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O grande Scott

Ele teve a perfeita vida de solteiro em Hollywood, até visitar a Ásia e ver coisas que o fizeram não conseguir voltar à antiga realidade.
por Robert Kiener

Sinto o cheiro do depósito de lixo antes de vê-lo. Fui a Phnom Penh acompanhar Scott Neeson numa de suas visitas regulares a Steung Meanchey, a montanha de 30 metros de lixo em decomposição que cobre 11 hectares perto da capital do Camboja. Com botas de borracha e calças e camisas que depois jogaremos fora, Neeson e eu escalamos a montanha de detritos. O fedor é insuportável: uma mistura de enxofre, carne podre e excrementos.
Engulo a náusea quando respiro a fumaça acre e espessa de centenas de pequenos fogos que não param de arder. “Cuidado”, diz Neeson, e aponta uma agulha hipodérmica jogada fora. “Pise nisso aí e pode pegar Aids ou hepatite.” Além do lixo da cidade, os hospitais jogam ali seringas usadas, partes de corpos e até fetos abortados.

Andar em cima do lixo é como andar num colchão de água: um passo em falso e podemos cair numa poça de lama tóxica, como se fosse areia movediça. Do alto do enorme depósito, através da névoa enfumaçada, vejo dezenas de catadores de lixo. Há alguns adultos, mas muitos são crianças.

É espantoso que muitas delas estejam descalças. Todas têm a pele enegrecida pelo sol e pela sujeira. Todas levam um saco nas costas para recolher material reciclável. Uma caravana de caminhões de lixo transbordantes se aproxima ruidosamente, seguida de perto por uma fila de catadores, todos ansiosos para chegar primeiro quando os caminhões despejarem a carga. 
“Os motoristas são impiedosos”, diz Neeson. “Todo ano atropelam e matam catadores.”
Neeson saúda vários deles perguntando: “Tudo bem?” Se alguma criança se machucou ou foi surrada, ocorrência comum no lixão, ele ajuda a conseguir assistência médica. A uns 50 metros, vejo três catadores deitados no lixo, debaixo de um abrigo de plástico e papelão.
– Estão descansando? – pergunto a Neeson.
– Não. Eles moram ali.

As crianças correm para Neeson e gritam, eufóricas: “Quero estudar! Por favor, me leve para a escola!” Neeson é famoso aqui; faz várias visitas por semana e já pôs mais de 400 crianças do lixão a cargo da instituição que fundou, o Cambodian Children’s Fund (CCF, Fundo das Crianças Cambojanas). Mas ainda há crianças que precisam de ajuda. “É de cortar o coração”, diz ele ao se agachar e equilibrar no joelho um menino de 6 anos de olhos brilhantes. “Gostaria de poder ajudar todas as crianças daqui...”

A história de como Scott Neeson passou a resgatar crianças abandonadas que vivem como ratos no meio do lixo parece um roteiro de filme, numa ironia que ele percebe muito bem. Em 2003, Neeson, de 44 anos, era um alto executivo do cinema, apelidado de “Mr. Hollywood” pelos meios de comunicação. Tinha tudo o que fez a aparência externa de Hollywood: ganhava mais de um milhão de dólares por ano como vice-presidente de marketing da Sony Pictures, morava numa mansão em Beverly Hills, possuía um iate de 12 metros, um Porsche 911, uma motocicleta cara e um utilitário de luxo.

Trabalhava e se divertia em festas com Mel Gibson, Tom Cruise, Harrison Ford e outros. Não era casado, mas estava sempre de braços dados com namoradas estonteantes.

Sua ascensão na indústria cinematográfica de Hollywood foi meteórica. Depois de abandonar o secundário na Austrália com 16 anos, arranjou emprego durante o dia como assistente numa pequena empresa que gerenciava cinemas no subúrbio e drive-ins em Adelaide; à noite, trabalhava como lanterninha e auxiliar de projeção. Apesar da falta de estudo formal, estava decidido a vencer na vida, e era muito trabalhador. Os patrões perceberam. Foi trabalhar numa distribuidora de filmes em Sydney e começou a subir na carreira, entrando na distribuição e na produção de cinema. Finalmente, foi chamado para trabalhar em Hollywood.
Mas faltava alguma coisa. Como disse a um amigo de confiança, “precisa haver mais coisa na vida além de fazer filmes”. Os colegas acharam que Neeson estava com estafa, coisa bastante comum no mundo estressante e competitivo do cinema de Los Angeles.

Em 2003, ele pegou um avião e partiu para uma viagem de cinco semanas pela Ásia, de mochila e motocicleta. “Vai ser ótimo”, foi o que todos disseram. “Ele só precisa esfriar a cabeça.”

Embora Neeson só pretendesse passar alguns dias em Phnom Penh, a pobreza que viu lá, combinada ao encanto e à graça dos cambojanos sofredores que conheceu, o afetou. Cancelou boa parte da viagem pela Ásia e começou a explorar a cidade. Por toda parte, via pobreza e carência. Depois de conhecer um menino que pedia esmola na rua, ofereceu-se para ajudar a família paupérrima. Pagou o aluguel, comprou uma geladeira e também pagou a escola das crianças. Quinze dias depois, descobriu que os pais do menino tinham vendido tudo o que ele lhes dera e gastado o dinheiro em jogo e bebida.

Um amigo cambojano o chamou e disse: “Você está sendo ingênuo, Scott. Essas pessoas estão se aproveitando de você.” Ele aconselhou Neeson a ir ao famoso lixão de Steung Meanchey, em Phnom Penh, lar dos mais pobres do país. “Lá há crianças que realmente precisam de ajuda.”
A cena do lixão deixou Neeson em lágrimas. Centenas de catadores, entre os quais crianças abandonadas, reviravam as pilhas tóxicas atrás de material reciclável na esperança de ganhar o suficiente para comer.

Crianças de até 2 anos, abandonadas por mães cujos novos maridos se recusavam a sustentar filhos de casamentos anteriores, moravam nos montes de lixo.Ele percebeu uma criança miúda em farrapos, tão coberta de fuligem que não conseguiu ver se era menino ou menina. Pediu ao intérprete que chamasse a criança. O nome dela era Rithy, e tinha 12 anos. A menina lhe disse que nunca fora à escola. Outra menina, Nich, de 9 anos, se aproximou e ficou ouvindo. Ambas cheiravam mal. Ele perguntou às meninas se poderia conhecer a mãe delas e deu 10 dólares para cada uma. Combinou de encontrá-las no dia seguinte.

Na hora marcada, sentado num café à beira do rio no bairro turístico de Phnom Penh, duas crianças se aproximaram da mesa. Eram Rithy e Nich, tão limpas, tão transformadas que Neeson não as reconheceu.

Ele prometeu às mães 50 dólares por mês se mandassem as meninas para a escola em vez de obrigá-las a trabalhar no lixão. Elas concordaram. Ao ver as meninas alegres, tomando sorvete pela primeira vez na vida, perguntou-se: Basta isso para mudar a vida de duas crianças?

Quando o avião que ia para Bangcoc, de onde faria a conexão para Los Angeles, sobrevoou Phnom Penh, Neeson olhou a cidade lá embaixo e pensou: É simples. Tenho tanto e eles têm tão pouco...

Em seguida, decidiu aproveitar as diversas viagens internacionais para passar alguns dias por mês em Phnom Penh. Em sete meses, Neeson já tinha alugado um prédio na cidade, contratado uma pequena equipe e resgatado 12 crianças das ruas e do lixão de Steung Meanchey. Pensava em mudar-se de vez para lá, mas estava indeciso.

Então, numa das visitas à capital cambojana, o celular tocou. Era um astro do cinema e seu agente, ligando da Europa durante uma turnê promocional que Neeson organizara.
– Scott, temos um problema – disse o agente.
Neeson, que naquela manhã soubera que cinco crianças do novo abrigo estavam com febre tifoide, respondeu: 
– O que há?
– Um problema grave – disse o agente. – O avião particular que o estúdio contratou não tem a marca certa de água mineral nem o tipo de comida que pedimos. Não vamos embarcar enquanto não derem um jeito.
Nisso, o astro tirou o aparelho da mão do agente e disse:
– Scott, a minha vida NÃO deveria ser tão difícil. Dê um jeito!
Foi a gota d’água. Pouco depois, Neeson pediu demissão e disse adeus a Hollywood, ao Porsche, ao iate, à motocicleta e ao salário.

Em 2004, fundou o CCF, com mais de 100 mil dólares do próprio bolso. Para não gastar muito, passou a dormir no sofá do pequeno escritório que tinha no prédio que a nova instituição alugara em Phnom Penh. E passou também a percorrer a cidade numa scooter.
A princípio, planejou abrigar, alimentar e educar 45 crianças e contratar oito funcionários. No fim do primeiro ano, estava com quase 100 crianças. Um ano depois, com 200.
Hoje, o CCF dá moradia, alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento vocacional a mais de 400 crianças e tem 47 funcionários.

Dentro de uma bem arrumada residência de quatro andares, dezenas de crianças digitam no computador, estudam inglês ou fazem a sesta nos dormitórios bem-cuidados.
Uma van estaciona em frente. “Scott chegou!”, gritam as crianças, correndo alegremente escada abaixo. Entra um homem alto, de olhos azuis, que joga longe os chinelos e pega no colo duas crianças eufóricas. Duas outras pulam nas suas costas, enquanto Neeson, de 1,80 metro, caminha pelo grupo cada vez maior de crianças animadíssimas, todas pedindo: “Quero colo, Scott!”

Sorrindo de orelha a orelha, Neeson pergunta: “Já viu tanta alegria num lugar só?”
Boa pergunta para um homem que teve profundas alegrias na vida. Não dá para saber se Scott Neeson sente saudades de Hollywood. Na verdade, ele afirma: “Prefiro não falar sobre essa época. É passado.”

Ele volta à antiga cidade várias vezes por ano para levantar a quantia anual de 1,85 milhão de dólares de que precisa para manter o CCF, mas, depois de uma semana em Los Angeles, confessa que não vê a hora de voltar a Phnom Penh e à “realidade”, como diz. Não gosta de se apresentar em público e prefere deixar a história dos “seus garotos” falar por si.
Há Kunthea, de 17 anos, que ficou órfão aos 3 e morou no lixão quase a vida toda. Hoje, depois de aprender inglês no CCF, trabalha como chef do elegante Metro Café de Phnom Penh. E pretende abrir o próprio restaurante.

Há Eang, de 9 anos, que estava imunda e coberta de feridas quando Scott a encontrou. Hoje tem boa saúde, mora numa unidade do CCF e frequenta a escola pública vizinha. Quer ser professora de inglês.

Nyta, de 13 anos, nunca tinha ido à escola quando Scott a encontrou no lixão. Um patrocinador local pagou a mensalidade de uma escola de língua inglesa prestigiada na cidade. Desdenhada pelos outros alunos como “catadora de lixo”, ela costumava voltar em lágrimas para o abrigo do CCF. Mas nunca desistiu. “Foi a melhor aluna do primeiro ano”, diz Neeson, orgulhoso.

Já chamaram Neeson de “milagreiro”. A Escola de Saúde Pública de Harvard o descreveu como “exemplo de coragem”. Joseph Mussomeli, ex-embaixador americano no Camboja, diz que “Scott salva e muda vidas”.

Depois de cinco anos trabalhando no Camboja, Neeson admite que mal começou. “Agora essa é a obra da minha vida; estou comprometido com essas crianças.” Se alguma coisa lhe acontecer, ele tem um plano de sucessão para garantir a sobrevivência da entidade. Sua esperança é que algumas dessas crianças se transformem na nova geração que vai mudar o país.

O projeto recente de Neeson é uma escola-satélite para crianças que vivem numa favela junto ao lixão. “É só um galpão”, explica ele, cujo propósito é usar o espaço para ensinar inglês às crianças na lista de espera do CCF. “Todas querem aprender.”

Ele esperava 25 crianças quando abriu a nova escola. Hoje, são mais de 100. Recentemente, Neeson perguntou a uma delas, Leng, de 6 anos, o que queria de presente de aniversário.
“Ela ficou espantada”, lembra Neeson. “Nunca tinham lhe perguntado isso.” Alguns dias depois, a menina anunciou: “Quero um bolo de aniversário.”

“Comprei o maior bolo que encontrei e mandei pôr o nome dela em cima”, diz ele. Centenas de catadores de lixo foram à festa e cantaram Parabéns pra você para a menina boquiaberta.
“Ela chorou, eu chorei, muitos choraram”, diz Neeson. Depois que todos tinham voltado para as modestas moradias, Neeson passou pelo barraco de Leng e escutou-a cantando baixinho: “Parabéns para mim. Parabéns para Leng. Parabéns para mim.”

Em julho de 2009, o lixão de Steung Meanchey foi extinto pelo governo de Phnom Penh. Muitos catadores mudaram-se para o novo depósito, mais afastado da cidade, e o CCF está mais ocupado do que nunca em lhes prover ajuda e sustento.

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Recicla Nordeste 2010

"Tudo é reciclavel, principalmente as ideias", Joel Neto

O Sindiverde - Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do Ceará - e o INDI - Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará -, um dos muitos braços da Fiec - Federação das Indústrias do Estado do Ceará -, marcaram para novembro próximo o Recicla Nordeste 2010. Trata-se de uma grande mostra de máquinas, equipamentos, matérias-primas e produtos para o segmento de reciclagem em Fortaleza, no Centro de Convenções. 
O objetivo, afirmam os promotores, é atuar pela modernização das indústrias da área, que estão de olho na reciclagem do plástico, ferro, vidro, eletroeletrônico, madeira e água, entre outros. Algo, como se nota, muito mais complexo e sofisticado do que os carrinhos de catadores que se arrastam pelas ruas de Fortaleza - alguns cujos condutores são retratos semivivos, ou quase mortos, da miséria, do vício em crack, da falta de teto, de saúde e educação e, sobretudo, do distanciamento da dignidade. É aí que está o nó da questão. 
Se há um polo do segmento privado em desenvolvimento, gerando bons negócios e proferindo um discurso que incorpora expressões da moda, como "cadeia produtiva", "emprego e renda", "consciência ecológica" e "responsabilidade socioambiental", por que cargas d´água não se vê no Poder Público uma contrapartida eficiente, decisiva, em favor da parte vulnerável desse enredo?
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Reciclagem

O CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem -, criou um comitê para acompanhar as discussões sobre reaproveitamento de eletroeletrônicos no Brasil.
O comitê é formado por empresários, varejistas e usuários do setor.   
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Lixo - Responsabilidade de todos nós

No dia 2 de agosto passado, o presidente Lula sancionou, após 20 anos de tramitação, a Lei Nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes relativos à gestão integrada de resíduos sólidos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Ela estabelece, entre outros princípios, os da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o do reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

Entre os instrumentos postos para a sua execução, estão os planos de resíduos sólidos; a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária; a educação ambiental; e os incentivos fiscais, financeiros e creditícios.

A Lei também estabelece que, na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a ordem de prioridade não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Leia mais Aqui
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A lei dos resíduos

Lixões
Proíbe o lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto – os chamados lixões.
Logística reversa
Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão de dar destinação adequada aos produtos que fabricaram, após o uso pelo consumidor.

Habitações
Proíbe nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos a fixação de habitações temporárias ou permanentes.

Importação
Proíbe a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos.

Incentivos
União, Estados e municípios poderão conceder incentivos fiscais e financeiros para indústrias e entidades dedicadas a tratar e reciclar os resíduos.

Financiamento
Poder público poderá instituir linhas de financiamento para cooperativas de materiais reutilizáveis e recicláveis.


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Garrafas ecológicas

A garrafa de vidro (principalmente a retornável) é considerada uma das embalagens mais ecológicas para bebidas, principalmente por ser totalmente reciclável. Como desvantagem, porém, é pesada, o que gera uma dificuldade logística, além de aumentar as emissões de gases geradores de efeito estufa e poluição atmosférica de uma forma geral, em virtude do transporte.

Mas será que há como tornar esse tipo de embalagem mais ecológica? Pelo jeito sempre há como. A indústria de vidro vem desenvolvendo técnicas de redução de peso, apostando na diminuição de insumos para fabricação de garrafas mais leves, mas que tenham a mesma resistência das garrafas tradicionais.

Com essa leveza a mesma funcionalidade, consumindo menos energia e material, a Verallia (ex Saint Gobain Embalagens) acaba de anunciar a linha Ecova, uma grande inovação na sustentabilidade da produção de garrafas para a indústria de bebidas. Não por acaso (as vinícolas são os primeiros clientes), a nova linha foi desenvolvida na França, a partir de 2007.

"O mais importante é que, no passado, era necessário mudar o desenho da garrafa para reduzir a utilização de matéria prima e, com esse processo, conseguimos manter as características", explica Paulo Dias, gerente comercial da Verallia.

Essas embalagens, projetadas de forma ecologicamente correta, atendendo às mais exigentes normas e padrões de sustentabilidade, já em uso na França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Argentina e Chile acabam de chegar ao Brasil.

De acordo com os fabricantes, são garrafas de alta qualidade, projetadas e produzidas de forma a reduzir significativamente o impacto global sobre o meio ambiente, pois as unidades da série ecológica Ecova têm um peso significativamente menor que o das embalagens comuns, utilizando até 15% menos matéria prima.

Com essa redução de insumos na produção das garrafas da linha Ecova também é possível atingir uma redução de 15% na emissão de dióxido de carbono (CO2) durante na produção. Continua>>>

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Pepsi investe na reciclagem

O novo lançamento da PepsiCo no mercado brasileiro não é mais uma variedade das batatinhas Ruffles ou um subproduto da famosa aveia Quaker, mas uma iniciativa na esteira das políticas de sustentabilidade. Com base em uma tecnologia que permite a reutilização das embalagens de salgadinhos, a empresa está lançando uma campanha que pretende envolver também o consumidor no processo de reciclagem.

O presidente da divisão de alimentos da PepsiCo para a América do Sul, Olivier Weber, explica que separar os materiais de compõem o saquinho - filmes plásticos e uma folha de alumínio, usada para manter o produto crocante - era praticamente impossível. Mas a indústria de embalagens conseguiu substituir a folha por um spray de alumínio. Para enfrentar outro desafio, a coleta dos saquinhos depois de abertos pelos consumidores, veio para o Brasil, a convite da PepsiCo, a americana Terracycle, que organiza o trabalho dos catadores e sua remuneração.

Brasileiros criam papel de plástico

Além de dar novo fim ao lixo plástico, o novo produto poderá REVOLUCIONAR os custos com material escolar, em especial livros didáticos

será que o governo vai dar uma forcinha pra esta ideia sair da prateleira?

…claro que agora só falta bom conteúdo pro livro publico ser re-usado por mais de um aluno.

Romanelli

Lula é só mais um no Natal do povo de rua

Fazia tempo que eu não chorava, mas não deu pra segurar vendo o povo da rua, os catadores de papel e os paulistanos sem nada, excluídos de tudo, dançando e cantando na maior alegria com o presidente Lula, ontem à tarde, na quadra do Sindicato dos Bancários, na rua Tabatinguera, centro de São Paulo.

“A única coisa que eu peço a Deus é estar com saúde para poder trabalhar mais, viajar mais, inaugurar mais obras no ano que vem”

Quem lê o texto e o título acima, e não conhece a história, ou simplesmente não gosta do presidente, eu sei, pode achar que é demagogia, coisa de líder populista em final de mandato, fazendo média com seus eleitores na véspera do Natal.

O mandato do presidente Lula está mesmo entrando na reta final, faltam só mais dois anos. Ele mesmo lembrou várias vezes do pouco tempo que lhe resta de governo no discurso que fez ao final desta festa natalina sem luxo nem pompa, da qual já participa religiosamente faz seis anos, desde o primeiro dezembro de seu primeiro governo. O corintiano Lula também é hexa, pelo menos aqui…

O compromisso dele com este povo, porém, para quem conhece a história, vem de muito antes, e não termina junto com seu segundo mandato. “Espero ser convidado quando não for mais presidente”, brincou, andando pela quadra como um animador de auditório, para uma platéia que nunca o chamou de senhor, muito menos de excelentíssimo senhor presidente da República.

Aqui ele volta a ser só o Lula do Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, no final dos anos 1970, quando comandava uma multidão de metalúrgicos em greve _ ali onde tudo começou durante a resistência á ditadura militar.

O jeito de falar, como se estivesse conversando com cada um em particular, no balcão de um boteco, e a empatia natural com a platéia, são exatamente iguais. Só a roupa dele agora é mais chique e os assuntos são outros _ da vida dos moradores de rua à crise econômica mundial.

Se não estivesse de terno e gravata, cercado de assessores, seguranças e ministros, ele seria apenas mais um neste encontro da Associação Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.

Lula tinha acabado de chegar de um encontro no Copacabana Palace, no Rio, em que discutiu os destinos do mundo com o presidente francês Nicolas Sarkozy. Pode-se imaginar o choque cultural na cabeça dele entre um compromisso e outro, separados por apenas uma hora de vôo. Em seguida, voltaria a Brasília para passar o Natal com a família.

Ao falar destes dois encontros tão diferentes no mesmo dia, o presidente reparou que estas coisas só acontecem no Brasil. “Por isso, a gente nunca deve esquecer de onde veio”.

Pois eu me lembrei na hora de uma frase dele muito repetida em velhas campanhas eleitorais: “A cabeça da gente pensa e o coração sente, de acordo com o lugar onde nossos pés pisam”.

Vai ver que é por isso que Lula viaja tanto, aqui dentro e lá fora, querendo estar em todo lugar ao mesmo tempo, sem se perder no caminho.

Prestou muita atenção e balançou a cabeça no discurso empolgado de Anderson Miranda, do Movimento Nacional do Povo da Rua, que denunciou violências cometidas pelo poder público em São Paulo, Belo Horizonte e outras cidades chamadas de higienistas. Depois, cobrou providências dos ministros que o acompanhavam, Patrus Ananias e Paulo Vanucchi, além do chefe de gabinete, Gilberto Carvalho.

Todo ano o ritual se repete: o pessoal do governo conta o que foi feito, o povo da rua agradece e faz mais reivindicações, o governo promete atender e, no ano seguinte, a cobrança continua. Desta vez, Lula mandou que, já em janeiro, os dois lados fizessem uma reunião juntos para se entender e resolver os problemas de uma vez, “porque agora só faltam dois anos”.

Até o cardeal arcebispo de São Paulo, D. Odilo Scherer, sempre muito reservado, entrou na dança junto com Lula e os músicos da orquestra, todos moradores de rua, que apresentaram uma ópera chamada ”Confabulário”.

Entra ano, sai ano, Lula não foi embora antes de dar uma estocada na imprensa. “Vi na manchete de um jornal hoje que perdemos 40 mil empregos em novembro. Mas não vi nenhuma notícia de que este ano, de janeiro a outubro, o Brasil criou 2,2 milhões de novos empregos”.

Planos pessoais para 2009? “A única coisa que eu peço a Deus é estar com saúde para poder trabalhar mais, viajar mais, inaugurar mais obras no ano que vem”, contou-me, quando lhe fiz a pergunta, assim que chegou à quadra do Sindicato dos Bancários, com o mesmo pique do primeiro dia de governo em Brasília.

Férias? Como ninguém é de ferro, e este sempre é um drama para resolver na família Silva, a cada final de ano, Lula já decidiu que vai passar dois dias na ilha de Fernando de Noronha em janeiro. “Só para levar os meninos, porque eu não gosto de mergulhar…”.

Seis anos depois do primeiro encontro com o povo da rua na véspera do Natal, muita coisa mudou na vida deles, do presidente e do país. Para Lula, este talvez seja o melhor momento do ano na pesada rotina da agenda presidencial, aquele em que fica mais à vontade _  e já chama as pessoas pelo nome para brincar com elas. Como ele mesmo diz, só no Brasil…

Vida que segue. Neste primeiro Natal do Balaio, espero que todos os leitores possam ter hoje a mesma felicidade que senti ontem ao participar novamente desta festa do povo da rua, organizada todo ano pelo meu amigo padre Júlio Lancelotti. 

Como Lula, conheço esta história: desde o começo dos anos 80, quando trabalhava na Folha, acompanho e faço reportagens sobre a luta deste povo por uma vida mais digna. Foi bonito.

porRicardo Kotscho 

Mutirão do Lixo Eletrônico



Vai acontecer no próximo dia 30 o “Mutirão do Lixo Eletrônico”. A iniciativa é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e tem o objetivo de debater com a sociedade a questão do descarte correto do lixo eletrônico. Embora a princípio fale-se mais em reciclagem, há também dicas de consumo consciente, locais que aceitam doações e... nós! O Lixoeletronico.org e o Meta Projeto do Acessa São Paulo são citados como referência.

Outro ponto interessante é que foi disponibilizado um espaço para cadastro de participação da sociedade como um todo – aparecem desde iniciativas de profissionais liberais e de edifício de apartamentos até programas de ONGs e prefeituras. Também é possível baixar o material de divulgação e concorrer a ingressos de cinema.

Para saber mais e participar do mutirão visite o site: http://www.ambiente.sp.gov.br/mutiraodolixoeletronico/

O que é lixo eletrônico?

Muitas pessoas entendem por lixo eletrônico os SPAM’s que são enviados em seus e-mails. Mas, quando você descarta um equipamento eletrônico que não possui mais utilidade, você está gerando um lixo eletrônico, também conhecido como “e-lixo”. São materiais como pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVD’s, CD´s, rádios, lâmpadas fluorescentes e muitos outros, que se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminar o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana.

O problema é que o tempo de utilização destes produtos é cada vez menor. E não é porque eles deixam de funcionar, mas, sim, porquê com a rápida modernização das tecnologias, os aparelhos tornam-se ultrapassados em uma velocidade assustadora. No Brasil, por exemplo, o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e o de um computador é de quatro anos nas empresas e cinco anos nas residências.

Então, imagine o seguinte cenário: Hoje, o país tem 130,5 milhões de celulares. Se daqui a dois anos todos forem trocados, aonde é que vai parar esta montanha de celulares descartados? E o que fazer daqui a quatro ou cinco anos com os 50 milhões de computadores em uso nas empresas e nas residências brasileiras?

Segundo a ONG Greenpeace, estima-se que são produzidos, todos os anos, cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, que correspondem a 5% de todo o resíduo produzido na Terra. Isso representa um volume suficiente para lotar uma locomotiva, com vagões que dariam a volta ao mundo.

A boa notícia é que boa parte deste lixo pode ser reutilizado em equipamentos novos ou reciclados em outros produtos. Basta que as pessoas dêem um destino adequado ao seu “e-lixo”. Procure na sua cidade se informar sobre onde descartar aquele celular, aquela pilha recarregável e aquela bateria que estão largados na sua casa.

Não devolva para a natureza o que ela não criou.


Quer mais informações sobre lixo eletrônico? Acesse os links abaixo:

Convenção de Basiléia– Decreto N° 875 de 19 de julho de 1993
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/D0875.htm

Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente
http://www.mma.gov.br/conama

Cempre – Centro Empresarial para Reciclagem
http://www.cempre.org.br/serv_eletroeletronicos.php

StEP – Iniciativa da ONU para resolver o problema do lixo eletrônico (Em inglês)
http://www.step-initiative.org

Política Estadual de Resíduos Sólidos
http://www.al.sp.gov.br/geral/legislacao/norma.jsp?id=61778#inicio