O Livro: Memórias de uma guerra suja


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Recebi e li Memórias de uma guerra suja, o livro dos  jornalistas Marcelo Neto e Rogério Medeiros com os relatos do policial capixaba Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos órgãos de repressão na ditadura militar.

Nestas suas memórias o ex-delegado dá aos jornalistas, pela primeira vez, uma lista de 10 presos políticos mortos pela tortura e incinerados numa usina de açúcar em Campos (RJ). 

"Fui responsável por levar 10 corpos de presos políticos para lá, todos mortos pela tortura", diz o ex-delegado do DOPS. Algumas das vítimas, segundo o relato, foram assassinados na "Casa da Morte", centro de tortura montado em Petrópolis (RJ).

Varei a madrugada lendo o livro e terminei quando o dia amanhecia. Durante a leitura e ao seu término um sentimento de angústia e tristeza me invadia e a memória dos companheiros e companheiras desaparecidos de novo me acompanhava na longa luta que travamos pela justiça e a verdade.

Forças Armadas cometem erro ao não se desculparem

Quando ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula, eu disse numa reunião com os comandantes dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) que cometiam um erro histórico ao não revelar ao país a verdade e ao não pedirem desculpas pelos crimes da ditadura.

Avisei que nada impediria que membros dos órgãos de repressão ou parentes revelassem no futuro não apenas o paradeiro dos desaparecidos, mas toda a extensão dos crimes cometidos por membros das Forças Armadas, da Polícia Federal, das polícias militares e demais órgãos de polícia estaduais.

Crimes, evidentemente, cometidos com autorização de seus superiores, dos governos militares de plantão e com a cumplicidade de setores da sociedade, como empresários e donos de jornais. A obra  que chega as livrarias com os relatos do policial Cláudio Guerra graças ao trabalho de Rogério Medeiros e Marcelo Netto comprova essa verdade.

Comissão da Verdade já está pronta, só falta instalar
Memórias de uma guerra suja certamente será o inicio de uma grande investigação a cargo da Comissão da Verdade nacional, já instituída pelo Congresso por iniciativa da nossa presidenta Dilma Rousseff.

Para ela começar a funcionar falta apenas a indicação de seus membros e sua instalação. O que poderá ocorrer nos próximos dias, já que o noticiário dá conta de que seus sete integrantes já estão, inclusive, escolhidos.

É o caminho que o país tem de seguir agora - todos, as vítimas que sobreviveram aqueles anos sombrios, seus algozes criminosos, e a sociedade, enfim. Não haverá descanso e nem paz  enquanto não fizermos justiça a memória de todos aqueles que perderam o único bem que tinham, a vida, na luta pela liberdade e pela democracia.
por Zé Dirceu

por Brizola Neto


A partir de hoje,  serei o mesmo.
E estarei diferente.
Porque ficou no folclore da política a frase do professor Eduardo Portella: “Não sou ministro; estou ministro”.
Mas estar ministro me impõe obrigações.
A começar pela da austeridade, primeira e maior lição que recebi de meu avô.
Não apenas porque é a austeridade é indispensável a um homem público como, mais ainda, é vital a alguém que sabe que será examinado e vigiado com lentes, por seu sobrenome, por suas posições de enfrentamento ao poder das empresas de comunicação e, claro, por fazer parte do Governo Dilma.
O Brasil é um país com muitos hábitos tortos na sua vida política.
A um político, mesmo – ou até sobretudo – exercendo um cargo na administração é corretamente exigida a transparência.
Fazer um blog, expor e defender publicamente suas ideias, travar a polêmica própria de sua atividade deveria ser encarado como parte de uma política transparente.
Infelizmente, porém, é tido como “atacar” a imprensa. A menos que pretender ter opiniões próprias e eventualmente dissonantes  e poder externá-las diretamente, sem o filtro da grande imprensa, seja um ataque à liberdade.
Eu prefiro achar que essa é uma conquista democrática que a internet e seu imenso alcance permitiu. Mais que isso, exigiu e está exigindo cada vez mais.
Como deputado, não tive sequer um segundo de dúvida em dizer o que pensava com todas as letras – embora não com a grosseria que os que critiquei usaram, em apenas 24 horas, pelo supremo crime de ter opiniões e externá-las.
Como ministro, ocupo um cargo que se vincula diretamente à Presidência e devo repetir o que fiz, quando Secretário de Estado, no Rio.
Por isso, o Tijolaço publicará, hoje, o seu último texto hoje, quando tomo posse diante da Presidenta Dilma Rousseff, enquanto dela estiver ministro.
Aos leitores, aos companheiros da blogosfera progressista e aos que colaboraram de todas as formas com um blog que prestou bons serviços ao debate político, o meu mais sincero e fraterno obrigado pelo ombro a ombro que vivemos.
E a sincera gratidão pela solidariedade com que me têm honrado. Sobretudo, e antecipadamente, com a qual poderei contar nestes dias que se aproximam.
A partir de agora, sou o mesmo.
A partir de hoje, tenho de estar diferente.
Sei que todos compreenderão que estas duas condições não se contradizem.
As ações do ministro e do Ministério serão publicizadas; a prestação de contas será contínua, os objetivos e opiniões serão permanentemente expostos, mas pelos canais de comunicação do Ministério do Trabalho e, por isso, dentro dos princípios republicanos de que não poderemos nos afastar.
Mas que ninguém, nem por um segundo, duvide que o Ministro do Trabalho tem um posicionamento do qual não se afasta e do qual não pode se afastar, quando temos um Governo que possui uma firme posição em favor do povo trabalhador, de seus direitos e da elevação da qualidade de sua vida.
O que não exclui, muito ao contrário, a defesa da empresa brasileira ou daquela que aqui se instale ou queira se instalar e participar da vida econômica e social do povo brasileiro num sentido positivo e moderno de gerar cada vez mais emprego e produção , mais riqueza e equidade, porque riqueza sem equidade é odiosa e equidade sem riqueza é inviável.
Não  me assusta o desafio que tenho pela frente.
Pesa muito,  sim, pelo simbolismo que contém, mas não assusta.
Porque diante dele minha força será ser o mesmo. E ser capaz de ser diferente.
O que só poderei ser, é claro, se for eu mesmo.

As sugestões çábias dos jênios do pig a Humberto Costa


Antes de ler seu relatório preliminar no Conselho de Ética do Senado contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), por quebra de decoro parlamentar,na manhã desta quinta-feira, o senador Humberto Costa chamou a atenção para “sábios” da mídia que, durante o final de semana, o chamaram de “ingênuo”. A adjetivação deveu-se à convicção do senador de não incluir nenhum dos vazamentos que têm inundado à imprensa, desde o começo de março, com farta exposição de documentos das operações Vegas e Monte Carlo que se encontram sob segredo de Justiça da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Se seguisse o conselho de conhecido colunista que escreve diariamente sobre as atividades do Congresso do Rio de Janeiro, Demóstenes Torres seria o grande beneficiário. Sua defesa alegaria que o senador Humberto Costa fundamentou seu relatório a partir de documentos ilegais – e pediria a anulação do processo.
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Boicote


por Marco Aurélio Mello
O boicote de consumidores ainda não é comum no Brasil, mas já é fato corriqueiro em países europeus e nos Estados Unidos, onde a nossa elite branca se inspira diga-se de passagem. Lembro-me das donas de casa da Suiça, que nos anos 80 inspiravam consumidores do mundo todo controlando preços com a boa e velha Lei da oferta e da procura. Bastavam os preços subirem para elas imediatamente deixarem de comprar determinado produto. Na semana seguinte tudo voltava ao normal. Nos anos 90, com a crise da indústria automobilística americana, muitos deixaram de comprar veículos japoneses e coreanos para não exportar empregos e lucros o que, de alguma forma, ainda que mais modestamente, também funcionou. Portanto, considerei importante, não só o título da postagem, mas o comentário que segue abaixo, ambos do João Barbosa, que encontrei no Blog da Cidadania, do Parceiro Edu Guimarães. Ele fez um levantamento completo de todos os anunciantes da Veja desta semana e sugere:"Somente boicotando os anunciantes estes caras do PIG vão diminuir (nunca acabar) o assédio golpista. Poderíamos eleger uns 10 anunciantes e durante um mês/ano, boicotar esses camaradas. Exemplos, no mês de maio o boicote seria a empresa: Nivea. Em, junho a empresa: Ponto Frio. Em julho, seria a vez de boicotarmos a empresa: Cacaushow e assim por diante….Seria interessante de se ver….pois a grande pergunta é: Porque estas empresas se associaram ao crime organizado???A @RenaultBrasil patrocina a #VejaBandida com 3 páginas de anúncio.
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Parar de consumir os produtos destas empresas……Isso sim, seria consumo consciente !!!"João, você tem todo o meu apoio!

Artigo semanal de Marcos Coimbra

A Incógnita de Lula

De uns anos para cá, o sistema político brasileiro passou a funcionar com um elemento adicional de imprevisibilidade. E de grande importância, pois deriva do modo como atua seu principal personagem.
Até então, todo mundo achava que conseguia entender Lula muito bem. Havia quem se considerasse Ph.D na matéria, capaz de decifrar cada um de seus gestos à luz do que fizera no passado.
Quem, por exemplo, era versado nas minúcias da vida sindical paulista nos anos 1970 explicava o que ele fazia com base naquelas experiências. Se isso, era porque tinha acontecido aquilo; se o oposto, porque assim ocorrera em um dia determinado.
Tendíamos a avaliar que o Lula do movimento sindical era basicamente o mesmo do presente. Com um ajuste aqui, outro acolá - e as mudanças inevitáveis da idade -, sua persona política tinha sido ali formada e estava pronta. 

Um exemplo de quanto mudou é seu papel na CPI do Cachoeira. Tudo que ele fez foi surpreendente – para amigos e inimigos.

A hipótese de que queria lançar uma cortina de fumaça no julgamento do mensalão é pueril. Equivale a imaginar que os ministros do Supremo Tribunal Federal são tão voláteis nas convicções que modificariam seus votos porque o deputado fulano - ou o governador sicrano - estão enrolados nos negócios do bicheiro.
Conhecendo como conhece o STF - e tendo escolhido vários de seus integrantes –, ninguém precisaria dizer a Lula que a CPI poderia acabar tendo o efeito inverso, se fosse feita somente para atrapalhá-lo.
Outros que se creem entendidos em Lula interpretaram sua disposição de viabilizar a CPI como uma clássica forma de defesa: partir para o ataque, sem aguardar a investida do adversário. Seria na tentativa de se proteger do desgaste que o julgamento do mensalão lhe traria que teria levado o PT a apoiá-la.
Quem elabora essas fantasias não deve conhecer a imagem que Lula tem hoje.
Não há nada de parecido em nossa história política: um governante que terminou seu mandato como uma quase unanimidade, com a aprovação de mais de 80% da população. Nenhum dos antecessores, nesta ou nas Repúblicas anteriores, chegou perto disso.
Nas pesquisas atuais, 85% das pessoas dizem ter dele opinião “ótima” ou “boa”. Seu governo é, em retrospecto, o melhor que o Brasil já teve para cerca de 75% dos entrevistados. Superou seus antecessores em tudo – incluindo no combate à corrupção – para proporções parecidas.
Se fosse candidato em 2014, teria algo próximo a 70% dos votos, independentemente dos oponentes (o que não quer dizer que Dilma não seria, também, favorita, se a eleição acontecesse hoje).
Quem tem uma imagem dessas precisa de biombos? Precisa usar a CPI do Cachoeira para se esconder? De quê? De coisas conhecidas há anos?
Mas a criação da CPI não é, nem de perto, o gesto mais surpreendente do Lula dos últimos anos. Alguém duvida que foi a concepção e estruturação da candidatura de Dilma - mulher, técnica, recém filiada ao PT?
Um lance de alto risco político e que deu certo. Tão certo que criou, para seu partido, um cenário altamente favorável, em que pode permanecer no poder por mais muitos anos.
E agora, com o lançamento da candidatura de Fernando Haddad? Que ninguém imaginava, apostando que o PT paulista faria como os tucanos, colocando suas fichas em nomes conhecidos? E se isso der certo também?
Até onde irá a capacidade de Lula fazer o inesperado? De deixar seus adversários perplexos, tentando antecipar a próxima novidade, o próximo coelho que vai tirar da cartola?
Difícil dizer. Mas o certo é que, com um Lula assim no centro de nossa vida política, ela fica mais interessante. E bem menos previsível.

Lombo de porco briguileche

Ingredientes

  • 1 kg de lombo de porco
  • 2 litros d'água
  • 1 xícara [chá] de azeite
  • 1/2 xícara [chá] de vinagre
  • 2 cebolas em fatias finas
  • 3 tomates
  • 2 cubos de caldo de carne
  • Alho, pimenta e cheiro-verde à gosto

Como fazer
Em uma panela funda, aqueça a água. Coloque os cubos de caldo de carne, o alho e a pimenta se necessário e acrescente as folhas de louro. Coloque o lombo para cozinhar no caldo temperado até que esteja totalmente cozido. Reserve e esfrie. Faça o briguileche 1/4 do azeite em uma frigideira. Acrescente as cebolas e deixe dourar levemente. Acrescente os tomates e mexa novamente. Não deixe os tomates se desfazerem. Incorpore o vinagre, o cheiro-verde e o restante do azeite, misturando bem. Deixe esfriar. Fatie o lombo reservado bem fino. Em um refratário, faça camadas de lombo fatiado e briguileche, começando e terminando com o mesmo. Cubra com filme plástico e leve à geladeira até a hora de servir

Fobia da hora

Cachoeirofobia