Joaquim Torquemada construiu um cenário sem alicerce

Por Andre Araujo
Acimas estão os autos dos processos do Tribunal Internacional para Crimes de Guerra de Nuremberg, compilados pela Faculdade de Direito da Universidade de Yale.
O Tribunal foi extremamente cuidadoso com as provas documentais e testemunhais, tanto que alguns obvios potenciais condenados ou foram absolvidos, caso de Schacht ou tiveram penas consideradas leves, caso de Doenitz. O caso de Hjalmar Schacht, Presidente do Reichsbank (banco central) e depois Ministro da Economia de Hitler foi considerado por muitos escabroso porque Schacht mais do que nenhum outro personagem contribuiu para organizar o financiamento do rearmamento alemão, sem o qual não haveria guerra. Mas não havia contra ele provas, apenas indicios, deduções e ilações.
No caso do "mensalão" acredito que pela primeira vez o Relator derrapou na construção do cenario para condenar. É uma aberração ele tentar considerar prova de votação comprada valores recebidos próximos às datas das votações. É um indicio mas não uma prova que sirva em um tribunal. Serve para iniciar um inquérito mas não como prova para condenar. É perfeitamente possível ter recebido dinheiro para pagar dividas de campanha, o liame com a votação é uma presunção, nesse nexo  se pode construir provas virtuais sobre tudo na vida, não faz sentido em um processo politico com esse nível de significância e implicação na vida publica do Pais. Um banco foi assaltado na minha rua, dois dias depois eu troquei de carro, então deduz-se que eu sou o assaltante do banco? É por ai que segue esse enredo.
Em Nuremberg os juízes eram os vencedores e os reus os vencidos, era um tribunal de punição mas não descambou para a vingança, o corpo de advogados e juristas que operaram o Tribunal foi extremamente cauteloso para não fazer o julgamento descambar para linchamento, por isso os processos precisavam ser sólidos, muito bem documentados, havia um odio no ar contra os alemães,
os milhões que morreram por causa da agressão alemã tinham parentes sequiosos por vingança pesada. No clima do imediato pós guerra, ainda com as cinzas quentes, seria facil ir para a inquisição com fogueira mas não foi isso que aconteceu. A percepção geral na época e entre historiadores é de que o julgamento foi justo exatamente porque não se processou por achismos, ilações, presunções ou clamor das ruas, havia documentos em abundancia para instrumentar os processos, os testemunhos foram provas adicionais mas nunca a unica prova.
O Relator do "mensalão" até este ponto procurou, dentro de seu relatorio desequilibrado porque só ouviu a acusação e nunca cita a defesa (pelo menos eu não vi qualquer menção às razões da defesa dos réus) basear-se em provas documentais mas no caso da compra de votos partiu para aquilo que ele acha que aconteceu ligando um dinheiro recebido com votação na Camara, o que não é prova, é presunção, o projeto votado era de interesse do Pais e não apenas do PT, muitos que nada receberam votaram a favor do projeto, outros eram do proprio PT e não tem sentido pensar que teriam que ser comprados pos seu próprio partido, se é Tribunal e não um Soviete de expurgos esse caminho não serve à Democracia.

Artigo semanal de Marcos Coimbra

[...] Estamos entrando na hora decisiva do julgamento, quando a “fatia” política será avaliada pelos ministros. É agora que a suposição da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pretenso esquema de compra de votos de parlamentares - que teria existido entre 2004 e 2005, para aprovar medidas de interesse do governo - começará a ser discutida.
Desde a CPI, essa é a parte mais fantasiosa e frágil das denúncias. Por mais que alguns deputados oposicionistas tivessem tentado ligar pagamentos recebidos por partidos e parlamentares a votações específicas, nenhuma foi identificada com clareza. A completa falta de sentido do governo pagar integrantes de sua bancada mais fiel para que votassem assim ou assado apenas ressalta a insipiência da hipótese.
Quanto à PGR, ela não conseguiu avançar um milímetro na demonstração dessa vinculação. Leia a íntegra do artigo Aqui

Julgamento de exceção: Fatos e boatos

Tenho muitos defeitos e  poucas virtudes - que algumas pessoas dizem também ser defeitos rsss-. Para quem não me conhece, vou citar - na minha opinião - minhas poucas virtudes:
  • Leal
  • Grato
  • Solidário
  • Não sou covarde e detesto covardia
  • Assumo o que faço - seja bom ou ruim -
  • Não sou hipócrita e tenho nojo de hipocrisia
  • Sincero - alguns dizem que meu defeito é ser sincero demais -.
  • Tenho nojo de adulador e também de quem gosta de ser adulado
Estas qualidades representam minha base moral, meu alicerce.

Bem, agora que já me conhecem um pouco vou falar sobre o assunto do momento, o julgamento da Ação Penal 470 - "mensalão" -. Para começo de conversa, esta estória de compra de votos é a maior mentira que  Roberto Jefferson conseguiu inventar. Portanto vamos falar sobre a verdade, e a verdade é: Caixa 2.

Mas, quem foi o responsável por o PT adotar o esquema - iniciado em Minas com o PSDB -de Marcos Valério? Lula.

Por que Lula não é réu na Ação Penal 470? Porque a oposição e o Procurador Geral da República foram covardes - são covardes -, sabiam, sabem que Lula e o PT tem força, tem capacidade de organizar um contra-ataque poderoso. Lula não é Jango.

É de conhecimento do mundo político que José Dirceu conseguiu fechar um acordo com o PMDB e Lula vetou. Portanto, a formação da base aliada foi responsabilidade de Lula.

Por José Dirceu não livrar a cara de Roberto Jefferson no esquema do PTB nos Correios, este inventou o "mensalão" e botou a culpa no ministro. Vingança pura.

Agora, vamos a julgamento. 

A partir do momento que o Ínfimo não desmembrou o processo, este passou a ser um julgamento de exceção. 

Iniciada e terminada a leitura da acusação feita pela PGR, algumas coisas ficaram claríssimas: 
  • A Procuradoria não conseguiu provas contra os principais réus da Ação Penal - José Dirceu e o PT -
  • A tese de "compra de votos", não se sustenta.
  • A peça de acusação é medíocre, pífia
Iniciada a leitura do voto do relator e proferido os primeiros veredictos, outras coisas ficaram claríssimas:
  • O relator não se basearia nos autos para proferir o seu voto.
  • As provas contidas nos autos seriam pinçadas para montar o cenário que o relator criou.
  • E que não adianta os réus provarem suas inocências, alguns juízes já decidiram condenar e pronto.
  • E em caso de dúvida, nada de: "In dubio pro reo". Neste julgamento de exceção, em caso de dúvida: Pau no Réu
Estes são os fatos. Fora disto...são boatos!

Caifás Barbosa, te meço com a mesma medida que usa para medir os réus da Ação Penal 470


[...] O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Penal 470, vulgarmente conhecida como “Mensalão”, tem personagens que se assemelham, em muito, a Corte Suprema judaica nos tempos de Cristo. O rito sumário, o julgamento sem provas, a sentença capital. Por tudo isto é possível comparar o ministro Joaquim Barbosa com o sumo-sacerdote Caifás. A atuação de ambos não visa conhecer a verdade. O objetivo, naqueles dias e hoje, é o da condenação.
E quem era superior a Caifás naquele julgamento de Cristo senão o governador romano Pôncio Pilatos? Pois tal e qual, o presidente do STF, Carlos Ayres Brito, lava as suas mãos diante do festival de grosserias e impropriedades cometidas pelo ministro Joaquim Barbosa no decorrer do julgamento.
Assim como Caifás, o ministro Joaquim Barbosa joga com a plateia. Com apoio da mídia ultra-conservadora e da TV Justiça, instiga a população contra os réus. Ele não julga, condena. E não apenas condena, instiga o povo ao linchamento moral dos acusados, à mesma maneira que Caifás ordenou o suplício do Galileu.
Não há Cristo ou salvadores sendo julgados no STF. Mas há alí, homens e mulheres que foram privados de sua humanidade. Sua dignidade e seus direitos foram vilipendiados. Ao condenar com base em evidências, e não com base em provas é como se o Supremo-Relator bradasse:  “Toda presunção de inocência será negada”!
Ao seu tempo, Caifás estava a serviço da reação. Seu objetivo era claro: evitar o surgimento de uma nova religião entre os judeus. E o que está por detrás, pergunto eu, do açodamento do relator e da passividade do presidente?
  • Por que o “Mensalão Tucano” foi desmembrado, ou seja, será julgado inicialmente em primeira instância e só depois, eventualmente pelo STF, enquanto ao dito “Mensalão Petista” foi negada a possibilidade de julgamento em duas instâncias?
  • Por que a compra de votos feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para a aprovação da emenda da reeleição nunca foi julgada?
  • Por que os processos contra o PT e seus aliados correm mais céleres?
  • Por que há dois pesos e duas medidas.
O mesmo Cristo, ensinou: “com a medida que medires, também serás medido”.
Convenhamos, Caifás não ocupa o melhor lugar na história. Será assim que Joaquim Barbosa gostaria de ser lembrado? Leia a íntegra do artigo Aqui

Mensagem do dia

 


Receita do dia


Ingredientes

  • 4 jerimuns de leite
  • 1 colher [sopa] de óleo
  • 250 gramas de carne de sol aferventada desalgada e desfiada
  • 250 gramas de arroz
  • 500 ml de água quente
  • Alho, pimenta-do-reino, cebola e cheiro-verde à gosto
  • Papel alumínio para cobrir

Bom dia!