Fukushima

[...]um acidente pior que Chernobyl
Cadê os otimistas com a energia nuclear que estavam aqui?
O acidente nuclear de Fukushima é pior do que o de Chernobyl, foi o que alertou o pesquisador Edmund Lengfelder, do Instituto Otto Hug de Munique. Há mais de 20 anos ele pesquisa os efeitos de Chernobyl, chamava a atenção para o fato de que a área próxima a Fukushima tem uma densidade populacional, muito maior do que a da usina na Ucrânia.(http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/03/16/parte-do-japao-pode-ficar-i... )
Em 17 de março, a embaixada americana recomendou aos seus cidadãos que evacuassem de uma área distante de 50 milhas (80 km) da usina, quatro vezes o raio de evacuação inicial estabelecido pelo governo japonês, 20 km, depois ampliado para 30 km.

Mais de dois milhões de pessoas vivem na área de evacuação recomendada pelas autoridades americanas. É muita gente para ser retirada, mesmo para uma economia cheia de recursos como a japonesa.
Agora o governo japonês amplia a área de evacuação para metade do que os americanos recomendam, apenas 40 km:
"Nesta segunda-feira, o principal órgão regulador da energia nuclear nos EUA afirmou que a crise japonesa encontra-se em situação "estática, mas não estável", e ressaltou que não vai mudar a recomendação para que cidadãos americanos mantenham um raio de cerca de 80 quilômetros da área do acidente, ocorrido após o terremoto e a tsunami de 11 de março no nordeste do Japão.
Autoridades japonesas decidiram ampliar o raio de segurança da usina para 40 quilômetros". ( http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/04/11/japao-eleva-gravidade-da-cr... )
Desde 23 de março se tinha conhecimento que o acidente de Fukushima alcançava nível 7:
Uma entrevista esclarecedora:
Yuli Andreyev: "Na indústria nuclear não há organismos independentes"
"O reator mais perigoso de Fukushima é o 3, porque emprega combustível de urânio e plutônio", assegura.
Ele passou cinco anos em Chernobyl. Foi vicediretor do Spetsatom, organismo soviético de combate à acidentes nucleares e conhece a fundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Veja apresentações de multimídia para entender os fatos:

Elogio a FHC

A deslealdade dos colegas na última eleição teve um efeito libertador sobre Fernando Henrique. Essa entrevista é uma espécie de culminação de um processo que começou com o seu recolhimento, durante o final da campanha de Serra. Agora, de modo absolutamente leal, sem trair ninguém nem pular do barco na hora do aperto, ele volta com um discurso grande, redondo, que deve ser cuidadosamente meditado pela oposição. Vai ao ponto. 

O que foi o udenismo dos tucanos, nestes últimos anos?...

Uma tentativa de "falar as massas", de ter um discurso que repercutisse entre as pessoas mais simples, ecoando o moralismo pobre dos programas policiais vespertinos. Reeditaram o discurso pobre do PT nos tempos da oposição - o discurso que dava sustentação ao golpismo do "fora FHC!". 

Lula teve o mérito de copiar aquilo que havia de MELHOR no PSDB. 

Os tucanos, na oposição, copiaram aquilo que havia de pior no petismo dos anos 90. Só que não tinham o que se chama por aí de "physique du rôle". Ver aquela turminha de raposões engravatados, com cara de personagem do Angeli, repetindo na TV bordões de um moralismo angelical foi constrangedor.


Contra o Lula! Acusando o Lula de ser... CORRUPTO!.. Simplesmente porque ele havia lançado mão dos mesmíssimos expedientes que eles se fartaram de usar enquanto estavam no poder! Foi o momento mais ridículo da política nacional desde a redemocratização. O povão, que já não gostava daqueles tipos, passou a sentir ódio, nojo, sei lá. Ao invés de conquistar, afastaram de vez esse eleitor que ascendia socialmente, e rendia graças a Deus no céu e ao Lula aqui na Terra.


Fernando Henrique volta dizendo o que eles já deveriam ter percebido há um bom tempo. É um grande político, e um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Seus acertos na presidência ficarão muito, mas muito acima de seus erros (quem não os comete?). Juntamente com Lula, é um dos fundadores do Brasil que está surgindo aí no horizonte. É emocionante ver uma pessoa com mais de 80 anos que demonstra essa vitalidade e lucidez.

Posso não concordar com uma palavra do que escreve, mas te darei espaço no blog para você publicar rsss

Câmbio

[...] Controle de capitais: Custo/beneficio e legitima defesa

Na organização do universo, Deus foi muito duro com os "cientistas sociais", dentre os quais se destacam os economistas. Para benefício desses últimos, entretanto, construiu um "homem" que age com racionalidade limitada num espaço permanentemente preenchido pela incerteza. Para superá-la abriga-se na imitação e nos costumes. Com um legítimo processo de abstração, esquecemos as expressões "limitada" e a "incerteza" e construímos uma hipótese poderosa: o homem age a partir de um cálculo racional absoluto, obedece a incentivos, procura maximizar os seus benefícios e não tem relação com outros homens. Como já suspeitava (numa nota de rodapé) o ilustre Thomas Robert Malthus (1766-1834), isso abria espaço para entendê-lo aplicando o cálculo diferencial criado por Newton (1642-1727).
E não deu outra! O conhecimento da economia avançou dramaticamente explorando aquela hipótese, até assumir o respeitável grau de "rainha" das ciências sociais. A "ciência" criada por Adam Smith exagerou: predou primeiro a psicologia e depois exerceu seu imperialismo sobre a antropologia, a arqueologia, o direito, a geografia, a história, a sociologia e a política! Enquanto isso ela mesma estava sendo predada pela bela e irresistível matemática! Foi um porre que durou pelo menos um século e meio. Terminou quando exagerou na formulação do "equilíbrio geral" num espaço topológico. Isso deu nascimento a uma revisão da hipótese básica. Redirecionou a observação e o estudo sobre a realidade em que se forma o comportamento do agente econômico, absorvendo e reintegrando o conhecimento das ciências sociais que havia predado. 
da é mais indicador desse movimento, renovador, do que está acontecendo, por exemplo, com relação à liberdade de capitais. No acordo de Bretton Woods (depois de uma penosa e longa discussão teórica) ela praticamente foi interditada; foi construída lentamente depois que o "gold standard" foi definitivamente destruído pela desvalorização do dólar com relação ao ouro no início dos anos 70 e foi consagrada quando o poder político nos EUA passou, de novo, às mãos do sistema financeiro (como acontecera antes de 1929). Iniciou-se na década dos 80 do século passado, a desmontagem da regulação construída nos anos 30. É um fato interessante que no Consenso de Washington, nos anos 80 do mesmo século, apesar da insistência do FMI, ela nunca foi reconhecida.
Agora, em menos de duas semanas, o FMI modificou a sua posição. Admite que em circunstâncias específicas o seu controle pode ser uma das "ferramentas" da política econômica dos países que estão sofrendo com a supervalorização das suas moedas. Esses, de fato não devem assistir passivamente à erosão de sua base industrial sujeita à competição desleal de países mais "espertos". A resposta imediata veio do organizado e poderosíssimo "lobby" financeiro, o "think-tank" Institute of International Finance, de Washington, financiado pelo sistema financeiro internacional, pela boca do seu economista-chefe, o sr. Phillips Suttle. Referindo-se diretamente ao real nos ensinou que sua valorização está associada ao desempenho e às perspectivas positivas da economia brasileira (o que é uma premissa verdadeira) e que, portanto, deveria ser vista com a maior naturalidade. Logo, admitir e lidar com essa realidade seria um instrumento mais útil do que a imposição de controles sobre o movimento de capitais (o que, infelizmente, é uma conclusão que não decorre da premissa).
O que é evidente nessa discussão? Que ninguém dispõe de uma "teoria científica" para recomendar ou não a liberdade de capitais. Além do mais, nenhuma pesquisa empírica feita com métodos estatísticos robustos pode resolvê-la. Trata-se, na mais benigna das hipóteses, de uma recomendação "normativa" que pode ou não ser útil, mas que, evidentemente, é contaminada por interesses. É uma questão cuja resposta depende das circunstâncias internas e externas de cada país. Dizer, como disse o sr. Suttle (e dizem alguns de nossos melhores economistas), que deixar o câmbio flutuar "naturalmente" é a melhor solução para nosso problema, não tem maior valor "científico". É apenas uma opinião, como todas as outras (inclusive a minha), ditada por diferentes visões do mundo. Afinal, deveria ser óbvio que a "liberdade de movimento de capitais" não está escrita nas "leis naturais" imutáveis da organização do universo.
Parece difícil de entender como ainda não tenhamos internalizado em nossas consciências:
1º) que a macroeconomia (inclusive seus mais recentes modelos) tinha muito pouca coisa a dizer sobre como funciona, de verdade, a economia real. Ela também é mais "normativa" (isto é, expressa mais a vontade de como o sistema deveria funcionar do que como ele funciona) do que "científica" e;
2º) que o aparato econométrico que às vezes aparentemente a sustenta (a "calibração") é terrivelmente deficiente para levar a qualquer conclusão segura. Aliás não deveria haver surpresa: a ciência só avança quando falha!
Ao contrário, portanto, da ideia que as políticas macroprudenciais são uma volta ao passado, elas simplesmente indicam nossa perplexidade com a tragédia a que levou a aparente sofisticação financeira. O momento não é de afirmações apodíticas, apoiadas numa ciência que não existe, mas de avaliação cuidadosa da relação custo/benefício, no curto e no longo prazo, das medidas que estamos tomando em legítima defesa...
Delfim Netto 
E-mail: contatodelfimnetto@terra.com.br 

Microsoft

[...] e Yahoo possuem juntos 30% do mercado de buscas nos EUA
Estudo elaborado pela Experian Hitwise, o motor de busca da Microsoft, o Bing, aumentou sua participação de mercado em 6% para 14,32% no mês de março nos Estados Unidos, enquanto que o Yahoo Search cresceu 5% para 15,69%. Juntos, eles atualmente representam 30,01% do mercado de buscas naquele país.
Já o Google, entretanto, amargou uma queda de 3% em sua participação de mercado, declinando de 66,69% registrado em fevereiro, para 64,42% no mês de março. No acumulado de agosto de 2010, a março de 2011, a queda foi ainda maior, cerca de 10%. Na época, o Google possuía 71,59% daquele mercado, enquanto que o Bing contava com apenas 9,87%.
No entanto, apesar de o Bing e do Yahoo terem aumentado suas participações, o Google ainda continua líder absoluto. Além disso, recentemente incluiu novos recursos em seu motor de busca para reforçar sua liderança, como o botão “+1″, e a possibilidade de os usuários eliminarem os resultados da pesquisa.

Economia

[...] Brasil, desenvolvidos e emergentes importam inflação

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 Não chega o terrorismo diário de nossos mercados e mídia, agora vem o velho e conhecido FMI também botar lenha na fogueira da especulação. Embora até reduza suas próprias projeções de inflação para os países emergentes - Brasil, também - para este ano e o próximo, o Fundo diz que as pressões inflacionárias estão mais contidas nos países desenvolvidos, mas ampliam-se nos em desenvolvimento.

Em seu mais recente relatório "Perspectiva Econômica Mundial", o FMI diz que isso ocorre em função da alta dos preços dos alimentos e da energia. É a deixa para o Fundo elevar a projeção de inflação nos emergentes, de 6% para 6,9% este ano e de 4,8% para 5,3% em 2012. Também para as economias avançadas, ele subiu a projeção de 1,6% para 2,2% em 2011 e de 1,6% para 1,7% em 2012.

Para o Brasil, e em relação a seu relatório anterior (outubro/2010) o Fundo até baixa um pouco a projeção da inflação deste ano, de 6,9% para 6,3% e estima que a do ano que vem ficará em 4,8%.

FMI: Brasil importa inflação de alimentos e energia

A pesquisa do FMI só confirma que, para além das pressões inflacionárias normais de um ritmo de crescimento acelerado num país que ficou 20 anos estagnado, estamos vivendo no Brasil o mesmo fenômeno de todos os demais emergentes e mesmo dos desenvolvidos: estamos importando inflação de alimentos e energia.

Mas, para o nosso caso, insisto, as políticas para enfrentar a questão não podem e não devem ser as mesmas adotadas para choques de demanda - o aumento puro e simples dos juros e cortes de gastos e nos salários como as adotadas na Europa (lá, inclusive com aumento de impostos) mas, sim,  aumentar os investimentos e reduzir os custos de produção nas áreas de energia, infraestrutura, tributária e financeira.

Se não fizermos isso, vamos diminuir o crescimento e não vamos reduzir a inflação. Aí teremos, então, o pior dos mundos, com queda da arrecadação, do investimento, do emprego e da renda. Todos perdem, portanto.

Todos perdem

O que o Brasil precisa, para enfrentar essa nova conjuntura mundial, com a emergência da China e a política monetária dos Estados Unidos, é de uma nova estratégia política para enfrentarmos a questão cambial e das contas externas, e a pressão sobre nossa indústria.

Essa estratégia nova implica, é claro - e é o mais urgente a ser feito - numa reavaliação de nossas políticas industrial e de inovação, na adoção de medidas para reestruturar nossa base industrial e na redefinição de nossa política comercial e externa. É o único caminho para o Brasil poder enfrentar esse novo desafio.

Facebook

[...] Parece que finalmente vai iniciar suas operações no mercado chinês. Mas isso não significa que a China está apoiando a entrada da rede social em seu território, segundo uma fonte ouvida pelo Sohu.com, um portal de conteúdo chinês.

Sohu ainda revela que o Mark Zuckerber tem mantido conversas frequentes com o Robin Li (CEO do principal motor de busca chinês) para criar um serviço de rede social naquele país. Entretanto, a nova plataforma seria independente, sem qualquer integração com o Facebook. Mas nada está definido ainda, destaca a fonte.
“Estamos estudando e aprendendo sobre a China, abordando diversas possibilidades que poderiam baneficiar nossos usuários, anunciantes e desenvolvedores”, disse o Facebook em um e-mail enviado a Bloomberg.
Atualmente o Facebook é bloqueado na China, juntamente com outras redes sociais, e sites dos Estados Unidos.

Previdência

[...] Olha você aí, velhinho perdulário, pagando a conta
Li em algum lugar uma frase genial sobre a competência política dos republicanos para extrair de Barack Obama o resgate de Wall Street e ao mesmo tempo culpá-lo por privilegiar os banqueiros, depois da crise financeira de 2008.
O fato é que, desde então, houve um contínuo avanço dos conservadores, com o apoio da mídia, para pendurar a conta da crise nos trabalhadores.
Vimos isso em Ohio, nos Estados Unidos, e na Europa.
A revista britânica The Economist dá o tom do ataque aos direitos adquiridos. Primeiro, pregou contra os “marajás” do serviço público. Agora, ataca as aposentadorias. Na capa mais recente, o velhinho motoqueiro é você, cheio de “privilégios” depois de uma longa vida de trabalho.
Diz a revista que a idade mínima para as aposentadorias deve ser de 70 anos de idade. A alternativa? Falência.