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José Dirceu: Onda alarmista sobre risco de apagão é estúpida, política e oportunista


A onda alarmista sobre os riscos de racionamento de energia ou apagão tem claros objetivos políticos e interesses privados. A avaliação que vem sendo feita sobre o cenário energético brasileiro é estúpida. Essa estratégia faz parte da linha de tentativa de desconstrução do nosso governo, tão cara a certos articulistas, jornalões e jornalecos. Atende também ao persistente rentismo.

Vejo nesses jornalões uma campanha de estupidez sobre o assunto. Falam em apagão (há quem já faça as contas sobre o impacto do apagão no PIB, em puro clima de torcida), em racionamento, em aumento na conta de luz, em riscos de inadimplência...

Não faz sentido. A imprensa faz questão de esconder as informações verdadeiras. Elas ficam lá no pé da página ou dentro de algum texto secundário. Ou nem sequer são mencionadas.

Zé Emílio: com que moral?


Uma imprensa saudável e verdadeira, que quer bem para sua nação e não para alguns poucos que ela deseja, tem que ter mais responsabilidade e discernimento, o que a grande maioria da nossa não tem.
Desde que o PT está no poder, nesta época do ano, os jornais,revistas, Tvs... repetem esta matéria do apagão com todo estardalhaço possível e quando os reservatórios começam a se normalizar, não se fala mais nisso, nem se pede desculpa pelo estrago.
Sugiro a esses hipócritas travestidos de jornalistas, se chafurdarem nas suas editoras de pesquisas onde vão deparar com a repetição desta matéria nos últimos dez anos. Esses pulhas deveriam ter mais condescendência com o nosso povo brasileiro que já anda sobressaltado com vários problemas e esse terror subserviente só piora a situação.
A nossa sorte é que o brasileiro não acredita mais nessa imprensa despudorada e nos vendilhões que nela atuam .
Além do "apagão" , nesses últimos dez anos, além de outras mazelas, sempre torcem e dão destaque para o "dragão da inflação", já repararam. Aí o dragão não vem como eles desejam e não se fala mais nisso
Essa imprensa poderia tomar vergonha na cara,e é só pensar que vira e mexe eles falam mal de deputados, senadores, prefeitos... 
Agora eu pergunto: Com que moral?

Só agiotas e tucanos são contra redução da conta de luz

Vídeos: 
Veja o vídeo[...] sobre a discussão governo x PSDB na redução de energia elétrica, o diretor de infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, faz duras críticas aos tucanos. 

Ele explica com boa didática porque os tucanos estão errados e que a redução da conta de energia elétrica, longe de ser "populismo", é uma obrigação para com a população. 

Segundo ele, no alto valor que o brasileiro paga na conta de luz, está embutido o alto custo das construções das velhas usinas e toda infraestrutura energética. Acontece que, segundo ele, tal custo já foi pago – já que pagamos por usinas construídas há mais de 70 anos. 

Ou seja: é como se um cidadão, após quitar a prestação de uma televisão, fosse obrigado a continuar pagando para “não comprometer a saúde financeira da loja”. 

Enfim, os tucanos parecem mais preocupados em favorecer os controladores das concessionárias de energia (bancos, multinacionais etc) do que a própria população. 
por Michel

As mentiras sobre o apagão


Na Folha de ontem, a jornalista Eliana Cantanhede forneceu a manchete, ao anunciar uma reunião de emergência do setor elétrico. Segundo a matéria, “a reunião foi acertada entre Dilma, durante suas férias no Nordeste, e o Ministro das Minas e Energia Edison Lobão” [*o Jornal Nacional repetiu a mentira e hoje (8) o Bom dia Brasil fez o mesmo].
“Dirigentes de órgãos do setor tiveram que cancelar compromissos para comparecer”, dizia a matéria. Mais: “Dez dias depois de dizer que é "ridículo" falar em racionamento de energia, a presidente Dilma Rousseff convocou reunião de emergência sobre os baixos níveis dos reservatórios, para depois de amanhã, em Brasília.
***
Segundo a jornalista, “oficialmente, estarão presentes ao encontro de quarta-feira os integrantes do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), que é presidido pelo ministro das Minas e Energia e é convocado, por exemplo, quando há apagões de grandes proporções, como ocorreu mais de uma vez em 2012”.

Terrorismo midiático

Publico as manchetes alarmistas do pig sobre o abastecimento de energia elétrica para daqui algum tempo comparar com a realidade.

Uma coisa é certa, quando o tempo provar que tudo não passou de terrorismo midiático para defender os interesses dos agiotas do setor que são defendidos pelo tucaninho Aécio Neves - financiadores da campanha dele em 2014 -, a grannnde imprensa fará cara de paisagem e manchetará outra "crise" no governo Dilma Rousseff.

Atrapalhar o desempenho da economia brasileira é o objetivo principal da tucademopiganalhada.

Confiram e arquivem:
O Globo Ano Novo, velhos problemas - Grandes indústrias já planejam racionar energia
Estado de São Paulo Governo já vê risco de racionamento de energia
Correio Braziliense Risco de o Brasil racionar energia é cada vez maior
Valor Econômico Falta de chuvas pode tolher 5 pontos do desconto na energia
Estado de Minas Represas vazias
Jornal do Comércio Racionamento de energia é ameaça real
Brasil Econômico Escassez de energia leva governo ao uso intensivo das termelétricas

Jornal Nacional transforma reunião ordinária em reunião de emergência


Do site do Ministério de Minas e Energia
Data 07/01/13

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizará, na próxima quarta-feira, 09 de janeiro de 2013, a partir das 14h30, sua 124ª reunião ordinária. A reunião, prevista no Calendário Anual do Comitê, aprovado pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na reunião de dezembro de 2012, contará com a presença de dirigentes do Ministério, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL). Além desses membros, são convidados-participantes dirigentes da Eletrobras, de agentes e das Associações do Setor Elétrico.
Calendário de reuniões
Segue abaixo o calendário das reuniões ordinárias do CMSE no ano de 2013:

MÊS
DIA
Janeiro
09
Fevereiro
06
Março
06
Abril
03
Maio
08
Junho
05
Julho
03
Agosto
07
Setembro
04
Outubro
02
Novembro
06
Dezembro
04
LOCAL
MME, 9º andar, Sala Plenária
HORÁRIO
14h30 ÀS 17h00

MP 579 e "apagões", você acredita em coincidências?

Desde que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução na conta de luz, em Setembro, já ocorreram 6 "apagões" - o último foi no sábado 15 -, você acredita em coincidência? ...Eu não.

E que também é "coincidência" estes acidentes acontecerem em concessionárias elétricas que apoiam e tem o apoio declarado de Aécio Neves contra a medida provisória 579 editada pela presidente Dilma (PT)?...Eu não.

E que o MPF - Ministério Público Federal - não tenha aberto investigações contra estas concessionárias, que o PSDB/DEM/PPS não estejam coletando assinaturas para uma cpi, e o GAFE - Globo, Folha, Abril, Estadão - não estarem criticando os responsáveis por estes "acidentes", você também acredita que é coincidência?...Eu não.

Quer saber no que eu acredito?...

Eu acredito que a maioria destes "acidentes" são provocados, são causados para fortalecer a defesa do modelo antigo que o tucanato implementou e enche as burras dos poucos grandes acionistas do sistema elétrico.

E ficou bem claro que o candidato Aécio Neves defende os interesses dos agiotas que bancarão sua campanha eleitoral a presidência em 2014.

Nós consumidores e eleitores que pagamos os impostos e elegemos nossos governantes se lembraremos destes fatos na hora H, na hora de votar.

E você também acha que será coincidência a maioria dos eleitores votarem na candidata (o) que reduziu conta de nossa luz?...Eu não.


Tarifas de energia: Aécio Neves e PSDB mostram a cara

Novamente ficou muito claro qual lado Aécio Neves, PSDB/DEM e PPS defendem. Para quem a oposição está a serviço. Está a serviço do grande capital financeiro, dos grandes agiotas mundiais.

Diante do projeto de redução das tarifas de energia anunciado pela presidenta Dilma Rousseff - Medida Provisória 579 -. 


Do ponto de vista político, a presidenta conseguiu impor mais um marco no crescente isolamento da oposição – capitaneada pelo PSDB –, ao unir trabalhadores e empresários em torno da defesa da produção e da competitividade de nossa indústria. Leia mais>>>

Só não vê quem não quer

A presidente Dilma Rousseff está coberta de razão: três governadores do PSDB (São Paulo, Minas Gerais e Paraná) estão boicotando a redução das tarifas de energia, anunciada há poucos meses pelo governo federal. 

Se querem saber, acho que os tucanos estão sendo coerentes, não somente pelo fato de estarem na oposição, porém, principalmente pela prática nunca escondida e do lado que estão. 

Todo brasileiro com o mínimo de senso sabe que o bolso do trabalhador nunca foi preocupação para o PSDB e aliados dele.

O PSDB é coerente. Tão incompetente na oposição quanto na situação

Prova cabal disso é o candidato do partido à presidência em 2014, Aécio Neves, preferir o apoio dos poucos acionistas da Cemig, Cesp, e Copel a o apoio e voto dos milhões de consumidores e pagantes de contas de luz.

Com uma oposição incompetente destas urge a corja tentar o golpe. Serão derrotados da mesma maneira.

Querem voltar ao poder?...

Pois que mudem o discurso e a prática e consigam fazer mais e melhor que o PT.

Mas, inda vai demorar um bocado para isso acontecer. Enquanto o tucano mor e estrategista do partido for a Ofélia, eles vão apanhar muito.

Dá-lhe Lula. Dá-lhe Dilma. Dá-lhe PT.

Governos do PSDB: que se lasque o povo

Pra saber se um governo brasileiro está no caminho certo, no que se refere a melhoria das condições de vida do nosso povo, é só ver a reação dos governos do eixo central do capitalismo. Se concordarem com as medidas do governo é porque “é bom para eles e ruim para nós”. Se discordarem “é o inverso”. Ou seja, a DILMA e o Mantega estão no caminho certo.

Aqui os governos do PSDB, no caso da queda dos valores da conta da energia elétrica, já deram o seu recado: entre a melhoria das condições de vida do povo e manutenção dos privilégios das elites, “que se lasque o povo”. É assim que “essa turma pensa”.

José Luiz R. dos Santos
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Paulo Skaf: Brasil não pode abrir mão do desconto de 20% na conta de luz


Nota à imprensa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -

“O governo federal não deve reabrir negociações com quem não aderiu à antecipação de contratos prevista na MP 579, que possibilita o desconto nas contas de luz. Deve levar esses ativos a leilão no final dos contratos, e garantir a redução de 20% para todos. Não se pode frustrar o povo brasileiro trocando esses 20%, uma vitória de todos nós, por 16,7%.”

Essa foi a reação do presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, à notícia de que três estatais do setor elétrico – Cemig (MG), Copel (PR) e Cesp (SP) –  decidiram recusar a antecipação de contratos com desconto, proposta pelo governo federal.

“A presidente Dilma Rousseff anunciou 20% de desconto médio em rede nacional. As estatais que se recusam a aderir ao desconto vão ter que arcar com as consequências de frustrar os brasileiros e mais ainda: de não colaborar para que o Brasil se torne um país mais competitivo.”

Para a Fiesp, que há dois anos encabeça a campanha Energia a Preço Justo, o Brasil não pode perder a oportunidade de promover essa queda na conta de luz de todos os brasileiros.

Segundo a Fiesp, o governo federal deveria aumentar a redução de encargos de forma transitória, entre 2013 e 2015, para garantir o desconto de 20%. A partir dos novos leilões, com a queda no preço da energia, a situação poderia ser reequilibrada. “O importante agora é não abrir mão dessa conquista, que é de todos os brasileiros, ainda que essas estatais estejam jogando contra”, termina Paulo Skaf.


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Sobre a renovação dos contratos com as empresas de geração de energia elétrica

[...] as três empresas que não renovaram foram a Cesp, a Cemig e a Copel. 

Coincidência ou não trata-se das estatais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná respectivamente, todos governados pelo PSDB. 

O PSDB nega, mas tá aí uma prova do quanto pior melhor. Ou seja, a velha estratégia de dificultar ao máximo a vida do governo federal apostando na piora econômica do país visando um ambiente adverso nas próximas eleições presidenciais. 

Bom o eleitor ser lembrado disso na época das eleições. 

Lembrar quem está a favor e quem está contra o povo brasileiro.
Filipe Mazzini

Reduzir conta de luz, Aécio é contra. Dilma a favor.

“Reduzir o preço da energia é decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar profundamente a imensa insensibilidade daqueles que não percebem a importância disso agora para garantir que nosso país cresça de forma sustentável”, Dilma Rousseff 

PSDB e DEMO se articularam-se para inviabilizar a redução da conta de luz

A oposição, com apoio da imprensa, boicotou e quer impedir a redução da conta da luz, uma demanda da indústria e dos consumidores, uma necessidade, já que o investimento dessas empresas foi amortizado. 

Não tem razão e nem como continuar no cálculo do custo da energia. 

O que acontece é que as empresas não se prepararam para o óbvio e agora querem transformar em disputa politico-partidária uma questão de interesse nacional. 

O senador Aécio Neves foi ontem, em discurso e em entrevista, o porta-voz mais ostensivo dessa disputa. 

É a prova mais cabal do boicote puro e simples desencadeado contra a redução da conta de luz. 

Fica evidente que os governos de São Paulo, Minas, Paraná e Santa Catarina se articularam para inviabilizar a redução do custo da energia, fundamental para reduzir o custo Brasil, a inflação e estimular as exportações e o crescimento da economia, do emprego e da renda. Leia mais>>>

Aécio, Alckmin, Anastacia, Richa do PSDB e Colombo do Dem impedem que consumidor pague menos na conta de luz

Com a oposição dos governadores do PSDB - Cesp (SP), Cemig (MG), Copel (PR) e do DEM - Celesc (Santa Catarina) -, o governo federal poderá não conseguir baixar a conta de luz em 20%, em média, como pretendia. 

No entanto, já está garantida redução de 16,7% nas contas de energia para unidades residenciais e empresas, a partir de fevereiro de 2013. 

Das grandes empresas, apenas a Eletrobras, que tem a União como acionista majoritária, aderiu plenamente às regras da Medida Provisória 579. 

A redução média de 16,2% prometida para os consumidores residenciais também ficou comprometida por causa dos governadores oposicionistas, Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastacia (MG), Beto Richa (PR) e Raimundo Colombo (SC), todos sob o comando do presidenciável Aécio Neves. 

Os três primeiros do PSDB e o 4º do DEM. 

Porém, a presidente Dilma Rousseff (PT), estuda uma forma do Tesouro Nacional bancar a diminuição da conta, principalmente para parcela mais pobre da população.

Prioridade dos tucanos é lucro de rentistas

Os Governadores Geraldo Alckmin - São Paulo _ e Antonio Anastacia [leia-se Aécio Neves] - Minas Gerais -, acionistas controladores da Cesp - Companhia Energética de São Paulo - e Cemig - Companhia Elétrica de Minas Gerais -, recusam a proposta da Presidente Dilma Rousseff de renovações de usinas hidrelétricas. Esta decisão dos tucanos beneficia os poucos acionistas das empresas e prejudica milhões de consumidores.

Este é o fato.

O boato ouviremos em 2014 quando tucanos encherão os cofres com "doações" dos poucos acionistas destas empresas para fazer campanha eleitoral, prometendo mundos e fundos a milhões de consumidores eleitores de energia elétrica. 

Qual o resultado do PSDB governar para os barões em vez de para os peões?...

A eleição de Dilma, a eleição de Fernando Haddad para prefeitura de São Paulo são respostas.

Que continuem agindo assim. Nós consumidores e eleitores também continuaremos agindo do mesmo jeito, elegendo petistas para nos governar.

Até la 2014 emplumados



O plano da presidente era convencer as empresas a baixar custos, em troca de renovar as concessões que terminariam nos próximos anos. Assim, elas faturariam menos, mas ganhariam o direito de explorar a companhia por mais tempo.

A Cesp considerou a proposta economicamente inviável, pois iria gerar prejuízo.

Sem essas três usinas (Três Irmãos, Ilha Solteira e Jupiá), a previsão de analistas é que a redução de tarifa não passe de 18%.

Ontem, as ações da Cesp, que haviam caído 37% desde o plano de cortes de tarifa, subiram 8,9%.

A Eletrobras já aderiu ao plano do governo federal. A Cemig decide hoje. (Págs. 1 e Mercado B1)

Energia elétrica: Dilma defende consumidor. Aécio defende empresários


É capítulo da sucessão presidencial este que se escreve na queda de braço das medidas provisórias do setor elétrico.
A presidente, que se prepara para a reeleição, prefaciou a renovação de seu mandato com a demissão em série de ministros no primeiro semestre de seu governo. Era a imagem de uma governante que não tergiversa com a corrupção que começava a ser construída.
Pressionada durante o julgamento do mensalão, não quis macular essa imagem com atitudes que pudessem ser debitadas em condescendência com mensaleiros.
Até quando foi citada pelo hoje presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, em voto condenatório, Dilma Rousseff limitou-se a emitir nota protocolar.
Emendou no capítulo seguinte a política de redução de juros. Alvo de acusações de que jogou no lixo o tripé (câmbio flutuante, juros altos e superávit primário), que garantiu a estabilidade da moeda, manteve a política. Dobrou a maioria dos incautos e ganhou o verniz de enfrentamento dos banqueiros.
A cruzada pela redução das tarifas de energia parece mais uma página desta Dilma Rousseff dura e inflexível em defesa do interesse público. É isso também, mas não só.
Se o interesse maior fosse a redução de tarifa, o governo teria encabeçado pressão pela devolução dos R$ 7 bilhões que, por um erro de cálculo da Aneel, foram cobrados a mais nas contas de energia durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Mais determinantes parecem ter sido a insatisfação da presidente com a ineficiência do setor, seu reduzido volume de investimentos e a pressão pelo aumento de produtividade da economia encabeçada por grandes consumidores de energia que já ameaçavam deixar o país se não houvesse redução de custo.
Se as causas se encontram nesse emaranhado, as consequências extrapolam para a política. As MPs do setor elétrico atingem de chofre aquele que é, até o momento, o único candidato declarado da oposição em 2014.
O senador Aécio Neves enfrenta, com essa MP, um ataque em forma e conteúdo. Ao se expor contra a medida é enredado pelo discurso de que se opõe à redução das tarifas de energia.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que apesar de se manter no campo das cogitações, divide com Aécio os holofotes de 2014, expôs-se muito menos. Apesar de a Chesf, além de sediada no Recife, estar sob sua esfera de influência política, não se registram arroubos do governador contra o choque de arrochos que virão por aí na concessionária.
O peso da Cemig para o Estado talvez seja a explicação. Nenhuma empresa traduz tanto os caminhos políticos de Minas. Quando o ex-governador Eduardo Azeredo pôs os ativos da Cemig à venda mostrou suas afinidades com a onda privatizante do governo correligionário de Fernando Henrique Cardoso.
A iniciativa contribuiu, em grande parte, para sua derrota à reeleição. Azeredo se indispôs com a tradição mineira do Estado indutor, simbolizada na figura de Juscelino Kubitschek e responsável, por exemplo, pela participação do governo de Minas como acionista da Fiat até meados dos anos 1980.
Azeredo perdeu para Itamar Franco, que tomou o enfrentamento com os acionistas estrangeiros da Cemig como uma das principais cruzadas de seu governo.
Itamar foi à Justiça para retomar o controle sobre a empresa. Ao sucedê-lo, Aécio bateu às portas do Palácio do Planalto para pedir que o BNDES encampasse a fatia da AES na Cemig.
O governador tucano sempre fez questão de marcar suas diferenças em relação aos correligionários paulistas, que fatiaram e venderam grande parte de seu sistema elétrico.
Com Aécio, a Cemig não parou de se expandir. Saiu comprando ativos Brasil afora, sendo a Light, do Rio, o maior deles. Hoje tem 114 empresas, participa em 14 consórcios e atua em 23 Estados. Montou a maior rede de distribuição do continente, está nos consórcios de Santo Antônio e Belo Monte, e constrói gasoduto em parceria com a Petrobras.
Essa expansão não apenas elevou o valor de mercado da empresa como aumentou o poder de fogo da principal liderança política do Estado.
É em defesa desses ativos que Aécio se insurge. Desde o anúncio das MPs, a Cemig não para de perder valor de mercado. O senador pode conseguir minorar a derrota na negociação parlamentar mas a vitória de suas teses no Congresso é hoje uma hipótese improvável.
Uma das mais veementes é aquela que se insurge contra a assinatura dos contratos antes de aprovadas as medidas provisórias. Argumenta que o governo, ao impor adesão com base em MPs ainda não aprovadas, reduz o Congresso à chancela dos atos do Executivo. Como a defesa das prerrogativas do Legislativo parece não estar no topo das prioridades da opinião pública, é possível que o senador mineiro caminhe para a derrota no primeiro turno desta pré-campanha de 2014.
Os ministros Luiz Fux e Teori Zavascki foram indicados pela presidente Dilma Rousseff. Os ministros expressam visões distintas sobre a independência dos Poderes. Ao saudar a posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo, Fux fez uma aguerrida defesa das prerrogativas do Judiciário em assegurar, "pela força dos argumentos", os direitos daqueles que se veem preteridos pelo conflito de interesses abrigado no Legislativo.
Nesta semana, antes de tomar posse como ministro do Supremo, Zavascki foi na outra direção: "O juiz, às vezes, tem que tomar decisões impopulares. Quem tem que aferir a vontade do povo é quem faz as leis".
O julgamento do mensalão pode ter levado o governo a enxergar em Zavascki um dique de contenção ao ativismo judicial. Mas a decisão de promover a assinatura de contratos antes que a lei que os regerá seja aprovada demonstra que a Presidência da República aposta mesmo é no ativismo do Executivo.
Maria Cristina Fernandes é editora de Política

Os efeitos da redução da conta de luz


A Medida Provisória 579, de setembro, reduzirá em até 28% o custo da energia no país. É medida visando melhorar a competitividade interna.
Apesar da redução e de parte relevante a geração ser de usinas hidrelétricas já amortizadas, recente estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) mostrou o Brasil no 25o lugar em custo de energia, dentre 28 analisados.
Em 2011, o empresário brasileiro pagava cerca de R$ 329 por MWh (megawatt-hora), contra R$ 142,4 da China e R$ 107 do Canadá.
***
O programa Brasilianas.org, da TV Brasil, que foi ao ar na última segunda-feira juntou especialistas para analisar o pacote e a transição para o novo modelo. A redução da tarifa se dará a partir de janeiro de 2013.
Presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tomalsquim explicou que foram alterados dois fatores. O primeiro, encargos e tributos que incidem sobre a conta de luz. Parte dessa conta será bancada diretamente pelo Tesouro Nacional, desonerando o consumidor.
O segundo fator é a mudança no conceito de depreciação das usinas. 
E aí ocorreu uma mudança radical no modelo de tarifação. Leia mais>>>

Apagão: a Écemig está fazendo terrorismo?

Há algo de sério ocorrendo com a Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais). É dela a responsabilidade direta pelo “apagão” que afetou imensas regiões do país nos últimos dias.

Nos últimos anos, enquanto a estatal paulista CESP definhava, a Cemig tornava-se uma potência energética. Essa expansão, aparentemente, está sendo feita à custa de perda de qualidade e de um novelo acionário.
Como estatal, ela tem limitações para os financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Para contornar esse empecilho, assim como os controles burocráticos do Tribunal de Contas, passou a criar uma série de empresas satélites, em um novelo societário incompreensível.
É o caso da Taesa, seu braço de transmissão responsável pelo “apagão”.
***
A aquisição da Taesa foi feita através do fundo Coliseu, administrado pelo Banco Modal. O fundo tem mais de 50% do controle da Taesa, mas seu “funding” é da própria Cemig. Ou seja, o controle da fato da Taesa é da Cemig.
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Há pouco tempo, a falta de segurança nas linhas de transmissão da Cemig provocou uma tragédia em Bandeira do Sul, Minas Gerais, com a morte de 16 jovens em um caminhão de carnaval.
Agora, o caso do “apagão” que, na sexta-feira passada, propagou-se pelas regiões Norte e Nordeste.
Segundo informou ontem o Ministro interino das Minas e Energia, Márcio Zimmerman, o equipamento havia passado por manutenção uma semana antes. Ele possui uma chave de proteção, que deveria ter sido reativada após a manutenção e não foi.
 Depois da manutenção, o sistema deveria ter sido submetido a testes operacionais, que certamente identificariam o esquecimento da chave. Também não houve os testes.
Com isso o equipamento desligou e o problema propagou-se por todo o sistema elétrico.
***
Não se ficou nisso. Constatado o “apagão”, a empresa demorou mais de quatro horas para providenciar o religamento. Segundo Hermes Chipp, diretor-geral do Operacional Nacional do Sistema Elétrico (ONS), houve falha nos três caminhos principais de religamento da energia.
É um conjunto inadmissível de falhas continuadas. Primeiro, uma falha humana. Depois, uma falha nos procedimentos básicos, que se sucede ao fim de cada processo de manutenção. Finalmente, uma demora injustificada para religar.
***
Tudo isso ocorre em um momento em que a própria Cemig encabeça um movimento de resistência à nova política energética.
Afim de reduzir o custo da energia, o Ministério das Minas e Energia decidiu que, na prorrogação das concessões, as concessionárias não poderia embutir na tarifa de energia a amortização do investimento – mesmo porque, devido à sua idade, as usinas já estavam amortizadas.
A Cemig reagiu alegando que essa cláusula impediria a substituição de máquinas, podendo acarretar problemas futuros. Recusou-se a renovar as concessões das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda, e ameaçou entrar na Justiça contra as mudanças.
De repente, não mais que de repente, estoura um problema que deixa sem energia parte relevante do país. E a causa foi um acúmulo de erros humanos e operacionais, que nada têm a ver com investimentos.