Lição de vida

Em 1753 Jean-Jaque Rosseau escreveu:

 "Nunca numa monarquia, a opulência de um particular, o coloca acima das leis. Mas numa república ela pode facilmente pode coloca-lo acima das leis. Então o governo não possui mais força e o rico é sempre o soberano".

Em 1975 Tizé disse para mim:

 " Jojó não existe justiça. Existem leis que são sempre feitas para punir o pobre, e proteger o rico, o poderoso".

Os dois disseram a mesma coisa.

Cada um com as suas palavras. 

Engraçado é que Tizé jamais ouviu falar de Rosseau.

Aí aprendi mais uma lição:


O pensamento é mais concreto que qualquer objeto.

E o judiciário é o mais corrupto dos poderes.




***








Carta aos Ministros de Estado do Governo da Presidenta Dilma Roussef e do Povo Brasileiro: #NãoRenunciem!



Excelentíssimos senhores e senhoras Ministras e Ministros de Estado da República Federativa do Brasil.

Diante do iminente acolhimento pelo Senado Federal do pedido de abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma e a consequente suspensão temporária de suas funções no exercício de seu mandato, tem surgido várias opiniões e teses sobre o que deverá acontecer com seu governo nesse período de afastamento – em particular como ficará a composição de seu gabinete ministerial –, até que esse processo seja julgado pelo mesmo Senado Federal em até 180 dias.

Entre essas opiniões e teses, preocupa a que tem prevalecido nos últimos dias, de que todos os Ministros de Estado e Secretários Nacionais peçam exoneração de seus cargos, num ato de solidariedade à presidenta, afastada injustamente nesse processo falacioso de impeachment em que se pretende entregar a direção do país às raposas da corrupção e dos interesses do mercado.

Neste sentido eu gostaria de fazer uma ponderação e um apelo a cada um dos Ministros de Estado em quem a Presidenta confiou a operacionalização de seu governo através da condução das políticas públicas federais:

- Tenho uma forte convicção de que, nesse primeiro momento, o verdadeiro ato de solidariedade que nossa presidenta precisa é a defesa de seu mandato, a manutenção de seu governo e a garantia da continuidade das políticas públicas. Mais do que isso, defendo a permanência dos Ministros em seus cargos em um discurso unificado, em afronta ao golpe arquitetado pela velha elite brasileira e conduzido por Michel Temer e Eduardo Cunha, como fortalecimento e consolidação da narrativa pública do golpe.

Essa é para baba ovo de traíra espalhar


Em letras garrafais o jornaleco o globo estampa:

"Aliados de Cunha dizem que ele está "transtornado" sem saber o que fazer

Sub título: Líderes tentam convence-lo a renunciar para salvar mandato de deputado.

Pausa para rir

...

Consegui conter a crise de riso. Psicopata transtornado?

Salvar mandato?

O que tentam é intimidar o colega gângster Eduardo Cunha - que tem todos os golpistas em seus coletes -, quanto vale o silêncio de quem mexe com meio bilhão durante uma eleição?

O que há por vir, se o golpe for concretizado, serão férias no triplex de Paraty.

Se o STF não derrubar o golpe, será golpista



11 a 0
"o Deputado Federal Eduardo Cunha, ..., além de representar risco para as investigações penais sediadas neste Supremo Tribunal Federal, é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada. Nada, absolutamente nada, se pode extrair da Constituição que possa, minimamente, justificar a sua permanência no exercício dessas elevadas funções públicas. Pelo contrário, o que se extrai de um contexto constitucional sistêmico, é que o exercício do cargo, nas circunstâncias indicadas, compromete a vontade da Constituição, sobretudo a que está manifestada nos princípios de probidade e moralidade que devem governar o comportamento dos agentes políticos" [Relatório do ministro Teori Zavascki].

Isto acima lido, lembro a citação do Anestecia que diz mais ou menos assim:

Se posso usar uma palavra pra definir algo, por que usaria duas?

LADRÕES!

Honestos e leais cabem num fusca



Para Desonestos, desleais, covardes e golpistas ladrões da Democracia transatlântico é pequeno para cada um dele. A vontade de roubar nunca cessa, já dizia minha Vó Briguilina.

Leiam com atenção a ironia do jorna-lista Josias de Souza:
Manuel Bandeira decifrou a alma brasileira quando discorreu sobre o anseio de estar em Pasárgada, um lugar onde era amigo do rei. Em essência, é o que todo brasileiro médio deseja.

Se o brasileiro for parlamentar, dispensa todas as outras maravilhas da terra idealizada pelo poeta —do banho de mar à mulher desejada na cama escolhida— se tiver cargos, verbas públicas e alguma influência no palácio do rei.

Dilma Rousseff, a monarca da Pasárgada petista, conseguiu a proeza de afugentar aliados. Ofereceu mundos e, sobretudo, fundos. Mas seu rol de amigos foi reduzido, na comissão especial do impeachment do Senado, a uma minoria vexatória.

O processo de impeachment da rainha foi admitido por 15 votos a 5. O placar seria de 16 a 5 se o presidente da comissão, Raimundo Lira, não tivesse preferido, por elegância, se abster de votar.

A esse ponto chegou Dilma: seus aliados na comissão do impedimento cabem num fusca. Todos sabem de antemão que, levado ao plenário na próxima quarta-feira, a continuidade do processo de afastamento será aprovada.

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski! por Armando Rodrigues Coelho Neto

Como defensor dos direitos humanos, eu não desejaria ao Jair Bolsonaro um julgamento feito por aqueles que ora julgam Dilma Rousseff. Nem gostaria de ver o Jair Bolsonaro vivendo um "Apolo 11" controlado pelo torturador Brilhante Ustra. Menos ainda ver o ministro Ricardo Lewandowski diante de um juiz suspeito, processado, com duvidosas contas na Suiça.

Feita a ressalva, eu diria aos dois que todas as atrocidades feitas durante o nazismo e ou contra os negros durante a escravidão ocorreram dentro da lei. Do mesmo modo, mulheres cujos clitóris são mutilados ou tem suas vaginas costuradas mundo afora; crianças forçadas a casar muito cedo e corriqueiramente são violentadas são fatos protegidos por lei nos países que adotam tais práticas.
Nesse sentido, a referência legal é relativa. Aliás, nos casos de erros contra a pessoa os ritos são dentro da lei. Os casos decididos por juízes parciais e ou impedidos se dão dentro da lei. Escudar-se na aparência de legalidade para negar o golpe em curso soa como temeridade. Que o tal argumento parta do Bolsonaro, do Eduardo Cunha, do Paulinho da Força, tudo bem. Na Suprema Corte, não!
Uma simplória análise desse circo capitaneado por Eduardo Cunha tem cara do golpe da maconha intrujada, muito comum entre policiais corruptos. Algum caso já deve ter chegado à Suprema Corte. Algo assim como, a presidente Dilma Rousseff que não pagou mensalão e... desculpe (!)... o maconheiro não pagou a propina, o policial intruja a droga. Como policial, testemunha, juiz não gostam de maconheiro, tudo corre dentro da lei: advogado, ampla defesa, figurino constitucional...
Pois bem, senhor Ricardo Lewandowskii, a Dilma não deu os seis votos que Eduardo Cunha tentou extorquir para abafar o zum-zum das contas dele na Suiça. Aliás, ao que consta, descobertas pelos suíços, pois a "Farsa-a- Jato" foi criada pra caçar Lula/Dilma/PT e não pra vasculhar a vida do Presidente da Câmara. A CPI dos Precatórios, a Operação Macuco e Banestado falam por si.

Meme do dia