A crise politica no Reino Unido

ARTIGO II!

Trechos do artigo de Timothy Garton Ash, (catedrático de Estudos Europeus - Universidade de Oxford\ professor titular da Hoover Institution en Stanford).

1. O sistema político britânico se encontra em uma profunda crise. Não há consenso sobre a solução. Muitos políticos, especialmente nos dois grandes partidos, seguem acreditando que bastarão alguns esparadrapos. Equivocam-se. O Reino Unido precisa de uma grande reforma. Está fundamentalmente mal com um Estado tão centralizado, com um Executivo tão poderoso. Em teoria,o Reino Unido tem um Parlamento soberano. Na prática, a historia recente do Parlamento mostra uma subordinação crescente ao Executivo. Diz o deputado Tony Wright,(Labor): -Temos um Parlamento que, na prática, se nega a ser soberano porque "o principal objetivo dos deputados é ser Governo". E no fim, nosso atual sistema eleitoral, é para escolher um Governo, não os representantes do povo.

2. O que propõem até aqui, é muito pouco: a) a Câmara vai melhorar seu sistema de gastos; b) um comitê seleto , deverá apresentar propostas para melhorar a forma de trabalhar da Câmara. O mais importante é que se volte a discutir a reforma eleitoral. Alan Johnson, favorito para ser o próximo líder do Partido Laborista, propõe um sistema de "voto alternativo plus" (um sistema misto entre listas, e distritos de candidato único).

3. Nas telas dos nossos televisores segue-se jogando esse esporte chamado política como se fora tênis ou futebol. Quantas pessoas sentem que eles são verdadeiramente nossos representantes? Quando chega à Câmara um novo grupo, este, em pouco tempo segue jogando o mesmo jogo e da mesma maneira. Quando aparece um deputado novo e fresco que parece falar inglês normalmente, em poucos meses aparece na televisão falando exatamente como Mandelson, (obs. ex-ministro e expert em comunicação política).

4. É fundamental que exista uma grande mobilização popular. Sem uma pressão, desde baixo, os políticos britânicos voltarão aos maus hábitos de sempre. Nem o Parlamento nem o povo devem atuar por sua conta. Só um novo tipo de relação criativa entre os dois, poderá dar aos britânicos o momento institucional que necessitamos.

Apagão tucademo

O Tribunal de Contas da União - TCU _ quantificou em 45,2 bilhões os prejuízos que o apagão elétrico do desgoverno FHC - tucademo - causou ao Brasil.

A cifra consta de relatório aprovado pelo tribunal em sessão realizada ontem.


Redigiu o texto o ministro Walton Alencar Rodrigues.

É a primeira vez que as perdas do apagão, ocorrido entre 2001 e 2002, é quantificada.

De acordo com as conclusões do tribunal, o prejuízo infelicitou o bolso do brasileiro –direta ou indiretamente.

O grosso do dano (60%) –R$ 27,12 bilhões— veio na forma de aumentos cobrados nas contas de luz de empresas e pessoas físicas. Continua>>>

Irmã da Daslu

Marco Antonio Leite

A madame Tânia Bulhões é mais uma dondoca que caiu nas malhas da Federal.

A madame é irmã da Daslu no desvio de verba para enganar o fisco nacional.

No entanto no frigir dos OVOS essas madames vão ficar livres, leve e solta dando suas festinhas de arromba para a escol que também rouba o erário público através de sonegação de impostos.

Essa canalha é amigos dos políticos que se corrompem por migalhas, a fim de permitir que essa gentalha continue azarando o país e, deixando a miséria cada vez mais na miséria absoluta.

No Brasil só vai para a cadeia os três os, ou seja, pobre, preto e puta!

Transparência demais

“Por que não vão investigar nada? Ora, porque temos a maioria.” Queriam transparência? Pois nunca se viu tamanha transparência na política nacional"... Continua>>>


O primeiro dever do poder é defender-se

Próceres do grupo dominante no Senado estão em busca de um partido, dos nanicos, para ameaçar com representações no Conselho de Ética contra luminares da oposição que não suportariam uma investigaçãozinha. Pode ser uma novidade na volta do recesso, se até lá PSDB e aliados dele não se enquadrarem no roteiro reservado pelos governistas: tudo bem fazer barulho, mas chega de pressionar pela saída de José Sarney (PMDB-AP) da cadeira de presidente. Até porque, raciocina o grupo, Renan Calheiros (PMDB-AL) seria o próximo a ter a cabeça na bandeja. E a base de Luiz Inácio Lula da Silva viraria uma geleia.

Governo que para se manter no leme depende do patriotismo da oposição não é governo. O primeiro dever do poder é defender-se dos adversários.

Terça-feira, em Alagoas, Lula fez questão de elogiar Renan. E ontem o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) renunciou ao Conselho de Ética, depois de lançado no dia anterior como potencial candidato a presidente do colégio. Valadares houve por bem declinar do pacote, que com certeza incluiria receber todo tipo de pressão para arquivar sumariamente as representações contra Sarney. Seria deselegante eleger-se com o apoio do sarneyzismo para logo depois esfaquear o líder do grupo. O Senado ainda tem regras de cavalheirismo. Por enquanto.

Valadares presidente era sinal de uma condução equilibrada dos trabalhos do Conselho de Ética. Mas o núcleo do bloco Sarney-Renan não quer correr riscos. Ou não pode. Talvez por avaliar que o presidente do Senado não aguenta um processo político, qualquer que seja. Por razões objetivas e subjetivas. Também e especialmente quando as acusações envolvem familiares.

Não será mesmo razoável fazer Sarney passar por isso, com a biografia dele. Ninguém merece, muito menos um ex-presidente da República. Se houver risco real de tamanho constrangimento, Sarney preferirá renunciar ao comando do Senado. No que fará bem. E aí virá uma crise de verdade para Lula administrar.

Daí que o grupo, com o apoio decidido do Palácio do Planalto, esteja a lutar pelo controle do Conselho como se disputasse um copo d'água no deserto.

Por falar em regras, há uma que vem sendo revogada no rebuliço dos últimos tempos. A nossa política vê esmaecer pouco a pouco sua face teatral. O que antes se dizia só nos camarins passou a ser dito no palco. “Por que não vão investigar nada? Ora, porque temos a maioria.” Queriam transparência? Pois nunca se viu tamanha transparência na política nacional.

Outro exemplo de transparência excessiva é a troca de comando na Receita Federal. Trata-se de um cargo-chave na administração, mas o governo não consegue dar uma explicação plausível, que ajude a esconder a explicação óbvia. A versão sobre o suposto mau desempenho da titular foi rapidamente rechaçada. E ela estava no cargo só há um tempinho, não havia motivo cronológico para a movimentação. Havia as razões políticas.

Trocar gente do governo por motivo político é coisa normal. Não é normal essa instabilidade na Receita, sem que o poder tenha uma singela satisfação a oferecer. Umazinha só, que não seja a de que a secretária incomodou quem não gosta de ser incomodado.

Haja transparência! A política brasileira vai sendo empurrada para uma beirada perigosa, em que a eventual maioria aritmética exime o protagonista de fazer as encenações teatrais de praxe. Pode funcionar por um tempo, mas a conta acabará vindo. Tenho insistido nisso.

Curiosidade declarada

Anônimo

FALANDO EM MORAL DE SENADORES,
VEJAM O CASO DESTA SENHORA:

Kátia Abreu omitiu 3000 cabeças de gado na declaração de bens
Na declaração de bens da Senadora Kátia Abreu (DEMO -TO) ao TSE não consta o rebanho de gado que ela tem em suas fazendas, como deveria constar.

Dona de dois latifúndios, totalizando quase 2500 campos de futebol (2474 hectares), a senadora não declarou nenhuma cabeça de gado.

Porém em reportagem da Revista Época, em Junho de 2006, mesmo período da declaração ao TSE, afirmou criar 3 mil cabeças de gado de corte.

A revista também quase duplicou o latifúndio da senadora, afirmando que possuía 4500 hectares, bem maior do que os 2474 hectares declarado ao TSE.

Outra curiosidade na declaração de bens, é o valor declarado dos dois latifúndios totalizar apenas R$ 37 mil, praticamente o mesmo valor do carro VW Polo declarado. 

Elogio do aprendizado

Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Arenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe
de perguntar, camarada!
Não se deixei convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.

Bertolt Brecht