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O que é honestidade?


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Ontem no Domingão do Faustão o apresentador fez mais um dos seus discursos sobre honestidade e política e deu espaço a seus convidados e colegas de emissora (Claudia Raia, Miguel Falabella e Silvio de Abreu) para soltarem o verbo. Mas, contudo, todavia, misturando alho com bagulhos e bugalhos e pulgas perturbando minhas orelhas, pergunto:

Por que a Rede Globo aceita fazer propaganda de empresas que seus donos são corruptores confesso?

Tipo assim: Banco Original que é propriedade dos irmãos Batista...

Você acha isso honesto?

Eu acho não!
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*

Temer bicudos

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Tempos bicudos, por Marcos Augusto Gonçalves
- É com imensa satisfação que venho suprir (mesmo que seja por apenas um dia) a ausência do ex-senador Aécio Neves (Psdb/MG) neste espaço que final e felizmente, se despede. Aliviando assim o leitor de suas chorumelas, e o país de uma fraude moral e política que obteve honrosos mais de 51 milhões de legítimos votos na eleição presidencial de 2014.

Acompanho com cautela o fundamentalismo messiânico do juiz Sergio Moro e sua força-tarefa, mas não há como escapar de certo contentamento ao ver cair a máscara desse séquito de hipócritas e heróis do povo brasileiro -à esquerda e agora, finalmente, à direita- que vai sendo apanhado no exercício de atividades incompatíveis com o espírito republicano e contrárias aos interesses dos brasileiros.
Nesse cenário, não deixa de chamar a atenção que o presidente Michel Temer venha merecendo a advocacia de setores da opinião pública com o intuito de desqualificar ou minimizar as denúncias que vieram à luz com a delação do desembaraçado rebanho de executivos do grupo JBS.
Que a peça de Rodrigo Janot tem fragilidades, não se discute. Mas como bem notou o colunista Hélio Schwartsman, na última sexta-feira (19/5), em que pesem as ambiguidades jurídicas, há um contexto que não deixa dúvida sobre do que se trata.
Sempre se pode, como no caso de Aécio, fingir que não é bem assim, mas o tempo muito provavelmente se encarregará de demonstrar o que já se sabe. Temer não reúne condições morais e não tem apoio da população para governar.
Duas vezes aliado do PT em chapa presidencial, trocou de lado, como é habitual na malta que o PMDB congrega, para tentar "estancar a sangria" e ser fiador de uma mudança na economia -que, de resto, se fazia necessária.
Lamentável é que o esforço de recuperação da racionalidade econômica tenha prosperado em meio a uma conspiração e de costas para o povo.
É certo que o Brasil precisava de um ajuste fiscal e precisa de uma reforma da Previdência, mas se escolheu para atingir esses objetivos uma trilha sombria em seu desprezo pela legitimidade política, em sua aversão a qualquer medida de justiça tributária e em seu descaso por contrapesos distributivos.
Chegou-se ao ápice do economicismo elitista ao se elevar à categoria de virtude o fato de o presidente não gozar de nenhuma popularidade -circunstância que atingiria o grau de perfeição num regime ditatorial.
E agora? Veremos uma onda de adesão às diretas que as elites até aqui se recusaram a considerar? Defenderemos a Constituição, facultando ao Congresso desmoralizado a escolha de um novo fantoche? Ou quem sabe seguiremos ladeira abaixo com o pato manco? Veremos. Como dizia-se antigamente, tempos bicudos. 
na Folha de São Paulo*

Verdade popular


Mais que pós-verdade
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Mais 5 observações sobre o momento atual da crise, por Luis Felipe Miguel


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(1) A Rede Globo decidiu demonstrar sua força. Por motivos que ainda não estão inteiramente claros, ela resolveu rifar Michel Temer e reorganizar a coalizão golpista em outras bases. Não está sozinha nesse projeto, nem é necessariamente quem o comanda, mas é sem dúvida o grande instrumento de sua execução. Ainda que o restante da mídia corporativa não tenha o mesmo propósito (como demonstra o esforço da Folha de S. Paulo para desacreditar as gravações de Joesley Batista, o empuxo da Globo é forte demais e todos já tratam a queda de Temer como questão de dias. Ou seja: as sucessivas vitórias do PT mostraram que a Globo não tem o poder de definir os resultados eleitorais, mas ela continua capaz de desestabilizar governos a seu bel-prazer. O fato de que o usurpador não mereça que se derrame uma lágrima por ele, muito pelo contrário, não significa que não precisemos entender o que significa esse poder tão desmedido.
(2) Temos hoje dois conflitos sobrepostos. O primeiro é interno à coalizão no poder. O golpismo está dividido, uma vez que Temer decidiu resistir e usa todos os recursos de que dispõe para adquirir os apoios que lhe garantam uma sobrevida, ainda que frágil. O problema, para ele, é que a principal ameaça vem não do Congresso, mas do TSE. A tranquila maioria que ele construiu nos últimos meses, para aprovar a esdrúxula tese da separação da chapa, não existe mais. O colegiado que vai definir sua sorte é menos suscetível aos agrados que o Executivo pode fazer e tende a seguir o consenso das classes dominantes, que cada vez mais aponta para a substituição de Temer. Afinal, com exceção do usurpador e de seus cúmplices mais próximos, todos julgam que rifá-lo é um bom negócio, se com isso superam a crise. O segundo conflito é entre o golpismo e o campo democrático. É aqui que entra a bandeira das diretas-já. O golpe não foi dado para que alguma vontade popular pudesse se expressar, muito pelo contrário. Foi dado para implantar um projeto que as urnas sempre rechaçaram. Por isso, as eleições diretas têm que ser evitadas a qualquer custo.
(3) Entre os problemas que as diretas-já geram, para os donos do poder, está o fato de que não haverá tempo para impedir a candidatura de Lula. Mas as diretas não são para eleger Lula. As diretas são para interromper e reverter o golpe. Por isso, a luta pelas diretas é indissociável da luta contra o retrocesso nos direitos. O povo deve ser chamado a se manifestar não para escolher um nome, mas para escolher um programa. O programa mínimo do campo democrático e popular é a revogação da emenda constitucional que congela o investimento social, o retorno da plena vigência dos direitos trabalhistas, a sustação da reforma da previdência, a plena vigência das liberdades - a partir daí, tentamos avançar, mas esse é o mínimo. Lula vai se comprometer claramente com esse programa? Ou não vai resistir à tentação de acenar para as elites, para recompor a "governabilidade" que deu no que deu? Seja como for, a realização desse programa depende da pressão organizada, mais até do que da eleição de A ou B.
(4) O oposto das diretas é a pressão ostensiva do "mercado" (que, no noticiário, é o nome de fantasia do capital) para que o sucessor não esmoreça nas "reformas" (o nome de fantasia para a retirada dos direitos). É impressionante como, na imprensa, a necessidade de ouvir a população é desdenhada como irrelevante ou estigmatizada como "golpe" (!), mas as vozes do capital são reverberadas cuidadosamente. O recado é claro: a vontade popular não pode atrapalhar a vontade do "mercado". O casamento entre capitalismo e democracia, que sempre foi tenso, agora se mostra claramente como uma relação abusiva. A regra era que o capital impunha sua vontade pelos mecanismos do mercado, o que já lhe dava um poder de pressão descomunal, mas os não-proprietários tinham a chance de limitar esse poder graças ao processo eleitoral. Essa salvaguarda não é mais aceita. Ela terá que ser imposta novamente ao capital, como o foi nas primeiras décadas do século XX.
(5) Não se vê uma única voz se levantar em favor de Aécio Neves. O pragmatismo da direita devia servir de alerta àqueles que a servem: são todos descartáveis. "Acéfalo" com a prisão da irmã, como disse a Folha de S. Paulo; sem poder contar sequer com o abraço amigo de Luciano Huck... Triste fim do Al Capone de Ipanema.
publicado originalmente na página do Facebook do autor, Luis Felipe Miguel.*

Rir é o melhor remédio

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– Joesley disse que fez depósito em contas para Lula e Dilma.
– Nas conta da Dilma e do Lula?
– Não, na conta dele mesmo.
– Mas, quem movimentava essa conta?
– O Joesley.
– Sei… Mas quanto dinheiro tem na conta?
– Nenhum. Ele (Joesley) sacou tudo em 2014.
– Tá… Mas pelo menos tem algum áudio, vídeo, algum documento?
– Não, nenhum áudio, nenhum vídeo, nenhum documento.
– Ué?…Ele gravou Aécio e Temer, por que diabos não gravou conversas com Lula e Dilma???
– É que o Joesley acha que uma conta bancária em nome dele mesmo já é prova suficiente contra Lula e Dilma. A quadrilha de Curitiba e a Globo também tem convicção que é.
- Eu também tenho uma conta assim. Está no nome do Marck Zuckerberg. o Marck deposita, o Marck faz retiradas, e o Marck gasta o dinheiro.





O necrologico de Aécio Neves



Janio de Freitas, hoje, na Folha de S. Paulo, faz o necrológio de Aécio Neves, o recém falecido e nada pranteado morto da política brasileira.
Aécio é apenas mais uma prova do cinismo das elites brasileiras que, como recorda nosso mestre Janio, o apresentaram como um projeto para o Brasil.
Projeto, vê-se hoje, de que tipo.
(…) não falta quem, para receber os generosos prêmios dados aos delatores, mostre mais aos brasileiros como é de verdade o seu país. Nem faltam candidatos a ver-se, de repente, passando de louvados a execrados. Como a estrela do bom-mocismo, Aécio Neves.
Agora senador afastado pelo Supremo, e com Eduardo Cunha preso, Aécio fica mais exposto a que afinal se esclareçam em definitivo as trapaças de contratos em Furnas, cuja lista de beneficiários lhe dá lugar de destaque. Associados nessa lista, os dois retiveram por muito tempo as investigações devidas e suas consequências.
Com esse inquérito em andamento, Aécio se torna um dos senadores mais apreciados por procuradores e juízes: seis inquéritos – um por suborno e fraude na construção da Cidade Administrativa em seu governo mineiro, outro por suborno na construção de usinas hidrelétricas, três por caixa dois, e o de Furnas. Aguarda-se o sétimo.
Não foi sem motivo, portanto, que esse senador e presidente do PSDB (retirado de um cargo e licenciado do outro), conforme suas palavras agora públicas, disse ser necessário acabar com tais investigações e estar “trabalhando nisso como um louco”.
E pensar que esse era o presidente da República desejado e proposto ao país pelo “mercado”, pelos conservadores de todos os tipos e por imprensa, TV e rádio. Derrotado e ressentido, foi o primeiro a conclamar pela represália que originou o desenrolar político hoje incandescente.
Fica o epílogo de Aécio Neves como um alerta para os áulicos de João Doria.



Irmãos Batista especularam e lucraram com a própria delação

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PHA, As notícias são de que a JBS comprou dólares nos últimos 20 dias antecipando a divulgação da delação.

Pra piorar, os Irmãos Metralha-Batista venderam ações da JBS e quem comprou foi a Tesouraria da empresa, para dar liquidez.

Ou seja, é a Delação Premiada Privilegiada!!!

Pode isso????

O cara vai ficar "preso" na Quinta Avenida em Manhattan com uns 500 milhões de dolares que ganhou no crime do crime???

O que tem a dizer o Meirelles, que fundou o banco (sic) Original dos irmãos Metralha?

Vai botar o Banco Central para apurar a safadeza?

E aquela informação "privilegiada" do Temer: fica manso, sócio, porque vou cortar um ponto na Selic!

Quanto vale isso?

Não é possível!!!!

Do Investidor Indignado, amigo de Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada*

Michel Temer diz ser vítima de conspiração

O ex-presidente Michel Temer disse ontem quinta-feira (19/04) no começo da manhã, em reunião com cúmplices ser "vítima de conspiração". A tarde em pronunciamento a nação repetiu a frase e acrescentou: "Não vou cair".
Eu acredito.
E você?




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***

Twitter do dia

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"Ainda bem que Michel Temer e Aécio Neves só falaram de propina, corrupção e assassinar uma pessoa. Imagina se eles dão pedalada fiscal, que absurdo seria...", @liliankrislan
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Temer pede acesso a gravação


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Ele pede e tem direito a isso
Nós pedimos e temos direito a isso
O ministro Edson Fachin (STF) tem o dever, a obrigação de tornar público áudios, vídeos, fotos e tudo mais que fez ele afastar um senador, um deputado federal e abrir investigação contra o golpista Michel Temer, que hoje ocupa o Palácio do Planalto.
Caso não faça isso imediatamente, deixa no ar a insuportável catinga de maracutaia.

O melhor detergente continua sendo a luz do sol

O ministro Luis Fachin (STF), tem a obrigação de liberar todos as provas sobre a operação controlada que envolveu Michel Temer e Aécio Neves. O que ele ainda não fez isso?...

Por que a Globo entregou Temer e Aécio?





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Globo entregou os anéis e espera salvar os dedos, por Fernando Horta no GGN

Muitos estão perguntando o porquê da Globo fazer o que fez. Vou tentar lançar luz aqui.

Quem trabalha com publicidade em SP sabe que há anos a Globo vem no vermelho. Seus custos são muito altos e desde que surgiu google, facebook e netflix ela não recebem mais quase 80% da verba de publicidade. A verba destinada à Globo vem caindo e cada vez mais rápido toda vez que se mostra que as pessoas ficam mais tempo no computador do que vendo televisão.
A JBS é a terceira maior anunciante da Globo. Sem o dinheiro da JBS a globo não paga as contas do mês. Quando da operação a "Carne é Fraca" a JBS perdeu algumas centenas de milhares de dólares e seu dono percebeu que estaria correndo risco. Secretamente ele foi à procuradoria fazer delação sabendo que com Moro ele não a teria.
Percebendo que mesmo com a delação a JBS seria cobrada por mais de 700 milhões de prejuízo do BNDS (que corrigidos e com multa ia para algo dos 3 bi) e ainda seria preso (como foram Odebrecht e Eike). O dono da JBS largou a delação para vários meios de informação. Quem desse o furo levava. A Globo poderia tentar segurar mas perderia o seu terceiro maior anunciante e quando outras emissoras ou mesmo as redes mostrassem a delação ficaria impossível (até para os mais tapados) deixar de reconhecer a globo como acobertadora de corruptos.
A Globo internamente julgou que o menor prejuízo dela seria colocar o governo Temer abaixo e agora tentar uma coalizão política para não deixar o país afundar na crise. A Globo precisa de uma coisa urgente: uma mudança de lei. Ela está falida mas a lei brasileira não permite a venda de empresas de telecomunicações a grupos estrangeiros (os únicos com grana para comprar a globo). Então ela precisa desta mudança. Lula não precisa fazer nada para ferrar a globo, basta vetar a lei que permitiria venda a grupo estrangeiro.
Diante da sinuca de bico que a JBS colocou a globo, ela escolheu tentar sair de heroína, imaginando que poderá manobrar sua legião de zumbis para TENTAR se salvar. Com o que fez hoje, a globo entrega os anéis e espera salvar os dedos.*

Dilma cumpre a promessa

No dia 27 de outubro de 2014, um dia após ter vencido as eleições, em entrevistas a telejornais, a presidente legítima e constitucional Dilma Rousseff fez a seguinte declaração: "Faremos um combate sem tréguas à corrupção. Nosso país não pode manter a impunidade daqueles que cometem atos de corrupção. Não vou deixar pedra sobre pedra. Eu vou fazer questão que a sociedade brasileira saiba de tudo."
*

324ª Briguilina

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Estariam Moro e Aécio Neves rindo por terem garantido mais 2 milhões da JBS?

E Alckmin e Michel Temer porque receberam apenas 500 mil?

Eu acho que sim e você?

Momento de reflexão



Então a PF - Polícia Federal - prendo o dono da JBS (Friboi), e não é o Lulinha?...
Assim não pode, assim não dá.

A concentração do mercado brasileiro na mão de poucas empresas



Apenas dez grande companhias respondem por 60% das compras dos brasileiros
A concentração das empresas nas gôndola do supermercado
Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo
Por Repórter Brasil
Talvez passe despercebido àqueles que vão ao supermercado que um conjunto pequeno de grandes transnacionais concentra a maior parte das marcas compradas pelos brasileiros. Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.
Quer um exemplo dessa concentração? Quando um consumidor vai à seção de higiene pessoal de um estabelecimento comercial e pega nas gôndolas um aparelho de barbear Gilette, um pacote de absorventes Tampax e um pacote de fraldas Pampers, ele está comprando três marcas que integram o portfólio da gigante norte-americana Procter & Gamble – que também é dona dos produtos Oral-B, para dentes.
O poder da Unilever
Uma dona de casa vai uma vez por mês ao supermercado fazer as compras para sua família: ela, o marido e duas crianças. Para a cozinha, ela compra Knorr, Maizena, suco Ades e a maionese Hellmann’s. Para a limpeza da casa, sabão em pó Omo e Brilhante. Compra ainda Comfort para lavar a roupa. Passa na área de cosméticos e pega o desodorante Rexona para seu marido, e sabonete Lux para ela. Compra pasta de dente Closeup, a marca preferida da filha.
Quase ao sair do supermercado, o filho liga e diz que quer sorvete. Ela compra picolés Kibon. Todas as marcas adquiridas por ela pertencem à Unilever, que em 2013 foi o maior investidor no mercado publicitário do Brasil, com R$ 4,5 bilhões aplicados. Omo possui 49,1% de participação de mercado em sua categoria, segundo pesquisa do instituto Nielsen em 2012.  A Hellmann´s detém mais de 55% do mercado. A Unilever vende cerca de 200 produtos por segundo no Brasil.
Mercado de bebidas
O que o refrigerante Coca-Cola, o energético Powerade, o suco Del Vale, a água Crystal e o chá Matte Leão têm em comum? Eles são marcas da Coca-Cola, que apenas no segmento de refrigerantes detém cerca de 60% do mercado nacional. E sabe quando está um dia de calor e você quer tomar uma cerveja? Há uma grande chance de que ela seja produzida pela Ambev, que concentra cerca de 70% do mercado com produtos como Brahma, Antarctica, Skol e Bohemia. A companhia Brasil Kirin (ex-Schincariol) possui pouco mais de 10%, e o Grupo Petrópolis, cerca de 10%.
Quer um chocolate?
Na hora dos desenhos, uma criança se senta à frente da televisão e pede para a mãe alguma coisa para comer. Uma vez no mês, ela decide trocar as frutas por doces.
A mãe então oferece algumas opções: um chocolate Suflair ou um Kit Kat? Um chá Nestea ou um Nescau? Um Chambinho ou iogurte Chandelle? Uma bolacha Tostines ou Negresco? No fundo, ele está perguntando à criança qual marca e linha de produtos da Nestlé ela quer, porque todas acima citadas pertencem à gigante suíça.
Segundo pesquisa do instituto Mintel*, de fevereiro de 2014, “o mercado de chocolate no Brasil é altamente concentrado, com participação conjunta das três empresas principais no valor de venda de 80%”. A Mondelez, surgida da cisão da Kraft Food e que em seu portfólio reúne marcas como a Lacta, detém 35%. A Nestlé detém 22%, enquanto a Garoto, de propriedade da mesma Nestlé, detém 23%.
Empresas brasileiras também concentram mercado
A BRF – nascida da união entre Sadia e Perdigão – é líder em vários segmentos das gôndolas: está presente em 28 das 30 categorias de alimentos perecíveis analisadas pelo instituto Nielsen, como massas, congelados de carne, margarinas e produtos lácteos. A BRF está na mesa de aproximadamente 90% dos 45 milhões de domicílios do Brasil. Ela é responsável por 20% do comércio de aves no mundo. Em pizzas, a empresa detém 52,5% do mercado e 60% do de massas congeladas no país.
Outra empresa brasileira com grande presença na mesa dos brasileiros e de outros países é a JBS, dona de várias marcas conhecidas, como Friboi, Seara, Swift, Maturatta e Cabana Las Lilas. Com essa variedade de produtos e a presença em 22 países de cinco continentes (entre plataformas de produção e escritórios), ela atende mais de 300 mil clientes em 150 nações.
Governo brasileiro incentivou concentração empresarial
Para alguns economistas, tem havido um aumento da presença do Estado na economia brasileira, um movimento que ganhou força no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o BNDES passou a conceder financiamentos a juros mais baixos para promover as chamadas “campeãs nacionais”.
Nesse caso, foi estimulada a fusão entre as operadoras de telefonia Brasil Telecom e a Oi, e a criação da BRF, fruto da união entre Sadia e Perdigão. Esse movimento de empresas brasileiras mais fortes no exterior cria gigantes, mas não necessariamente essa liderança traz vantagens para os consumidores brasileiros, que continuam com poucas opções quando vão ao supermercado. Será que essa ação do Estado beneficiou o consumidor final?
Em paralelo, as empresas estatais têm ganhado peso. No setor bancário, CEF e Banco do Brasil estão entre as cinco maiores instituições do país, sendo que a Caixa é líder em financiamento habitacional, e o BB, no setor agrícola. Em energia, a Petrobras é a maior empresa do setor, enquanto a Eletrobrás detém a liderança em geração de energia elétrica.
Mas essa concentração de poder nas empresas públicas é diferente das privadas. Um exemplo está no setor de energia, em que a Petrobras tem tido uma política de reajuste dos preços dos combustíveis alinhada à política de inflação do governo federal. Empresas estatais bem administradas poderiam render bons lucros, que se tornariam dividendos para o governo federal, que, por sua vez, com esse dinheiro dos lucros, poderia investir em setores essenciais, como saúde e educação.




“Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho.” (Edson Queiroz)

Celulose atrai novos investidores

Com horizonte de preços em alta e oferta inferior à demanda até 2013, a produção de celulose desperta o interesse de novos investidores no setor. 


O empresário Mário Celso Lopes, dono de shopping center e terras no Centro-Oeste e os irmãos Batista, acionistas majoritários da maior indústria de carnes do mundo, a JBS, uniram-se na Eldorado Florestal para explorar negócios na área. 


O projeto começa em 15 de junho com a construção da primeira fábrica de celulose branqueada de eucalipto da companhia, em Três Lagoas (MS). Serão investidos R$ 4,8 bilhões – R$ 3 bilhões financiados pelo BNDES – na operação, com início previsto para 2013 e capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose.