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Estratégia de Bolsonaro é destruição institucional do Brasil


Brasília - 
Já passamos há muito tempo da dúvida se há interferência indevida e autoritária do presidente Jair Bolsonaro em órgãos do Estado Brasileiro. Estamos diante de um processo de destruição institucional do Coaf, da Receita Federal, do Inpe, do Ibama, do ICMBio, da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, entre outros órgãos do país.
Também inexiste dúvida a respeito da intenção do presidente no processo de escolha do novo chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República): enfraquecer o Ministério Público buscando alguém que não incomode familiares e aliados e o próprio presidente do ponto de vista “ético”.
O “padrão” Lava Jato, que agora sabemos pela Vaza Jato como operava, deixa Bolsonaro desconfortável para o exercício do poder. Ele gostava desse “padrão” quando aplicado aos seus adversários políticos.
Hoje, o inimigo da Lava Jato não é a Vaza Jato, que expôs um modus operandi que corrompeu o sistema judiciário com abusos inadmissíveis para operadores do direito, que conhecem a lei.
Está claríssima a tentativa de destruição institucional. As interferências do presidente em órgãos de Estado não decorrem de motivos nobres nem porque ele foi eleito e tem o direito de fazer o que quiser. Um presidente da República pode muito, mas não pode tudo. A Constituição, demais Poderes e o sistema de freios e contrapesos da democracia impõem um claro e adequado limite. Mas Bolsonaro não aceita essas barreiras porque é um demagogo e autocrata.
Na “Folha de S.Paulo”, Celso Rocha de Barros escreveu um artigo que vale a pena ser lido: “Aparelhamento Bolsonarista”.
O Brasil assiste ao enfraquecimento das suas instituições. São normais divergências técnicas, políticas e conflitos internos em qualquer governo. Mas as intervenções de Bolsonaro têm caráter pessoal.
Ao tirar credibilidade e enfraquecer instituições, fica mais fácil adotar medidas autoritárias contra elas, como indicar para o comando de órgãos de Estado e não de governo pessoas que precisarão entender a necessidades do mando presidencial.
Trocando em miúdos: essas alterações, como tirar o Coaf da Fazenda e alojá-lo no Banco Central com novo chefe, como pressionar por trocas em posições na PF e na Receita, como demitir o presidente do Inpe, resultam da contrariedade presidencial com a democracia e de eventuais incômodos a parentes e aliados.
Kennedy Alencar - Blog do Kennedy

Resumindo

Os canalhas de bicos longos estão fazendo tudo para aprovar o parlamentarismo.
Tenho 55, vou morrer e o Brasil não será parlamentarista.
Previsões briguilinas

Poder x poder


Sem Poder Moro é um zero a esquerda de outro zero.

Sem Poder Lula é hum à esquerda de milhões de uns.

Não demora e o Bolsoasco dá um belo chute no traseiro do chefe da quadrilha de Curitiba. Foi mais cedo do que alguém poderia imaginar.

Bolsonaro não está sozinho


Noto que os adversários políticos do canalha Jair Bolsonaro estão cometendo um erro crasso em relação a este bandido. Criticam apenas eles, como se sozinho ele tivesse aprovando tudo contra o trabalhador e os mais necessitados. Mal comparando: é como se Hitler tivesse matado milhões de judeus sozinho. Chega de poupar os canalhas que estão por trás e ao lado  do imundo. São todos iguais a ele, fazem parte da mesma corja. Pronto, falei!

Gilberto Marigoni: briga de cachorro grande


Ousadia e coragem - China desvaloriza sua moeda
A China tomou na manhã desta segunda (5) medida extremamente ousada: desvalorizou sua moeda para os patamares mais baixos da década. É um estrondo no comércio internacional, pois torna produtos do país mais competitivos no balcão global. A medida é uma resposta à radicalização da guerra comercial por parte de Donald Trump, que elevou unilateralmente taxas de importação de produtos chineses. Briga de cachorro grande.
Há um segundo motivo por trás da iniciativa de Pequim: precaver-se contra uma possível desaceleração da economia mundial em 2020. A China - a partir de 2004 - já havia abraçado medida de alcance ainda maior, sacramentada pelo Congresso do Partido Comunista, em 2007. Tratava-se de deslocar o centro dinâmico da economia do setor exportador para o mercado interno. O passo seguinte à incorporação de cerca de 800 milhões de habitantes ao consumo, a partir de 1992, o país elevou em termos reais os salários dos trabalhadores (em alguns casos eles foram triplicados), no espaço de uma década.
Com um mercado interno de quase um bilhão de pessoas, o país desacelerou suas taxas de crescimento, mas encontrou maior solidez para enfrentar a crise de 2008. A desvalorização atual faz com que - sem arrochar salários internos - se busque equilibrar os setores interno e externo para a guerra comercial e as intempéries globais.
A China joga solenemente na lata do lixo os cânones da economia mainstream. Primeiro, o Estado intervém pesadamente na economia. Segundo, Pequim descarta liminarmente a noção de que o câmbio deve flutuar livremente, segundo os humores do mercado. Câmbio de moeda soberana é câmbio controlado.
A segunda economia mundial tem a muralha Trump na sua frente e alguns sabujos, como o governo Bolsonaro. É duro perceber que setores distraídos da esquerda entram nessa conflagração titânica como cachorro em dia de mudança. É inacreditável..."

Artigo do dia


Brasil refém do ódio. Sem cadáver, sangue ou cinzas... a barbárie 
“Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa” (Art. 212 do Código Penal). Trato desse tema de forma imprópria por falta de dois elementos materiais e essenciais: cadáver ou cinzas. O cadáver do qual quero falar nunca foi encontrado, enquanto as cinzas correspondem a uma névoa no passado sujo de nossa história.
Sem cadáver ou cinzas, há consenso entre juristas de que a análise do crime de vilipêndio de cadáver contempla não apenas os mortos, mas, sobretudo parentes ou herdeiros – desde o direito romano! Outro consenso é que tem por objetivo a proteção de sentimento de respeito à memória dos mortos, quer sob a perspectiva do interesse individual, coletivo e ou como um valor ético-social. O tipo penal está no capítulo “Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso e Contra o Respeito aos Mortos”. Nessa mesma linha protetiva segue o artigo 139 do Anteprojeto do Código Penal, que prevê como crime, “ofender a honra ou a memória de pessoa morta”.
Não há, portanto, cadáver ou cinzas vilipendiados, ultrajados, tripudiados para um enquadramento penal técnico. Há uma violência verborrágica de um títere que sofre de incontinência verbal, e que no passado tinha incontinência e ou obstrução intestinal. Há, entretanto valores éticos, morais a serem preservados, tanto no Código de Ética do Servidor Público quanto no Art. 37 da Constituição Federal.
Trato desse assunto em virtude do presidente da República haver desrespeitado a memória de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira – estudante e militante do movimento estudantil brasileiro, ligado ao grupo político Ação Popular. Não apenas estudante, mas também servidor público concursado, com endereço certo e não tinha participação em atos de terrorismo.
O presidente atingiu de forma objetiva também os familiares, primeiramente por associá-lo ao terrorismo (sem provas), segundo por sugerir ser ele um traidor, razão pela qual teria sido assassinado por seus pares. A própria entonação da fala presidencial dá o tom jocoso e a intenção de ferir, delinquir, num flagrante desrespeito aos familiares que não tiveram o direito de enterrar um parente e que não teve o direito de conhecer o pai.
Para um país cuja grande imprensa – escrita, falada, televisionada – cultivou o ódio, tudo soa consequência natural. Normal também num país cujas instituições são controladas por pessoas forjadas dentro da corrupção (os vendedores de palestras, os corruptos em troca de cargos, os que rasgaram a Constituição Federal por decrepitude moral que o digam). Normal para um país que finge combater o que alimenta e do que sobrevive, cujo judiciário pactua de um golpe de estado e com uma eleição presidencial fraudulenta para dar aparência de legalidade. País, aliás, que desmoralizou sua própria bandeira, quando em nome dela loteia sua soberania.
De há muito me inquieto com essa derrocada. Conversando com um amigo sobre o caso de Fernando Santa Cruz, comungamos do sentimento sobre o que aprendemos a respeito das ideias de Estado e Democracia. Ainda que com imperfeições, seria o máximo que o estágio de civilizatório conseguiu atingir, para tornar os seres humanos possíveis nas suas relações mútuas. Dentro delas, a própria ideia de Direitos Humanos como forma de freio à tirania do Estado. A ideia de servidores públicos a serviço do Estado e não de governos de plantão, como forma de garantir-lhes cunho republicano.
De repente, não mais que de repente, diz meu amigo, tudo se esvaiu no ralo do ódio, do preconceito, da ganância. O estudo do Direito – diz o colega, nos reporta a diversos momentos da humanidade, e aqueles debates que pareciam ideias abstratas, que soavam como meras hipóteses se revelam concretas. O que parecia superado, digo eu, não passou e está guardado na usina do ódio. Passamos da vingança privada, Lei de Talião, até chegar ao renascimento e alcançar a reprovação da tortura, não apenas por ser método injusto, mas por que também não funcionava. Houve sinais de avanço nas relações do indivíduo- Estado. Quando se volta ao passado começa a entender a importância do constitucionalismo na prática. Mas, as conquistas que pareciam sólidas de repente parecem se esvair e caminhar para a barbárie. O que era simples debate acadêmico virou um debate prático.
O Brasil está nas mãos de arruaceiros e deslumbrados ou as duas coisas juntas. Arruaceiros que querem fechar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, que ameaçam e assassinam impunemente (Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Silva?). Na onda de libertinagem explicita vem a farra de passaportes diplomáticos, tráfico de droga em avião da comitiva presidencial, uso de aeronave para ir a festa de casamento, envolvimento com milícias, divulgação de X Vídeos, falas torpes, mentidos e desmentidos. Notícias divulgadas ontem dão conta de que, em 28 anos, o clã Bozo beneficiou 102 pessoas ligadas a 32 famílias.
Mudei de assunto? Não! Tudo acima parece normal, embora meu amigo diga que é anormal. O insulto à memória de Fernando Santa Cruz saiu da boca suja de quem desde sempre fazia apologia ao crime – a um torturador, à quadrilha de milicianos que foram até condecorados por seu filho.
Falar de memórias do Direito, Democracia e dos avanços civilizatórios serve para alertar que há meios para frear a “Mula Sem Partido que comanda a Nação”. Seja com focinheira – como sugeriu um ministro, seja com interdição – como insinuou um famoso jurista, seja apelando para todo o instrumental legal disponível. Ainda que para simples desmoralização desse próprio instrumental. Usar a Constituição como instrumento de reafirmação ou desmoralização dela mesma e, por via de consequência, desafirmar e desmoralizar o presidente da República de um Brasil refém do ódio, a caminho da barbárie.


Armando Rodrigues Coelho Neto

A direita não liga para História


"Percebo nos olhos dos amigos de luta a tristeza e o cansaço. E confesso que muitas vezes em que me olhei no espelho ultimamente não gostei do que vi: nossos sorrisos estão mais tímidos, escondidos e raros.
É triste observar o nepotismo, o popularismo, a cretinice, a canalhice, a mediocridade que imperam no país nadar de braçada à nossa frente.
Sem críticas, questionamentos ou constrangimentos.
Há uma espécie de cegueira coletiva, consequências de um país que enlouqueceu, embruteceu e emburreceu.
O pior da direita é que eles não ligam para a História. Não aprendem nada.
Se sentir enojado como esse governo que está aí não significa necessariamente ser “Lula Livre” ou “petista”.
Trata-se de uma questão de inteligência mesmo.
Não ser Bolsonaro, esse equívoco histórico horrível, não significa ser Lula.
Então, perceber essa anestesia intelectual, que compactua com coisas como Olavo de Carvalho, terraplanistas, Damares e essa ruma de gente constrangedora e imoral é doloroso.
Observar a defesa sem críticas à Moro e Dalagnol, mesmo diante das perturbadoras mensagens vazadas é desalentador.
Ouvir de amigos afirmações de que Jean Willys “vendeu” seu mandato ao vereador do Rio David Miranda, repetindo um mantra desonesto e completamente sem noção de fake News criados por Carluxo, através de seu perfil bizarro “pavão misterioso” é muito triste. É ver derretendo uma admiração, um carinho, uma confiança na capacidade intelectual de tais amigos.
Ouvir pessoas próximas defender que as mensagens do Intercept são falsas e que Gleen, um jornalista premiado com um Pulitzer e um Oscar é um “bandido verdevaldo” é profundamente chocante.
Perceber a imaturidade política e desonestidade intelectual em quem você admira é muito impactante.
E sei que não sou só eu que estou passando por isso. Todos nós, que percebemos claramente o esforço feroz de destruírem um projeto de soberania e protagonismo nacional estamos nos sentindo muito tristes. E impotentes. A cada dia é uma surpresa nova. Um choque novo. E uma constatação de que eles não estão ligando.
Sempre foi luta de classes. Sempre foi.
Estamos diante de mais uma: a reforma trabalhista da forma que foi feita; a reforma da previdência tal qual está sendo feita; a vilanização da cultura, do pensamento, do ensino público gratuito; trata-se tão somente de luta de classes.
Nós, que acreditamos em um país mais justo e mais humano, estamos perplexos diante das maldades perpetradas por pessoas que se dizem do bem, conduzidas pela fé e pela palavra de Deus. Nós, que entendemos a palavra de Jesus, estamos perplexos. É o oposto do mantra mais simples e repetido de sua palavra: “amai ao próximo como a si mesmo”.
Essas pessoas de bem odeiam pobres. Odeiam pretos. Odeiam gays. Odeiam as diferenças. E detestaram ver essas diferenças ocupando espaços antes reservados apenas para eles, os nobres e superiores cidadãos da Casa Grande da nossa eterna senzala.
Luta de classes.
Estamos tristes e adoecidos, é verdade.
Mas é agora, mais do que nunca, que precisamos manter a cabeça de pé.
Nenhuma maldade dura para sempre.
É da natureza das coisas a luz vencer a escuridão.
Vamos manter nossa alma, cabeça e espírito fortes.
Vamos resistir. A maldade perderá um dia, pois assim foi na inquisição, no nazismo, nas ditaduras e assim será mais uma vez.
Reúnam-se com seus amigos de fé e riam, gargalhem, se divirtam.
Quando for inevitável estar com os parentes e amigos “gente do bem cristã”, respire fundo e seja superior. Porque somos superiores. Estamos do lado certo da história.
Esteja mais com quem gosta de estar.
Leia mais livros bons. Assista mais filmes. Mais séries. Passeie mais com quem gosta. Dê mais valor a quem você ama. Se ame mais.
Essa dor vai passar.
Pois toda dor é como nuvem que se forma, se desmancha e vai embora.
E se por acaso queimar a pipoca no microondas, dê risada e jogue tudo fora. Há coisas mais importantes para a gente dar atenção !
Sigamos! Junto !"

texto de Fernando Haddad

Diálogos briguilinos


Bolsonaro: Guedes, temos de baixar o preço do gás de cozinha o pessoal tá reclamando.

Paulo Guedes: Presidente, já tenho a solução. Vamos vender o botijão pelo mesmo preço que era vendido por Dilma.

Bolsonaro: Como vamos conseguir fazer isso?

Paulo Guedes: É simples presidente, a partir de agora o vendedor vende a quantidade de gás que quiser no botijão de 13 quilos.

Bolsonaro: Genial! E corre para informar a decisão nas redes sociais, junta uns gatos pingados escolhidos a dedo, sobe no palanque anuncia e os bolsominions ... Mito, mito, mito.

Assim caminha a burralidade, que fazer?

Luis Nassif: xadrez da natureza do governo Bolsonaro


Peça 1 – elite, povo e lumpem

Uma das peças centrais do governo Bolsonaro é o desmonte de qualquer forma de proteção social e de regulação capitalista da economia. Embrulha tudo isso na embalagem do empreendedorismo e da liberdade de atuação das empresas.
Mas não se trata nem de um representante da elite, nem do proletariado, nem do empreendedorismo. A divisão é outra: é entre a economia formal e a economia da zona cinza, ou irregular ou criminosa.

Peça 2 – desregulação e economia do crime

Sua última decisão, de proibir que as Juntas  Comerciais comuniquem suspeitas de crimes na constituição de empresas, somado ao apoio às restrições do COAF, visam justamente abrir espaço para a ocupação da economia pelas organizações clandestinas, algumas nitidamente criminosas.
Vão na mesma direção o desmonte da Funai, da ICMBio, a flexibilização dos agrotóxicos pela Agência Nacional de Saude,  a abertura para importação de armas, e a liberação de armas para a população, até temas menores, como a proposta dos Bolsonaro de anular as multas das vans que trafegam em faixa de ônibus no Rio de Janeiro.  Sua última decisão foi permitir a distribuição de gás em botijão semi-cheio e sem  menção  à distribuidora.
Não se pense em motivação ideológica ou qualquer forma de pensamento elaborado. A escola de Bolsonaro são as milícias. Vez por outra, ele vai buscar no neoliberalismo selvagem motes para o desmonte do Estado formal.

Peça 3 – desmonte de toda forma de organização

Assim como em outros movimentos fascistas, Bolsonaro não admite o contraditório ou qualquer forma de organização, seja social seja de corporações públicas.
É o que explica o fim dos conselhos, os ataques às organizações sociais, o fato de colocar Supremo, Procuradoria Geral da República e Lava Jato de joelhos. E também a iniciativa de acabar com as contribuições ao sistema S, ou o processo descontrolado de abertura da economia.
Incluem-se aí as disputas com as corporações públicas, com o Judiciário, especialmente com a elite do funcionalismo público, possível próxima etapa do desmonte bolsonarismo. O golpe final será sobre as Forças Armadas.

Peça 4 – a apropriação dos serviços públicos pelo lumpem empresariado

Uso o termo lumpem empresariado para diferenciar dos setores empresariais modernos e dos tradicionais. São os que exploram nichos como bingo, manicômios, clínicas psiquiátricas, escolas para deficientes e, no caso das milícias, transporte público, construções irregulares em áreas de preservação, venda de gatos e de gás, venda de proteção privada.
A última decisão do governo foi retirar médicos, psiquiatras especialistas e conselhos das decisões sobre saúde mental.

Peça 5 – o preconceito contra os miseráveis e contra a elite

Uma característica da classe média baixa, em seu processo de ascensão econômica, é a ampla ojeriza a qualquer forma de miséria que possa lembrar suas origens, e a revolta contra qualquer grau de hierarquia social, como expressão da revolta pelas humilhações sofridas.

A negação de qualquer forma de solidariedade aos mais pobres é um instrumento de afirmação da sua condição social, de quem saiu da pobreza, mas não chegou a elite.
O resultado é um tipo com profundo preconceito em relação aos mais pobres, é uma repulsa contra os salões da elite, aos quais nunca teve acesso.
A família Bolsonaro enquadra-se perfeitamente nesse perfil. O pai sempre demonstrou uma raiva descontrolada em relação à memória do ex-deputado Rubens Paiva, cujo pai era grande fazendeiro na cidade em que Bolsonaro foi criado.

Por isso, é tolice considera Bolsonaro como aliado das elites. Ele é um representante típico do lumpem. Fica à vontade com o lumpem, as formas de expressão são típicas do lumpem, assim como as demonstrações de machismo, o símbolo fálico das armas, as piadas escatológicas. E o ódio a qualquer forma de conhecimento especializado, visto por eles como um sinal de prepotência do intelectual em relação ao ignaro.

Peça 6 – o horror a qualquer tipo de divergência

O horror à divergência é consequência automática do complexo de inferioridade que os acompanha a vida toda, seja pelas vulnerabilidades de origem, seja pela fraqueza intelectual.
Só confiam nos seus. Dai a exigência de obediência absoluta, que faz os espíritos mais fracos se comportarem de forma vergonhosamente subserviente. Como bem anotou Jânio de Freitas, Bolsonaro tem a compulsão da morte.
Não há saída democrática nesse perfil. A cada dia que passa, mais aprofundará as posturas autoritárias, o atropelo das instituições e das normas, até o confronto final, a hora da verdade, quando se irá conferir se as forças que aglutinou em seu apoio serão superiores ou não ao grande pacto que começa a se formar de resistência às suas loucuras.
***
Pitaco do Briguilino: de fato o desgoverno Bolsonaro se sustenta na agenda ditada pela banca - bancos, rentistas, agiotas nacionais e internacionais -. Este é o resumo da ópera bufa que a mídia e o ministério público e o judiciário ajudaram a eleger e manter.

Política


Irmão Nordestino
Vamos fazer nosso destino
E desfazer o desatino
Que traidores da Pátria traçaram
Bandidos de toga, do ministério público, midiáticos e bilionários tem de serem derrotados
1 por cento da população não pode derrotar noventa e nove por cento de irmãos
Vamos nos unir
Do Oiapoque ao Chui
De onde há de existir brasileiro com coragem e disposição para "em tempos de trevas acender o Lampião" e defender - se preciso - com a própria vida a nossa Nação.
Vamos a luta, apenas começamos a lutar

Em tempos de trevas acenda teu Lampião


Pincei do grupo Orgulho de ser Nordestino
postagem de Iagrici Lima
que recebeu da amiga Elisangela Nascimento

Enganaram muita gente usando o discurso de "combate a corrupção"


Eles queriam desviar verbas do Judiciário para fazer anúncio posando de super-heróis CONTRA A CORRUPÇÃO.
E depois desfilar com essa fantasia mal acabada para lucrar com uma empresa (aberta em nome das esposas), dando palestras CONTRA A CORRUPÇÃO.
Eles instituíram uma fundação para gerir um fundo de R$ 2,5 bilhões (!) constituído com dinheiro da Petrobras, a pretexto de promover uma cultura CONTRA A CORRUPÇÃO.
No ano passado, o mentor de todos eles se aposentou da carreira pública para “ganhar dinheiro” (palavras suas) utilizando a experiência lavajatista para dar consultoria CONTRA A CORRUPÇÃO.
É, meus caros…
São esses lavajateiros que enganaram tanta gente com o clássico truque de ocultar seus interesses obscenos, preferências ideológicas e preconceitos inconfessáveis no discurso hipócrita da luta CONTRA A CORRUPÇÃO.
Publicado originalmente pelo advogado Fernando Hideo na sua página do Facebook

Os bagaços: de Cunha a Moro, por Emiliano José


Fico só olhando, de soslaio...
Quando há crise de hegemonia, a volatilidade das figuras políticas dominantes é altíssima. Os de cima navegam entre o pragmatismo e a traição.
Valer-se de figuras sem princípios para atingir objetivos de um preciso instante torna-se regra.
Aliada a outra: descartá-las logo que percam utilidade.

Eduardo Cunha foi essencial no golpe contra Dilma, preservado enquanto conduzia-o “com Supremo e tudo”, no dizer jucaniano.
Alcançado o objetivo, é jogado à masmorra, como traste imprestável.
E que não fizesse delação.
Michel Temer, alçado à presidência pelo mesmo golpe, prepara o terreno para o sucessor, com um pacote de maldades consistente contra os trabalhadores.
Terminado o serviço, voam no pescoço dele.
Não serve mais pra nada.
Como não atrapalha, pode esperar em liberdade – e é da lei que assim seja.
Como Aécio Neves, tão útil na preparação do golpe.
Como Serra, escanteado, mas livre.
Como FHC, um pavão sem serventia atualmente, não obstante aliado da Inquisição.
São laranjas maduras.
O próximo tirou licença por alguns dias.
É laranja madura na beira da estrada.
Prestou inimitável serviço à destruição dos pilares da Nação.
Prendeu o principal líder de nossa história, Lula, que ganharia a eleição com um pé nas costas.
Combinou ganhar em troca a Justiça.
Tudo que é sólido desmancha no ar.
Não tem mais nenhuma utilidade.
Atrapalha, quem diria, até o governo da extrema-direita, morou?
O jornalismo sério o interceptou – desculpem o trocadilho.
Moro será uma triste lembrança na história.
Um bagaço.
Lula, ainda preso, eterna presença no coração do nosso povo.

Artigo do dia, por Armando Coelho Rodrigues Neto


Bozo traiu a Polícia Federal e não apenas ela
“Desculpas delegados da PF! Mas, foi Dilma quem fortaleceu vocês”. Este é o título de um texto que publiquei, em 04/09/2017. Sob pena disso e daquilo, respondi a uma interpelação extrajudicial. Motivo? Puxei a orelha dos policiais federais. Grande parte deles, por ignorância ou má fé, fizeram vistas grossas para o golpe de 2016. Era como se estivesse em curso a máxima do “polícia emburrece, embrutece, entorpece”. Cegos, não viam que a Farsa Jato era aquilo mesmo: farsa. The Intercept escancarou o que sempre se soube.
Engolfados de Fórum de S. Paulo, mamadeiras de piroca, Cuba, Venezuela e embriagados do falso moralismo, no qual até ladrões eram contra a corrupção (Bozo, Aécio, Cunha não me deixam mentir) nunca souberam explicar o ódio contra Dilma/Lula/PT. Como explicar o ódio contra quem lhes ofereceu historicamente os melhores salários, recursos materiais e humanos, sem contar o instrumental legal? Emburreceram.
Mediante conluio com procuradores e juízes, usaram o instrumental jurídico aprovado na era PT para prender, ao arrepio das leis e da tradição jurídica do país, o melhor presidente da história nacional. Embruteceram.
Entorpecidos de mentiras e valores medíocres que não conseguem explicar sem recorrer ao arsenal midiático (também golpista), bajularam o Coiso. Dele conseguiram a promessa de que receberiam tratamento igual ao que o golpe pretende dar aos nossos covardes militares (as exceções continuam caladas).
Derrotados em suas pretensões na questão da Previdência, chamaram a Mula-mor de traidora, ameaçam greve e enchem de lamúrias as redes sociais.
No texto citado acima, lembrei os colegas da PF sobre os cúmplices de Hitler: “Os que se pensavam arianos e jogaram as vítimas do nazismo nos fornos foram os últimos, mas também foram incinerados”.
Gostaria muito de olhar na cara da policial que postou no Facebook: “Polícia Federal a única e real oposição ao PT”. Justo ela, que do alto do feminino, ignorou lei aprovada por Dilma Rousseff, que reduzia em cinco anos o tempo para aposentadoria da mulher policial. Junto com ela, todos que embarcaram no “somos todos” (Cunha, Aécio, Japonês da Federal, Temer e finalmente a mula sem partido). Queria muito saber onde anda a PF republicana que falava grosso com Dilma/Lula/PT, hoje “tchu-tchuca” com o Coiso e mendigando votos petistas, das esquerdas satânicas.
Quem tem “tico e teco” funcionando sabe que nem o marreco de Maringá nem o DD são santos. A Farsa Jato, de tão política e a serviço da manga chupada (Trump), queria se imiscuir até na Venezuela. Ficou desmascarado que o golpe “com supremo e tudo” era aquilo mesmo: golpe. Quebrar a Petrobrás e o Brasil como um todo fazia parte do golpe. Derrubar Dilma, demonizar Lula e prendê-lo, criminalizar a política idem.
A imprensa, os comentaristas conservadores, os setores econômicos racharam. As contradições pela falta de perspectiva após três anos de golpe estão abertas. O Judiciário já desmoralizado entrou em inferno astral sob o signo do marreco. Quem sabe, agora, com os policiais federais tratados como povo na “deforma da previdência”, se sintam como tal, e passem a lutar ao lado dele. Quem sabe descubram a diferença entre um estado com direitos e sem. Que um estado com direitos não é pejorativamente comunista e sim democrático.
Policiais são, sim, uma categoria especial e diferenciada. Mas a própria natureza do serviço público como um todo está desqualificada. Todas as prerrogativas que fazem do servidor público um instrumento republicano estão sendo tratadas como privilégios. A própria ideia de servidor (servir) está deturpada.
O trabalhador comum está abandonado. O golpe mandou dialogar com o patrão, como se pescoço fizesse acordo com guilhotina. Qualquer manifestação de resistência do trabalhador será violentamente reprimida. Por quem?

Bozo não traiu apenas a PF, mas também o Brasil. Ele usou a PF para trair o Brasil, e nossa brasilidade para entregar o Brasil. O Brazil que o diga.
Corta!
Juiz ladrão! Não sei quem disse, nem contra quem, mas gostei muito. Estou de alma lavada. Um dia me roubaram a infância, minha alegria cidadã e, injustamente, a liberdade de algumas pessoas. Roubaram até o orgulho que eu tinha da bandeira nacional… Pode ter sido um juiz.
Judiciário, o mais corrupto dos poderes. Corrompe a ideia, o ideal de Justiça