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Briguilina da Manhã

Ao se aliar ao Psdb o Pcc caiu muito no conceito da população.

@humamad



Ocorrência policial

- Capitão chegamos no local do crime.
- Passe as informações.
- A esposa matou o marido. 
- Como aconteceu soldado?
- Segundo o que apuramos, ela estava passando o pano na sala e ele chegou da rua e passou onde ainda estava molhado.
- Matou de tiro, facada?
- Primeiro ela enforcou o miséravel, depois deu seis tiros, por último deu um monte de facadas.
- E já capturaram a homicida?
- Ainda não capitão, estamos esperando o piso secar...

Pedro Porfírio: o fracasso das UPPs

Deixaram as ruas ao léu e jogaram 10 mil policiais numa guerra cega contra populações criminalizadas



 
Essa violência sem fim em morros festejados como "pacificados" pela presença assustadora de policiais despreparados é o retrato mais exuberante de um grande fracasso - o da odiosa política de ocupação e humilhação das comunidades proletárias do Rio de Janeiro.
 Você deve estar lembrando da propaganda enganosa patrocinada pelo Sérgio Cabral: os bandidos tinham fugido dos morros à simples presença de aparatos policiais. Tendo à frente da Segurança Pública um delegado forasteiro, que quase nada conhecia do Estado do Rio de Janeiro e contando com o patrocínio "generoso" do então bajulado Eike Batista, as tais UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA - UPPs vendiam à classe média do asfalto a ideia de que a criminalidade seria vencida esculachando as comunidades onde os bandidos se homiziavam.
Desde a primeira UPP, em dezembro de 2008, no Morro Dona Marta (e não Santa Marta como falam os altos funcionários do governo e uma mídia que não sabe de nada) o governo do Estado do Rio tem insistido nessa estratégia, com o que abandonou as ruas da cidade e transformou cada comunidade numa "faixa de Gaza" sob ocupação: COM ISSO, OS BANDIDOS PASSARAM A VENDER DROGAS NO SAPATINHO E NO DELIVERY, DISPENSANDO OS PRÓPRIOS APARATOS CONTRA INVASÕES DE RIVAIS, JÁ QUE A PM ESTAVA LÁ COM ESSE ESCOPO INIBIDOR.  (Escrevi várias colunas a respeito dessa "segurança de fachada", como você achará pelo Google).
Agora, já não há como esconder o tremendo fracasso dessa política que tentou desmerecer todo um esforço no sentido de levar cidadania às comunidades que abrigam milhares de trabalhadores, as quais tiveram um grande crescimento a partir das décadas de 60/70, quando da implantação do sistema financeiro de habitação pela ditadura, que tornou insuportável o custo dos aluguéis nas áreas urbanas.
 

 Na década de 80, com os CIEPs, centros de educação pública integral, um novo horizonte se descortinou nessas áreas pobres. OFERECIA-SE INSTRUÇÃO COMO MELHOR ALTERNATIVA AO CRIME EM UM PROGRAMA OUSADO, NO QUAL A CRIANÇA PASSAVA O DIA NA ESCOLA (projeto que, a bem da verdade, foi boicotado não apenas pela Rede Globo, mas pelo PT, que travava uma queda de braço com o brizolismo pela hegemonia do campo popular).
Abraçando a visão das elites, que criminalizavam as comunidades pobres como santuários do crime, Sérgio Cabral mandou descer o cacete e espalhou "caveirões", sobretudo nas áreas de auto-suficiência econômica, com comércio próprio pujante, como na Rocinha, no Complexo do Alemão, no Jacarezinho e na Cidade de Deus.
Por muito tempo, essa política de UPPs encheu os olhos da classe média do asfalto e a especulação imobiliária aproveitou para valorizar imóveis do entorno das comunidades "pacificadas". Estatísticas não faltaram para dourar a pílula: não é difícil manipular os números diante de pessoas superficiais e acríticas.
Agora taí: a conta que vai sobrar pra gente. As comunidades "pacificadas" estão explodindo e tornando traumática a vida no entorno.  Usado por mais de 60 mil carros diariamente, o túnel Zuzu Angel, sob a Rocinha, é o maior emblema da insegurança epidérmica: quem passa por lá, a qualquer hora do dia ou da noite, tem a pressão elevada.
Enquanto isso, as vítimas inocentes da militarização dos morros se sucedem numa cadeia cada vez mais crescente.  A última delas, o menino Eduardo Jesus Ferreira, mostra a certeza de impunidade de policiais sem treinamento, que também estão lá jogados na fogueira, numa espécie de "guerra santa" contra quem levantar qualquer suspeita. O garoto de 10 anos estava na porta de casa jogando no celular, que foi confundido por uma arma, segundo seu pai.
Diante dessa tragédia que compromete definitivamente esse modelo de "segurança", o  governador Pezão disse que o Estado vai pagar o sepultamento do menino no Piauí, para onde a família quer retornar.
O mais é pura lorota, porque esse mesmo governador anunciou que vai mandar mais tropas para o Alemão, e policiais nervosos são o único pessoal de que dispõe o governador para lidar com as comunidades pobres.


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Epígrafe do dia

A pretexto das atrocidades do Estados Unidos da América

"A violência não é força, mas fraqueza".

Benedetto Croce, filósofo italiano (1866 - 1952)

Leia também: dos teatro da vida

Stanley Burburinho - Black Blocks estão tentando desviar o foco mostrando a tal lista com doadores


... As doações, em milhões de dólares, vêm do exterior. Mas os inocentes úteis, maioria de jovens que não enxerga um palmo à frente, é manipulada e não acredita. Se dizem de esquerda, mas no fundo odeiam o PT. Jovem de classe média e de extrema-esquerda? Pode até ser, mas é muito difícil.

Não vi nenhum black bloc protestar contra os mais de 600 incêndios suspeitos em favelas de SP, com média de 2 incêndios por semana. 

Não vi nenhum black bloc protestar pedindo investigação sobre uma suposta ligação entre esses incêndios suspeitos em favelas de SP com a máfia dos fiscais da Prefeitura de SP e com as construtoras. 

Depois que Haddad assumiu a Prefeitura de SP, há mais de 1 ano, nunca mais ocorreu incêndio suspeito em favela de SP.

Não vi nenhum black bloc protestando junto com os Sem Teto ou junto com os Sem Terra.

Não vi nenhum black bloc protestando contra as agressões da PM de SP contra os moradores da Cracolândia. 

Não vi nenhum black bloc protestando contra o cartel dos trens e metrô de SP com a Alstom e Siemens.

Mas vi black bloc depredando a sede do PT de SP.

Mas vi black bloc destruindo um ponto de ônibus que é usado por maioria de pobres.

Nunca vi black blocs incendiarem um BMW, Mercedes-Benz, etc, mas vi um fusca, com 4 pessoas dentro, entre elas uma menina de 4 anos, pegar fogo por que havia um colchão incendiado por black blocs. O dono do fusca é serralheiro e usava o fusca para trabalhar. Vão dizer que é "normal" incendiar colchão em via pública. 

Não vi nenhum black bloc protestar contra os "eventos capitalistas" Fórmula 1 em outubro do ano passado e Rock in Rio. Mas protestam contra a Copa.

Mas vi um cinegrafista da Band ser assassinado por um rojão lançado por um black bloc. Se o black bloc preso disse que recebia R$ 150,00 por manifestação, então a vida do cinegrafista saiu por R$ 300,00.

Os que lançaram o rojão não são black blocs? Como sabem? Existe um cadastro de black blocs? Se recebem grana, então têm um líder. Se têm um líder, então não são anarquistas.

Black Blocks tem seu primeiro cadáver, e agora?

Agora Esmael Moraes, os que os patrocinam vão mudar o esquema.
A próxima vitima não será um cinegrafista, ninguém que trabalhe para grande imprensa.
Mas, com certeza:

Será o PT o responsável por tudo!

Fernando Brito - o RioCentro dos Black Blocks

"Analogia perfeita. Porque é exatamente os que esses grupos - Anonymus, BBs - querem, pretendem. instalar o caos e culpar os outros. No caso escolheram a PM para escudar a própria covardia. É esse tipo coxinha que todo mundo já conhece, aqueles que roubam dinheiro em casa e colocam a culpa na faxineira", Cristiana Castro

Ontem, quando falei da bomba que atingiu o cinegrafista da Band tive o cuidado de registrar que ela fora lançada por black blocs , mas com a ressalva de que eram, até ali, as informações disponíveis.

Hoje, isto está superado com a confissão do tatuador Fábio Raposo, de 23 anos, de que teria pego um rojão, dado a outro homem que passava e que este disparou-o.

Imagens recém reveladas pelo Terra, gravadas pela TV Brasil, que reproduzo abaixo, mostram claramente Fábio e outro homem, que ele próprio admite que tinha a cabeça coberta conversando e, em seguida, este segundo homem colocando a bomba no chão para dispará-la.

Acompanhei, durante a tarde de ontem as páginas dos Black Blocs afirmando que a bomba fora lançada por policiais.

Hoje, não têm mais o que dizer, a não ser que o rapaz não é um black bloc, embora portasse uma máscara antigases.

Está visivelmente apavorado.

O outro homem, por tudo o que já se sabe, será rapidamente identificado.

Não era sequer intenção dele atirar a bomba contra algum grupo de policiais, pois não havia nenhum por perto.

Não se pode afirmar que tenha deliberadamente tentado acertar o cinegrafista.

O que não o exime de responsabilidade e não torna em nada menos condenável o que fez.

Há 33 anos atrás, o sargento Guilherme do Rosário e o capitão Wilson Machado foram atingidos pela bomba que eles próprios carregavam no Riocentro. Provavelmente não visavam atingir ninguém, especificamente, apenas semear o pânico e a confusão, embora soubessem e assumissem o risco de com isso provocar ferimentos e morte.

Na ocasião, também, tentaram negar a origem do atentado dizendo que um “guerrilheiro” teria posto a bomba no carro.

Não estou dizendo que todos os meninos e meninas que estão nessas manifestações sejam terroristas e muito menos que queiram ferir ou matar pessoas.

Mas todos estão sendo, voluntária ou involuntariamente cúmplices dos que são, e alguns são e não têm limites na sua, até agora, tolerada irresponsabilidade.

Tomara que o Santiago, o cinegrafista, se recupere, e há sinas de ligeira melhora em seu estado.

Mas esse é o fim dos blocs, como movimento “aceito” pela mídia como “parte” das manifestações.

Um atitude que deve partir, se isso fosse possível, dos próprios manifestantes.

Agora, o anonimato, a falta de organização e de líderes, a ausência de qualquer tipo de comando que torna possível – bloc ou não – que qualquer um dispare um petardo na direção de pessoas inocentes, os iguala a um bando de agressores, diante dos olhos da população.

Os filhos do ódio político, da irracionalidade coxinha, da mídia que os saudou como “abre-alas do futuro” passaram da conta em suas traquinagens.
Santiago está entre a vida e a morte.

Como eu disse ontem, falando da jovem negra Keshia Thomas, que se atirou sobre um neonazista para evitar que fosse linchado, alguém tem de dizer: não, isso não.

E fechar a porta do inferno. 




Por que tanto violência?

Recentemente, parei de assistir todas as séries que se centravam em morte, sangue, crimes, etc: csi, law & order, criminal minds, mentalist, etc etc. Chega de autópsias na minha vida.
violencia.
  • Tanta morte ensina alguma coisa?
  • Nos ajuda a sermos pessoas melhores?
  • Comove? 
  • Diverte?

Esquecendo por um instante o mundo onde já vivemos, o que pensaríamos de pessoas que acham divertido passar duas horas vendo um maníaco com máscara de hockey matando pessoas, uma atrás da outra? o que essa idéia de diversão nos diz sobre essa pessoa? você gostaria de ficar preso no elevador ou de dormir ao lado de alguém que se diverte com mortes em série? E, entretanto, fazemos isso todos os dias, não?
A sociedade tenta proteger ao máximo as crianças do sexo (um ato natural e lindo, mágico e necessário, a origem de toda a vida, algo que queremos que nossas crianças um dia pratiquem com prazer e responsabilidade), ao mesmo tempo em que as expõem a doses quase psicopatas de violência (algo que não queremos que jamais faça parte de suas vidas, nem como vítimas, nem como perpetradores).
Não faz muito tempo, os estados unidos quase surtaram coletivamente porque um seio (um seio, meu deus!) de janet jackson escapou para fora do sutiã e foi visto em cadeia nacional por milhões de crianças – que assistem em média cerca de duzentos mil homicídios antes de completar dezoito anos.

O risco de violência doméstica frequentemente é passado de pais para filhos, diz um novo estudo



Pesquisadores analisaram dados de mais de 1600 famílias norte-americanas e descobriram que perto de quatro a cada cinco famílias com pais envolvidos em violência com o parceiro tiveram filhos que, adultos, cometeram violência contra os parceiros. E 75% destas famílias tiveram filhos que, adultos, se tornaram vítimas de violência doméstica.
"Estas famílias infelizmente não conseguiram quebrar o ciclo da violência", disse a autora do estudo Kelly Knight, professora-assistente da Faculdade de Justiça Criminal da Sam Houston State University, no Texas, em uma publicação sobre o estudo.
"A maioria dos pais e mães que viveram situações de violência tiveram filhos que acabaram crescendo para viver a mesma experiência", disse Knight.
Exemplos de violência doméstica envolvendo parceiros incluem empurrar, agarrar, bater, atirar coisas, socar, bater usando objetos, sufocar, ameaçar com arma, usar arma e tentar matar um parceiro ou cônjuge.
A grande maioria de pais e mães envolvidos no estudo - 92% - disse ter cometido ao menos um ato de violência doméstica, e cerca de dois terços declararam ter cometido ao menos um ato violento contra o parceiro ou parceira. Entre seus filhos adultos, quatro a cada cinco disseram ter cometido ao menos um incidente menor de violência doméstica.
66% dos pais e 36% de seus filhos já adultos relataram ter sido vítimas de violência pelas mãos dos parceiros, apurou o estudo. Além disso, 93% dos pais e 78% dos filhos adultos declararam ter sido vítimas de incidentes menores de violência doméstica.
Um quinto das pessoas disseram ter participado em três ou mais tipos de violência doméstica, de acordo com o estudo, que deve ser apresentado este mês no encontro anual da Sociedade Americana de Criminologia em Atlanta. Os dados e conclusões da pesquisa são preliminares e ainda não foram pesquisadas em uma publicação revisada por pares.
deu no The New York Time


Lembra dela?

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Lembro sim. E me lembro também de casos bem piores que não foram parar na mídia.
Talvez, porque eram crianças pobres e feias!

Black Block

A sua mais perfeita tradução
Bandido
Em junho, quando as ruas ferveram, eles eram chamados de “minoria de vândalos”. Infiltravam-se nos protestos e, do meio para o final, transformavam pacíficas manifestações em surtos de desordem. Eles eram poucos. Mas foram ganhando a adesão de uma legião de desocupados. Gente que enxergou na algazarra uma oportunidade para realizar saques e pequenos furtos.
A violência foi ganhando ares de rotina. Eles investiam contra policiais e jornalistas, incendiavam ônibus, depredavam estações de metrô, atacavam agências bancárias, destruíam caixas eletrônicos, estilhaçavam vitrines de lojas, lançavam coqueteis molotov em prédios públicos… Aos pouquinhos, foram migrando dos rodapés de página para as manchetes.
Com o passar dos dias, verificou-se que eles macaqueavam ativistas europeus e americanos. Imitavam-nos nas vestes, no gestual e nos métodos. Ganharam apelido chique: black blocs. E a destruição passou a ser justificada como “protesto consciente de inspiração anarquista”. Supremo paradoxo: disfarçados de inimigos do capitalismo, estudantes bem-nascidos tornaram-se um estorvo para a gente simples das cidades.
Exaltados pela imprensa dita alternativa, do tipo Ninja, eles ganharam a cena. Intimidada, a polícia assistiu, por vezes passivamente, ao recrudescimento da violência. Amedrontada, a rapaziada pacífica voltou para casa. O ronco do asfalto virou lamúria. Numa visita às ruas de São Paulo, os pesquisares do Datafolha acabam de verificar que 95% dos paulistanos não suporta mais a anarquia.
Já passou da hora de definir melhor as coisas. Está nas ruas uma estudantada corpulenta, de cara coberta e violenta. Esse grupelho adquiriu o vício orgânico de tramar contra o sossego alheio. Vândalos? É muito pouco! Black Blocs? O escambau! Traduza-se para o português: bandidos, eis o que são.
Num instante em que a sociedade se escandaliza com os PMs que torturaram e mataram Amarildo numa unidade pseudopacificadora da favela do Rio, convém abrir os olhos para as atrocidades cometidas pela bandidagem que faz Bakunin revirar no túmulo. Repare nas duas cenas que se seguem:
Cena 1: A selvageria

“Pega, peeega, peeeeeega!” Estamos no centro de São Paulo, no meio de mais uma manifestação promovida pelo Movimento Passe Livre, cujo objetivo declarado é o de zerar as tarifas de ônibus, metrô e trem. É sexta-feira (25/10), 20h20.
Selvagens com os rostos cobertos cercam o coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi. Passam a agredi-lo com pauladas e pontapés. Imprensado contra uma pilastra, o soldado cai.
“Eu me recordo que eu fui projetado ao solo a partir de uma pancada na cabeça que eu levei”, Reynaldo contaria depois. No solo, ele ainda tenta proteger a cabeça com as mãos. Inútil. Intensificam-se os golpes.
Zonzo, Reynaldo se levanta. É empurrado pelas costas. À sua direita, um dos agressores o atinge com uma chapa metálica bem na cabeça. Ele corre. Os algozes o perseguem. “Na segunda onda de agressões, eu já estava perdendo um pouco a lucidez”, diria depois da surra. Foi então que, empunhando o revólver, um soldado metido em roupas civis resgata o coronel Reynaldo, livrando-o dos seus torturadores.
Cena 2: A sensatez
Já sob a proteção de seus soldados, o coronel Reynaldo faz cara de dor. Antes de se enfiar no banco traseiro da viatura policial que o levaria para o hospital, ele pronuncia uma derradeira ordem. Em meio à insensatez, o coronel diz algo sensato: “Não deixa a tropa perder a cabeça!”
Reynaldo passou a noite no hospital. No dia seguinte, com um dos braços na tipóia, ele contabilizou os prejuízos: “Eu tenho os dois omoplatas fraturados: um, integralmente; outro, parcialmente. Tenho lesões na perna, no abdômen, e tenho duas lesões na cabeça.”
Tardiamente, as polícias do Rio e de São Paulo começam a lidar com a tribo dos sem-rosto de maneira mais profissionalizada. Para evitar o moto-contínuo das prisões que duram menos de uma noite, reúnem provas que permitirão aos juízes impor aos criminosos penas compatíveis com os seus crimes.
Até Dilma Rousseff já acordou: “Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação. Pelo contrário”, ela escreveu no Twitter. “Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente por um grupo de black blocs em SP”, acrescentou. Alvíssaras!
Josias de Souza

Frases feito tapas na cara

Crônica de A. Capibaribe Neto


ELA ESTÁ VIVA É PORQUE NÃO FUREI NO LUGAR CERTO" - foi o que disse uma das menores aos policiais que as prenderam e a quem chamou de "vagabundos", e cujas iniciais nem ao menos foram liberadas, mas que é conhecida pela alcunha de "Putinha" no seu reduto, e que esfaquearam a médica Larissa Costa Amorim, 23 anos, que nem ofereceu qualquer resistência à abordagem delas. Furaram de maldade, pura perversidade por conta da impunidade assegurada pelas leis vigentes.

De que adiantado seguir à risca as instruções das autoridades, de não resistir, não olhar na cara de suas excelências os senhores bandidos?

Mesmo nas altas rodas, em conversas nem sempre amenas e descontraídas dentro de mansões de muros altos, apartamentos luxuosos com portas blindadas e carrões idem, o assunto nunca sai de moda: 

A VIOLÊNCIA CRESCENTE e a sua relação estável com a impunidade.

A Polícia prende, a justiça solta. A contumácia da evidência dessa dobradinha estarrece e remete à desconfiança da existência de outra dobradinha por detrás de tanta impunidade gritante: a de que delegados sem escrúpulos estariam mancomunados com autoridades de plantão para soltar, se não imediatamente, para não dar na vista, mas em dois ou três dias, marginais de alta periculosidade através de sagrados habeas corpus. E ninguém faz nada ou, no máximo, finge que faz.

Quem faz mesmo alguma coisa são os ecologistas, os ecochatos de plantão e os baderneiros oportunistas que infiltram entre os que reivindicam, com seriedade, o respeito pelo verde. Concordo com a importância de uma árvore, mas entre uma árvore cortada e uma vida ceifada sou mil vezes cortar uma árvore, principalmente quando se trata da vida de uma criança.

Queria ver afinco assim, como o dessa turma que esperneia pela vida das árvores do Cocó, investir, uma semana que seja, em manifestação contra a violência, cobrar rigor das autoridades, exigir TOLERÂNCIA ZERO.

Queria ver, aplaudir e até participar de um grupo aguerrido, como o dos defensores do Cocó, que se predispusesse a protestar com veemência, fazer greve de fome e se acorrentar às delegacias para impedir a soltura de vagabundos que "cortam" vidas.

Eu também sou vítima do trânsito caótico dentro dessa cidade que mal respira; dessas ruas cujos cruzamentos são armadilhas fáceis para os predadores daqueles que precisam viver porque são responsáveis por suas famílias desprotegidas em suas casas, nas escolas, indo ou vindo de um dia de trabalho, e ainda são chamados de "vagabundos", como os policiais que prenderam aquelas senhoritas.

O eufemismo que chama menor de idade, apenas na certidão, de "infrator", longe dos olhos implacáveis dos defensores desses bandidos mirins não passa de cães selvagens. 

A menor, cujo apelido é "Putinha", deve ser mesmo filha da mãe de quem herdou o apelido. E nós, nós todos, vai ver que não passamos de uns miseráveis filhos da mãe abandonados ao próprio azar.


Desde já agradeço a todos que compartilharem a postagem. Obrigado!

Explicar o roubo pela pobreza é o mesmo que justificar o estupro pelo tesão

Estava Bruno Passos trabalhando quando se deparou com o texto do Eduardo Amuri,  ”Também morre quem atira“, uma argumentação sobre o vídeo do assaltante motoqueiro que foi baleado.
malvados09
Ao olhar os comentários sobre o texto, fui ficando paralisado com o que lia. Notei que a opinião de alguns era, na verdade, a opinião de muitos:
“Tadinho do bandido mesmo! (sic)Vc provavelmente nunca foi roubado! Claro que o problema é da nossa sociedade e etc. Mas não podemos tratar um ladrão com compaixão.”
“Quantos milhões no Brasil vivem na pobreza? (sic) agora, quantos milhões saem por aí assaltando e matando? (sic) uma extrema minoria…”
Explicar o roubo pela desigualdade é a mesma coisa de justificar o estupro pelo tesão.
“Robou porque queria ter uma moto da hora”… “Estuprou (sic) pq (sic) tava com vontade de transar com a moça. Por favor… vamos colocar os pés no chão e parar de blábláblá…”
“Eu acho é pouco (sic), merecia muito mais. Esse papo de “direitos humanos” não cola mais. E não me venha falar que a justificativa do roubo é passar fome ou falta de oportunidade, porque pra isso tem bolsa família e tantas outras pessoas que nasceram no mesmo lugar que esse sujeito e estão correndo atrás do que é seu e nem por isso roubam… ”
“Vão (sic) a merda todos os falsos moralistas utópicos marxistas que ficam fazendo revolução no Facebook e em comentários na internet. (sic) PQP.”

Matamos Amarildos todos os dias

Quando a plateia vibrou com a cena final de Tropa de Elite, ela autorizou a barbárie. Só não percebeu que a escopeta estava voltada para ela.
Por Matheus Pichonelli
Quando o Capitão Nascimento, com o coturno na garganta do traficante "Baiano", entregou a escopeta nas mãos do Soldado Mathias e determinou a execução do bandido com um balaço no rosto, as salas de cinema do Brasil vibraram como torcida em final de campeonato. Como em uma arquibancada, houve quem se levantasse e aplaudisse a cena de pé, algo inusitado para uma sessão de cinema. O Brasil que pedia direitos humanos para humanos direitos estava vingado.
José Padilha precisou praticamente desenhar, em Tropa de Elite 2, que aquela escopeta estava voltada, na verdade, para o rosto da plateia. Mas a plateia, em sua sanha punitiva, parecia incapaz de refletir e entender que a tortura, os sacos plásticos e a justiça por determinação própria eram a condenação, e não a redenção, de um país de tragédias cotidianas. Nos dois filmes, todos estavam de alguma forma envolvidos na criminalidade – corruptos e corruptores, produtores e consumidores, eleitos e eleitores – mas só alguns iam para o saco de tortura. As consequências dessa indignação seletiva estavam subentendidas, mas muitos não as captaram: nas camadas superficiais da opinião pública, o apelo a soluções simples é sempre tentador. (Em uma das cenas do segundo filme, Nascimento é aplaudido de pé ao chegar a um restaurante de bacanas após comandar o massacre em um presídio. Padilha mostrava ali que a que violência denunciada em Tropa de Elite não era só caso de policia, mas uma chaga aberta e diariamente cutucada por quem recorre, no discurso ou na ação, a soluções arbitrárias contra um caos legitimado).
É possível que este mesmo Brasil que transformou em heroi um personagem complexo e vacilante como o Capitão Nascimento, personagem interpretado por Wagner Moura, não tenha sequer franzido a testa, na vida real, pelo sumiço do ajudante de pedreiro Amarido de Souza, de 47 anos.

EUA "cuida" dos outros terroristas e descuida dos próprios

É a velha máxima popular: Macaco não olha para o rabo.
Grampeando todo o planeta, os EUA não conseguiram evitar um ataque a tiros no interior do quartel-general da sua Marinha, em Washington. Segundo as informações disponíveis, três personagens hostis entraram na superprotegida instalação militar. Espanto! Produziram-se 13 cadáveres e vários feridos. Surpresa!! Dois dos agressores conseguiram fugir. Estupefação!!!

A banalização da violência

É de conhecimento geral que a banalização da veiculação de violência pelas mídias por meio das cenas e imagens fotografadas, gravadas ou ao vivo causa aos poucos uma dessensibilização no ser humano. Uma dessensibilização do olhar e das narrativas que acaba, portanto, impactando as relações interpessoais. São em sua grande maioria imagens de violência, guerras e abandono.

Nos anos 90, ao se apropriar dessas imagens, o fotógrafo italiano Oliviero Toscani criou campanhas publicitárias para a marca italiana Benetton. Toscani ocupou o cargo de diretor criativo entre os anos de 1982 a 2000. Uma de suas campanhas mais famosas é a da foto de um homem morrendo de AIDS, chorando em uma cama de hospital, rodeado por seus parentes. Outros incluem alusões ao racismo, à guerra e à religião. Em 1990, fundou com o designer gráfico norte-americano Tibor Kalman a revista Colors, cujo slogan era “uma revista sobre o resto do mundo”. Em 1993 fundou a Fabrica, um centro internacional de artes e pesquisa em comunicação, cuja sede foi projetada pelo arquiteto japonês Tadao Ando. Leia mais>>>

Amarildo, mais uma vítima da brutalidade social

O capitão Nascimento e Amarildo
Elio Gaspari
Wagner Moura foi homenageado durante o festival de Gramado e dedicou o prêmio que recebeu aos seis filhos do pedreiro Amarildo, sumido desde o dia 14 de julho. Ele foi o inesquecível “Capitão Nascimento” do filme “Tropa de elite”, um retrato da brutalidade policial, recebido em muitas plateias com aplausos em cena aberta, numa glorificação da tortura.
Esse comportamento refletia um momento da demofobia nacional. O governador Sérgio Cabral já defendera a legalização do aborto como um preventivo pacificador das comunidades pobres do Rio de Janeiro: “Pega na Rocinha (onde vivia Amarildo). É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal.” O raciocínio estava estatisticamente errado, foi apenas um grito d’alma.

Beltrame: 'Um tiro em Copacabana é uma coisa. Na Favela da Coréia é outra'. OAB critica diferenciamento

O secretário falou simplesmente a verdade.

A OAB vir com demagogia barata não engana ninguém.

Para demolir a manipulação que a entidade tenta fazer das declarações do secretário, basta lembrar aos engomadinhos e engravatadinhos que:

Quando ocorre algum problema em qualquer favela ou bairro da periferia conta-se nos dedos de uma mão (ainda sobre dedos).

Quando o problema é na zona sul, no bairro de Copacabana, Ipanema, Leblon etc...para cada indivíduo detido, tem um monte de advogados para defender - desde que o cidadão seja rico -.

Tenho dito e firinrinfororó