Corrupção - Em um lugar simbbólico

Nota-se que a professora tem muito medo de ser chamada de "politicamente incorreta". No fim das contas, a pesquisadora afirma que a ideia da corrupção está disseminada no comportamento social do povo brasileiro. Predomina a ``Lei de Gérson", afinal "é preciso levar vantagem em tudo". E para levar vantagem, o "jeitinho" deve ser usado. E é esse o cotidiano no Brasil. Usa-se do tráfico da influência ou da esperteza para furar uma fila, para conseguir privilégios. O mérito e o conhecimento são renegados. Os graus de parentesco, os sobrenomes, têm mais força que o currículo exemplar. É assim no cotidiano social. É assim na política e na gestão pública. Da mesma forma que um sujeito se acha no direito de ocupar uns poucos metros quadrados de uma praça pública o outro, rico e poderoso, se sente no direito de receber propina. Afinal, se eles não fizerem, "outros vão fazer". Querem conhecer de perto um ato de corrupção cotidiano? Vão a uma escola privada, onde estudam os filhos mais abastados, após o fim da aula. Estacionamentos em fila dupla, em cima das calçadas, na contramão, buzinaços, desrespeito, jeitinhos, soberba. Uma torrente de delitos praticados em massa no lugar que seria de educação dos filhos. 


Fábio Campos

Mais rigor contra corruptores e corrompidos


De Demétrio Weber Chico de Gois:
Em meio às denúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), mas quase cinco anos pós o mensalão do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem o envio ao Congresso de projeto de lei para tornar mais rigorosa a punição de corruptos, especialmente autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário. A proposta, lançada num seminário alusivo ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, transforma esse tipo de delito em crime hediondo, sem direito a fiança, e aumenta a duração das penas de prisão.
O projeto aumenta de dois para quatro anos a pena mínima para quatro modalidades do crime: peculato (uso do cargo por servidor para roubar ou deixar que roubem); concussão (extorsão praticada por servidor); corrupção ativa (oferta de vantagem indevida a funcionário público); e corrupção passiva (solicitar ou receber vantagem indevida).
No caso de autoridades, a pena mínima passa de dois para oito anos de reclusão, e a máxima permanece 16 anos. A proposta atinge os três Poderes e todos os níveis de governo: federal, estadual e municipal. Fazem parte do grupo de autoridades o presidente da República, governadores, prefeitos e seus vices; senadores, deputados federais, estaduais e vereadores; juízes, promotores, conselheiros de tribunais de contas e dirigentes máximos de estatais e autarquias.
Como o GLOBO mostrou no domingo, a impunidade anda de mãos dadas com os escândalos brasileiros: dados da Associação dos Magistrados Brasileiros revelam que apenas 1% dos processos contra autoridades terminam em condenações no Superior Tribunal de Justiça (STJ), muitas delas convertidas em multas de valor irrisório. No Supremo Tribunal Federal, onde 45% das ações do gênero prescrevem ou ficam engavetadas, nunca houve autoridade condenada por corrupção. Leia mais em O Globo

O que eles fazem em Copenhague

Os cientistas e ambientalistas divulgam até a poluicão e o impacto ambiental causada pelo pum das vacas do Brasil. Gostaria que divulgassem os impactos ambientais causados por este encontro na Dinamarca, que no fim vai dar em nada do que eles pretendem fazer, que é: Garantir conforto e luxo para eles - ricos - e promessa e esperanca para os habitantes dos países pobres.
Com certeza não vamos aceitar este acordo não. Comigo não violão.
Sponholz

Câmara aprova principal projeto da nova lei do petróleo


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Os piores dias do rock and roll


Dois acontecimentos marcaram o mundo da música no mês de dezembro de maneira trágica. O primeiro, completou 40 anos neste domingo (6). Nessa data, em 1969, os Rolling Stones faziam aquele que seria considerado o pior dia do rock and roll. No autódromo de Altamont, na Califórnia, um festival acontecia meses depois do triunfante Woodstock. Além dos Stones, bandas como Santana, Jefferson Airplane e Crosby, Stills & Nash também se apresentaram.


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  • O lema "Paz e Amor" não se aplicou ao concerto de Altamont, pois a produção contratou como seguranças membros da gangue de motociclistas Hell's Angels (dizem que por míseros 500 dólares). Os caras entravam no meio da multidão com suas motos e saíam dando porrada em todo mundo que encostasse nelas. Enquanto o público se espremia na frente do palco para ver os Rolling Stones, o pau comia lá embaixo com os Hell's Angels. Mick Jagger chegou a parar o show por várias vezes e pedir "paz", mas o tumulto era tanto que não existia mais controle.

    Essas imagens da tragédia foram registradas no filme "Gimme Shelter" (1970) e até hoje é deprimente ver como aquilo aconteceu. Enquanto os Stones cantavam "Simpathy For The Devil" as brigas esquentaram. Quando a banda começou "Under My Thumb" - tocada ao vivo pela primeira vez naquela ocasião - o jovem negro Meredith Hunter foi brutalmente assassinado a facadas pela gangue dos Hell's Angles. Dias depois, Keith Richards declarou que foi um grande erro colocarem os Hell's Angels para fazerem a segurança do evento. Antes dos Stones se apresentarem nesse festival de Altamont, à tarde, Marty Balin, o vocalista do Jefferson Airplane, havia sido agredido por um membro do Hell's Angel. O grupo californiano Grateful Dead, que também estava escalado para tocar no evento, foi mais esperto, quando percebeu a violência, abortou a apresentação.

    O segundo fato trágico do mês foi o assassinato de John Lennon, no dia 8 de dezembro de 1980. Pela manhã, John Lennon fotografava ao lado de Yoko Ono para aquela que seria a capa mais importante da história da revista norte-americana Rolling Stone. Mais tarde, ele e Yoko foram ao estúdio para completar a gravação da música que ela havia feito, "Walking on Thin Ice", em que John tocava guitarra. Na volta para casa, John Lennon foi covardemente assassinado a tiros por um suposto fã psicopata que o abordou na entrada do prédio Dakota, onde John morava com Yoko e seu filho Sean, de cinco anos.

    O crime ocorreu por volta das 22 horas - John quis chegar cedo para dar um beijo de boa noite em seu filho Sean - quando Mark Chapman abordou o casal. Yoko entrou primeiro no prédio e Lennon ficou para trás, sendo atingido por quatro tiros. Imediatamente o ex-Beatle foi levado ao Roosevelt Hospital, mas não resistiu aos ferimentos - um deles atingiu a veia aorta e ele perdeu 80% do sangue. O assassino foi tão frio que sentou no chão e esperou a polícia chegar. Quando o porteiro do Dakota lhe perguntou, "Você sabe o que fez?", ele respondeu friamente: "Sim, eu matei John Lennon".

    É absolutamente revoltante até hoje ler esse tipo de declaração. John Lennon foi cremado, Yoko preferiu não fazer um funeral , apenas declarou em uma nota aos fãs. "John amou e rezou pela raça humana, apenas façam o mesmo por ele. Com amor Yoko e Sean".

    É com lágrimas nos olhos que termino esse texto, pois a morte de Lennon foi um dos momentos mais tristes de minha vida. A partir desse dia, o Natal não fez mais sentido para mim e passei a pensar melhor nos versos de "Happy Xmas (War is Over)".

    A PARCIALIDADE DA MÍDIA E O MÉRITO DO ZÉ GENGIVA

    Enquanto seis pessoas morriam vítimas do seu “alagão”, o governador paulista, Zé Gengiva, era condecorado em Brasília pelo ministro tucano da Defesa, Nelson Jobim.
    Jobim é aquele que ajudou Lula a defenestrar da Polícia Federal dois dos seus maiores delegados por terem comandado a prisão do banqueiro e criminoso Daniel Dantas.
    Um está hoje “exilado” na embaixada brasileira em Portugal.
    O outro, quase exluído dos quadros da PF.
    Tudo por serem honestos, dignos e profissionalmente competentes.
    Certamente não haverá autoridade política em Brasília com autoridade moral capaz de explicar as razões que justifiquem a entrega de uma medalha condecorativa a um político com incotáveis deméritos tipo um Zé Serra.
    Serra foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito da Defesa!
    Talvez porque não defendeu a população paulista do PCC.
    Nem das crateras ou das vigas – e agora dos alagados - que se criam, despencam e se formam por obra das intermináveis obras do seu (des)governo.
    Como se um tucano fosse coisa pouca, Jobim resolveu abusar e condecorou também o senador mineiro Eduardo Azeredo.
    Esse, com certeza, merece uma meldalha pelo mérito de ter sido agraciado com o título de réu e pai dos mensaleiros de Minas, pelo STF.
    Especula-se até a possibilidade de José Serra ter aproveitdado sua ida à capital para visitar o governador José Roberto Arruda (DEMos/DF), e participar do "gabinete de crise" da oposição sobre o mensalão do DEM.
    Afinal de contas, Arruda seria o seu vice na eleição presidencial não fosse a extremada generosidade desse hipinótico empreendedor que eleva um patrimônio pessoal em 1000% no exíguo período de seis anos ao distribuir, de forma descomunal, centenas de milhares de panetone aos pobres.
    Estima-se que tantos panetones fossem entregues por centenas e centenas de cavalos em suas charretes enfeitadas com ramos de arruda. Daí a existência de um haras nas proximidades da Capital.
    Só que a população não viu nem recebeu sequer um pãozinho... Porque eles estavam acondicionados em uma Caixa... de Pandora.
    Ainda bem que a Polícia Federal viu.
    E a Mídia? Aonde está a mídia? O que a mídia está vendo ou querendo ver?
    O que a mídia golpista está dizendo e fazendo já que ela se diz o quarto “poder?”
    A Mídia está fazendo o que pode e tudo o que ela não pode para blindar o Zé Gengiva pelo alagão em São Paulo e o Zé Panetone em Brasília.
    A Mídia “escondeu” o Zé Gengiva a ponto de quase ninguém imaginar que aquilo estava ocorrendo no maior Estado da Federação. Ao contrário de quando desabam os morros do Rio de Janeiro... que a Globo vai “atrás” do Sérgio Cabral para ele se explicar.
    Sobrou para um pálido e desculposo Kassab falar um punhado de asneiras na TV. Ele mais agradeceu às autoridades – talvez por terem morrido somente seis mizeráveis soterrados – do que prometeu soluções.
    Por outro lado, o Zé Gengiva... nem isso.
    Enquanto São Paulo se afogava, ele estava sendo condecorado por um Ministro do Presidentre Lula, em Brasília.
    Já Zé Panetone, preparava a sua trupe de apaninguados, muitos identificados como servidores do governo, alguns em cargo de confiança, e certamente recebendo propina para estarem ali, aparentemente como um grupo de manifestantes pró-arruda, segundo denominação da mídia escudeira e parcial.
    Sim! A mídia é sumamente parcial e atua como escudo para proteger e blindar – e vem fazendo isso de forma servil e vergonhosa – os dois Zés: o de São Paulo, do Alagão e o de Brasília, do Panetone.

    Serra é Rei



    Para os paulistas, Serra é Rei, faça chuva ou faça sol.