Cerco sobre Serra e Paulo Preto se fecha

do Correio Brasil

O cerco à ligação entre o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apoiado por um grupo de empresários de vários Estados brasileiros, começa a se fechar sobre o candidato tucano à administração municipal de São Paulo, José Serra. Ele e assessores próximos têm sido pressionados a explicar a série de ligações com integrantes do grupo acusado de fraude, contravenção e formação de quadrilha, liderado pelo contraventor goiano. Em 2010, durante a campanha derrotada ao Palácio do Planalto, o grupo de Serra recebeu uma doação de R$ 8,2 milhões, feita pela esposa do empreiteiro José Celso Gontijo, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo. O valor foi um ponto fora da curva para uma pessoa física, uma vez que a lei eleitoral permite apenas que se doe 10% do valor ganho num determinado ano. A situação se agrava devido ao fato de Gontijo aparecer em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, no qual ele paga propina para manter seus contratos de tecnologia no Distrito Federal. Arruda e Serra eram da mesma facção dentro do PSDB e foi cogitado para ser companheiro de chapa do tucano na corrida presidencial, descartado após o escândalo.
A doação milionária de Ana Gontijo para a campanha tucana de 2010, como pessoa física, é comparável somente às doações dos grandes bancos e grandes empreiteiras e, naquele ano, bateu todos os recordes. Ana Gontijo precisaria ter ganhado cerca de R$ 7 milhões por mês de salário bruto ou renda ao longo de 2009 (cerca de R$ 82,5 milhões de renda anual). Um processo em curso na Receita Federal verifica a autenticidade da fortuna doada pela Srª Gontijo, cujo marido foi filmado entregando maços de dinheiro para o esquema conhecido como Mensalão do DEM, desvendado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). No relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo, produzido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, vale destacar o tópico inteiro dedicado a Celso Gontijo:
“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO figura ainda como proprietário da empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA, de CNPJ no 05003257/0001-10, empresa citada no Inquérito n° 650/STJ como financiadora do esquema de corrupção, e que possui contratos com a CODEPLAN e o DEFRAN, totalizando repasses no valor de R$ 109.347.709,17 (cento e nove milhões, trezentos e quarenta e sete mil, setecentos e nove reais e dezessete centavos) entre os anos de 2000 a 2010.
“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO aparece em gravação feita pelo Sr. DURVAL BARBOSA, entregando-lhe dois pacotes contendo diversas notas de R$ 100,00 (cem reais). Esse vídeo compõe o inquérito nº 650/STJ e foi gravado na gestão do governador José Roberto Arruda, conforme foto do ex-governador disposta na parede oposta da gravação. Segundo o Sr. DURVAL BARBOSA, esse encontro ocorreu no dia 21 de outubro de 2009 na Secretaria de Assuntos Institucionais (v. 4, p. 528). Ainda segundo o declarante esse encontro tinha como objetivo fazer um “acerto” do recurso arrecadado como propina de um contrato com a empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA (v. 4, p. 529). A propina era entregue diretamente pelo Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO, por seus funcionários, e em uma ocasião pelo Sr. LUIS PAULO DA COSTA SAMPAIO. Ressalta ainda o delator que essa propina era paga desde o governo passado, equivalendo a um percentual entre 7% (sete por cento) e 8% (oito por cento) do total pago à empresa, já descontado o valor dos impostos. Esse dinheiro era inclusive arrecadado à época da campanha do Sr. JOSÉ ROBERTO ARRUDA ao governo do DF”.
Gontijo e Paulo Preto
A CPMI do Cachoeira visa os depoimentos de José Gontijo e Paulo Vieira de Souza, ou Paulo Preto, como é conhecido o ex-captador de recursos para as campanhas eleitorais de Serra, em São Paulo, agendados para o mês que vem. Coincidência ou não, assim que soube da convocação de Paulo Preto, o senador tucano paulista Aloysio Nunes, responsável pelo caixa de campanha em 2010, pediu para se afastar da Comissão, sendo substituído por Cyro Miranda (PSDB-GO). Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções; e Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) do Ministério dos Transportes; além de Adir Assad, empresário de São Paulo que atua nos segmentos de construção civil e eventos também falarão aos senadores.
Call Center
Ao todo, o Estado de São Paulo fez contratos de quase R$ 1 bilhão com a Delta; R$ 178, 5 milhões, celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010). Paulo Preto assinou o maior parte deles. A Dersa contratou a Delta, em 2009, para executar a ampliação da marginal do Tietê por R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos). Pela Delta, assinou Heraldo Puccini Neto, que teve a prisão preventiva decretada em abril e continua foragido.
– A CPMI está complementando esse trabalho que, aliás, foi muito bem feito. Está dissecando todo o fluxo de recursos da organização criminosa: quais empresas alimentavam-na e quais ela alimentava. Ou seja, origens, destinos, valores… A CPMI tem agora uma equipe grande de técnicos do Banco Central, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União, Polícia Federal, Senado, que está analisando os dados. São técnicos fazendo uma análise financeiro-contábil da circulação do dinheiro. Nós queremos ter um diagnóstico rápido da organização e provas consistentes para levar a julgamento célere as pessoas envolvidas – disse o vice-presidente da CPMI do Cachoeira, Paulo Teixeira (SP), ao site Viomundo.
A presença de José Celso Gontijo na administração tucana de São Paulo também foi identificada desde 2006, quando a empresa Call Tecnologia, também conhecida como Call Contact Center, passou a administrar as chamadas para os serviços dispostos pela prefeitura de SP, durante a gestão de José Serra. À época, os pagamentos mensais para a empresa chegavam a R$ 1,2 milhão, algo próximo dos R$ 30 milhões por dois anos de serviço. Na atual gestão do prefeito Gilberto Kassab, o contrato foi prorrogado.
Em abril de 2009, a Call Tecnologia fechou outro contrato, desta vez com o governo estadual de São Paulo, com Serra no Palácio dos Bandeirantes, um ano antes dele se candidatar à Presidência da República, pelo partido que recebeu os R$ 8,25 milhões da mulher de Gontijo.

Petisco de boteco - Maria Meiri

Ingredientes

  • 1 litro de leite
  • 3/4 xícara (chá) de gordura vegetal hidrogenada
  • 3 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 2 tabletes de caldo de carne
  • Sal à gosto
  • 200 gramas de mandioquinha cozida
  • Recheio
  • 800 gramas de carne seca
  • 150 gramas de ricota
  • 1 cebola frita
  • Salsinha, noz-moscada, pimenta-do-reino, amido de milho à gosto
  • Água
  • Macarrão aletria para empanar


Como fazer

Misture o leite, a gordura, o tablete de carne e o sal em uma panela. Quando levantar fervura, coloque de uma só vez as três xícaras de farinha de trigo. Mexa tudo até soltar da panela. cozinhe a mandioquinha passe-a na peneira até ficar com a consistência de um purê. Depois da mandioquinha fria, agregue-a à massa.
Recheio
Dessalgue a carne seca. Cozinhe e desfie, junte a cebola ralada e frita, a salsinha, a noz-moscada, a pimenta-do- reino a gosto e a ricota bem amassada. Faça os bolinhos usando um potinho como molde, passe na água e amido de milho misturado, e depois empane com o macarrão. Frite em óleo quente.

Por que o Senhor não me salvou?


Um velho homem estava sentado na varanda de sua casa olhando uma forte chuva cair. Logo, a água da chuva alcançou a varanda e começou a entrar na casa.

O velho homem ainda estava sentado lá quando chegou um bote para resgatá-lo - porque a água já havia chegado no meio das paredes do primeiro andar - e lhe disseram: "Você não pode ficar aí; deve vir conosco, porque a chuva vai aumentar!"

Ele replicou: "Não, Deus me salvará." Então, o bote foi embora.

Pouco tempo depois a água havia alcançado o segundo andar, e outro bote veio para resgatar o velho; e, novamente, disseram-lhe que deveria ir com eles.

Mas ele respondeu, da janela do segundo andar: "Deus me salvará." E então o bote foi embora, como da primeira vez.

Uma hora mais tarde a água estava alcançando o telhado e um terceiro bote salva-vidas se aproximou do velho (que havia subido para o telhado), e tentaram mais uma vez levá-lo com eles.

Mais uma vez o velho se recusou a ir, dizendo: "Deus me salvará." E o bote partiu.

Logo depois, o velho morreu afogado e foi para o céu, pois era um crente de verdade. Quando ele viu Deus, perguntou-lhe: "Porque o Senhor não me salvou?"

Deus respondeu-lhe: "Como assim? Eu enviei três botes para resgatá-lo!"

Prazer feminino

Não precisa mais que isso
 

Divã da Dinda


The i-piauí Herald

Em entrevista ao Fantástico, a ex-mulher de Fernando Collor fez inúmeras revelações sobre o ex-presidente. Segundo Rosane Collor, o ex-marido teve seguidas reuniões com Carlinhos Cachoeira para negociar a implantação de caça-níqueis na Casa da Dinda, em seguimento à bem-sucedida iniciativa do Bingo do Planalto, no qual ganhadores eram premiados com bancos estaduais e contratos já licitados para construir obras inteiramente dispensáveis. A ex-primeira dama fez questão de frisar que não tinha conhecimento destes fatos: “Eu me atinha a servir lanchinhos desviados da LBA”, frisou.
Rosane contou que foi forçada a tomar parte de um ritual de magia negra organizado para influenciar os jornalistas da Rede Globo que editaram o último debate com Lula. Assim que baixou o seu Tranca Ruas e a preta velha começou a falar com voz grossa de arame farpado, Collor teria deixado o terreiro aos gritos de “Valei-me, minha Santa Terezinha dos Remédios!” A cena causou espécie em toda entourage collorida, tendo deixado perplexo até o seu Tranca Ruas, o qual exclamou “Mas que mulherzinha!”. Com o choro represado e o queixo tremendo, Rosane desabafou. "É verdade! É verdade! Collor não tem aquilo roxo!"

Rosane mostrou como assistiu à apuração dos votos em 1989

Recomposta, Rosane revelou seu maior arrependimento dos anos de casamento. "É duro para uma mulher evangélica, com uma modesta pensão de 18 mil reais assumir isso, mas lá vai: eu deixei ele confiscar minha poupança!", disse, debulhando-se novamente em lágrimas.

Tirinha

Bicicletas de bambu


Todos os dias, um grupo de 12 jovens bate ponto no CEU - Centro Educacional Unificado - Jardim Paulistano, zona norte de São Paulo. Logo de manhã, já começam a desamarrar pacotes de bambu. Com uma cola natural, feita ali mesmo, juntam os pedaços, formando quadros triangulares. Três horas de secagem e outras peças são acopladas. Rodas, câmbio, catracas, guidão e aí está: uma bicicleta novinha, para um dos 4,6 mil alunos da rede municipal ir e voltar da escola pedalando.
É assim que funciona a primeira e única "fábrica" de bicicletas de bambu de São Paulo. Ocupando dois andares de um CEU, ela é peça essencial do projeto Escolas de Bicicletas, que prevê que, até o fim do ano, cem alunos de 12 a 14 anos em cada um dos 46 CEUs se desloquem para a escola em comboios de bicicletas, acompanhados por monitores.
Hoje, cerca de 500 crianças já pedalam nesse esquema. E todas as bicicletas saem das mãos dos 12 jovens do Jardim Paulistano.
A fábrica tem capacidade de produção de cerca de 50 bicicletas por dia e, desde o início da operação, em março, já construiu 1,5 mil. Serão 4.680 até novembro.
Segundo o coordenador do projeto, Daniel Guth, a opção pelo bambu não é à toa. "Nossa ideia não é apenas colocar bicicletas na rua, mas também conscientizar as crianças sobre conceitos como sustentabilidade e ambientalismo. O bambu gasta muito menos energia do que o alumínio e é produzido bem perto daqui, em Bragança Paulista, o que diminui os custos com transporte. A pegada de carbono é muito pequena."
Durabilidade. Guth também garante que o material é resistente. Segundo ele, testes de resistência foram feitos a pedido da Prefeitura antes do início do projeto e cada bicicleta aguentou, em média, 1,6 tonelada antes do bambu começar a rachar. "Essas bicicletas podem durar até 20 anos", diz o designer carioca Flávio Deslandes, que concebeu a bicicleta. Ele mora na Dinamarca há mais de uma década, projeta bikes de bambu desde 1995, e desenhou o modelo do CEU especialmente para o programa municipal.
Toda a fabricação das bicicletas e dos bicicletários nos CEUs, além do treinamento dos alunos, está orçada em R$ 3,1 milhões. Os jovens recebem salário do Instituto Parada Vital, entidade contratada para o projeto.

por Rodrigo Burgarelli - SP