Microsoft lança seu 1º smartphone com Android

Houve quem pensasse que a primeira atitude da Microsoft, depois de comprar a Nokia, seria acabar com a ideia da finlandesa de trabalhar com Android. Mas parece que isso não acontecerá, porque foi apresentado o primeiro smartphone com Android feito pela Microsoft.

O aparelho, chamado Nokia X2, não apresenta muitas novidades para os consumidores, mas é uma surpresa por si próprio, porque embora a Microsoft já trabalhe com Android (no Nokia X original), ela ainda não tinha sido responsável pela fabricação de nenhum smartphone com o sistema.

O Nokia X2 custa o equivalente a R$ 298 (mas não há informações sobre lançamento no Brasil), tem tela de 4,3 polegadas, processador dual-core Snapdragon de 1,2 GHz e 1 GB de RAM - de resto, é praticamente igual ao antecessor. Tem entrada para dois chips e, embora venha com Android, segue o mesmo padrão visual do Windows Phone.

Status do amor

Cuida de mim
Por um dia
Uma semana
Um mês
Um ano...
A vida inteira

Fernando Brito - Pezão perdeu Dilma

Trocou-a por um Cesar Maia em fim de carreira

Achar que eleições no Rio de Janeiro são definidas com muita antecedência é erro que aprendi a não cometer desde que Leonel Brizola arrancou de seus “2% no Ibope” para a vitória retumbante de 1982.
Mas me arrisco, a esta altura, a dizer que  ela avança para um enfrentamento entre Lindbergh Farias e uma encarniçada disputa entre Garotinho e Pezão pela vaga remanescente no segundo turno.
Arrisco, porque nada pode servir de bússola eleitoral no meu Estado senão a intuição e as tendências que costuma assumir cada parte do eleitorado carioca e fluminense.
Tenho que concordar com o que diz Anthony Garotinho, ao afirmar que Sérgio Cabral renunciou apenas à derrota que se anunciava depois que Romário cedeu ao bom-senso e firmou uma aliança com Lindbergh.
A aliança com César Maia, que tem como consequência praticamente obrigar Pezão a dar palanque para Aécio Neves no Rio de Janeiro, é apenas mais um movimento na longa e triste trajetória de Sérgio Cabral, um colecionador de traições, da qual, aliás, se enche a política brasileira em geral e a do Rio de Janeiro, especialmente.
De certa forma, Dilma e Lula estão pagando aqui por algo que não devem nunca perder: a boa-fé.
Cabral, a quem Lula deu a chance de banhar-se no Rio Jordão em 2010, é um traste político, a esta altura, mas controla a máquina estadual e a máquina dá sempre algo entre 20 e 30%  numa disputa estadual.
O problema é que Cabral mostrou que não vai entregar isso a Pezão.
Acaba de rifar as possibilidade de que ele fosse o candidato da Dilma, ou um deles.
O que poderia lhe dar a legitimidade que não tem.
E empurra a presidenta para uma necessária composição com Garotinho, como a que já havia com Crivella, que corre em nicho próprio.
Ambos têm a liderança nas pesquisas, hoje, mas possuem reconhecidos limites de crescimento embora possuam um eleitorado sólido.
E Cabral, o que ganha com a adesão a Aécio e a perda de Dilma?
O eleitorado da Zona Sul e em outras parcelas da classe média, hoje um feudo tucano, já não estaria contabilizado como perda nas contas da candidata a reeleição?
E Cabral acha que isso redimirá seu candidato do desgaste que ele acumulou nessas áreas? Ao contrário, será o candidato do PT o principal destinatário dos votos aecistas que não toleram a ideia de votar em Cabral.
Terminou o que era impossível continuar: todos os candidatos a governador apoiarem Dilma.
E a aliança de  Lindbergh com o PSB desobriga-a, também, de ter um único candidato.
Terá três.
E Aécio, terá um ou ficará prisioneiro de assumir a rejeição de Cabral no eleitorado de classe média, o que lhe é cativo?
Porque Pezão, que nada é, corre o risco de não ser nada: nem o candidato de Dilma, nem o de Lula, nem o de César Maia, nem o de Eduardo Paes.
E nem o de Sérgio Cabral, que detonou completamente os discursos e as chances do “seu candidato”.
Pezão perdeu o chão.
Sua candidatura passou a ser, em todos os sentidos, a de Cabral, sobretudo o de não ter personalidade própria.
Cabral esquece que, por mais que duas décadas de traições e mesquinharias tenham apequenado a política no Rio de Janeiro, sobrevive aqui, como em poucos lugares, o sentido nacional dos embates.

FHC atribui o sucesso da Copa aos êxitos do seu governo

Universo paralelo - Em mais um artigo publicado e republicado nos jornais, revistas, rádios e tvs piguistas, o ex eterno melhor e mais competente que o Brasil já teve (Fernando Henrique Cardoso) - a Ofélia da política brasileira -, voltou a destacar os irretocáveis feitos de seu governo em prol da Copa do Mundo. "Meus amigos e minhas amigas, é com muito orgulho que venho aqui dizer que o Brasil que multiplicou a classe média também é o Brasil que multiplicou a média de gols em uma Copa do Mundo", disse, sorrindo, enquanto beijava o escudo da CBF. 

"Graças a mim, o brasileiro passou da miséria para a classe média e também passou da primeira para a segunda fase", completou.

FHC prometeu escrevet um novo artigo caso a seleção se classifique para as quartas de final. 
"Será uma mesa redonda com os comentaristas José Serra, Geraldo Alckmin, Tasso Jereissati  e meu querido pupilo Aécio Neves", destacou. 
Em seguida, apresentou o calendário de pronunciamentos caso o Brasil seja campeão.
No final da tarde, o Itaú e o Bradesco exigiram duas vagas na lista de artilheiros da Copa.

Paulo Henrique Amorim - Barbosa e o MP

Um mensalão para matar o PT
Expulsa os 40 ladrões e mantém o Ali Babá sob controle

Barbosa se aproxima do fim.

Para evitar os 10 a 1, ele abriu mão até da relatoria do mensalão do PT (sim, porque o dos tucanos prescreveu antes de existir).

Cabe voltar um pouco atrás e tentar entender como se deu o – incompleto – Golpe de Estado do mensalão do PT.

(Até que, no terceiro turno, na Justiça Eleitoral, que precisa ser extinta, os trabalhistas deixem o poder.) 

O Golpe do mensalão do PT começa na denúncia inepta contra Collor.

(Clique aqui para ler o que disse Paulo Nogueira sobre o pecado capital de Mario Sergio Conti, e aqui para examinar os vínculos entre Conti, a Fel-lha (*) de SP – de mau hálito insuportável – e Dantas.)

Collor começou a cair não foi no detrito sólido de maré baixa, mas com uma denúncia inepta do MP de Aristides Junqueira.

Tão inepta que o Supremo sequer recebeu para julgá-la.

O mensalão do PT se revigora com o trabalho do Padim Pade Cerra, aliado ao MP, de destruir a candidatura de Roseana Sarney, em 2002.

Nesses dois episódios, Ministério Público se equipa e legitima para desempenhar o papel que a Elite dele espera: moralizar a política.

“Moralizar a Política”, numa sociedade até recentemente escravocrata, significa depurar a política dos “tarados” mestiços, geneticamente corruptos e, portanto, dos trabalhistas e seus aliados, como as organizações sociais e os sindicatos.

O MP se tornou a tutela dessa eugenia política.

Como disse Sepúlveda Pertence do Ministério Público, “criei um monstro”.

O Ministério Público não responde a ninguém, investiga quem quer e tem à disposição um coletivo de aparelhos do tipo “Guardião” para bisbilhotar quem bem entender – como diz o Conversa Afiada, o MP é o DOI-CODI da Democracia.

O MP não precisa mais denunciar ninguém.Basta um “procurador” da chamada “República” convocar uma coletiva da imprensa piguenta (**), dizer que tem sérios indícios de que alguém é ladrão, que o serviço está feito – sem oferecer denúncia…

Álbum de figurinhas

Raimundinho e o "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor"...
O chão salpicado de flores rosadas e o vento que sopra entre as copas das árvores fazem tão parte da casa de Raimundinho quanto o sofá branco com estofado à mostra, a cômoda que abriga as roupas que veste e a penteadeira adornada com a imagem de Jesus Cristo e uma bandeirinha do Brasil.
Prestes a completar 40 anos anos, o morador de rua ocupa a área à sombra de dois jambeiros à margem da Rua Francisco Orellana e dorme a uma distância de 1,7 km a pé da Arena Amazônia – “agora o bairro ficou mais bonito por que temos uma nave espacial: de noite ela liga”. Em uma das três ou quatro vezes que passei à beira da sua casa, o catador de materiais recicláveis, que teve educação formal até a quinta série, é dependente químico e diz ser pai de 13 filhos com três mulheres diferentes, conversou comigo.
O papo foi bom, mas o texto demorou a sair (já passei por Cuiabá, Brasília e estou a caminho de Fortaleza nesse momento) por que fiquei na dúvida sobre se deveria ou não transformar nosso diálogo em um micro perfil.
Resolvi fazer outra coisa.
Separei apenas a íntegra de um trecho da conversa, que, penso, faz um retrato mais interessante de “Eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” do que o cântico que é entoado a todo momento nos estádios.
Vi que você tem uma imagem de Jesus Cristo no armário. Por quê?
Eu sou muito religioso. Respeito muito, não importa qual religião, por que Deus pra mim só é um.
Vi também uma bandeirinha do Brasil…
Sou brasileiro, e isso aí eu não nego. Tinha uma grandona, mas que se acabou na chuva.
E o que significa ter essas bandeiras para você?
Eu tenho orgulho de ser brasileiro. Eu acho que nunca vou trair meu país que nem um bocado de gente que faz dinheiro aqui e leva para fora, entendeu? Um cara desse pra mim não é brasileiro. Ele tem que investir no país dele. (…) Nicolau, Lalau. Ouviu falar no Nicolau? (…) Foi condenado a 30 anos, mas não chegou nem na delegacia. Mas é ele, né? Tem estudo, dinheiro, poder. Mas não tem Deus com ele, por que quando morrer não vão levar é nada.

Desvio de verba? Obras superfaturadas? Desapropriação indevida? Abuso policial? Acho genial que, apenas com um plural deslocado na última frase, Raimundinho é capaz de estender o seu recado para bem mais gente.
***
Uma Copa do Mundo se faz com pessoas.
As que entram em campo, as que viajam para testemunhá-la, as que enchem as ruas, as que se voluntariam, as que torcem e as que veem no evento uma oportunidade para garantir seu sustento ou para extravasar.
A seção “Álbum de Figurinhas” pretende contar, com um microrrelato artesanal e um retrato por dia, a história de algumas dessas pessoas, muitas vezes invisíveis, que povoam os bastidores da Copa do Mundo do Brasil.
Para ler todos os textos, basta entrar no nosso Álbum de Figurinhas.
Ismael dos Anjos

É mineiro, jornalista, fotógrafo, devoto de Hunter Thompson e viciado em internet. Quanto mais abas abertas, melhor.





Outros artigos escritos por 

Coluna do Neno

Só vale bajular
 
Durante a ditadura, quem era contra a barbárie, era logo tachado de "comunista", o maior palavrão que os adeptos do regime de exceção conheciam. Tortura, não. Tortura era palavra bonita. A feia, "comunista". Era assim que rotulavam os democratas, defensores das liberdades. Agora são outros tempos, porém não mudou muito, não. Todos temos o direito de elogiar, de enaltecer. Se o jornalista segue o caminho laudatório cômodo e rentável, esse é que é o jornalista de verdade, pelo menos na concepção de quem está no poder.
Segundo tempo
Entanto, vá o profissional de imprensa elogiar o que considera certo, todavia sem abrir mão de denunciar e combater os desmandos das autoridades - infindáveis, pelo visto - dizem logo que ele não gosta de ninguém e que é contra todo mundo.
Intocáveis
Quando se fala em impostos é importante dizer que a bocarra oficial não pega os que enriquecem explorando a fé, espalhando templos pelo mundo inteiro e formando fortunas colossais. São todos isentos de impostos. Inadmissível.
Olha o exemplo!
A mãe de uma aluna reclamou com a professora que outros alunos estavam roubando os lápis da filha dela. E disse: - Não é pelo dinheiro, não. É apenas uma questão de princípios. - De princípios? - disse a mestra sem entender. - É sim senhora. O meu marido pega aqueles lápis na empresa onde ele trabalha.
Leitorado
A coluna protestou contra as vaias à presidente Dilma, as quais condeno pela forma e conteúdo. Só lamento que nada tenha sido dito quando o presidente do STF foi desrespeitado por advogado bêbado a serviço de um partido político. (Marco A. Lima Furtado - Meireles)
Picles
1 - O time perdeu o campeonato porque só fazia jogo de cena. (Francisco Garcia) 2 - Deus fez o mundo e descansou. Deus fez o homem e descansou. Deus fez a mulher e, desde então, nem o mundo nem o homem descansaram. (Aparício)
"Há dois sinais de envelhecimento. O primeiro é desprezar os jovens. O outro é quando a gente começa a adulá-los"
Mário Quintana -Escritor gaúcho

Sobremesa
É a segunda vez este ano que o governador desmaia em reunião pública. Além do estresse, Cid Gomes faria bem se desse uma reduzida drástica no tabagismo. O homem fuma mais do que caipora com saudade.
Gênio total. Kieran Reilly, da Nova Zelândia: "A velocidade da luz é maior que a do som. Então, está explicado por que a maioria das pessoas parecem brilhante até que escutamos elas falarem."
Louco estava escrevendo uma carta, quando o médico se aproximou e perguntou: - O que você está fazendo? - Escrevendo uma carta para mim. - E o que está escrito? - Não sei, ainda não recebi!

by Neno Cavalcante - Diário do Nordeste