Luis Fernando Veríssimo: como foi a morte que sonhei


O prédio de lata estava desmoronando e eu estava dentro dele, desmoronando também. Caía de bruços como um super-herói que esqueceu como voar, com a cara virada para o chão, ou para o saguão do prédio, que se aproximava rapidamente.

Se eu me espatifasse no saguão, certamente morreria, pois seria soterrado pela lataria em decomposição que acompanhava meu voo. O fim do sonho seria o meu fim também.
Mas a queda era interrompida, a intervalos, como naquelas “lojas de departamento” em que o elevador parava, o ascensorista abria a porta e anunciava: “Lingerie”, “adereços femininos”, etc.
Levei algum tempo para me dar conta que aquelas paradas não eram só para interromper o terror da queda. Eram oportunidades de fuga.
O sonho me oferecia alternativas para a morte, se eu fizesse a escolha certa.
Ou então me dava um minuto para pensar em todas as escolhas erradas que tinham me levado àquele momento e à morte certa: os exageros, os caminhos não tomados e as bebidas tomadas, as decisões equivocadas e as indecisões fatais, o excesso de açúcar e de sal, a falta de juízo e de moderação.
Não posso afirmar com certeza, mas acho que ouvi o ascensorista fantasma dizer, em vez de “lingerie” e “adereços femininos”: “Desce aqui e salva a tua alma” ou “Pense no que poderia ter sido, pense no que poderia ter sido...”

Cientistas russos podem ter descoberto a cura para Alzheimer e Parkinson


Cientistas russos estão testando um novo medicamento que salva as células nervosas da destruição. No futuro, esta substância poderá combater as patologias mais difundidas do sistema nervoso – a doença de Parkinson e de Alzheimer, derrames e até mesmo a depressão. 


Agora, a invenção está na fase de testes complementares. Os especialistas acreditam que o medicamento será aplicado já nos próximos anos.

O combate às doenças do sistema nervoso central é uma tarefa difícil e cara – um ciclo de tratamento das doenças de Parkinson e de Alzheimer custa cerca de 1 milhão de dólares. Nos últimos 25 anos, cientistas de todo o mundo pesquisam meios de simplificar e aperfeiçoar este processo. Uma das principais dificuldades é não haver total conhecimento sobre os processos químicos que ocorrem no cérebro – diz a cientista e doutora em medicina Larissa Chigaleichik:

"O cérebro possui propriedades defensivas. Ele não aceita bem os remédios. Isto é, o remédio deve ser aplicado diretamente no cérebro para não se perder no fígado e não se destruir nos rins. Este é o principal problema. Agora estão sendo criadas novas variantes de introdução desses remédios em animais, estes problemas estão resolvidos."

"Os cientistas russos estão mais perto do êxito", diz a dirigente do Departamento de Química do Instituto de Pesquisa científica V. V. Zakussov, da Academia Russa das Ciências Médicas, Tatiana Gudasheva.

A errada direita brasileira e o sadomasoquismo


Estava eu posto em sossego, das festas colhendo o doce fruito, tendendo a voltar às lides apenas para o ano, quando dois excelentes artigos vieram arrancar-me do merecido repouso.

Refiro-me a Uma proposta de reflexão para o PT, do amigo e governador Tarso Genro, e Pacto adversativo x Pacto progressista, do também amigo e editor, Saul Leblon.
Ainda que de modos diversos, tocam ambos na mesma tecla de entrada: como pode a direita brasileira desqualificar a atual experiência democrática das administrações populares que se sucedem, notadamente no plano federal, as de Lula e Dilma?
Também deve-se incluir aí tentativas internacionais. Primeiro foi a da The Economist, numa iniciativa digna dos tempos império-coloniais, pedindo a cabeça do ministro Guido Mantega. Mais recentemente o Financial Times entrou na dança, montando uma ridícula farsa dialogada em que se misturam alusões toscas e grosseiras à presidenta Dilma Roussef, ao ministro Mantega, com outras a Putin e aos BRICS, a Cristina Kirchner, apenas para manifestar a indigestão que as administrações progressistas da América Latina provocam na sua linha editorial sempre alinhada com os princípios da ortodoxia neo-liberal.

Durante muito tempo a mídia ortodoxa internacional exerceu um “ruído obsequioso” em relação ao Brasil, visto como uma terra exótica de empreendimentos governamentais exóticos que “davam certo” no desconcerto universal da hegemonia neoliberal. 
Um acontecimento mudou essa situação: a vitória de François Hollande na França, destruindo a “aliança Merkozy” e introduzindo – ainda que de modo tímido – uma cunha adversa na hegemonia orotodoxa no reino da Zona do Euro.

Go: o jogo chinês


Venho aqui partilhar com vocês que estou completamente encantada com Go, um jogo chinês que só me dispus a praticar há pouco tempo.
Pra quem curte xadrez, jogos de raciocínio e matemática este é o melhor de todos os jogos!! Não tem pra nenhum outro!
Apesar de pouco divulgado no Brasil, existe há mais de 4.000 anos e deu origem ao xadrez. Também é conhecido como Weiqi ou Baduk.
O jogo de Go (pronuncia-se i-gô) é um jogo aparentemente simples e sem graça. Porém sua simplicidade é aparente. É conhecido entre seus apreciadores como a "arte da harmonia"... Um jogo entre dois adversários de grande habilidade, terminará com as pedras numa disposição absolutamente harmônica.
O jogo de Go é jogado em um tabuleiro (goban) geralmente feito de madeira com 19 linhas intercaladas com outras 19 linhas. Este é considerado o tabuleiro padrão e utilizado em jogos profissionais. Há um tabuleiro com formato 9x9 ( para iniciantes) e outro intermediário de 13x13.
As pedras utilizadas no jogo são geralmente pequenas peças chamadas de go-ishi feitas de vidro, conchas, pedras ou plástico, sendo 181 para as pretas e 180 para as brancas. Estas pedras devem ter o tamanho exato para serem colocadas na posição correta que é sempre na interseção das linhas no tabuleiro. São acondicionadas em potes de onde são retiradas pelo jogador quando necessário.
O número de jogadas possíveis é tão grande, que é calculado em três vezes maior que o número de átomos existentes na Via Láctea, o que inviabilizou, até hoje, um programa realmente eficiente para jogar-se Go no computador.
Bom, há muito que falar sobre o Go e seria cansativo, portanto quero apenas deixar aqui minha dica pra apreciadores de matemática e xadrez pra que se deem ao prazer de jogar Go, pois garanto que é delicioso. É também viciante e a gente pode chegar a ficar dias jogando sem se cansar e tentando sempre estratégias diferentes pra "cercar" o adversário.
No Brasil você poderá encontrar bons jogos somente online, porque dificilmente há jogadores pra se apreciar pessoalmente a adrenalina do Go. Nem mesmo no YouTube tem muita coisa, uma pena.
Na Wikipédia que deixo logo abaixo, nas "ligações" externas há links pra jogos e dicas de como jogar Go.
Vale a pena mesmo aprender a jogar Go! 
Abelha

BC regulamentará cartão pre-pago

Os cartões pré-pagos deverão ter um papel importante na continuação do processo de inclusão bancária. 

Esse tipo de cartão promete substituir o dinheiro vivo em transações de menor valor e trazer para os meios eletrônicos de pagamento quem está fora do sistema financeiro. 

Até agora, a maioria dos projetos com esses cartões está sendo tocada por empresas de pequeno porte e não por grandes bancos, isso porque o Banco Central ainda precisa regulamentar alguns pontos importantes do funcionamento dos pré-pagos, como mecanismos para evitar a lavagem de dinheiro. 

Espera-se que essas normas sejam anunciadas neste início de ano.

Mensagem da manhã

(...)..Nada ou nenhuma pessoa cruza o nosso caminho por acaso; 

Essa pessoa tem algo a aprender conosco, e alguma coisa para nos ensinar. 

São os pequenos momentos vividos com intensidade que tornam a vida o maior espetáculo...



Até quando mundo bancará o quebrado EUA?

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nos últimos minutos do prazo fixado, projeto parcial de ajuste nas contas públicas que evita o chamado “abismo fiscal” e consequente nova recessão. Por 257 votos a favor e 167 contra, os congressistas mantiveram os cortes de impostos para a classe média e o aumento das taxas sobre os mais ricos. Como não houve acerto sobre gastos públicos, foi adiado para março o risco de o país enfrentar um corte automático de US$ 560 bilhões no setor até 2022 – US$ 110 bilhões somente neste ano – e uma possível suspensão dos pagamentos das obrigações da dívida, de fornecedores e servidores. 

Os mercados, tanto nos EUA quanto na Europa, reagiram bem à medida. 

A nova rodada de negociações será o primeiro desafio do segundo mandato de Barack Obama, que começa no dia 21. 

As conversas serão dificultadas pela piora do ambiente para diálogo entre republicanos e democratas. 

‘Acordo não reduz déficit’

Para o presidente do fundo de investimento Pimco, Mohamed El-Erian, o acordo aprovado ontem pelos congressistas faz “muito pouco para melhorar o panorama de médio prazo do déficit e da dívida do governo federal”.