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O Psdb no divã

por Ilimar Franco - O Globo

Marina Silva (PSB) está arrebatando os votos da juventude e dos setores médios, que antes estavam com Aécio Neves. O desempenho do governo Dilma melhora a cada pesquisa. Para enfrentar essas dores de cabeça, o PSDB convocou reunião de emergência para ontem à noite em São Paulo. O temor é com o risco de Aécio deixar de ser o veículo do voto de oposição nas cidades grandes e médias.

Foram convocados para a reunião reservada o ex-presidente Fernando Henrique, o governador Geraldo Alckmin, o prefeito ACM Neto, o vice Aloysio Nunes Ferreira, o ex-governador José Serra e o presidente do DEM, José Agripino. Os tucanos tentam manter a tranquilidade, mas admitem que vivem momentos difíceis.

Torcem para que a largada de Marina e a melhora de Dilma não sejam consistentes. E já temem o efeito da diferença “brutal” do tempo na TV em favor da presidente. Há um risco de Aécio desidratar nos grandes centros. Em 2010, Marina venceu em Belo Horizonte e Brasília. E chegou em segundo no Rio de Janeiro, em Salvador, Recife e Fortaleza.


Fernando Brito: Aécio se perdeu e já não sabe o que fazer

Marina esnoba aliança e aposta na GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -

O primeiro dia depois da estréia do horário eleitoral é, frequentemente, preservado pelos candidatos para o ajuste de suas mensagens ao eleitor.
As agendas, portanto, se concentram próximo ao local das gravações e o tempo é preservado para que se façam os ajustes finos do discurso que atinge milhões de eleitores.
Dilma manterá, essencialmente, o tom do programa de ontem. Falará um pouco mais que no programa de abertura.
Se Marina ocupará o espaço do PSB, é uma incógnita. Mas a duração da reunião que a entronizou no lugar de candidata – seis horas – mostra que não foram fáceis os acertos internos.
Não se impressionem com esta história de que ela não subirá no palanque de Alckmin: Marina impôs como coordenador da campanha nada menos que Walter Feldman, coordenador de mobilização da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo.
Não é preciso dizer mais que isso, não é? Quem duvidar do currículo, clique aqui.
Marina esnoba as alianças políticas que tem – e não pode deixar de ter, pelas coligações feitas pelo PSB – confiando que a mídia a apresentará como independente.
É possível que apareça, num discurso ainda emocional, mais na lembrança de Eduardo e menos focado na apresentação de si mesma como alternativa de governo.
A grande incógnita é Aécio, que teve o “recall” merecido pelo seu primeiro e decepcionante programa de televisão.
Aécio de estadista e de “semideus” que chega (“bem-vindo, tá vindo”) para salvar o Brasil, positivamente, não colou.
As pesquisas mostraram um fiasco monumental do seu programa.
Aécio ficou em São Paulo, mas cumpriu uma intensa e extensa agenda, não parece ter reservado tempo para gravar.
De todos os lados, recebe dados de que Marina o ultrapassa.
Ilimar Franco, em O Globo, registrou, sem meias palavras: “Os tucanos não receberam boas notícias dos primeiros trackings com Marina Silva na sucessão. A nova candidata tirou votos de Dilma, mas em maior proporção de Aécio. Marina entrou bem em Minas e São Paulo.”
É ele quem tem que se mover, neste momento.
Ou será inevitável que as próximas pesquisas, na semana que vem, o mostrem cinco ou seis pontos abaixo de Marina Silva.
E, portanto, como um inútil.

Fonte: Tijolaço



Eleição presidencial 2014

A brasa é para minha sardinha.
Farinha pouca?...Meu pirão primeiro!
Onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão.

Essa será a tônica da campanha eleitoral da oposição (Psdb/Psb). 

Enquanto eles brigam, a presidente Dilma Roussef (PT) vai mostrando o que fez.

Vejam um pequeno exemplo dessa minha afirmação abaixo:

Ex-jornalista Ricardo Noblat atribui frase ao finado - Eduardo Campos - para atacar Roberto Amaral

O presidente do PSB respondeu em seus Facebook ao pena-paga. Confira abaixo:

Hoje (19/08), fui agredido pelo pasquim eletrônico assinado pelo ex-jornalista Ricardo Noblat. A direita alugada não compreende minha integridade. Irrita-lhe minha coerência política e meu papel como Presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de cuja refundação fui responsável em 1985. Fui vítima de ataque, que me apontou como artífice de suposta conspiração contra Marina Silva. Noblat pretendeu, em sua manifestação, tornar verídica sua infundada tese, valendo-se de frase que atribuiu a Eduardo Campos, hoje morto. Mortos não se defendem, tampouco atacam.

Traduzindo Blablarina

Ao não assinar documento do PSB assumindo os compromissos firmados por Eduardo Campos, a candidata Marina Silva disse textualmente:

Não assumo compromisso dos losotros. Meu compromisso é com minha Rede - Itaú e Natura -, o mais é casamento de fachada e com prazo de validade.

Prego batido, ponta virada!

Eleição presidencial 2014: por Jânio de Freitas

Depois da comoção
Folha de São PauloOlhar para o lado e já encontrar Marina Silva junto ao seu ombro, como registrado na fotografia estatística do Datafolha, não surpreendeu Aécio Neves por dois motivos. Passadas apenas 48 horas da morte de Eduardo Campos, Aécio Neves mostrava-se convicto de que Marina Silva iria de imediato para uns 20% de apoio eleitoral, com opiniões saídas da quota de indecisos, nulos e em branco. Marina alcançou 21%, ultrapassando em um ponto a estabilidade de Aécio. O que talvez tenha sido, aí sim, uma surpresa para ele. E para ela.

O futuro de Marina

Quem imagina que ao final da eleição em Outubro
a foto acima não seja o retrato fiel da candidatura de Marina Silva
Com certeza é colunista, jornalista ou especialista político do pig.

PSB: Marina pode ser nossa candidata a presidente

Roberto Amaral - presidente do PSB - afirmou para cúpula do partido que Marina Silva pode ser oficializada candidata a presidência da República, até quarta-feira próxima. Basta que:

"Ela publicamente renuncie a criação da Rede. O PSB não será usado e depois descartado por Marina ou quem quer que seja. Esta é nossa condição."

Campos e as raposas na TV

"Vazou" para internet uma das peças da propaganda eleitoral que Eduardo Campos tinha gravado e iria - ainda pode ir - ao ar. Nela, Campos liga a presidente Dilma a: José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Collor. Associa o número de ministérios a necessidade da presidente atender os aliados políticos.
Dilma “deu um ministério a um afilhado de Sarney, a um afilhado de Renan Calheiros, outro pra lá, outro pra cá”, diz Campos no vídeo. Os aliados não votavam nada do que Dilma queria. “Eles queriam mais! Ia pra quantos ministérios, 80, 90 100?” No centro de um cenário em forma de arena, observado por um grupo que incluía Marina Silva, Campos realça que o Legislativo só trabalhou quando as ruas roncaram.

Campos capricha na ironia:
“A gente tem que botar a sociedade pra cumprir o seu papel. Eu e a Marina somos os únicos candidatos que estão dizendo agora, mandando avisar pela imprensa: avisa aí ao Sarney, ao Renan e ao Collor (o apoio dos Bourhausens ele não diz que tem) que a gente vai chegar, e conosco eles vão para a oposição. No nosso governo, conosco eles não vão trabalhar. O Sarney já desistiu de ser candidato, já partiu.”

O destino caprichou na ironia, quem já partiu definitivamente foi ele.

A propaganda é boa. Tem palavreado fácil. A atmosfera é informal. Mas só funciona com as plateias domesticadas dos comerciais. Em ambientes normais, alguém talvez se levantasse na plateia para recordar: o PSB usufruía de dois dos 39 ministérios até setembro do ano passado. Num deles, o da Integração Nacional, o ministro era Fernando Bezerra Coelho, cupincha de Campos.

parceria com Josias de Souza


A direita carpideira

E a mórbida, indecente e desumana exploração de um cadáver

(...)
Dilma Rousseff e Aécio Neves, tremei. No rastro da comoção nacional pela morte estúpida de Eduardo Campos, apoios da família dele à sua vice serão avassaladores. O irmão, Antônio, já se manifestou publicamente. E quando a mulher, Renata, ladeada pelos cinco filhos, inclusive o bebê Miguel, lançar Marina? E quando a mãe, Ana Arraes, apadrinhar a candidatura aos prantos?”
Eliene Catanhêde


Marina Silva não é "Terceira Via"

Eduardo Campos era considerado por analistas políticos o candidato a presidente da “Terceira Via”. Com o seu recentemente falecimento num trágico acidente aéreo, ainda se discute quem assumirá o seu lugar na chapa, mas enquanto...Leia mais>>>


Pânico da direita por baixo dos panos


As três postagens acima resumem o dilema, desespero e pânico da nossa direita, ora carpideira no velório de Eduardo Campos.

Merval Pereira confirma minhas palavras no artigo abaixo: 
Por baixo dos panos
Ao sentir que existe o perigo de o PSB tomar um rumo diametralmente oposto ao traçado por Eduardo Campos em sua campanha, apoiando oficialmente ou em uma aliança branca a reeleição da presidente Dilma Rousseff, sua família não se furtou a definir uma posição a favor da candidatura da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República.

Seu irmão, também membro do diretório nacional do partido, disse que a vontade de Campos seria que Marina o sucedesse. O filho mais velho, João, postou no Facebook uma mensagem direta: as bandeiras de meu pai precisam ser levadas adiante.

Quem as representará melhor? Marina, que era sua vice, ou Dilma, que era seu alvo preferencial?

Enquanto a direção nacional do partido, tendo o novo presidente Roberto Amaral à frente, se escudava no luto oficial para adiar a discussão da sucessão, por baixo dos panos as negociações já começaram, especialmente através do ex-presidente Lula, para que o PSB não lance candidato próprio, ou lance um nome de sua base política que não seja Marina, a pretexto de preservar a estrutura partidária.

Na verdade, além do interesse político de recolocar o PSB na base aliada governista, há a preocupação de ala importante da direção nacional da legenda de não perder o controle sobre a máquina partidária. Com a assunção de Marina Silva à condição de candidata oficial do condomínio PSB-Rede, o controle da campanha passará naturalmente para os seus aliados. É Marina, e não qualquer outro político do PSB, que detém hoje uma expectativa de poder altamente avaliada, e por isso os candidatos pelo país afora devem também pressionar a direção nacional para que ela seja a escolhida.

Marina não dará nenhum passo para ser indicada, e terá que ser convidada pela direção nacional dos partidos aliados, na sua maioria já dispostos a apoiá-la. Ela sem dúvida começa a campanha com alto potencial de crescimento, e deverá atrair boa parte dos eleitores que hoje se declaram indecisos, ou dispostos a anular o voto, especialmente os jovens, que já começaram nas redes sociais campanha pela sua candidatura.

Embora se apresente como alternativa ainda mais viável à polarização PT/PSDB, num primeiro momento Marina deve tirar mais votos de Dilma do que de Aécio Neves, mas pode retardar o crescimento dos tucanos. Uma perspectiva radicalmente oposta ao quadro atual, que Eduardo Campos gostava de lançar nas conversas, era a possibilidade de ele ir para o segundo turno contra Aécio Neves, com a presidente Dilma ficando de fora.

Essa hipótese se torna mais possível, embora improvável, com a candidatura de Marina, que acrescenta elementos novos à disputa. A ex-senadora terá, no entanto, mais dificuldades em sua campanha do que teria Eduardo Campos, já que ela não contará com um partido unido a apoiá-la.




O PSB entrará em disputa interna, e também com a Rede, o que é perigoso para uma campanha majoritária. Além do mais, acordos feitos por Eduardo Campos em vários estados poderão desaparecer com uma candidatura Marina. O PMDB do Mato Grosso do Sul, por exemplo, com a candidatura de Nelsinho Trad, de uma família do agronegócio, já anunciou que reverá a aliança.

Em Pernambuco, o PSDB acha que agora tem espaço para polarizar com a presidente Dilma porque Marina não terá um terço dos votos que Eduardo teria, e um eleitorado de oposição ficará em busca de um candidato. Em São Paulo desaparece a campanha para o PSB, pois Marina foi contra a aliança.

Os apoios estruturais, montados com candidatos a deputados, ela não terá em São Paulo, onde foi muito bem votada em 2010. Pode repetir a boa votação na capital, mas no interior a falta de estrutura a prejudicará. Em Santa Catarina, o grupo político dos Bornhausen, que lançou Paulo Bornhausen ao Senado, não tem ligações com Marina e tende a apoiar o candidato tucano à Presidência.

Em Alagoas, Marina se recusava a subir no palanque de Benedito de Lira, do PP, candidato ao governo apoiado por Campos. Em Mato Grosso, o senador Pedro Taques, do PDT, que apoiava Campos, já anunciou que mudará para apoiar a candidatura de Aécio Neves.

Com Marina em campo, como se vê, são muitas as alternativas abertas com a saída de cena de Eduardo Campos, e é impossível prever o que acontecerá. Quem disser, a esta altura, que sabe o que vai acontecer, estará errando.


PSB impõe condição a Marina




Nos bastidores político ferve a decisão que o PSB tem de tomar em relação a lançar ou não Marina Silva como candidata a presidente.

Opiniões e interesses honestos e escusos se misturam.

A cúpula do partido tem duas opções:

Algumas opiniões:

Simples?...
Não, os desdobramentos é que complicam. 

Para os que são contrário a Marina como candidata o argumento é que o PSB cometerá autofagia se tomar essa decisão.

Os a favor afirmam que acontecerá exatamente o contrário.

Um  dos caciques e histórico do partido fez uma pergunta/sugestão:

E se Marina anunciasse publicamente que renuncia a criação da Rede?...

Essa é a questão.

O mais é especulação.



Desesperada a direita implora por Marina

" O desespero é o caminho mais longo para se chegar a vitória"...Mário Conti

A direita desesperada e em pânico clama para o PSB lançar Marina Silva candidata a presidente, imagina com isso ajudar Aécio Neves (Psdb) - seu candidato oficial - chegar ao segundo turno. Autofagia!

Caso o PSB cometa esse desatino de servir a direita e decretar seu fim, também decretará o fim do PSDB, pois Aécio será terceiro colocado na eleição.

Para o PSB e também para Marina Silva o melhor seria lançar um candidato histórico do partido e Marina não ser a vice.

Mas daqui até a decisão do partido vai escorrer muita lama pelas penas pagas do pig.

Vários jorna-listas, colunistas e especialistas políticos da GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - vão dar furos e barrigadas a gente perder de vista.


Paulo Henrique Amorim: A direita já escolheu a Blablárina

Em nome do ódio de classe ao PT e subserviência a matriz - EUA -

Diz Merval Pereira:
"Se for Marina Silva, o segundo turno está praticamente garantido, e com ele, os riscos de Dilma Roussef aumentarão bastante"...
***
O datafalha fará pesquisa abutre antes do corpo de Eduardo Campos ser enterrado. E pretende divulgar antes da missa de sétimo dia.
***
Colonista do O Globo, informava: "Eduardo Campos era o lado amigável do mercado"...
***
Blablárina será coroada rainha do segundo turno?

Ela era contra a duplicação da BR-163.

E, para permitir a cópula dos bagres, tentou e tenta impedir a construção de Belo Monte, como boicotou Santo Antônio e Jirau.

Ela boicotou o Código Florestal, a legislação mais moderna do mundo sobre a matéria.

Ela combateu as pesquisas com células-troco e não aceita Darwin.

E é a favor da sustentabilidade sustentável com a sustentação da sustentabilidade sustentável.

A Direita faz qualquer coisa em nome do ódio de classe ao PT !

A Direita já elegeu Jânio.

Blablárina é um retrocesso.

Mas, o que esperar de uma Direita que só vive de PiG (***) e seus trombones ?

Não foi capaz de uma formular uma única ideia própria – além do Consenso de Washington.

Para ela, a Bláblá é um elogio.

Paulo Henrique Amorim



Crescer ou deixar de existir: É o que o PSB vai decidir

O PSB tem nove dias para decidir:

Vai continuar existindo ou deixar de existir depois da eleição de Outubro?

É o que a executiva decidirá em breve.

Se decidirem que Marina Silva será a candidata do partido à presidência, seja qual for o resultado da eleição, o PSB passará a existir apenas no papel.

Se decidirem escolher um nome do partido, seja qual for o resultado da eleição, o PSB continuará crescendo.

Esse é o resumo da ópera.


Josias de Souza: Opção do PSB por Marina não será automática

Não será automática a ascensão de Marina Silva à cabeça da chapa presidencial do PSB, que ficou acéfala com a morte de Eduardo Campos. Hoje, a maioria da Executiva reprovaria a solução, disse ao repórter, na noite passada, um dirigente do partido. Se apostarmos tudo na Marina, qual será o nosso legado?, perguntou. A herança será nula, ele mesmo respondeu. Logo, logo a Marina registra a sua Rede Sustentabilidade e vai embora, completou.
Alguns dos principais líderes do PSB já conversam sobre o futuro. Fazem isso por necessidade, não por opção. Pela lei, o partido terá de tomar uma decisão até sexta-feira (22) da semana que vem. Em respeito ao período de luto, o debate ocorre longe dos refletores. Nada será formalizado antes do funeral de Campos. O diálogo ainda não chegou a Marina, que se recolheu após manifestar respeito ao companheiro morto e solidariedade à família.
As restrições a Marina disseminaram-se pela cúpula do PSB. Hospedada na legenda há dez meses, ela não fez amigos. Ao contrário, colecionou desafetos. Substituto de Campos na presidência da agremiação, Roberto Amaral, não a suporta. O secretário-geral Carlos Siqueira, homem de Campos na coordenação nacional da campanha, decepcionou-se com a vice.
Secretário nacional de Finanças e presidente do diretório de São Paulo, Márcio França teve de atropelar a resistência de Marina para se tornar candidato a vice-governador na chapa do tucano Geraldo Alckmin. O mesmo sucedeu em outras sete Estados nos quais o PSB aliou-se ao PSDB. É contra esse pano de fundo que o partido de Campos discute o seu reposicionamento no jogo sucessório.
A ascensão de Marina dependeria de uma ampla negociação. Prevê-se, no entanto, que ela permanecerá refratária a acordos. Nas palavras do dirigente partidário ouvido pelo repórter, Marina assumiu a condição de vice de Campos como se fizesse “um favor”. Avalia-se que, para virar cabeça da chapa, ela vai impor condições, não o contrário. Algo que provocará um “endurecimento” dos setores que vinham “tolerando'' Marina a pedido Eduardo Campos.
Não há dúvidas no PSB quanto ao cacife de Marina. Mesmo os seus críticos mais cáusticos prevêem que o Datafolha a ser divulgado nos próximos dias confirmará a sua condição de candidata competitiva. Estima-se que a atmosfera de comoção pode inclusive vitaminá-la. Mas o cacique socialista raciocinou em voz alta para o repórter:
Suponha que aceitássemos todas as condições de Marina, disse. Imagine que investíssemos nela recursos financeiros e energia política. Daqui a pouco, ela funda a Rede, pega tudo e vai embora. O PSB ficará com o quê? Nada! Nesse contexto, prossegue o líder socialista, talvez seja melhor lançarmos um nome nosso. Dificilmente deixaríamos de ter algo como 7% ou 8% dos votos.
Sem a presença de Campos, que comandava o PSB com mão de ferro, o partido tornou-se uma federação de interesses dispersos. Ex-ministro de Lula, o presidente Roberto Amaral adoraria, por exemplo, se recompor com o PT e apoiar a reeleição de Dilma Rousseff.
Candidato ao governo do Distrito Federal, praça onde o prestígio de Marina é grande, o senador Rodrigo Rollemberg não se oporia à conversão automática da vice em cabeça de chapa. E o pedaço da legenda coligado ao tucanato nutre um inconfessado desejo de vingança. Dependendo da evolução do debate interno, a opção por uma candidatura alternativa à de Marina pode se converter na única forma de preservar a frágil unidade partidária.
Por ironia, as chances de Marina encabeçar a chapa do PSB serão maiores se o PSDB, interessado em levar a disputa presidencial para o segundo turno, pegar em lanças por ela. Um pedido do governador tucano Geraldo Alckmin, por exemplo, demoveria as resistências do diretório do PSB de São Paulo. Que, associando-se às demais seccionais coligadas com os tucanos, poderia formar a maioria pró-Marina.

Tucanos em pânico

Pesquisas internas do tucanato apontam queda expressiva da rejeição à presidente em São Paulo. E como desgraça nunca anda só...a vantagem de Aécio Neves em Minas Gerais cai vertiginosamente.

Um dos cabeça da campanha presidencial do PSDB já falou:

"...do jeito que as coisas vão, ela será reeleita no primeiro turno. Campos é uma decepção completa. Vai ser derrotado no próprio terreiro".

Outro cabeça completou: "...a gente que também se cuide. Senão acontece o mesmo com aqui em Minas."



Presidenciáveis no Jornal Nacional

Eduardo Campos - presidenciável do PSB -, não soube lidar com os flhasback

Entre os candidatos do maiores partidos, Campos é mais desconhecido do eleitorado. Para boa parte da superaudiência do 'Jornal Nacional', ele era uma espécie de folha de papel em branco. Com a régua da experiência adquirida no governo de Pernambuco e o esquadro da razão, o candidato se esforçou para demonstrar que pode traçar novas coordenadas para sua vida e para o país.

O problema é que Willian Bonner e Patrícia Poeta evocaram flashbacks da trajetória do ex-governador, ex-ministro, ex-deputado e ex-aliado de Dilma que não ornam com o enredo novo que o personagem tenta esboçar. E Campos repetiu no telejornal da Globo algo que fizera em sabatinas e entrevistas anteriores: discorreu sobre o passado sem lançar mão da borracha do arrependimento.

O senhor se articulou com Lula e os partidos para eleger sua mãe, a ex-deputada federal Ana Arraes, ministra do TCU, recordou Willian Bonner a alturas tantas. Considera isso ético? Não foi uma forma de nepotismo?
 “Se dependesse da minha nomeação, enquanto governador, seria nepotismo”, ponderou Campos, antes de lavar as mãos e afirmar que foi a Câmara que elegeu sua mãe.

Bonner insistiu: o que está em questão é o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder, para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que sua mãe ocupasse um cargo público e vitalício. Acha que foi um bom exemplo para o país?

Campos não se deu por achado: “Olha, na hora que ela saiu candidata com apoio do meu partido, se fosse uma outra pessoa, eu teria apoiado. Por que eu não apoiaria ela que tinha todos os predicados… Eu nem votei, Bonner, porque eu não era deputado. Eu, simplesmente, torci…” A fala soaria mais apropriada no 'Fantástico'. No 'Jornal Nacional', destoou. Foi como se Campos se auto-absolvesse do próprio passado, idealizando-o.

Abre parênteses: Campos não foi mero torcedor. Mobilizou Lula, visitou líderes partidários, foi de governador em governador. Advogada e servidora licenciada do Tribunal de Contas de Pernambuco, Ana Arraes prevaleceu na disputa pela poltrona no TCU graças a outra credencial: sua carreira como mãe, que dispensa exames psicotécnicos, cursos universitários e antecedentes funcionais. Virou ministra, em 21 de setembro de 2011, graças ao esforço do filho.

Consumado o resultado, os repórteres dirigiram a Ana Arraes a mesma indagação feita agora a Campos: isso não é nepotismo? Na época, a mãe do candidato declarou o seguinte: “Se o nepotismo é feito pelo povo, então é o voto do povo. [...] É uma honra criar um filho como Eduardo. […] Pergunte ao povo de Pernambuco como ele está satisfeito. O Eduardo tem 92,5% de satisfação da população.'' Fecha parênteses.




Retorne-se a Bonner: O senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição de sua mãe para o TCU? E Campos, dessa vez monossilábico: “Não”. Patrícia Poeta emendou na negativa um outro flashback: o senhor indicou um primo seu e um primo de sua mulher para trabalhar no Tribunal de Contas de Pernambuco quando governava o Estado. Como fica a isenção nisso?

Campos viu-se compelido a assumir a ascensão de um dos primos: “Foi indicado na vaga do Executivo, respeitando a legislação em vigor”. Tomou distância do outro: “A vaga era da Assembleia, pessoas podiam se candidatar. E ele não estava impedido por lei de se candidatar.” Absteve-se de dizer que o apoio ao seu governo no Legislativo estadual beirava a unanimidade.

Patrícia foi ao ponto: Se o senhor fosse eleito presidente hoje, manteria esse comportamento no governo federal? De costas para o passado, pesadelo do qual está tentando acordar, Campos reposicionou-se em cena: “…Agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribunal Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios.” Huuummm…

Embalado, o candidato engatou uma segunda: “Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.” Ah, bom!

Por um instante, teve-se a impressão de que a entrevista estava sendo exibida no horário errado. Combinava mais com o período vespertino, horário em que a emissora leva ao ar a seção ‘Vale a Pena Ver de Novo’. O senhor foi colaborador próximo de Lula, recordou Patrícia Poeta. Era ministro em 2005, quando estourou o mensalão. Afastou-se de Dilma Rousseff só em setembro de 2013, na ante-sala da sucessão. Tudo isso é ambição de ser presidente?

“Não se trata de ambição. Se trata de um direito”, reagiu o entrevistado. “Numa democracia, qualquer partido pode lançar um candidato, pode divergir. Porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não vê, não se representa naquele governo.” Mas o senhor apoiou durante mais de 10 anos esse governo. O que que aconteceu no meio do caminho?

Nesse instante, Campos teve o seu melhor momento na entrevista, talvez o único: “O que aconteceu é que aquilo que foi prometido, que o Brasil ia corrigir os erros e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram…” Campos enveredou para a economia: Dilma comanda “um governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso.”

O candidato levou aos lábios o nome de sua companheira de chapa, uma vice de 20 milhões de votos, até aqui intransferíveis: “Eu e Marina entendemos que para dar solução a isso é fundamental um novo caminho.” Trafegando no acostamento das pesquisas, numa longínqua terceira colocação, Campos fez pose de terceira via: “PSDB e PT há vinte anos governam o país. Se a gente quer chegar a um novo lugar, a gente não pode ir pelos mesmos caminhos.”

O diabo é que, nos momentos em que teve a oportunidade de dizer como pretende financiar suas promessas, Campos deixou embatucados os telespectadores mais atentos. Em vez de explicar os planos e os números, limitou-se a embaralhá-los, tecendo sobre eles indecifráveis silogismos. Formado em economia, o candidato pareceu mais um ficcionista do que um economista.

Patrícia Poeta empilhou as promessas de Campos sobre a bancada: escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União, manutenção do poder de compra do salário mínimo e a multiplicação por 10 do orçamento da segurança. Num instante em que a conjuntura pede rigor fiscal, Campos acena com novos gastos. Simultaneamente, promete inflação de 4% em 2016 e 3% em 2019.

Exposta a falta de nexo, sobreveio a pergunta: com promessas se chocam, qual delas o senhor vai descumprir? E Campos: “Patrícia, na verdade, só há uma promessa, que é melhorar a vida do povo brasileiro. A sociedade brasileira tem apresentado na internet, nas ruas, uma nova pauta, que é a pauta da educação, da melhoria da assistência da saúde, que está um horror no país, a violência que cresce nos quatro cantos do país… blá, blá, blá.”

O pedaço do eleitorado que aposta na mudança esperava que o candidato explicasse como produzirá a mágica de tirar cartolas de dentro dos coelhos. Mas Campos refugiou-se atrás de uma peça que sua campanha demora a levar ao centro do palco: “Nós estamos fazendo um programa de governo, ouvindo técnicos, a universidade, gente que já participou de governo. E é possível, sim. Nós estamos fazendo conta, tem orçamento.”

Deu a entender que é possível colher antes de plantar: “Eu imagino que muitas vezes as pessoas dizem assim: ‘Houve uma reunião do Copom hoje e aumentou 0,5% os juros’. E ninguém pergunta da onde vem esse dinheiro. E 0,5% na Taxa Selic significa R$ 14 bi. O passe livre, que é um compromisso nosso com os estudantes, custa menos do que isso. Então, nós estamos fazendo contas para, com planejamento, em quatro anos trazer inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é outro grave problema, o Brasil parou. E o crescimento também vai abrir espaço fiscal…”

Ao final da entrevista, a a folha de papel em branco do início estava preenchida com um desenho confuso, feito por um candidato fascinante. Os telespectadores mais otimistas foram dormir com a impressão de que Campos tem café no bule. Os pessimistas foram ao encontro do travesseiro com a incômoda sensação de que, eleito, o presidenciável do PSB tomará decisões como uma dona de casa que guarda o café numa lata de sal na qual os responsáveis pela elaboração de suas receitas escreveram açúcar.

E quanto aos flashbacks? Bem, serviram para demonstrar que, como político, Campos é um fabuloso cozinheiro. Se a entrevista fosse um pouco mais longa, ele decerto conseguiria demonstrar que é perfeitamente possível desfritar um ovo diante das câmeras.

por Josias de Souza

A involução tucana

Em sabatina no portal G1 o presidenciável Aécio Neves (Psdb) revelou suas prioridades caso fosse eleito presidente em Outubro. Ficou mais que claro, a agenda do candidato vem dos anos 90. E tem como base o governo Collor. Reforma tributária e "enxugamento da máquina" é o mote caduco tucano. Isso ficou explicito a partir da insinuação de recriar o Ministério da Infraestrutura - criado em 92 por Collor - e a extinção do Ministério da Pesca - criado em 201 por Lula -.

Portanto está claro, a oposição - Aécio Neves (Psdb) e Eduardo Campos (PSB) - tem como prioridade atender os pleitos do capital: banqueiros, agiotas, rentistas e o empresariado "mamãe quero mamar".

A situação - Dilma Roussef (PT) - tem como prioridade atender o cidadão, principalmente os que mais precisam do atendimento do Estado, com Educação, Saúde, Segurança Pública,  etc.

Em Outubro é você quem decide qual o caminho e a quem o Estado brasileiro deve servir, às empresas ou aos cidadãos, ao trabalho ou ao capital?

A decisão é tua.

Pense, reflita, compare e vote consciente da escolha que fez.