Dia Mundial do Parkinson

Entenda mais sobre essa doença


Veja: Cachoeira já afogou Civita

O deputado federal de Pernambuco - Fernando Ferro [PT] - vai pedir convocação de Roberto Civita - dono da Veja - para depor na CPMI do caso Demóstenes Cachoeira.


A CPI deve mesmo ser instalada. Houve acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado, para que seja criada Comissão Mista – com representantes das duas casas.
Importante: a CPI tem força legal para pedir ao Supremo todos os autos do processo. O STF decretou sigilo do caso. 

Correm em Brasilia boatos de que, além do diretor da “Veja”, haveria outros jornalistas da chamada grande imprensa citados nos autos. Ou seja: mais gente se banhou na cachoeira. Estranhamente, a Globo tinha solicitado acesso aos autos. Interesse jornalístico? Ou medo? No mesmo dia, o site CartaMaior também pediu acesso à íntegra do processo. O que fez o Supremo? Fechou tudo.

Agora, a CPI pode lançar luz sobre tudo que está lá. A situação mais complicada, não resta dúvida, é a da editora Abril. Há 8 anos, a “Veja” abre espaço para todo tipo de “operação” jornalística. Colunistas fanfarrões e irresponsáveis (um deles até fugiu do Brasil) chafurdam na lama, repórteres são “obrigados” (!) a provar teses malucas (como a de que o PT trouxe dinheiro de Cuba em caixas de whisky, para ajudar na campanha de Lula), e a revista abre espaço para capas lamentáveis – como aquela em que Lula levava um chute no traseiro, ou aquela outra (“barriga” monumental) em que a Veja comemorava a queda de Chavez em 2002, no momento exato em que o presidente da Venezuela debelava o golpe e voltava ao poder nos braços do povo.

Essa foi a “obra” dos comandados de Bob Civita. A cereja no bolo é a relação promíscua com Cachoeira. Bob Civita corre o risco de virar um Murdoch. A “Veja” se banhou na Cachoeira, com mais de 200 telefonemas. A “Veja” também teria-se abastecido com arapongas de Cachoeira para criar o “Mensalão”? Foi o que disse o ex-prefeito de Anapolis a PH Amorim, na Record.

Hoje,  Hildegard Angel lembra o que Bob Jefferson disse, em sua defesa ao STF: o “Mensalão” não era bem um mensalão. Era o que? ”Força de expressão”?
E agora?

Eu diria que, dos dois Bobs, Jefferson está em melhor situação. Bob Civita é quem corre risco de se afogar na cachoeira de lama para onde a Veja  tentou arrastar o Brasil.

Desencontro de comunicação

[...] dependência ou posse?

As carpideiras do Pig choram por Demóstenes Cachoeira


Do Balaio do Kotscho

Abandonado pelos seus pares do DEM e do que restou da oposição parlamentar no Congresso Nacional, o ainda senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) só encontra apoio em alguns setores da imprensa e agora joga todas as suas fichas no Judiciário, pois sabe que não tem como escapar da cassação do mandato. É tudo só uma questão de tempo.

Chega a ser comovente o empenho de alguns jornalistas em variadas mídias para separar o Demóstenes AC (Antes de Cachoeira), o implacável combatente contra a corrupção, do Demóstenes DC (Depois de Cachoeira), como se isso fosse possível.

Ligações estranhas

Perguntas feitas pelo internauta Ivani Ribeiro a espera de respostas. A CPMI do Cachoeira responderá satisfatoriamente a ele e demais que fazem estas e outra tantas perguntas? Confira abaixo as indagações:

  • Porque duas operações de grande envergadura envolvendo crime organizado caíram exatamente nas mãos de um mesmo ministro cujas decisões na apreciação e julgamento destes fatos causou surpresa no próprio mundo jurídico?
  • Porque o senador Demóstenes e o ministro do STF Gilmar Mendes tiveram envolvimento nestes mesmos dois episódios. Satiagraha que foi prejudicada pela denúncia do "grampo sem áudio" e agora no caso da operação "Monte Carlo"?
  • Porque tendo concluído o inquérito do "grampo sem áudio" que tal grampo não existia, o ministro Gilmar não "chamou as falas" o senador Demóstenes e a revista Veja que declarou que tinha as tais fitas de gravação?
  • Porque o delegado da Polícia Federal Onésimo de Souza está envolvido com José Serra na época ministro da saúde, quando prestou serviço ao ministério como "araponga" e agora na operação "Monte Carlo" cujos tentáculos chegam à denúncia do chamado "mensalão"?
  • Porque o policial Jairo Martins de Souza e o sargento Dadá estão envolvidos na denúncia do mensalão, na operação "Monte Carlo" e foram da equipe de investigação de parte da operação "Satiagraha?
  • Porque esses envolvidos em crimes de escutas iligais são sempre aqueles que "passam" estas escutas ilegais para a revista "Veja", com os mesmos objetivos espúreos e criminosos, e a revista repercute mesmo tendo indícios que são denúncias falsa, direcionadas e criminosas?
  • Porque o procurador geral Roberto Gurgel "sentou" no ionquérito de tão graves denúncias desde 2009?
  • Qual a relação, que envolveu escutas telefônicas patrocinadas por alguns dos mesmos envolvidos em todas elas, entre a operação " Lunus", das escutas que originaram o "mensalão", e agora a operação"Monte Carlo", e  José Serra aparentemente um dos grandes beneficiados por elas? A desistência da candidatura de Roseana Saney, enfraquecimento do governo e atrasar a CPI  da "Privataria Tucana"
  • Porque o silêncio do procurador De Grandis, do juíz De Santis,  de Protógenes, de Paulo Lacerda, que foram achacados pela imprensa no episódio "satiagraha"?
Essas são algumas das inúmeras dúvidas que se originam deste mesmo grupo de pessoas envolvidos  em várias operações aparentemente com os mesmos objetivos; auferir lucros, paralisar as instituições democráticas do país e enfraquecer inquéritos e processos legais.

Ranking reformulado e atualizado da corrupção nos partidos


 Rodrigo Travitzki, via Blog do Digão
Anda circulando pelo Facebook um ranking de corrupção nos partidos, alvo de muita discussão, críticas e elogios. Como é comum na internet, algumas pessoas tecem sua análise crítica de dez segundos, “curtem” ou não, e logo passam pro próximo tópico. No entanto, a pressa é inimiga do esclarecimento. Ler é diferente de navegar. A mesma internet que permite aos antigos boatos circularem como se fossem recentes descobertas científicas, também é um espaço que pode ser usado para se esclarecer as coisas e buscar um pouco de objetividade no conturbado mundo da informação. O processo que levou a este post é um interessante exemplo desta dupla função da rede mundial de computadores.


Bem, para quem gosta de ver apenas os resultados, aí vai o ranking que acabei de produzir, com base naquele que foi divulgado no Facebook e outras informações. 
Para quem quiser saber de onde veio isso, eu explico:

Em primeiro lugar, esclareço que, como muita gente, trato a política como trato o futebol. A diferença é que não torço pra time nenhum. Gosto de ver um jogo sem preconceitos. Ou pelo menos me esforço pra isso, porque a mente é uma máquina preconceituosa por natureza.



Pois bem, quando o ranking apareceu “no meu face”, dei uma olhada, gostei e “compartilhei” com meus amigos, como é de praxe nas redes sociais. Por curiosidade, fui ver os comentários e neles havia uma rica multiplicidade de ideias, opiniões e resmungos. Evidentemente, as pessoas eram contra ou a favor dependendo de seu partido político predileto, assim como a qualidade do juiz depende do time para o qual se torce. Mas havia também alguns comentários mais inteligentes, criticando pontos significativos do ranking e questionando sua veracidade.



Com receio de ter enviado uma lorota aos amigos, fui procurar a fonte original do ranking e em menos de dez minutos descobri que ele datava de 2007 e tinha como base a tese de doutorado que o juiz Márlon Reis desenvolveu na Universidade de Zaragoza, Espanha. Isto porque, infelizmente para nossa “democracia”, o TSE não produz estatísticas desse tipo, embora tenha as informações. Isso quer dizer que, para realizar sua pesquisa, Márlon Reis teve que analisar os dados processuais de cada caso. Bom, isso me deixou mais tranquilo, porque de fato parecia uma fonte confiável. A coisa poderia ter parado por aí, mas seja por amor à pátria ou por falta do que fazer, resolvi ir um pouco mais além. Havia pelo menos duas coisas nos comentários que me estavam incomodando. 


Uma é que o ranking se baseava em números absolutos, então um partido com 600 políticos eleitos e 3 cassados poderia ser considerado mais corrupto do que um partido com 2 políticos eleitos e ambos cassados. Muita gente fez essa observação, revelando que mesmo as análises críticas de dez segundos podem ser feitas com inteligência, felizmente. O segundo incômodo é que, como observou um dos “comentaristas”, havia no ranking de 2007 um partido que só foi criado em 2011 (o PSD), o que punha em risco todo o resto, porque as informações são como maças: basta uma podre para que todo o cesto seja jogado no lixo. Para resolver esses dois incômodos, tive de recorrer aos recursos mais trabalhosos que a internet proporciona. Em primeiro lugar, para compreender como uma tese de doutorado poderia citar um partido que ainda não existe, dei uma boa olhada no dossiê, mas nada encontrei que pudesse ajudar. Com uma esperança quase ingênua, resolvi enviar um e-mail ao autor da tese pedindo esclarecimentos a este respeito. Para minha surpresa, recebi a resposta no mesmo dia, o que me motivou a escrever este “longo” post e terminar o que havia começado. Márlon me explicou que o PSD, partido que o Kassab criou ano passado, não é o mesmo que aparece no dossiê, trata-se de um partido homônimo que foi extinto em 2003. Muito bem, um incômodo a menos. Para resolver o segundo incômodo, por sua vez, eu precisava de alguns números. No caso, o número total de políticos eleitos em cada partido entre 2000 e 2007, período ao qual a pesquisa se refere.


Isso me pareceu muito difícil de conseguir, então voltei ao dossiê em busca de alguma dica. Percebi que a grande maioria dos políticos cassados estava nas prefeituras, como se vê na tabela abaixo.

Partindo dessa informação, procurei algum site conhecido que me dissesse quantas prefeituras havia por partido naquela época. Acabei chegando numa reportagem do G1 de 2008, o que levou talvez pouco mais de meia hora. A reportagem informava o número de prefeitos eleitos por partido em 2004, o que estava bastante próximo do que eu queria. Com os números em mãos fiz a tabela abaixo, a partir da qual pude construir o ranking que está no início do post. 



PartidoPolíticos cassados entre 2000 e 2007
Prefeituras eleitas em 2004 
Porcentagem aproximada* de políticos cassados por partido


 A porcentagem é aproximada porque a primeira coluna se refere a todos políticos cassados entre 2000 e 2007 – cuja imensa maioria estava nas prefeituras –, enquanto a segunda se refere apenas às prefeituras eleitas em 2004. Vemos assim que, com um pouco de tempo e paciência, a internet pode ser um excelente instrumento para o esclarecimento. Sem isso, o risco de divulgar lorotas para os amigos é sempre grande. Por fim, é bom lembrar que, como qualquer outro, isso é só um ranking, não é a verdade universal sobre os partidos políticos. Ele tem diversas limitações, como já expliquei. Mesmo assim, creio que isso é melhor do que o puro “achismo” ou do que opiniões bem escritas mas opacas, que não podem ser verificadas mais a fundo, como se vê em muitas reportagens de “fontes anônimas”.

Carne assada

Ingredientes
1 Quilo de alcatra
2 dentes de alho picado 
1/4 xícara (chá) de vinho branco
1 colher (sopa) de mostarda
2 colheres (sopa) de ervas finas
1 folha de louro
3 colheres (sopa) de óleo de soja
1 cebola fatiada 
3 tomates maduros 
Sal, cheiro-verde e salsinha à gosto



Como fazer
Tempere a carne com antecedência de umas duas horas. Misture o sal, alho picado e todos os temperos que irá utilizar. Fure a carne com a ponta de uma faca de cozinha. Esfregue a mistura de temperos em toda ela. Junte o vinho e deixe-a marinar.  Leve ao fogo uma panela de pressão (ou comum, se tiver paciência). Deixe-a aquecer bem e coloque nela o óleo. Limpe a carne dos pedacinhos de tempero e reserve-os, juntamente ao líquido em que ficou. Coloque a carne para fritar na panela quente. Aí começa nosso exercício de paciência, pois o assado tem que ficar bem dourado. Isso é demorado, mas essa fritura é que sela a carne, evitando a perda de líquidos, o que deixa a carne ressecada. Depois que estiver dourada, junte a vinha dalhos reservada e deixe que evaporem os líquidos dela, para, então, juntar a cebola fatiada e o alho picado. Refogue, mesmo sem tirar a carne da panela. Quando as cebolas estiverem refogadas junte os tomates picados, com ou sem pele, aí é uma questão de gosto. Refogue os tomates, junte o louro e outros temperos à sua escolha e, se não for usar panela de pressão, vá colocando água aos poucos, até que a carne esteja cozida. É um processo demorado, No entanto, se estiver usando uma panela de pressão, coloque água suficiente para quase cobri-la, ficando a uns 2 dedos abaixo do topo da peça de carne. Essa quantidade, é uma sugestão aleatória, pois vai depender, sempre, do tipo de carne que utilizar, da potência de sua panela e, principalmente da quantidade de carne. Nas primeiras vezes que fizer, fique por perto e após uns 30 minutos de iniciada a pressão, dê uma levantada na panela e calcule o peso, pois, por ele, poderá verificar quanta água ainda resta na panela. Para saber se a carne está pronta, terá que abrir a panela, não há outro jeito. Solte o vapor ou coloque sob a torneira aberta, até que não tenha mais vapor. Abra-a, tente enfiar um garfo, este deverá penetrar na peça, com relativa facilidade. Se estiver boa, mas o molho ainda não estiver grossinho, deixe-a mais tempo no fogo, até que o molho fique encorpado. Junte salsa e cebolinha picadas, um minuto antes de desligar o fogo. Sirva fatiada, coberta de molho. Salpique salsinha e cebolinha, picadas bem finamente, para decorar.