momento o autor comete um erro crasso ao definir o ato político de "sair do armário" com um ato exclusivo dos LGBT. Mais uma vez, Stephen Baldwin se revela altamente desatualizado no que diz respeito a conceito teóricos.

Em 1993, a pesquisadora norte-americana Eve Kosofsky Sedgwick ampliou o conceito de "saída do armário", a saber: Sedgwick amplia o conceito e o aplica não apenas à assunção de identidades sexuais, mas também a outros sujeitos marginalizados social e politicamente: judeus, ciganos, usuários de drogas, imigrantes. Pois, tais sujeitos carregam em seus corpos marcas historicamente marginalizadas e alijadas da sociedade. Portanto, o ato de sair do armário não consiste apenas em dizer "eu sou", mas sim uma ação política e cotidiana de assumir uma identidade fora da economia hegemônica.

Baldwin argue ainda que o estilo de vida das LGBT é "artificial" e que é causado pelo "ambiente". E a heterossexualidade é um programa pronto que nasce encaixado em nossa subjetividade? Mas não interessa aqui fazer um debate dicotômico, até porque as sexualidades não o são. Limitá-las ao fator natural ou social é pobreza dialética e nisso o texto traduzido pelo articulista da revista em questão é rico.

Além de toda essa argumentação essencialista utilizada pelo autor norte-americano, espanta que o colunista do semanário liberal tenha ido buscar um texto estrangeiro para ratificar a sua opinião pessoal a respeito dos avanços políticos da comunidade LGBT. Devemos entender, então, que o colunista, ao replicar o referido artigo, acha ruim que políticas públicas às LGBTs sejam aplicadas? Compartilha do sentimento de que, fora da esfera da heterossexualidade, são todos doentes? E considera uma ameaça que as telenovelas tenham, sucessivamente, abordado a questão das sexualidades dissidentes?

Bem-vindo ao século XXI!