Serra é Rei



Para os paulistas, Serra é Rei, faça chuva ou faça sol.

Cenário esquizofrênico


De Luiz Carlos Azedo:
A avaliação do governo Lula subiu mais três pontos na pesquisa Ibope/CNI divulgada ontem. Voltou aos níveis anteriores à crise econômica mundial.
Feita entre 26 e 30 de novembro, mostra que em todos os segmentos houve melhora nessa avaliação. Inclusive entre os de maior escolaridade, na faixa entre 25 e 39 anos, junto aos que recebem mais de cinco salários-mínimos e na periferia das grandes cidades.
Às vésperas do Natal, o clima de que o próximo ano será melhor e a renda pessoal vai aumentar é generalizado.
A grande maioria concorda com a forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva governa (83%), é otimista em relação ao emprego e à redução da taxa de juros. Revela descontentamento moderado com a cobrança de impostos e leve temor de que a inflação pode voltar.
Caiu a aprovação do governo Lula no combate à fome, à pobreza, na atuação na área ambiental e na política de educação, mas a avaliação só é negativa mesmo nas áreas de saúde, que 59% desaprovam, e de segurança, criticada por 59%.
Onde está a esquizofrenia?
No cenário eleitoral para 2010.
A pesquisa mostra um crescimento de três pontos percentuais para as intenções de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que subiu para 38%, enquanto a candidata do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff (PT), tem 17%. Como Ciro tem 13% e Marina Silva, 6%, nesse cenário, o tucano poderia vencer no primeiro turno.

Ara ketu - mal acostumado

Ara ketu - mal acostumado

A parcialidade transparente da Folha

Denúncias sobre suborno que teria sido pago a políticos e autoridades pela construtora Camargo Corrêa circulam há meses. A Folha de S.Paulo raramente as publicou na 1ª página e nunca como manchete principal, enquanto não apareceu um nome ligado ao PT. Hoje surgiu o que ela queria, o nome de Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

A FSP não só deu a principal manchete da capa do jornal - "PF suspeita de propina para irmão de Palocci" - como cometeu a ignomínia de colocar o nome do ex-ministro no título cuja matéria se refere a seu irmão. É claro que o faz com objetivos claramente político-partidários e eleitorais.

Antes de surgir um nome petista, a questão era noticiada em pequenas chamadas na capa - raramente - e normalmente mais escondida nas páginas internas. Prática seguida, principalmente, quando as graves denúncias envolvem os tucanos de São Paulo com a empreiteira, o que ocorre desde o primeiro governo Mário Covas (1995-1998).

Mesma tática no caso Alstom

A mesma tática, por exemplo, foi adotada em relação ao caso Alstom, multinacional suspeita de ter pago milhões de dólares em suborno a políticos do PSDB e autoridades do governo tucano de São Paulo desde 1995, em troca de milionários contratos com estatais paulistas.

A Alstom está sendo investigada por esses pagamentos pela justiça da Suíça e da França. E a Folha faz de tudo para esconder a participação dos tucanos nesse caso, noticiando com a máxima neutralidade, sem dar nenhum destaque ou fazer qualquer cobrança. Registra os fatos quase pedindo desculpas aos tucanos. Nome e partido dos governos em que isso ocorreu jamais são colocados nos títulos e matérias.

Já com um nome do PT, hoje, o tratamento é completamente diferente. E com uma agravante: a própria investigação da Polícia Federal (PF) deixa claro que não há nenhuma conclusão ainda e são necessárias novas investigações.

Enfim, essa é a Folha de sempre, cada vez pior...

O IBOPE É UMA EXCRESCÊNCIA

Impossível é um termo muito forte para definir qualquer grau de dificuldade.
Todavia, não há outra definição que exprima o meu sentimento de contrariedade e exacerbada repulsa ao me deparar com matéria no G1 nesta segunda, dando conta da nova pesquisa CNI/IBOPE.

Tal pesquisa, de maneira afrontosa, mentirosa e com evidentes características de manipulação aponta o Zé Serrágio em disparado crescimento nas intenções de voto. E o pior: com baixo índice de rejeição sem nada que justifique tecnicmente a situação.

(Deve ter sido pela sua possível ligação com o Mensalão dos Demos de Brasília e porque o Azeredo virou réu e se transformou, de fato e de direito, no Pai dos mensaleiros do País ou porque a viga do Robanel só destruiu cinco veículos e a enchente – sua nova aliada para destruir o Estado – matou apenas cinco pessoas em SP.)

E ainda tem o cinismo de dizer que nesse quesito (rejeição) a Ministra Dilma Rousseff ocupa o primeiro lugar.

Se fosse verdade o que o IBOPE diz – já que a encomenda dessa pseuda pesquisa pela CNI não passa de um embuste e tem a mão da própria Globo e do Zé Pedágio – 41% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum na Ministra-Chefe da Casa Civil.

É necessário um grau elevadíssimo de descaratez para afirmar que um sujeito como Serra sobe numa pesquisa nacional e que sua rejeição só faz cair.

Qualquer débio mental sabe que a verdade está na inversão dos dados.

Logo, o IBOBE/Globo/CNI/Direitona mente e manipula os números e a população.

Esse verborrágico senhor que aparece em primeiro lugar nas pesquisas do IBOPE é o mesmo que acabou com a Educação e trucidou as Polícias em São Paulo, que enche os cofres da Abril comprando-lhe tudo sem licitação e há quinze anos constroi o Robanel, a maior obra em andamento no País em matéria de desvio de recursos públicos e que vai acabar com o próprio Estado a depender do rigor das chuvas que bastam cair com ímpeto um pouco maior para dá origem a uma enchente com aspecto e efeito de tragédia.

Se vivêssemos em um país sério onde Parlamento e Judiciário fossem comprometidos com os valores éticos e morais e se fizessem respeitar, algo já teria sido feito para enquandrar essa vil organização de pesquisa.

O que ela faz com os números não tem uma definição que a qualifique.

Pode-se imaginar o que esse daninho instituto não fará até a eleição presidencial e se chegará o dia em que dará a Ministra Dilma como primeira colocada nas intenções de voto.

Tenho o pressentimento de que isso jamais ocorrerá.

Dilma Rousseff será eleita presidente ainda em primeiro turno sem que o IBOPE e a Globo a reconheçam como tal.

Até a boca de urna deles apontarão a vitória de Zé Pedágio...

Issso se ao menos ele for candidato.

O IBOPE é igual ao PIG. Não merece ser levado a sério.
O IBOPE é uma excrescência.

O erro da oposição

O erro da oposição não é falta de fôlego para chegada. 

O erro é do duelista desafiante que escolhe lutar com as armas que não domina bem.


Por que a oposição não defende mais suas teses de tamanho de estado, choque de gestão, privatização? Porque seus principais governadores não lograram bons resultados para defenderem junto à população (tarifas caras como pedágios, aumento de impostos, via substituição tributária em plena crise, políticas estaduais de fomento e de geração de empregos tímidas, etc.


Acreditaram que dominavam melhor o discurso udenista da ética. Mas aí já foi aposta de alto risco. À medida que as cartas foram sendo colocadas na mesa, os episódios do Rio Grande do Sul, da Paraíba, o recuo diante da reação do PMDB de Sarney, outros escândalos menos famosos localizados, e finalmente o do DF, mostraram que as cartas que tinham na mão eram bem piores do que as do governo.


A CPI da Petrobras foi um erro craso. É uma das empresas mais transparentes e fiscalizadas do mundo, inclusive por comissões do próprio Congresso. Não havia razão objetiva para uma CPI. A oposição contava com factóides que seriam repercutidos na imprensa. Na era da internet, um simples blog corporativo da empresa se encarregou de desfazer os factóides, respondendo ponto a ponto as acusações com total transparência.

Duarte