Platitudes

Quem ganha mais quando um governo é alvo de denúncias? Ele mesmo ou a oposição?

A resposta óbvia seria “o país”.

Como toda generalização, seria também inútil. Platitude. É preciso sempre analisar tais episódios à luz da luta política, da disputa pelo poder, vetor que em última instância comanda as ações dos personagens.

Mas será que não há, em todo caso, um “interesse geral” embutido em qualquer braço de ferro da política?

Há outra pergunta razoável: 
Como combater um governo popular, termo aqui usado como sinônimo de “detentor de grande popularidade”? Ou deve-se abdicar de combatê-lo por causa das remotas possibilidades imediatas de sucesso?

Bom exemplo pode ser buscado em tempos não tão distantes, nas circunstâncias enfrentadas pela oposição ao regime militar na passagem dos anos 60 para os 70 do século passado.

Foi um período maravilhosamente próspero, o do “milagre brasileiro”. Infelizmente, a produção de prosperidade convivia com a supressão das liberdades, com a tortura dos presos políticos e outras coisas tristes e condenáveis.

Fez bem a oposição na época MDB - Movimento Democrático Brasileiro - quando decidiu não esmorecer. Mesmo passando por vexames homéricos, como a surra que tomou na eleição de 1970.

Daria o troco quatro anos depois, na lavada que impediu a institucionalização do regime e abriu o caminho para a democracia.

Antes que os lunáticos de plantão comecem a espumar, esclareço não haver aqui qualquer paralelismo estrito entre aquela época e hoje. São situações diferentes. Uso aqueles episódios históricos como referência para os acontecimentos atuais.

Existir uma oposição, orgânica e difusa, é sempre bom para a democracia. Mais: 
É essencial. E é bom para o próprio governo. Governos são conglomerados de interesses e ambições, cujo controle é impossível fazer só “de dentro”. Pois o normal é os “de dentro” serem solidários entre si quando a pressão “de fora” ameaça o condomínio.

E importa menos aqui saber se a oposição e a fiscalização externas em cada caso são “justas” ou “injustas”. O importante é que existam. Funcionam como um sistema imunológico sadio a eliminar regularmente células estranhas, que de outro modo poderiam se transformar em focos de doenças capazes de levar o organismo à debilidade extrema e mesmo à morte.

A administração de Luiz Inácio Lula da Silva vai muito bem. A economia cresce, a confiança dos consumidores e das empresas anda em alta, alguns nós estruturais da injustiça social vão sendo enfrentados. O resultado é a força política do presidente, do partido dele e da candidata que apresentaram à sucessão.

Mas o governo tem também uma deficiência séria. Seu sistema imunológico deprime-se progressivamente . Um sintoma são as reações tíbias aos desarranjos. Estes sucedem-se, sem que se note incômodo ou constrangimento. Ou ação real. Nada parece tão grave que não possa ser tratado com um muxoxo.

É da natureza do poder. Quando se vê muito forte, dá-se ao luxo de (não) reagir assim. E sempre haverá nos palácios quem sopre nos ouvidos do príncipe que o exercício bruto da força é a solução para todos os problemas.

Por um tempo, pode até ser. Pode ser até por um bom tempo. Mas nunca é para sempre.

Esta coluna não terminará pessimista. Eis uma vantagem da democracia. Em janeiro haverá um novo governo. Hoje o cenário mais visível na neblina é a continuidade. Se houver a virada, e a oposição ganhar, a ruptura será natural.

Mas mesmo na hipótese de Dilma Rousseff chegar à Presidência a força política intrínseca das urnas talvez dê a ela o impulso necessário para reconstruir o sistema imunológico governamental, debilitado nos anos recentes.

Você pode achar que é só torcida. Mas quem disse que o analista político não tem o direito de torcer de vez em quando?

A alternativa é ruim. É o eventual futuro governo já nascer velho, já manietado pelas coisas que não podem mais ser corrigidas facilmente, pelos tumores inoperáveis, com suas metástases.

Desculpem a platitude, mas o Brasil não merece isso.

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Seu Jorge - Carolina

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Operação Caribe

Amaury Ribeiro Júnior: Lança Nota de Esclarecimento sobre Operação Caribe 
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Ibope e Montenegro pegam o fim da fila



O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro já disse que Dilma não passaria de 15%, que Lula não faria o sucessor e que sua cota de transferência para a candidata estava esgotada quando ela atingiu 30%. Mas ultimamente anda tão encantado com Dilma, a ponto de confessar que “eu mesmo, que não morria de amores por ela, estou começando a gostar. Ela está se mostrando mais preparada do que eu esperava.”

Colaboradores me chamaram atenção para conversa de Montenegro com a coluna Poder Online, do IG, sobre o debate de ontem na Rede TV, na qual afirmou que Dilma se saiu muito bem e quase nocauteou Serra.
“Foi na hora em que ele falou do Irã, e ela respondeu que os EUA se deram mal em tratar os árabes com soberba. Ela conseguiu fazer a ligação entre a soberba americana e a soberba do Serra. Acho que ali ele quase foi a nocaute”, comentou.
Montenegro disse que os debates têm se transformado numa grande entrevista com Dilma, já que todos querem perguntar a ela, o que aumenta sua exposição. E avaliou que as denúncias contra ela são um tiro no pé.
“Estou começando a sentir pena do cerco que a mídia está fazendo. Parece que esse negócio de democracia só é aceito por determinados setores quando eles estão vencendo…”
Bidu, Montenegro. Antes tarde do que nunca. Pode pegar seu lugar no fim da fila.
Ah, e uma coisinha mais: pô, agora ficou mole adivinhar, né?
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Publicidade

Uma nova campanha para a marca Fortaleza, do Grupo M. Dias Branco, entrou no ar, para divulgar os novos produtos: macarrão instantâneo Lamen, os biscoitos Tortinhas, Fortinhos, Maria Chocolate e Minis. Com o conceito "Opções para tornar sua vida mais feliz", a agência Propeg montou um plano de mídia para TV e cinema, jornal, mídia exterior e ações na Internet e pontos-de-venda. A veiculação vai até outubro nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
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Grande liquidação de lojas virtuais

As vinte maiores lojas on-line do Brasil realizam, até o próximo dia 17, uma grande liquidação na qual oferecem todos os tipos de produtos –eletrônicos, roupas, calçados, perfumes, maquiagem, CDS, DVDs, livros– com descontos de até 50%, frete grátis e possibilidade de parcelamento em doze vezes.
Esta é a maior edição da Detonaweb (www.detonaweb.com.br), realizada anualmente pelo comitê de varejo da Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico). Antes, cada loja listava as ofertas no seu próprio site, mas desta vez as promoções estarão disponíveis no portal da campanha, para facilitar a comparação de preços.
A quem ainda tem medo de adquirir produtos no comércio virtual Gerson Rolim, diretor executivo da Camara-e.net, diz: “Hoje, comprar com o cartão de crédito na internet é mais seguro do que entregá-lo ao frentista do posto de gasolina”. Os cartões são a opção preferida em cerca de 80% de todas as transações no comércio virtual; 10% ficam com boleto bancário e outros 10%, com débito direto em conta corrente.
A expectativa da entidade é de que as operações realizadas na Detonaweb deste ano sejam 50% superiores às de 2009. As lojas não divulgam seus números; porém, no ano passado, o site da liquidação recebeu cerca de 700 mil visitantes em cinco dias.
Denyse Godoy

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Charge - Maurício Silva

Querida, podeme explicar o que está acontecendo?
-  Querido, seu governador foi indicado por ele. Seu senador foi indicado por ele. Sua presidente foi indicado porl ele... Este também foi indicado por ele!   
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