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O pig, o jornalismo brasileiro e o caso cachoeira

por Luis Nassiff

Aparentemente rompeu-se o longo pacto político de 2005, dos grandes grupos de mídia.

Conforme adiantei na série "O caso de Veja", a revista escondeu-se no macartismo mais primário para montar suas jogadas. Cada loucura da revista, por mais inverossímil que fosse, era repercutida pelos demais jornais e pelo Jornal Nacional, porque havia um objetivo maior, de derrubar o governo. Esse pacto espúrio acabou conferindo à Veja um poder quase ilimitado.
E aí se entra no papel de personagens públicos. Na era do espetáculo, há personagens midiáticos, fabricados e que ganham visibilidade à custa de doses maciças de divulgação.
No período mais escabroso do jornalismo brasileiro, o pacto midiático tentou transformar figuras menores do jornalismo da Veja em personalidades com enorme visibilidade, exclusivamente para conferir-lhes maior poder de fogo no fuzilamento de reputações dos que ousassem denunciar os métodos criminosos da revista. Depois de usados, voltaram ao esgoto.
E como foi fácil esse aliciamento da mídia, valendo-se da transição no comando dos três principais grupos jornalísticos! De nada adiantaram alertas sobre a fria em que estavam entrando. O despreparo os fazia acreditar que se estava ingressando em uma nova fase do jornalismo, em que se aboliam totalmente as divisórias entre o fato e a ficção, ignorava-se a lei, os poderes constituídos, envolvia-se o Supremo nas suas manipulações, tentava se desacreditar a Polícia Federal, como se pairassem acima das instituições..
Agora, a ficha começa a cair. Apesar das enormes pressões sofridas, o Correio Braziliense rompeu o pacto de silêncio em torno de Demóstenes. O Globo, finalmente, começa a dar espaço para seus jornalistas entrarem no tema.
Vai ser uma oportunidade única de desvencilhar a imagem da mídia brasileira do esquema que foi montado por Roberto Civita, em parceria com o crime organizado.


Punição e impunidade

O senador Demóstenes Torres renuncie ao mandato ou seja cassado de certa forma será punido.

O Bicheiro Carlinhos Cachoeira bem ou mal também será punido.

O empresário Carlos Augusto Ramos sairá impune deste esquema de corrupção revelado pela PF?...

O histórico infelizmente nos leva a dizer que sim.

No Brasil uma das coisa mais difíceis que existe é o judiciário punir "empresários". Punir ladrão de galinhas é especialidade dos nossos juízes. No papel a lei é igual para todos, na realidade é mais desigual que nossa distribuição de renda.

Para contribuir com um pouco de luz sobre os negócios "legais" do "empresário" e seus sócios. Conheçam algumas empresas de propriedade dele:


  • Aprigio Construtora
  • Instituto de Ciência Farmacêutica de Estudos e Pesquisas.
  • Fundação Nelson Castilho Maquinaria Publicidade e Propaganda
  • Eletro Chance
  • BET-Capital
  • WCR Produção e Comunicação
  • Souza Ramos Advogados
Se o dinheiro do sujeito vei do jogo ilegal, como as empresas podem ser legalizadas?




Gravação no Hotel Naoum pode ser obra de Cachoeira

Se esses rumores se confirmarem vou poder dizer que cantei essa pedra duas vezes:
A primeira na época do episódio que escrevi no blog que as imagens da Veja não vinham do circuito interno do hotel: Veja passou recibo do crime. Você reproduziu o texto aqui no blog só que comm um título bem mais cuidadoso, com toda a razão: As suspeitas sobre as gravações da Veja.
A segunda foi agora dia 1º aqui no blog, quando sugeri que você incluísse esse caso na sua lista de matérias plantadas por Cachoeira na Veja http://www.advivo.com.br/comentario/re-as-materias-que-cachoeira-plantou... o foca não entende de arapongagem, ou recebeu consultoria ou eram os próprios arapongas do Cachoeira
Filme do Hotel Naoum pode ser obra de CachoeiraFilme do Hotel Naoum pode ser obra de CachoeiraFoto: DivulgaçãoHÁ INDÍCIOS DE QUE A GRAVAÇÃO DE AUTORIDADES DO GOVERNO NUM HOTEL FREQUENTADO PELO EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU, EM BRASÍLIA, TERIA SIDO PRODUZIDA PELA GANGUE DO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA; REVELAÇÃO FOI FEITA PELO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE
04 de Abril de 2012 às 23:39
247 – As relações perigosas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e alguns órgãos de imprensa, especialmente a revista Veja, ainda prometem dar muito pano pra manga. Já se sabia que Cachoeira produziu diversos grampos e vídeos clandestinos utilizados pela revista nos últimos anos, como a fita em que Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios, aparecia recebendo uma propina de R$ 5 mil – denúncia que desencadeou o processo do Mensalão. Agora, segundo o jornalista Luiz Carlos Azedo, principal colunista político do Correio Braziliense, surgem indícios de que Cachoeira também esteve por trás da gravação de imagens no hotel Naoum, no fim do ano passado, que captaram encontros do ex-ministro José Dirceu com autoridades do governo federal, como o ministro Fernando Pimentel e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
À época, um repórter da revista Veja, Gustavo Ribeiro, foi acusado de tentar invadir o apartamento do ex-ministro para demonstrar que ele estaria atuando como lobista no governo federal. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal, mas o jornalista não foi indiciado porque a invasão, impedida pela camareira do hotel, não se consumou. Veja, no entanto, publicou imagens do corredor do hotel, que não foram captadas pelo circuito interno de imagens do Naoum. Segundo Azedo, do Correio Braziliense, o vídeo pode ter sido produzido pela gangue de Carlinhos Cachoeira, que foi fonte contumaz da revista nos últimos anos. A reportagem de Veja, que terminou nas páginas policiais, também contribuiu para a queda do ex-redator-chefe da publicação, Mario Sabino.
Caso a informação se confirme, será mais um problema para a Editora Abril, que ainda não se explicou de forma convincente sobre a parceria editorial com um dos maiores contraventores do País. Leia, abaixo, a nota que Azedo publicou no Correio Braziliense:
Há rumores de que Cachoeira estaria na iminência de se tornar réu colaborador, passando às autoridades mais informações do que as obtidas nas investigações, o que fecharia o cerco a políticos e empresas envolvidas em ilícitos. Até magistrados estariam enrolados nos seus grampos, alguns dos quais serviram de base para denúncias da imprensa, como as imagens (sem áudio) dos encontros do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília.
por Len

Coerência


Do leitor Luiz Sérgio Silveira Costa

Uma coisa se pode dizer a favor do Senado: é coerente. 
A esse escândalo do senador Demóstenes Torres agregam-se os seguintes fatos: seu Conselho de Ética está há muito tempo sem presidente, sem que Sarney tomasse providências.
É coerente, pois agilidade, indignação, punição e exoneração não fazem parte do seu ideário. Afinal, para quê Conselho de Ética se todos os senadores são éticos, acima de quaisquer suspeitas e presididos por um cidadão incomum?
O presidente interino do Conselho, senador Jayme Campos, julgou-se impedido de presidi-lo por ser do mesmo partido do senador acusado. Qual o problema, senador? Aí estão o CNJ, o CNMP e muitos outros conselhos que julgam seus pares sem impedimento.
O Senado marcou só para 10 de abril a escolha do novo presidente do Conselho de Ética. É coerente, pois a demora ajuda a tirar o escândalo da mídia. De coerências em coerência, não será surpresa se, nas próximas eleições, o povo acabar se julgando impedido de votar para senador.
Também é coerente: afinal, o senador suplente - há varios -, essa aberração antidemocrática, já não toma posse sem voto popular?

Cachoeira é um tsunami na tucademopiganalhada



Agora há pouco, no site da Carta Capital, a revista que, além de desaparecer em Goiânia comprada por um grupo misterioso, ia ser processada pelo governo de Goiás, por ligar o Governo Marconi Perillo ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, fonte assídua da Veja, “para limparo Brasil”.

“Não adiantou negar, espernear, ameaçar processo. Nesta quarta-feira 4, a revelação de que as falcatruas do bicheiro Carlinhos Cachoeira tinha tentáculos no governo de Goiás produziu a primeira baixa na equipe de Marconi Perillo (PSDB).
No centro das suspeitas, a chefe de gabinete do governador, Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu exoneração após a revelação de que era citada nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na esteira da Operação Monte Carlo.
Conforme mostrou a reportagem de Leandro Fortes na última edição de CartaCapital, Eliane chegou ao cargo no início do ano passado, depois das eleições de 2010, quando foi responsável pela articulação do tucano para que prefeitos do PP aderissem à campanha do PSDB ao governo estadual.
Segundo as investigações, a filha de um dos padrinhos políticos de Eliane é casada com um irmão de Cachoeira, que comandou o esquema do jogo do bicho e outras irregularidades em Goiás. Ele foi preso pela PF na operação.
Eliane é suspeita de acionar políticos aliados sobre operações policiais na região. As mensagens eram trocadas com o bicheiro, de acordo com outra reportagem, publicada nesta quarta-feira pela Folha de S.Paulo.
Ciente da encrenca em que está metido, Perillo já havia decidido mexer em sua equipe para apagar os rastros de Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), também implicado no esquema. Assim, a chefe de gabinete de Perillo deveria deixar o cargo, conforme noticiou CartaCapital na semana passada, sob a improvável promessa de mudar de função.
Os arquivos e grampos de Cachoeira são um tsunami.
Perillo, convém lembrar, é a “boa alma” que disse ter ido avisar Lula sobre o “mensalão”, após a gravação da propina nos Correios que, agora se sabe, foi mandada fazer por Carlinhos Cachoeira.

ALIANÇA CONTRA O ROUBO E O GOLPE


Por Carlos Chagas
                                                  Carlos Lacerda vivia momento alto em sua popularidade, concorrendo a deputado federal em 1954, logo após a morte do presidente Getúlio Vargas, que ajudara a derrubar. Lançou-se em nome da Aliança contra o Roubo e o Golpe, mas antes mesmo de tomar posse iniciou ampla campanha pelo estado de exceção, em nome da desintoxicação do eleitorado, para ele atingido pelo  vírus do trabalhismo. Dispunha de televisão quando quisesse, pois suas arengas davam Ibope. Certa noite perdeu a voz e o equilíbrio emocional quando, do auditório, levantou-se um jovem e indagou:  

“o senhor foi eleito contra o roubo e o golpe. Agora está pregando o golpe. Quando pregará o  roubo?”
                                                       Guardadas as proporções, a situação se repete com  Demóstenes Torres. Campeão da ética, algoz implacável dos corruptos, crítico permanente dos malfeitos praticados à sombra do governo, o senador por Goiás destacou-se na defesa da democracia, da Constituição e da lei. Vê-se agora flagrado numa série de denúncias sobre  parceria com bandidos. Seria o caso de inverter a equação e indagar quando começará a defender o golpe?...

Abre o bico senador

O pig através das suas revistas, jornais, portais e telejornais incentivam o senador Demóstenes Torres a renunciar. É a operação "abafa".

Eu defendo que ele não renuncie [como fez José Dirceu], e que seja criada e funcione imediatamente a CPI do Cachoeira. 

Quero que sejam intimados os jornalistas que tiveram colaboração do senador e do bicheiro para suas grandes reportagens.

A quem interessa o silêncio dos muy amigos Demóstenes, Cachoeira e cia?...

Com certeza aos chefões da máfia e cúmplices que ainda não apareceram.

As pessoas honestas interessa a verdade. 

Aos hipócritas, aos paladinos da moral e éti[ti]ca tucademopiganalha interessa o escândalo dos outros e o silêncio do senador. 

O palco que a mídia deu a Demóstenes Cachoeira

Comentário de Luzete no post: O pig e as raposas no galinheiro


Maria Inês, parabéns.
Você, conclui definitivamente, ao constatar "Demóstenes não seria Demóstenes se não tivesse tanto espaço para divulgação de suas armações."
Exatamente! Demóstenes, por princípio, jamais poderia se apresentar como paradigma de qualquer projeto ético para o país. digo isto, porque o partido que o acolhia era a UDN (ops, ARENA! DEM, tudo a mesma coisa! alguns deles se bandearam para outras siglas, mas a essência é a mesma) e este partido, jamais, jamais, pode ou poderia ser exemplo de nada, senão do atraso nacional, do preconceito, das coisas urdidas em surdina, na caserna, dos conluios que explicam fortunas pessoais inimagináveis. berço da corrupção, mal tão difícil de ser superado, porque, parece, criou raizes que se estendem para todos os ramos da vida política e civil do país, incluindo o judiciário e, sobretudo, a imprensa.
p>esta imprensa, tal como você sugere, é justamente, aquela que legitimava as verdades desta turma. eraela que funcionava como caixa de ressonância dos desejos de uma quadrilha que, durante décadas, assaltou o país. é ela que está doente. é ela que está em crise, porque não pode mais impor as verdades que lhe interessam e que, no balanço que se faz da história, pode ser responsabilizada por muito do atraso cultural e moral que ainda invade certos setores da vida nacional.
os tempos mudaram. estão mudando. sou otimista.
a propósito, veja esta resposta dada por dilma rousseff a um(a?) jornalista, acerca da "crise" política no Brasil (nos 2 minutos do vídeo). um show!

O pig e as raposas no galinheiro

É claro que podemos discordar de algumas coisas escritas pela articulista. Mas, que na essência ela está coberta de razão. Meu amigo Laguardia, lesse o texto com isenção e sem preconceitos também concordaria com os argumentos apresentados abaixo. Espero que ele se desarme e faça uma boa leitura.


O rumoroso caso Demóstenes Torres (DEM-GO) não é apenas mais um caso de corrupção denunciado pelo Ministério Público. É uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos, venal. E hipócrita também. 
p class="texto">Teoricamente, todos os jornais e jornalistas sabiam quem foram os arautos da moralidade por eles eleitos nos últimos anos: representantes da política tradicional, que fizeram suas carreiras políticas à base de dominação da política local, que ocuparam cargos de governos passados sem nenhuma honra, que construíram seus impérios políticos e suas riquezas pessoais com favores de Estado, que estabeleceram relações profícuas e férteis com setores do empresariado com interesses diretos em assuntos de governo. 
Foram políticos com esse perfil os escolhidos pelos meios de comunicação para vigiar a lisura de governos. Botaram raposas no galinheiro.
Nesse período, algumas denúncias eram verdadeiras, outras, não. Mas os mecanismos de produção de sensos comuns foram acionados independentemente da realidade dos fatos. Demóstenes Torres, o amigo íntimo do bicheiro, tornou-se autoridade máxima em assuntos éticos. Produziu os escândalos que quis, divulgou-os com estardalhaço. Sem ir muito longe, basta lembrar a “denúncia” de grampo supostamente feita pelo Poder Executivo no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, então presidente da mais alta Corte do país. Era inverossímil: jamais alguém ouviu a escuta supostamente feita de uma conversa telefônica entre Demóstenes, o amigo do bicheiro, e Mendes, o amigo de Demóstenes. 
Os meios de comunicação receberam a suposta transcrição de um grampo, onde Demóstenes elogia o amigo Mendes, e Mendes elogia o amigo Demóstenes, e ambos se auto-elegem os guardiões da moralidade contra um governo ditatorial e corrupto. Contando a história depois de tanto tempo, e depois de tantos escândalos Demóstenes correndo por baixo da ponte, parece piada. Mas os meios de comunicação engoliram a estória sem precisar de água. O show midiático produzido em torno do episódio transformou uma ridícula encenação em verdade.
A estratégia do show midiático é conhecida desde os primórdios da imprensa. Joga-se uma notícia de forma sensacionalista (já dizia isso Antonio Gramsci, no início do século passado, atribuindo essa prática a uma “ imprensa marrom”), que é alimentada durante o período seguinte com novos pequenos fatos que não dizem nada, mas tornam-se um show à parte; são escolhidos personagens e conferido a ele credibilidade de oráculos, e cada frase de um deles é apresentada como prova da venalidade alheia. No final de uma explosão de pânico como essa, o consumo de uma tapioca torna-se crime contra o Estado, e é colocado no mesmo nível do que uma licitação fraudulenta. A mentira torna-se verdade pela repetição. E a verdade é o segredo que Demóstenes – aquele que decide, com seus amigos, quem vai ser o alvo da vez – não revela.
Convenha-se que, nos últimos anos, no mínimo ficou confusa a medida de gravidade dos fatos; no outro limite, tornou-se duvidosa a veracidade das denúncias. A participação da mídia na construção e destruição de reputações foi imensa. Demóstenes não seria Demóstenes se não tivesse tanto espaço para divulgação de suas armações. Os jornais, tevês e revistas não teriam construído um Demóstenes se não tivessem caído em todas as armadilhas construídas por ele para destruir inimigos, favorecer amigos ou chantagear governos. Os interesses econômicos e ideológicos da mídia construíram relações de cumplicidade onde a última coisa que contou foi a verdade.
Ao final dos fatos, constata-se que, ao longo de um mandato de oito anos, mais um ano do segundo mandato, uma sólida relação entre Demóstenes e a mídia que, com ou sem consciência dos profissionais de imprensa, conseguiu curvar um país inteiro aos interesses de uma quadrilha sediada em Goiás. 
Interesses da máfia dos jogos transitaram por esse esquema de poder. E os interesses abarcavam os mais variados negócios que se possa fazer com governos, parlamentos e Justiça: aprovação de leis, regras de licitação, empregos públicos, acompanhamento de ações no Judiciário. Por conta de um interesse político da grande mídia, o Brasil tornou-se refém de Demóstenes, do bicheiro e dos amigos de ambos no poder.
Não foi a mídia que desmascarou Demóstenes: a investigação sobre ele acontece há um bom tempo no âmbito da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Nesse meio tempo, os meios de comunicação foram reféns de um desconhecido personagem de Goiás, que se tornou em pouco tempo o porta-voz da moralidade. A criatura depõe contra seus criadores.

Veja: Policarpo-Cachoeira, uma parceria para limpar o Brasil

do Tijolaço


A Veja "desencarnou" Demóstenes: parceria cívica com Carlinhos Cachoeira
Um dos principais argumentos para dizer que o ex-Presidente Lula tinha conhecimento dos esquemas de depósitos ilegais de dinheiro para parlamentares em seu primeiro governo é o fato de que o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirma tê-lo avisado de que estaria ocorrendo o “mensalão”.
Perillo diz ter sido alertado pelo deputado tucano Carlos Leréia. Ambos, como todos sabem, mais do que ligados a Carlinhos Cachoeira.
O caso começou, todos se recordam, com a filmagem de um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, recebendo R$ 3 mil de interlocutores, num “furo de reportagem” de Policarpo Júnior, da Veja.
Sabe-se agora que a gravação foi providenciada pelo araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, sargento reformado da Aeronáutica a serviço de Carlinhos Cachoeira. Dadá é aquele que “revelou” a Policarpo Júnior o suposto “dossiê” que se fazia contra a candidatura Serra que, de tão secreto, virou o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Júnior.
Cachoeira  é, por sua vez, o autor da gravação de Waldomiro Diniz, na época dirigente da empresa de loterias do Governo do Rio de Janeiro, pedindo propina, outro “furo” de Policarpo Júnior.
Agora, não podendo mais ocultar a “série de coincidências” – embora, ao contrário de outras vezes, tenha poupado uma capa sobre o escândalo – Veja mostra que associação entre seu editor e o banqueiro do bicho era de natureza “cívica”.
Sabendo que o áudio vazara, o publica como prova de sua “total transparência”, com a garantia do próprio bicheiro: “‘O Policarpo nunca vai ser nosso’.
Não, apenas estão trabalhando juntos pela moralidade pública:
- Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos (furos de reportagem) já foram, rapaz? E tudo via Policarpo.
Chega a ser comovente tanta pureza. Ouça o diálogo aqui.
E é também tocante o discernimento de toda a grande imprensa brasileira, que se convenceu, automaticamente, que a associação Policarpo-Cachoeira era quase uma benemerência, uma cruzada moralizadora para livrar o Brasil da corrupção.
É certamente por esse elevado sentido de honradez que todas estas informações foram sonegadas aos leitores. O homem que mandava corromper e gravava a propina queria apenas o bem do Brasil e Policarpo, dono de um altíssimo sentido de dever pátrio, seguia suas orientações, profusamente transmitidas em dezenas e até centenas de telefonemas.
Só falta dizer que é dele a imagem no Santo Sudário, ao qual apelou a Veja para esconder sob Cristo o seu pecado Demo-Cachoeirista.
Enquanto isso, Lula, com a garganta – aquela que ele salvou do impeachment que a Veja desejava – recém recuperado, vai fazendo o milagre de contar, como prometera, tudo o que esteve encoberto na história do “mensalão”.
Sem ter de dizer uma palavra.

A quem interessa Demóstenes Cachoeira renunciar?

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante [Jacobino] vem a público defender a renúncia do senador, dizendo: " O que a sociedade é um ato dele para renunciar o mandato e não expor o parlamento"...

Nada disso Ophir Catão , o que a sociedade que é que o senador bote a boca no trombone e revele os nomes de outros impolutos senhores acima de qualquer suspeita, paladinos da moral e ética que o dito cujo tão bem representou com apoio incondicional do pig. E que você Ofhir devolva aos cofres públicos o que mamou durante 13 anos.

O que a sociedade que mesmo é que o senador Demóstenes Torres revele os nomes do seus cúmplices na imprensa, no empresariado, na política , no judiciário, na polícia e demais setores onde eles estejam.

Abre o bico senador. Jorra Cachoeira os nomes dos que fazem parte da turxma.

A sociedade agradece.

Veja as reportagens que foram regadas por Cachoeira

Em 2008 Luis Nassiff deu ínicio a 1ª batalha de um blog contra uma grande publicação brasileira.
Foi "O Caso de Veja", uma série de reportagens denunciando o jornalismo da revista Veja. Nela, selecionou um conjunto de escândalos inverossímeis, publicados pela revista. Eram matérias que se destacavam pela absoluta falta de discernimento, pela divulgação de fatos sem pé nem cabeça.

A partir dos "grampos" em Carlinhos Cachoeira foi possível identificar as matérias que montava em parceria com a revista. A maior parte delas tinha sido abordada na série, porque estavam justamente entre as mais ostensivamente falsas.
Com o auxílio de leitores, aí vai o mapeamento das matérias:
DO GRAMPO DA PF DIVULGADO PELA REVISTA VEJA ESTE FIM DE SEMANA:
Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos (...).
Cachoeira: Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? (...)
Cachoeira: Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.
Graças ao grampo, é possível mapear alguns dos “furos” mencionados pelo bicheiro na conversa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PM-araponga Jairo Martins, um ex- agente da Abin que se vangloria de merecer um Prêmio Esso por sua colabiração com Veja em Brasília. Martins está preso, junto com seu superior na quadrilha de Cachoeira, o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, fonte contumaz de jornalistas - com os quais mantém relações de agente duplo, levando e trazendo informações do submundo da arapongagem.
O primeiro registro da associação entre Veja e Cachoeira está numa reportagem de 2004, que desmoralizou uma CPI em que o biicheiro era invetigado. Em janeiro daquele ano, Cachoeira foi a fonte da revista Época, concorrente de Veja, na matéria que mostrou Waldomiro Diniz, sub de José Dirceu, pedindo propina ao bicheiro quando era dirigente do governo do Rio (2002). Depois disso, Cachoeira virou assinante de Veja.
As digitais do bicheiro e seus associados, incluindo o senador Demostenes Torres, estão nos principais furos da Sucursal de Brasília ao longo do governo Lula: os dólares de Cuba, o dinheiro das FARC para o PT, a corrupção nos Correios, o espião de Renan Calheiros, o grampo sem áudio, o “grupo de inteligência” do PT.
O que essas matérias têm em comum:
1) A origem das denúncias é sempre nebulosa: “um agente da Abin”, “uma pessoa bem informada”, “um espião”, “um emissário próximo”.
2) As matérias sempre se apoiam em fitas, DVDs ou cópias de relatórios secretos – que nem sempre são apresentados aos leitores, se é que existem.
3) As matérias atingem adversários políticos ou concorrentes nos negócios de Cachoiera e Demostenes Torres (o PT, Lula, o grupo que dominava os Correios, o delegado Paulo Lacerda, Renan Calheiros, a campanha de Dilma Rousseff)
4) Nenhuma das denúncias divulgadas com estardalhaço se comprovou (única exceção para o pedido de propina de 3 mil reais no caso dos Correios).
5) Assim mesmo, todas tiveram ampla repercussão no resto da imprensa.
CONFIRA AQUI A CACHOEIRA DOS FUROS DA VEJA EM ASSOCIAÇÃO COM DEMÓSTENES, ARAPONGAS E CAPANGAS DO BICHEIRO PRESO:
1) O CASO DO BICHEIRO VITIMA DE EXTORSÃO
Revista Veja Edição 1.878 de 3 de novembro de 2004
http://veja.abril.com.br/031104/p_058.html
 
Trecho da matéria: Na semana passada, o deputado federal André Luiz, do PMDB
do Rio de Janeiro, não tinha amigos nem aliados, pelo menos em público. Seu
isolamento deveu-se à denúncia publicada por VEJA segundo a qual o deputado
tentou extorquir 4 milhões de reais do empresário de jogos Carlos Cachoeira. As
negociações da extorsão, todas gravadas por emissários de Cachoeira, sugerem
que André Luiz agia em nome de um grupo de deputados.
NOTA: A fonte da matéria são “emissários de Cachoeira”, o “empresário de jogos”
que Veja transformou de investigado em vítima na mesma CPI.

2) O CASO DO DINHEIRO DAS FARC
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 1896 de 16 de março de 2005
 
Trecho da Reportagem: Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez
um informe a seus chefes (...) Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da
revista, VEJA teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre
as Farc e petistas simpatizantes do movimento.
Capítulo 2 - Revista Veja Edição 1.899 de 6 de abril de 2005
 
Trechos da matéria: Na semana passada, a comissão do Congresso encarregada
de fiscalizar o setor de inteligência do governo resolveu entrar no caso Farc-PT.
 Na quinta-feira passada, a comissão do Congresso decidiu convocar o coronel e o
espião. Os membros da comissão também querem ouvir José Milton Campana, que
hoje ocupa o cargo de diretor adjunto da Abin e, na época, se envolveu com a
investigação dos supostos laços financeiros entre as Farc e o PT.
 O senador Demostenes Torres, do PFL de Goiás, teme que a discussão sobre o
regimento sirva só para adiar os depoimentos. "Para ouvir a versão do governo e
tentar dar o caso por encerrado, ninguém precisou de regimento", diz ele.

3) O CASO MAURICIO MARINHO
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 1.905 de 18 de maio de 2005
Trecho da reportagem: Há um mês, dois empresários estiveram no prédio central
dos Correios, em Brasília. Queriam saber o que deveriam fazer para entrar no
seleto grupo de empresas que fornecem equipamentos de informática à estatal.
Foram à sala de Maurício Marinho, 52 anos, funcionário dos Correios há 28, que
desde o fim do ano passado chefia o departamento de contratação e administração
de material da empresa. Marinho foi objetivo na resposta à indagação dos
empresários. Disse que, para entrar no rol de fornecedores da estatal, era preciso
pagar propina. "Um acerto", na linguagem do servidor. Os empresários, sem que
Marinho soubesse, filmaram a conversa. A fita, à qual VEJA teve acesso, tem 1
hora e 54 minutos de duração.

NOTA: As investigações da PF e de uma CPI mostraram que o vídeo foi entregue à
revista pelo PM-araponga Jairo Martins, que “armou o cenário” da conversa com
Marinho a mando de concorrentes nas licitações dos Correios.
4) O CASO DOS DÓLARES DE CUBA
Revista Veja Edição 1.929 de 2 de novembro de 2005
 
 
Trecho da reportagem: (Vladimir) Poleto, (principal fonte da reportagem) até
hoje, é um amigo muito próximo do irmão de (Ralf) Barquete, Ruy Barquete,
que trabalha na Procomp, uma grande fornecedora de terminais de loteria
para a Caixa Econômica Federal. Até a viúva de Barquete, Sueli Ribas Santos, já
comentou o assunto. Foi em um período em que se encontrava magoada com o PT
por entender que seu falecido marido estava sendo crucificado. A viúva desabafou:
"Eles pegavam dinheiro até de Cuba!"
NOTA: A empresa de Barquete venceu a concorrência da Caixa Econômica Federal
para explorar terminais de jogos em 2004, atravessando um acordo que estava
sendo negociado entre a americana Gtech (antiga concessionária) e Carlinhos
Cachoeira, com suposta intermediação de Waldomiro Diniz. O banqueiro teria
deixado de faturar R$ 30 milhões m cinco anos.
A armação era para pegar Antonio Palloci, padrinho de Barquete. Pegou Dirceu.
(Detalhes da relação Cachoeira-Gtech na matéria do Correio Braziliense de 26 de
setembro de 2005:
5) O CASO FRANCISCO ESCÓRCIO
Revista Veja Edição 2.029 de 10 de outubro de 2007
 
 Chamada no alto, à esquerda: RENAN AGORA ESPIONA OS ADVERSÁRIOS
 
Na semana passada, Demostenes Torres e Marconi Perillo foram procurados por
amigos em comum e avisados da trama dos arapongas de Renan. Os senadores se
reuniram na segunda-feira no gabinete do presidente do Tribunal de Contas de
Goiás, onde chegaram a discutir a possibilidade de procurar a polícia para tentar
flagrar os arapongas em ação. "Essa história é muito grave e, se confirmada, vai
ser alvo de uma nova representação do meu partido contra o senador Renan
Calheiros", disse o tucano Marconi Perillo. "Se alguém quiser saber os meus
itinerários, basta me perguntar. Tenho todos os comprovantes de vôos e os
respectivos pagamentos." Demostenes Torres disse que vai solicitar uma reunião
extraordinária das lideranças do DEM para decidir quais as providências que serão
tomadas contra Calheiros. "É intolerável sob qualquer critério que o presidente
utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes", afirma
Demóstenes.
Pedro Abrão, por sua vez, confirma que os senadores usam seu hangar, que
conhece os personagens citados, mas que não participou de nenhuma reunião. O
empresário, que já pesou mais de 120 quilos, fez uma cirurgia de redução de
estômago e está bem magrinho, como disse Escórcio. Renan Calheiros não quis
falar.Com reportagem de Alexandre Oltramari (que viria a ser assessor de Marconi Perillo)
NOTA: Demostenes é a única fonte que confirma a versão em que teria sido vítima.
6) O CASO DO GRAMPO SEM ÁUDIO
Capítulo 1 - Revista Veja, Edição 2022, 22 de agosto de 2007
http://veja.abril.com.br/220807/p_052.shtml
Capítulo 2 - Revista Veja Edição 2073 de 13 de agosto de 2008


Capítulo 3 - Revista Veja Edição 2.076 de 3 de setembro 2008
 
 Chamada acima do logotipo: “PODER PARALELO”
 
 Trecho da matéria: O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista
por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo.
 Trecho da matéria: O senador Demóstenes Torres também protestou: "Essa
gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do
governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes". O
parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do
Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação
imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para
analisar o caso. "O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é
conivente com esse crime contra a democracia."
 NOTA: O grampo sem áudio jamais foi exibido ou encontrado, mas a repercussão
da matéria levou à demissão do delegado Paulo Lacerda da chefia da Abiin.
7) O CASO DO “GRUPO DE INTELIGÊNCIA” DO PT
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 2.167 de 2 de junho de 2010
 
 Trecho da matéria: Não se sabe, mas as fontes de VEJA que presenciaram os
eventos mais de perto contam que, a certa altura...
Nota: a “fonte” não citada é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, funcionário de
Carlinhos Cachoeira, apresentado a Luiz Lanzetta como especialista em varreduras.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição de julho de 2010
 
 Trecho de entrevista com o ex-delegado Onézimo de Souza:, que sustentou (e
depois voltou atrás) a história de que queriam contratá-lo para grampear Serra:
 O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para es-pionar
adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o
Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas
o negócio não se concretizou.
 NOTA: O outro colega do delegado-araponga, que Veja não menciona em
nenhuma das reportagens sobre o caso, é o ex-sargento Idalberto Matias, o
Dadá, capanga de Cachoeira e contato do bicheiro com a revista Veja (o outro
contato é Jairo Martins, o policial associado a Policarpo Junior)
(Confira na entrevista da Folha de S. Paulo com Luiz Lanzetta: