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Bom caráter também trai

Quando Juliana soube que André teve um caso, ficou indignada. Acreditava que é imoral “mentir e trair” e que “nada justifica uma infidelidade”. Dizia que André primeiro deveria ter enfrentado os problemas matrimoniais e, se quisesse ter um caso, que a avisasse, ela teria o direito de saber. Poderia decidir separar-se ou conviver com isto, mas jamais ser enganada em sua boa-fé.
André havia começado o caso buscando um respiradouro para uma relação deteriorada, mas em pouco tempo viu-se em um inferno. Não sabia mentir e tinha remorsos de enganar a esposa. Pressionado pela amante, passou a mentir também para ela. Vivia apavorado de perder Juliana e a família, mas também de perder a amante. Ao ser descoberto, entrou em desespero e passou a lutar pelo casamento.
Só aos poucos Juliana começou a entender que, apesar de ter mentido e dissimulado, André tinha boa índole. Mesmo sentindo raiva, entendeu que ele passou por impasses difíceis, que ele também sofreu. Embora a tivesse enganado, não foi leviano ou cruel. Entender isso não aliviou a dor de Juliana, mas deslocou o foco das recriminações moralistas para problemas que havia no casamento e abriu espaço para ela lidar com a rejeição e insegurança.
Edu Cesar
O terapeuta Luiz Alberto Hanns é autor do livro "A Equação do Casamento" (Editora Paralela)
Egoísmo
Rui, 70 anos, durante mais de quarenta anos manteve casos, sempre movido pelo egoísmo. Não escondia seus casos, até se vangloriava. Quando amigos ponderavam que talvez sua a esposa, os filhos ou até mesmo a amante sofressem, ele dizia: “Paciência, dou um duro danado, não deixo faltar nada a ninguém e tenho o direito de buscar meu prazer.” Embora insensível à dor alheia, a meta de Rui não era infligir dor: o sofrimento da família ou da amante eram apenas danos colaterais.

Se seu parceiro tiver uma postura como a de Rui, talvez não valha a pena tentar resgatar o casamento. Não por causa da infidelidade, mas pelo caráter, pela falta de empatia. Finalmente Helena tomou coragem e se separou. Rui então percebeu o quanto precisava dela. Deixou a amante e passou dois anos tentando reconquistar a ex-esposa. Ao final, aos 72 anos ele parecia ter mudado tão profundamente que ela lhe deu uma nova chance. Até hoje estão juntos e bem. Mas é um caso raro, em geral egoístas insensíveis não mudam assim e conviver com eles pode ser muito sofrido.
O sacana

Da eterna falácia do relacionamento masculino compulsório

Shotgun Wedding Bride Groom Cake Topper Gun
Ainda que o mundo esteja evoluindo lentamente em direção a uma situação mais igualitária entre os gêneros — não estou dizendo que todo mundo esteja ajudando, apenas que acredito que a gente vá chegar lá –, ainda vivemos numa época em que alguns dos papéis masculinos e femininos são vistos com coisas bem delimitadas.
Homens são mais agressivos e mulheres são mais sensíveis enquanto homens são mais assertivos. Mulheres são mais carentes e homens não querem falar sobre sentimentos enquanto mulheres só querem falar sobre sentimentos (eventualmente parando para falar sobre gatos e chocolate, mas necessariamente voltando a falar sobre sentimentos).
E, no meio de todos esses estereótipos e definições, que com imensa freqüência se mostram cada vez mais falsos, existe um dos mais arraigados e que mais começou a me incomodar conforme fui chegando na vida adulta e lidando com relacionamentos mais estáveis como namoros, noivados e casamentos: a premissa do homem enquanto eterno contrariado na relação.
bonecos-noivos (3)
São vários os sinais, que vão desde as manifestações das partes até a postura daqueles em torno, reagindo consciente ou inconscientemente. O bolo de casamento com o noivo sendo arrastado pela noiva, como que se obrigando a casar. Tem a camisa de casado onde se lê “game over”. Existe o fato de que as amigas da noiva estão felizes porque ela está se comprometendo, mas os amigos do noivo estão ironicamente dizendo que ele vai se “enforcar”.
O simples conceito de despedida de solteiro, que nasceu como ritual masculino, passa meio que uma ideia básica de que o noivo tem direito a uma última noite de diversão porque a boa vida vai acabar, enquanto a namorada está em casa recebendo uma coleção de tupperware. “Eba”, imagino a garota dizendo.
Mas essas coisas não se limitam necessariamente ao casamento. Existe toda uma gama de marcadores textuais, desde o cara se referindo a namorada como “patroa” — o que inevitavelmente dá ao namoro uma ideia de trabalho, como se fosse algo que ele é obrigado a fazer — até o fato de que, com freqüência — tanto na realidade quanto na ficção — é sempre visto como um tremendo esforço masculino fazer coisas que “agradem a mulher”, como ir a um teatro e assistir um filme romântico, como se, mesmo dentro dessa lógica, não representasse também um imenso esforço feminino tolerar um futebol ou maratona do Rambo.
Tudo isso para transmitir uma ideia de que, no geral, as mulheres são as interessadas no relacionamento e os homens, que obviamente preferiam estar solteiros, aceitaram aquilo como algum tipo de concessão, que lutam diária e bravamente para suportar, sem nunca conseguir esconder totalmente seu desconforto e sua inconformidade com essa norma social que poda sua natureza de machos livres, que possivelmente andariam pelas pradarias praticando o extrativismo vegetal e o sexo animal.
Ou posso ter exagerado um pouco. Eu mesmo não sei diferenciar a maior parte das árvores.
Mas não, nem estou aqui para discutir o inevitável machismo desse tipo de pensamento — o homem foi feito para ser livre, a mulher foi feita para ficar em casa — ou mesmo todas as implicações sociais desse tipo de mentalidade (pensando assim, você cria sua filha para namorar e seu filho para transar).
Na verdade, eu quero apenas tocar em um ponto bem menor e, talvez, bem mais particular, que é o fato de que quando você faz isso, tanto quanto machista, você está sendo bastante babaca.
Imagine se a sua namorada te chamasse de “chefe” e tratasse ficar contigo, mesmo que brincando, como um trabalho. Imagine ouvir as amigas dela dizendo na sua frente que agora ela se enforcou, que a boa vida vai acabar, é se preparar pra aguentar chateação e transar pouco.
Pensa que lindo ficaria um bolinho com você sorrindo e a noiva chorando e ela, de vez em quando, ressaltar o quanto é complicada essa coisa de namorar porque a vontade dela era continuar solteira mesmo. Muito provavelmente a sua reação não seria de conformidade ou uma risada constrangida, seria na maior parte dos casos um “pode ir embora então que ninguém aqui tá te prendendo”, que é o que, num mundo real, qualquer pessoa faria diante desse tipo de coisa.
Mas não. Sua namorada provavelmente não o faz.
Então, mesmo se você não puder fazer isso por questões ideológicas, por conta das conquistas femininas, por qualquer motivo mais elevado ou conceitual, vale a pena fazer isso em respeito a sua esposa, namorada, parceira, ficante. Menos camisa game over, menos tipinho, menos papo sobre os tempos de solteiro como se eles consistissem em pegação sem limites e não em noites jogandoAge of Empires e um pouco mais de percepção de que não é vergonha nenhuma admitir que você está tão investido emocionalmente em algo quanto a pessoa do seu lado e ninguém vai ser menos homem por causa disso.
Mesmo porque, se estar com ela fosse mesmo um trabalho, um comportamento assim já estaria gerando justa causa.
João Baldi Jr.

Escreve no (www.justwrapped.me/) e discute diariamente os grandes temas - pagode, flamengo, geopolítica contemporânea e modernidade líquida. No Twitter, é o (@joaoluisjr)

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10 dicas para ser feliz no casamento

1 - O valor dos pequenos gestos - É natural que, com o passar do tempo, os casais se acomodem com a rotina e deixem a paixão de lado – mas isso pode ser evitado. Para ter uma relação duradoura, é importante se empenhar e realizar pequenos gestos que reacendem a brasa do amor, como enviar mensagens românticas e positivas ao longo do dia. A psicóloga social Barbara L. Fredrickson, da Universidade da Carolina do Norte, sugere manter um diário de eventos positivos e negativos que acontecem entre você e seu parceiro, e se esforçar para aumentar a proporção dos positivos sobre os negativos, realizando pequenos gestos de amor.
2 - Não se acomode! - Quanto mais tempo de relacionamento, maior é a intimidade do casal. Toda essa proximidade pode acabar apagando a chama do amor, por conta do comodismo da situação. Um erro comum é não privilegiar o momento a dois: ao invés de checar as redes sociais e jogar videogame, que tal aproveitar para conversar sobre o dia ou trocar carinhos? Compartilhe interesses e momentos divertidos: “Muita gente mora sob o mesmo teto, mas não compartilha nada. Em função disso, não constroem uma relação”, aponta a terapeuta de casal Magdalena Ramos.
3 - Respeite os agregados - Se a vontade é levar o relacionamento adiante e construir uma vida a dois, vale lembrar que o parceiro traz consigo uma série de “bagagens”, como amigos e familiares, que devem estar presentes nessa nova fase. Fazer intrigas, apontar os defeitos dos amigos e criar uma relação negativa com a família do outro são erros fatais. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, afirma o  psicólogo Luiz Alberto Hanns.
4 - Cuidar da saúde é cuidar do amor - Um estilo de vida mais saudável e menos estressante também é benéfico para o casamento. Um estudo apontou que se a saúde do casal vai bem, o relacionamento flui com mais tranquilidade e qualidade. "O casamento se mantém estável se estamos mal de saúde? O que descobrimos foi que existe uma relação entre a saúde e a felicidade nos dois grupos. Se eles estão bem de saúde, há mais felicidade", disse Cody Hollist, da Universidade de Nebraska, coautor da pesquisa.

O homem ideal

Segundo os ensinamentos do indiano Vatsayana, são:
  • os versados na ciência do amor;
  • os que têm habilidade para contar histórias;
  • os que conhecem as mulheres desde a infância;
  • os que conquistaram a confiança delas, mulheres;
  • os que lhes enviam presentes;
  • os que falam bem;
  • os que fazem coisas de que elas gostam;
  • os que nunca amaram outras mulheres;os 
  • que conhecem seus pontos fracos;
  • os que gostam de festas;
  • os liberais;
  • os que são famosos por sua força;
  • os empreendedores e corajosos;
  • os que superam os demais homens em cultura, aparência, boas qualidades e generosidade.


Eu maior

Usamos fartamente nossas férias pra nos divertir. Porém, poucas vezes para tornar nossas vidas melhores após o término do descanso.
Há algumas semanas estive no cinema para assistir à pré-estréia do documentário Eu Maior, um filme sobre autoconhecimento e busca da felicidade.
Eu Maior
O projeto é uma iniciativa da ONG DoBem, produzido pela Catalisadora Audiovisual. Seu financiamento foi alcançado por meio de crowdfunding, apoio de marcas e da Ancine. Ele tem sido exibido por cidades em todo o país, encorajando as próprias pessoas a organizarem exibições e debates em suas cidades, similar a como fizemos com o Happy.

Eu Maior, o filme completo

Em meio à turbulência das festas de final do ano, deixo essa sugestão para gastarem uma hora e meia de seu tempo.
Assistam ao filme em conjunto com a família e amigos, fazendo um bate-papo em seguida. Uma conversa aberta, descompromissada, cuja intenção seja explorar tópicos pouco usuais em nosso dia-a-dia.
Como são muitos entrevistados, surge um mosaico bem vasto de opiniões. Pessoalmente, gostei muito de algumas falas e desgostei de outras. Creio que a ideia do projeto é essa, abrir o debate. Estamos carentes de produções de fôlego nesse sentido. E por tal esforço, por nos oferecerem belas fagulhas, aplaudo e agradeço aos idealizadores – Fernando, Paulo e Marco Schultz e André Melman.
Por fim, recomendo dois trechos especialmente interessantes. A fala do físico e escritor Marcelo Gleiser (é bem boa):
E, minha favorita, Monja Coen:
“Não é o mestre que faz por você. A pessoa tem que fazer essa caminhada por si só.”
“Quanto mais você quiser empurrar alguém pela porta, mais essa pessoa se afasta.”
Aos ousados que colocarem seu precioso tempo assistindo ao filme ou parte dele, compartilhem as impressões conosco nos comentários?
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.

Não esgote todo o seu repertório romântico na hora da transa, o depois também pode ser muito prazeroso

Saboreie todos os momentos que você e ele se deram de presente e feche com chave de ouro. Antes de relaxar pense nisso:
Se foi bom, não deixe de falar para ele, os homens adoram que seu egos também sejam mantidos eretos. A única coisa a que você deve ficar atenta é à sinceridade, só elogie se realmente gostou do sexo. Senão, deite nos braços dele e pense na vida.
- Um bom banho juntos é uma coisa muito boa, ajuda a relaxar o corpo, prolonga o contato da pele, e pode rolar de novo, por que não? Aproveite para fazer uma massagem e deixe-se levar. Bom momento para usar todos os seus óleos especiais, cremes, e por aí vai.
- Sabemos que nossos homens adoram dar a famosa cochilada pós-coito e, cá entre nós, é o sono dos justos, portanto, ajude seu homem com uma bela massagem no corpo todo suavemente. Depois do banho, use um creme bem suave ou um óleo de massagem e deixe-o relaxado.
- Quer um repeteco? Então, não deixe de estimular esse homem, devagar, afinal ele acabou de te dar prazer, mas querer mais é sempre o seu direito. Continue com as carícias, bem levemente, ele vai começar a se excitar de novo, e voilá! Se toque também, leve as mãos dele para onde você quiser.
- Se aconchegar e ficar conversando sobre coisas leves e dar risada é o reflexo de que foi bom, não perca esse momento tão descontraído e pleno.
Bem estar e satisfação dupla, antes e depois.
Por Giseli Miliozi
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O maior problema da humanidade

Pode parecer petulância eu me atrever a afirmar qual é o problema. Porém, não é. Estou convicto que a maioria das pessoas concordarão comigo - os que não concordam estão errados, o que fazer? rsss -.

Mas, venhamos e convenhamos, qual é mesmo o maior problema da humanidade?...

Vou dar dois exemplos:

  • 1º) Que temos a ver gays, lésbicas etc case ou deixe de casar?
  • 2º) Que temos a ver que alguém - seja de que sexo for - queira se prostituir?
Isso são decisões dos envolvidos, é algo particular, privado.

No entanto o que sobra é gente e instituições metendo o badalo onde não deveria.

Gente, vamos cada um cuidar da nossa vida. Se conseguirmos, já está muito bom. Para que se metermos onde não fomos chamados?

Ah, e você que se incomodou, se incomoda com o que penso e publico...

Vai cuidar da tua vida Zé Lotéria!

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Tô com mal de Alzheimer?

Não lembro de uma coisa muito importante. Uma pessoa mais que importante diz que vai me "relembrar"...

Se estou sofrendo desse mal - alzheimer - daqui a pouco nem lembro do que pedi ontem, né mesmo?

Não passou de uma coisinha sem importância.

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá, tem alguma coisa fora do lugar...

O presente e o futuro dá lugar ao passado.

E como eu não vivo de passado - não sou historiador -, acho que no final das contas é o amor.

Pois que viva o amor!

...A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá






Talvez o fundamento da vida seja a ilusão

Não temos acesso ao tudo; ao todo. Temos acesso aos nossos recortes, e assim um grão de areia é tudo. Outro grão, outra hora, é tudo também. Não há ilusão que se desgarre, que não se apegue a outra. A liberdade não te faz pairar no espaço; é só uma condicionante de fluxo. É um ideal distópico se ver livre. Você daqui, se vê livre de lá, mas onde você está agora?
Afinal, quando você estiver livre das prisões, o que acontece? Você vai sentar sem tocar na cadeira? Vai escrever palavras sem repouso sígnico? Vai recepcionar o outro sem as atribuições do outro?

Poliamor e filhos

Sempre que falo de poliamor e relacionamentos abertos, alguém pergunta:
Mas e os filhos? mas e se eu quiser constituir uma família?
Sinceramente, a escolha de ter ou não ter filhos e a escolha de viver ou não relações abertas e poliamorosas são duas esferas bem diferentes.
1. seus filhos não precisam saber
A decisão de viver relacionamentos abertos não influencia em nada os seus filhos porque, antes de tudo, quem disse que eles precisam saber qualquer coisa da sua vida amorosa e sexual?
Assim como os filhos em geral não sabem quando os pais transam um com o outro, eles também não precisam saber quando os pais vão transar com outras pessoas. ou, digamos, se os pais, na privacidade do seu quarto, praticam dominação e submissão e estão se chicoteando.
Assim como o papai e a mamãe muitas vezes saem com amigos, para passear, jantar ou viajar, também poderiam estar saindo com esses mesmos amigos para namorar ou transar e os filhos não teriam como saber e, aliás, não teriam nada a ver com isso.
Muitos e muitos casais vivem e viveram longas e frutíferas vidas poliamorosas, ao mesmo tempo em que criaram filhos, sempre cuidando tanto para suas relações amorosas e sexuais não interferissem na sua esfera familiar, mas também, e isso é muito importante, cuidando para que sua família não interferisse em suas relações amorosas e sexuais.
Afinal, papai e mamãe também precisam de privacidade para viver suas vidas de adultos sexuais
2. e daí se os seus filhos souberem?

Relacionamento aberto não é poligamia, não é poliandria, não é putaria desenfreada; não é swing

Relacionamento aberto é, antes de tudo, um relacionamento

- o mito da monogamia: a monogamia é uma escolha; a monogamia não é natural; a monogamia não é segura; a monogamia não é tradicional; a monogamia é uma instituição capitalista e patriarcal que se baseia em expectativas irreais, em possessividade, em ciúme, em insegurança, em repressão. a monogamia gera recalque, infelicidade, morte.
- tipos de amor livre: relações aberta, poliamor, trisais, e além.
- tipos de pacto: como organizar suas relações, o que esperar, o que combinar.
- como lidar com o mundo lá fora: a hora certa de revelar sua relação aberta à possíveis paqueras, à família, ao círculo de amizades.
- como lidar com o ciúme, com o medo, com a insegurança? a segurança é uma ilusão, o medo é um veneno, o ciúme é uma violência.
- relação aberta funciona? relação monogâmica funciona? em termos de relacionamento, o que significa "funcionar"?
- relações abertas e poliamor são bandeiras feministas por definição: o homem sempre teve o "direito" de pular a cerca e sair ileso. uma relação aberta é uma relação onde a mulher desfruta da mesma liberdade sexual que homens sempre desfrutaram.
* * *
se você é uma pessoa insatisfeita com as escolhas que nos foram impostas, dê uma olhada no link abaixo.
oficina "prisão monogamia"
by Alex Castro

Me acusam de ficar "reafirmando" meu estilo de vida

...Como se estivesse me gabando, como se fosse inseguro, como se quisesse convencer os outros.

Mas todas as forças do mundo nos impelem a nos conformar. a nos transformar no padrão que exigem de nós. a nos moldar em pais de família, trabalhadores, consumidores, monogâmicos, heterossexuais, eleitores do psdb.
Ser quem queremos ser é uma luta diária. um exercício constante de bater o pé, se recusar a ser coagido, articular quem se deseja ser -- e, então, e essa é a parte mais difícil, efetivamente ser essa pessoa.
Quem está sendo o que a sociedade espera que seja não precisa se auto-afirmar.
Quem está na contramão precisa.
É necessário articularmos sempre o nosso caminho -- justamente para não sair dele.
Ser bem-ajustado e bem-sucedido em um mundo escroto pode bem ser indicativo da sua própria escrotidão.
Aliás, quem é você?
As prisões são as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida. são as ideias pré-concebidas, as tradições mal-explicadas, os costumes sem-sentido.
Comecei a questioná-las uma a uma:
verdade // dinheiro // privilégio // sexismo // racismo // monogamia // religião // patriotismo // escolhas // respeito // certezas // os outros // medo // ambição // felicidade // narcissismo
a palestra "as prisões" é uma conversa experimental. sempre no fim-de-semana, das 13h às 19h. um espaço livre para todos compartilharem suas histórias. com direito a intervalo e coffee break com comidinhas gostosas.
Será que você aguenta seis horas de ter todas as suas certezas chacoalhadas?
Mais detalhes, vídeos, depoimentos de quem foi, roteiro completo da palestra, tudo isso, aqui:

Menos perssuação

Acontece muito: Escrevo sobre monogamia e algumas pessoas acham que estou tentando convencê-las a abraçar o poliamor; escrevo sobre ateísmo e acham que estou tentando convencê-las a abdicar de seus deuses; etc etc.
Esse comentário é puro ego, um sintoma do narcissismo galopante do nosso tempo.
Nem tudo que alguém escreve, ainda mais se a pessoa nem te conhece, é sobre você, gira a sua volta, quer te convencer de alguma coisa. repita comigo:
Escrevo sobre estilos de vida alternativos não para convencer quem optou pela escolha da maioria (faz sentido tentar convencer alguém que deus não existe ou que a monogamia é castradora?) mas para mostrar às pessoas que já pensam como eu que a escolha da maioria é somente isso: uma escolha.
Que elas não precisam escolher o que todo mundo escolheu. que existem outras possibilidades, outros caminhos, outras opções.
Que elas não estão sozinhas. que não são as únicas que pensam como pensam. que não são loucas por rejeitar o caminho mais trilhado. que são livres. livres.
Se você está feliz com seus deuses e com sua monogamia e com as suas escolhas, então, eu fico sinceramente feliz por você. e te pergunto: por que veio se enfiar logo aqui, em plena conversa de uma pessoa insatisfeita com outras pessoas insatisfeitas? 
O assunto não é você. não é de você que estamos falando. não queremos te convencer de nada.
Fica em paz. e, se as suas escolhas algum dia começarem a te oprimir, você sabe onde estamos. sinta-se sempre livre para juntar-se a nós.
Se você é uma pessoa insatisfeita com as escolhas que nos foram impostas, dê uma olhada nos links abaixo:

19 Mentiras, sinceras?

  1. Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
  2. Pode deixar que eu te ligo. 
  3. Fique tranquilo, vai dar tudo certo! 
  4. Sexta-feira, sem falta, o seu carro estará pronto.
  5. Pague a minha parte que depois eu acerto com você. 
  6. Eu só bebo socialmente. 
  7. Isso é para o seu próprio bem. 
  8. Eu estava passando por aqui e resolvi subir. 
  9. Não vou contar pra ninguém. 
  10. Não é pelo dinheiro, mas sim por uma questão de princípios. 
  11. Somos apenas bons amigos. 
  12. Pode contar comigo! 
  13. Você está cada vez mais jovem. 
  14. Não contém aditivos químicos. 
  15. Obrigado pelo presente, era exatamente o que eu precisava. 
  16. Não se preocupe, o couro desse sapato alarga um pouco com o uso. 
  17. Essa roupa é a sua cara. 
  18. Tudo que é meu é seu. 
  19. Isso nunca aconteceu comigo, eu juro.


O que as mulheres realmente querem?

O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto caçava furtivamente em um bosque. O Rei poderia tê-lo matado no ato, pois tal era o castigo para quem violasse as leis da propriedade, contudo se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil. A pergunta era: O que realmente as mulheres querem?.
 
Semelhante pergunta deixaria perplexo até ao homem mais sábio, e ao jovem Arthur lhe pareceu impossível de respondê-la. Contudo aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou a seu reino e começou a interrogar as pessoas. À princesa, à rainha, às prostitutas, aos monges aos sábios, ao palhaço da corte, em suma, a todos e ninguém soube dar uma resposta convincente.
 
Porém todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços.
 
Chegou o último dia do ano acordado e Arthur não teve mais remédio se não recorrer a feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição, primeiro aceitaria o preço. Ela queria casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da mesa redonda e o mais intimo amigo do Rei Arthur!
 
O jovem Arthur a olhou horrorizado: era feiíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos,...nunca havia topado com uma criatura tão repugnante. Se acovardou diante da perspectiva de pedir a um amigo de toda a sua vida para assumir essa carga terrível. Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Mesa Redonda.
 
Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, disse: 
O que realmente as mulheres querem é

Conselho paterno

Um jovem recém-casado estava conversando com seu pai durante a visita de domingo sobre a vida. Bebericava uma cervejinha enquanto falavam sobre o casamento, as responsabilidades de casado, enfim, falava sobre a vida. 

 pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

- Nunca se esqueça de seus amigos! Serão mais importantes à medida que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...


Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo de que necessito para dar sentido à minha vida! Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados 50 anos, eis o que aprendi:

E, aí cara?

Faz tempo que não te vejo, hein? É, não te ver com frequência não faz lá muita diferença na minha vida interessante e ocupada. Mas e aí, como tá, tudo bem? Perguntei, mas na real não quero mesmo saber. A verdade é que essa é a deixa perfeita pra eu começar a falar de mim. Isso, de mim. Agora você me pergunta como vão as coisas e eu começo a contar, com um ar disfarçadamente tranquilo e uma pitada de superioridade desinteressada. Tô bem, tô bem, depois que me separei e fui promovido e comprei um apartamento na zona sul e tô comendo a estagiária gostosa que acabei de contratar. Pois é, pois é, me separei, me separei, cara. Não te contei porque ando bem atribulado desde que virei diretor lá na empresa. Valeu, cara, obrigado, obrigado. Era o esperado, nada fora do esperado. Foi mês passado, logo depois do divórcio. Então, parece que, de algum jeito, ela tava bloqueando fluxos, empatando a minha vida, impedindo que coisas boas acontecessem pra mim, sabe? A gente tava junto há muito tempo, tempo demais, e ela era um pessoa difícil, pesada, egocêntrica, dessas que te emperra, engessa, te puxa pra trás, sabe? Oi? Não, não, cara, não é bem disso que tô falando, meu caso é bem diferente e não tem nada a ver com esse exemplo que você começou a dar. Ainda que eu não tenha ouvido nem a primeira frase que saiu da sua boca, eu sei bem o que você ia dizer, sei bem, e, realmente, não faz muito sentido no meu caso, que é bem específico e singular e nunca ninguém viveu nada parecido.
Essa minha história é única, ouve bem. Ah, é? Você também se separou há pouco tempo, cara? Não sabia, não. Pena, pena, pena. Não sei bem como te dizer isso mas não me importa muito o que te aconteceu, só quero voltar a vomitar desabafos detalhados da minha vida estupidamente interessante enquanto você ouve sem dizer nada, sem dizer nada. Isso, assim, atento. Pois então, voltando ao assunto, a decisão foi minha e fiz muito bem, fiz o que tinha de ser feito, entende? Como diz aquele ditado, a man’s gotta do what a man’s gotta do. Ela começou a reclamar demais, exigir demais, falar demais sobre as coisas dela, as neuras dela, obsessões só dela. Calma, ainda não acabei, cara. Me ouve. As nóias eram dela, eu não tinha nada a ver com isso, não adianta querer vir me jogar nenhum argumento que contrarie essa frase, não quero ouvir, não tô interessado. Ei, olha pra mim. Não terminei e o que tenho pra contar é muito relevante e precisa ser dito. É muito sério e vai te deixar perplexo. É muito engraçado e vai te fazer rir.
Só ouve. Você não tá prestando atenção, eu consigo ver que não, mas vou continuar falando mesmo assim. O caso é muito bom, muito bom. Depois que separamos ela não me ligou mais, estranho, todo mundo achou estranho, sei que ela ainda me ama, ainda tá envolvida, quer voltar, tentar de novo. Fiquei sabendo que ela viajou com as amigas pro litoral fim de semana passado, deve estar tentando tirar a cabeça de mim, da separação, desanuviar e tal. Então, aí um amigo em comum me disse que no caminho o pneu furou e ela começou a chorar. O que? Você não tá passando bem? Vem, vem, vamos sentar aqui que passa, vem. Então, diz que ela começou a chorar, acredita?...
Foi isso, tô ótimo, ótimo, cara. Bem demais. Adorei conversar contigo. Mesmo. Saudade de te encontrar e bater papo assim. Ainda que eu não faça a mínima ideia de como você tá de verdade, do que tem se passado na tua mente, na tua vida, teus sonhos, teus interesses, teus anseios. Na verdade nem sei se gosta de mim, se me quer bem. Nem sei, mas foda-se.
O que importa é que você sabe dos meus lances, agora.
Que eu extravasei, agora.

Estou mais aliviado, agora.
Me sentindo grande, gigante.

Conversa boa, muito boa. Bem boa. Vamos repetir outras vezes, vamos vamos vamos sim. Abração, falou, cara.
Anna Haddad

É advogada faz-tudo. Inventa, planeja, provoca e escreve. Entrou em crise com o mundo dos diplomas e fundou a plataforma de crowdlearning Cinese. Acredita em Deus, no Mário Quintana, no poder de articulação das pessoas e em uma educação livre e desestruturada. Tá por aí, mais nas ruas do que nas redes.

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Eu concedo-me o direito a dúvida

Uma imagem vale mais que mil palavras?
Será que ela vê e finge lê
ou
Lê e não vê?
Quem lê sabe que isso pode acontecer.
Qual tua opinião?

Proverbiando Ute

,
Não quero você andando átras de mim, não quero liderar

Não quero você andando na minha frente, não quero ser liderado

Quero andar ao seu lado, sempre, assim faremos o nosso caminho, juntos

Te amo!