Twitter

[...] a briga pelo controle

Na semana passada, o Twitter anunciou a compra do Tweetdeck, um dos clientes mais populares para acessar o serviço de microblogs. Saiu por US$ 50 milhões. É o capítulo mais recente de uma briga dura, às vezes desleal, pelo controle da segunda rede social mais popular do planeta.
A empresa Twitter não tem total controle sobre a rede Twitter. Foi essa falta de controle que permitiu à rede que crescesse. E é esta falta de controle que ameaça a sobrevivência da empresa. Existe uma outra empresa, a UberMedia, que está disputando espaço e conseguindo avançar um palmo por vez.
Quando uma empresa nasce no Vale do Silício, seu objetivo inicial jamais é fazer dinheiro. O primeiro desafio é criar uma audiência. Quem apresenta um serviço ou produto que cative muita gente consegue financiamento. Quando já está grande e encorpado, alguém procura um modelo de negócios.
Com o Twitter, também foi assim. Sua tática para crescer foi permitir a quem quisesse que lançasse aplicativos para acessar a rede. Há um grande número de clientes, com inúmeras qualidades, feitos para todo tipo de computador, smartphone e tablet. Hoje, segundo análise da Sysomos, 42% de todas as pequenas mensagens via Twitter são publicadas por aplicativos que não pertencem ao Twitter.
Assim como o Facebook, a trupe do Twitter decidiu seguir o modelo Google para fazer dinheiro: propaganda inteligente. O objetivo é apresentar tweets de vez em quando que tenham mais ou menos a ver com a conversa que os usuários estão levando. Só que há um problema: Google e Facebook têm quase que controle total de como suas redes são usadas. O Twitter, não.
A maneira mais popular de twittar é pelo site do Twitter. Ainda segundo o levantamento da Sysomos com base em 500 milhões de tweets, 35% das mensagens nascem lá. Mas 16% nascem do aplicativo UberSocial, da UberMedia.
A UberMedia pertence a Bill Gross, um empreendedor conhecido e respeitado no Vale. Foi ele quem criou o Picasa, popular software de fotografia que hoje pertence ao Google, e é o fundador da IdeaLab, uma das incubadoras mais importantes do início da internet.
Mais do que isso, Gross inventou o conceito de propaganda relacionada a busca - a ideia que fez do Google uma potência. Não é qualquer um.

A última viagem


Era tarde da noite, quando o taxista recebeu o chamado. Dirigiu-se para a rua e número indicados.

Tratava-se de um prédio simples, com uma única luz acesa no andar térreo.

Ele pensou, logo, em buzinar e aguardar. Mas também pensou que alguém que chamasse o táxi, tão tarde, poderia estar com alguma dificuldade.

Por isso, saiu do carro, foi até a porta e tocou a campainha. Ele ouviu som como de algo se arrastando, uma voz débil dizer:

"Estou indo. Um momento, por favor."

Uma senhora idosa, pequena, franzina, com um vestido estampado, abriu a porta.

Equilibrava-se em uma bengala, e, na outra mão, trazia uma pequena valise.

Ele olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos com lençóis.

"Pode me ajudar com a mala?" Disse a senhora.

Ele apanhou a mala e ajudou a passageira a entrar no táxi. Ela forneceu o endereço e pediu: "Podemos ir pelo centro da cidade?"

"Mas o caminho que a senhora sugere é o mais longo", observou o taxista.

"Não tem importância", afirmou ela, resoluta. "Não tenho pressa. Desejo olhar a cidade, pela última vez.

Estou indo para um asilo, porque não tenho mais família e o médico me disse que morrerei breve."

O taxista, que começara a dar partida, desligou o taxímetro, sutilmente. Olhou para trás, fixou-a nos olhos e perguntou: "Aonde mesmo a senhora gostaria de ir?"

E ele a levou até um prédio, na área central da cidade. Ela mostrou o edifício onde fora ascensorista, quando era ainda mocinha.

Depois, foram a um bairro onde ela morou, recém-casada, com seu marido. Apontou, mais adiante, o clube onde dançou, com seu amor, muitas vezes.

De vez em quando, ela pedia que ele fosse mais devagar ou parasse em frente a algum edifício.

Parecia olhar na escuridão, no vazio. Suspirava e olhava.

Assim, as horas passaram e ela manifestou cansaço: "Por favor, agora estou pronta. Vamos para o asilo."

Era uma casa cercada de arvoredo e, apesar do horário, ela foi recepcionada, de forma cordial por dois atendentes.

Logo mais, já numa cadeira de rodas, ela se despediu do taxista.

"Quanto lhe devo?"

"Nada", disse ele. "É uma cortesia."

"Você tem que ganhar a vida, meu rapaz!"

"Há outros passageiros", respondeu ele.

E, sensibilizado, inclinou-se e a envolveu em um abraço afetuoso. Ela retribuiu com um beijo e palavras de gratidão: "Você deu a esta velhinha um grande presente. Deus o abençoe."

Naquela madrugada, o taxista resolveu não mais trabalhar. Ficou a cismar: "E se tivesse, como muitos, apenas tocado a buzina duas ou três vezes e ido embora?

E se tivesse recusado a corrida, pelo adiantado da hora?

E se tivesse querido encerrar o turno, de forma apressada, para ir para casa?"

Deu-se conta da riqueza que é ser gentil, dedicar-se a alguém.

Dois dias depois, retornou à casa de repouso. Desejava saber como estava a sua passageira.

Ela havia morrido, na noite anterior.

***

Por vezes pensamos que grandes momentos são motivados por grandes feitos.

Contudo, existem coisas mínimas que representam muito para uma vida.

O importante é estar atento, a fim de não perder essas ricas oportunidades de dar felicidade a alguém.

Mesmo que seja um simples passeio pela cidade, uma ida ao cinema, um volta pelo jardim, um bate-papo num final de tarde, atender um telefonema na calada da noite.

Pense nisso! E esteja atento para as coisas mínimas, os gestos quase insignificantes.

Eles podem representar, para alguém, toda a felicidade.
 

Judiciário

O
Mais
Corrupto
Dos
Poderes!

Economia

A instabilidade na economia mundial

As grandes crises internacionais em geral têm dois tempos: o da eclosão da crise propriamente dita e o pós-crise. O primeiro tempo é o da perda de rumo. A crise explode, pega autoridades desprevenidas, exige uma operação rápida de salvamento.
Ocorre que permanece a influencia dos setores que dominaram o ciclo anterior, impedindo soluções definitivas. Fica um rescaldo que acaba gerando um segundo tempo da crise, ate que se tenha a solução final para ela.
Ocorre em 1929. Depois do crack da Bolsa de Nova York seguiu-se um período de guerras comerciais e cambiais que agravaram ainda mais o quadro econômico mundial. A solução fina viria apenas no final da Segunda Guerra.

Esse processo ameaça se repetir agora.
Primeiro, houve a grande explosão do sistema financeiro, com a especulação desenfreada no chamado mercado de derivativos. Seguiram-se políticas públicas muito mais focadas em salvar o sistema financeiro do que recuperar a economia real.

Em conseqüência do enfraquecimento da Economia real, o excesso de dinheiro despejado nos bancos não se transformou em crédito. Acabou sendo canalizado para jogadas especulativas km commodities e moedas,
Esse movimento pegou o Brasil de duas maneiras. De um lado, explodiu uma especulação com commodities beneficiando a balança comercial brasileira. Em geral, quando as commodities aumentam de preço ocorre uma apreciação do real em relação ao dólar – e vice-versa.
O segundo movimento foi o de apreciação adicional do real, com a especulação com moedas, decorrente desse aumento da liquidez internacional.

Agora está se chegando ao fim do primeiro tempo da crise mundial e iniciando o segundo.

Na semana passada, reunidas em Basileia, Bancos Centrais de vários países manifestaram a preocupação com o estouro das bolhas de commodities e com a situação das economias emergentes – bastante beneficiadas pelo aumento das commodities. No caso da América Latina, as commodities representam 50% das exportações.
A visão preponderante no encontro é a de que a economia mundial deverá melhorar este ano, com os países avançados se recuperando, mas os emergentes sob luz amarela. O principal risco para 2011, segundo os dirigentes, é o da volatilidade no mercado de commodities.

Na semana passada, houve queda generalizada no mercado de commodities, da prata ao algodão. A prata perdeu 30% de seu valor; queda foi de US$ 12,00 no barril de petróleo. Ao mesmo tempo, a questão fiscal tornou-se um problema para a maioria das economias avançadas e, especificamente, para pequenos países europeus, como Grécia e Portugal.

Teoricamente, ficam pairando no ar vários fatores capazes de provocar uma desvalorização do real:
1. A queda nos preços das commodities agrícolas.
2. As crises fiscais nacionais, aumentando a percepção de risco no mercado internacional. Embora o Brasil tenha uma situação fiscal sólida, o aumento dessa percepção de risco acaba provocando fugas de recursos de países emergentes.
3. O provável aumento das taxas de juros dos países centrais, reduzindo o espaço de arbitragem para operações externas com reais.

por Alon Feuerwerker

[...] Carochinha

Em qualquer canto do planeta, uma casa misteriosa, sem telefone ou internet, chamaria atenção se estivesse encravada numa região de quartéis e academias militares. Regiões de concentração militar são vigiadas.

Ainda mais num país nuclear infestado pelo terrorismo, e possuidor de um vizinho inimigo também nuclear.

Mas no Paquistão ninguém pensou em investigar o que havia, afinal, naquela estranha edificação em Abbottabad.

Entre a chegada e a saída dos helicópteros americanos na ação que executou o chefe da Al Qaeda foram cerca de 40 minutos. Nesse tempo houve tiros, um helicóptero pifou e foi parcialmente destruído.

Em quase uma hora de ação, nem um guardinha de esquina paquistanês chegou para ver o que estava acontecendo. E isso, repito, a poucas centenas de metros da principal academia militar do Paquistão.

Se tudo for mesmo verdade, eu consigo imaginar a festa agora do outro lado da fronteira, na Índia. Imagino o alívio dos indianos por notar que o inimigo é um amador patético.

Mas duvido que a Índia esteja a festejar. Pois é difícil acreditar que tenham sido mesmo só dois descuidos, o de deixar Bin Laden morando ali pacificamente e o de não perceber a ação dos comandos americanos.

Mesmo não sendo original, uma boa hipótese de trabalho é que o terrorista estivesse ali sob proteção. E que em algum momento alguém deixou de ter interesse em protegê-lo.

Compra coletiva

[...] Groupon vai lançar site com foco no convívio social - Groupon Live -

A Promotora de eventos Live Nation Entertainment e o Groupon irão lançar em breve uma joint venture, para oferecer aos consumidores acesso a bilhetes com desconto para shows, esportes e outros eventos.O “GrouponLive” permitirá que a sua nova sócia, a Live Nation – uma das principais empresas de comércio on-line de bilhetes dos Estados Unidos – e a Ticketmaster –  Continua>>>

Itaipu

[...] Senado decide hoje sobre as notas reversais do tratado

As Notas Reversais trazem inovações importantes no que diz respeito ao Tratado de Itaipu. Segundo o artigo 5º, triplica-se o valor a ser pago pela energia cedida pelo Paraguai para utilização brasileira. Isso significa que o atual valor de U$ 120 milhões anuais passará a ser de U$ 360 milhões. Ainda, segundo o artigo 6º do novo acordo, a ANDE poderá negociar a venda de sua energia excedente a outras empresas do mercado brasileiro, não se limitando a negociá-la com a Eletrobrás, o que era obrigatório pelo Tratado de Itaipu. Além disso, segundo o mesmo artigo, o Paraguai poderá negociar o seu excedente de energia a terceiros mercados a partir de 2023.