O problema é a ditadura

Quero dizer que o problema não é o torturador, é a tortura. O torturador é um agente. O probelma é em que condições a tortura é estabelecida e operada. Isso todos nós sabemos. E todos nós temos o compromisso de jamais deixar que volte a acontecer. Com o passar dos anos, o melhor que me aconteceu foi não ter me fixado nas pessoas e nem ter por essas pessoas qualquer tipo de sentimento de ódio, mágoa ou vingança. Mas tampouco perdão!
Dilma Rousseff

O saldo da Rio + 20


Sobrou o quê, da Rio+20? Respondem os ranzinzas que  não sobrou nada, já que o multilateralismo  saiu pelo ralo, desprezado pelas nações mais ricas e até pela China, Rússia e Índia. O documento final e  básico da conferência foi lamentável, destacando-se mais  pelas omissões e pelo que não enfrentou.
                                                                 
Vale atentar para o reverso da medalha. Se ficou claro que os países mais desenvolvidos dão de ombros para as  preocupações da maioria, negando-se até a examinar o financiamento de atividades ecologicamente corretas, também parece óbvio  estarem isolados do resto do mundo. Não demora muito para  que percam  força nas próprias Nações Unidas, ou seja, implodirá o gargalo do Conselho de Segurança,  tal como estabelecido  desde 1945.
                                                                
Numa palavra, virou o jogo. Quem estava na defensiva passa agora ao ataque. Os participantes do desenvolvimento sustentável poderão criar empecilhos cada vez maiores à dominação política dos poderosos, primeiro passo para quebrar a dominação econômica.  Sonho de noite de verão? Pode ser que não.

Carlos Chagas

Rio + 20 e a geração blablablárina


Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:


- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente. 


- Não havia essa onda verde no meu tempo. 

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.


- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.



Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.


Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?



Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.



Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.

Canetas: recarregávamos com tinta tantas vezes ao invés de comprar outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.



Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.


Vocês moderninhos vivem curtindo e compartilhando nas redes sociais, participando de passeatas e movimentos em defesa do meio ambiente, da ecologia, da sustentabilidade etecetera e tal para chamar atenção. Agora, abrir mão de algum beneficio que a modernidade oferece e viver um pouco que seja como antigamente nenhum quer. Por exemplo: comprar tvs sem controle remoto.

Vocês meu filho, são antes de tudo... hipócritas!
recebido por e-mail


Que o STF cumpra seu dever e retome o julgamento da Varig

Essa é a última esperança de milhares de trabalhadores penalizados por uma cruel tortura continuada 

"Até abril de 2006, eu era autossustentável. Meu latifúndio era produtivo sem agredir nem o meio, nem o inteiro ambiente. E para isso não precisei de nenhuma conferência global para batalhar pelo meu projeto de vida autossuficiente. Só precisei fazer uma coisa um tanto estranha para os amantes de eventos, Ongs, políticos e etc....trabalhar. Ah!, e uma segunda coisa - alguém poderia dizer que assumi um risco ambiental/previdenciário mal calculado - descontar uma parte da minha colheita, digo meu salário, para um fundo de pensão - para evitar que uma OG (Organização Governamental - o INSS), que pegava outra parte do meu salário/colheita, não lançasse sobre mim o seu estigma devastador, estranhamente não condenado por dez entre dez Ongs do planeta Terra e adjacências. Qual estigma?"


J.C. Bolognese, ex-comissário da Varig


Eu estava lá, em 2006, quando fizeram o leilão da Varig a preço de banana para um ínico interessado.

                                                     
 
Circula na internet uma petição pública para que o STF retome do julgamento do processo de defasagem tarifária da Varig contra a União, retirado de pauta "por 60 dias" em 25 de março de 2009 para facilitar um acordo que foi, de fato, o expediente mais torpe e mais desleal para mandar ao inferno as esperanças dos demitidos, aposentados e pensionistas da outrora mais importante companhia aérea brasileira.
Eu já assinei. Seus autores fixaram a modesta meta de 5.000 assinaturas e estão chegando perto. Para que você dê sua contribuição a essa manifestação de indignação basta clicar em
http://www.avaaz.org/po/petition/Julgamento_da_ Acao_de_Defasagem_Tarifaria_da_VARIG_contra_o_Governo_do_Brasil/?eDeWhdb
Se você ainda acha que o Judiciário tem obrigação de se comportar com decência e ainda pode cumprir suas obrigações constitucionais, aponha sua assinatura agora mesmo. No site desse endereço é muito fácil formalizar sua adesão.
Essa é mais uma desesperada tentativa de um grupo de aposentados e pensionistas que vivem hoje na maior penúria, embora tivessem feito parte da mais bem preparada equipe de trabalhadores da aviação brasileira.
Penúria pela qual não têm nenhuma culpa, nenhuma responsabilidade. Penúria que compromete seriamente todo o discurso social de um governo formado primeiro por um sindicalista e, agora, por uma guerreira que sofreu na carne a tortura explícita nos porões da ditadura.
Mas que ainda não percebeu que mudou de lado e participa de uma tortura continuada de milhares de brasileiros punidos politicamente por autoridades que não estão nem aí para o sof rimento infligido num conluio entre todos esses podres poderes, principalmente o Judiciário, principal responsável pelo massacre no que foi o mais vergonhoso processo de "leilão-doação" de uma empresa que já foi top de linha da aviação internacional.
A petição quer somente que a ministra Carmen Lúcia se dê conta de que os seus 60 dias já passaram de mil dias e que já nem se fala mais em acordo nos salões da corte. Quer, e não quer muito, que a excelentíssima ministra do Supremo se faça respeitar e não ofereça mais uma razão para o já cristalizado descrédito da Justiça brasileira.
É muito simples: o processo que saiu de pauta "provisoriamente" para permitir o acordo, que virou um blefe, teve início em 1993. Quando, finalmente, ia ser julgado já tinha 16 anos de percurso nas lentas instâncias do Judiciário - já chegava tarde à pauta do STF.
Quando pedem o julgamento, os aposentados e demitidos da Varig fazem mais do que a própria empresa, ou o que sobra dela, devia fa zer. Porque é uma reclamação sobre os prejuízos comprovados pela União, quando congelou as tarifas das aéreas brasileiras sem considerar que os seus custos continuavam subindo, imunes a qualquer controle, principalmente os combustíveis, que compõem a maior parcela das despesas operacionais.
Não seria um assunto da alçada dos empregados e dos aposentados. Mas o ganho inevitável da empresa, tal como aconteceu em 1997 com a Transbrasil, permitiria o ressarcimento do dinheiro roubado do Aerus, o fundo de pensão que deixou aeronautas e aeroviários a verem navios, com a supressão de seus compromissos decorrentes de contribuições aportadas por décadas de admirados serviços prestadas à aviação brasileira.
Esse dinheiro também poderia servir para saldar as dívidas trabalhistas que se perpetuam desde o infausto leilão-doação de 2006, quando em nome da nova Lei de Recuperação das Empresas, quase 10 mil trabalhadores foram para a rua com a mão na frente e outra atrás, sem ver sequ er a cor do dinheiro dos últimos salários, burla que foi garantida por um estranho juiz que pode ir para o Guines pelo leilão mais rápido da história, em que uma empresa foi arrematada por um preço de banana: $ 24 milhões, contra o R$ 1,01 bilhão que o grupo formado pelo TGV - Trabalhadores do Grupo Varig - havia oferecido e arrematado, num leilão anulado um mês antes.
É bom que se diga, aliás, que todo o processo de destruição da Varig é marcado por uma torpeza ensandecida, cujos efeitos foram mais trágicos para a sua corporação do que para seus diretores, todos com o bolso forrado, providência que tomaram quando viram a queda-livre anunciada.
É bom que se lembre que ninguém foi punido por esse crime que principiou a desnacionalização dos nossos transportes aéreos, iniciada já no governo Collor de Mello, mas que, sobretudo, vem se prolongando como um verdadeiro genocídio, uma agressão aos direitos humanos, uma violação de décadas de direitos trabalhistas corporificado s na CLT do presidente Getúlio Vargas.
Toda essa torpeza indefensável foi mais uma vez denunciada pelos valentes sobreviventes do massacre, que se reuniram junto ao forte de Copacabana neste último dia 21, por sinal, aliás, data do 8º aniversário da inexplicável morte de Leonel Brizola, um apaixonado pelos trabalhadores da Varig.
É pena que eu não tenha tido tempo para produzir o macabro dossiê do Caso Varig, uma peça estarrecedora, que ensejaria uma nova COMISSÃO DA VERDADE, na qual figurariam como réus alguns desses mistificadores, de um lado e de outro, que contribuíram por ação e omissão para a consumação desse holocausto à brasileira.  
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Blog do Charles Bakalarczyk: Bom, o problema é do Luiz Inácio...

Blog do Charles Bakalarczyk: Bom, o problema é do Luiz Inácio...: O "juiz natural" do Lula deve ser o seu povo, não o PIG! Em função de este blog sujinho divulgar dois textos sobre a aproximação de...

Nota da CNBB sobre a ética pública


Fatos políticos e administrativos, que contrariam a ética pública e o bem comum, têm sido fartamente divulgados pela Imprensa, provocando uma reação de indignação e perplexidade na sociedade brasileira. Chega-se mesmo a colocar em xeque a credibilidade das instituições, que têm o dever constitucional de combater a corrupção e estancar a impunidade, que alimenta tal prática.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, solidária a este sentimento que inquieta a população, vem, através do Conselho Permanente reunido em Brasília de 20 a 22 de junho, manifestar, mais uma vez, sua grave preocupação com estas suspeitas de violação aos princípios da moralidade e da legalidade consubstanciados na Constituição Federal.
Já em 1993 a CNBB questionava: “Como não denunciar a grande criminalidade dos que desviam, em proveito pessoal, enormes somas dos órgãos públicos, provocando escândalo e revolta, muitas vezes impotentes, da parte dos humildes, a quem estavam destinados esses bens? Como não solicitar que os crimes mais graves sejam punidos e que a lei não seja severa apenas com os pequenos infratores, sem jamais atingir os poderosos e espertos? Como tolerar que a um grande número de denúncias comprovadas de corrupção e prejuízo dos cofres públicos não corresponda igual número de punições e ressarcimentos? A impunidade é um incentivo constante para novos crimes e novas violências” (CNBB, Ética, Pessoa e Sociedade, n. 143, 1993).
O senso de justiça, sempre presente na consciência da nação brasileira, é incompatível com as afrontas ao bem comum que logram escapar às penas previstas, contribuindo para a generalizada sensação de que a justiça não é a mesma para todos. Todo cidadão tem o direito à correta gestão de assuntos e serviços públicos, afastando-se a deletéria, porque corrupta, conduta dos governantes de tratar a coisa pública, o patrimônio e negócios públicos, como objetos pessoais postos a usufruto particular e partidário, e à satisfação de caprichos egoístas.
A sociedade brasileira espera e exige a investigação de toda suspeita de corrupção bem como a consequente punição dos culpados e o ressarcimento dos danos. O que temos assistido, no entanto, parece apontar em direção oposta quando muitos fatos, no passado e no presente, ficam sem solução e caem no esquecimento. Isso explica o crescente desencanto da sociedade com as instituições públicas. Os mecanismos que têm a responsabilidade de passar a limpo as corrompidas estruturas do país caem no descrédito e ficam desmoralizados se não cumprem o papel a que se destinam. Nenhum outro interesse pode subjugá-los senão o do resgate da ética no trato com a coisa pública.
Reafirme-se que a força dos três poderes da Repúbica está na sua harmonia, no pleno respeito à sua correspondente independência e autonomia. Os que respondem diretamente por seu funcionamento, no entanto, nunca se esqueçam de que o poder que exercem provém da sociedade.  Da mesma forma, o agente político se recorde de que é seu dever ultrapassar as fronteiras político-partidárias, as condicionantes de oposição-situação, para colocar-se a serviço do Estado e da sociedade, sem confundir jamais o público com o privado, o que constituiria grave ofensa à legislação e desrespeito à sociedade.
No compromisso de construir uma sociedade justa e solidária, inspire a todos a palavra de Jesus Cristo: “Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno” (Mt 5,37).
Que Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, abençoe nosso povo e anime sua esperança!
Brasília, 22 de junho de 2012

Extra, extra: Lugo destituído

O Senado do Paraguai acaba de aprovar, por 39 votos a 4, o impeachment do presidente. O ex-bispo Fernando Lugo foi responsabilizado pelos conflitos agrários que resultaram em pelo menos 15 mortos e 20 feridos, nas proximidades da fronteira com o Brasil. Seus apoiadores chamam de "golpe" o processo tramitado sumariamente.