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Dilma 54,5% Serra 45,5% dos votos válidos aponta Vox populi

 Dilma, mantém a dianteira na preferência do eleitorado neste segundo turno, aponta nova pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta quarta-feira. 
O levantamento, primeiro realizado pelo instituto na segunda etapa da eleição presidencial, dá a Dilma 48% das intenções de voto, contra 40% registrados pelo adversário tucano José Serra.
Brancos e nulos totalizaram 6%, mesmo índice de indecisos. Se forem considerados somente os votos válidos, Dilma tem 54,5%, enquanto Serra ficaria com 45,4%. O número exclui da conta tanto os votos em branco ou nulos, quanto os indecisos. Esta última fatia do eleitorado, entretanto, ainda pode migrar para um ou outro candidato até a data da eleição.
A pesquisa Vox Populi/iG contou com 3.000 entrevistas, realizadas entre os dias 10 e 11 deste mês, em 214 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 1,8.
A pouco menos de três semanas da eleição em segundo turno, a avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva somou 78%. Na amostra, 17% consideraram o desempenho de Lula regular e 4% o avaliaram negativamente. Não souberam ou não responderam 1% dos entrevistados.
Debate
O levantamento mediu também o impacto do último debate entre presidenciáveis, realizado no último domingo pela Band. Entre os entrevistados, 22% disseram ter assistido ao debate, enquanto 77% disseram não ter visto o programa. Entre os que não assistiram, 39% disseram ter ouvido falar do debate e 60% não ouviram falar.
Entre os que assistiram ou tomaram conhecimento do debate, 37% disseram acreditar que Dilma saiu vitoriosa do confronto. Outros 32% deram a Serra a vitória no debate, enquanto 31% não souberam ou não responderam.
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O imprevisível nas pesquisas

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Ainda é cedo para fazer um balanço definitivo sobre o desempenho das pesquisas nestas eleições. Como em muitas coisas, é bom deixar o tempo passar, pois ele ajuda a reflexão criteriosa.
Quem o fará com mais cuidado e menos paixões são os cientistas sociais nas universidades. Hoje, existem vários grupos de pesquisadores no meio acadêmico voltados para o estudo das pesquisas de opinião pública, especialmente de intenção de voto nas campanhas eleitorais.
Caberá a eles avaliar se os institutos que publicam resultados (pois há outros que se dedicam apenas ao assessoramento de candidatos, conduzindo pesquisas “internas”) repetiram seu desempenho de anos passados. Desde a redemocratização, os brasileiros têm sido sistematicamente melhores que os americanos e europeus em termos de “capacidade preditiva” (se isso for, de fato, o indicador de qualidade a considerar).
Mas, e em 2010? Será que ficaremos aquém da performance de outros anos? Será que todos os institutos tiveram desempenho parecido ou alguns destoaram da média?
Nenhuma pesquisa feita ao longo das últimas semanas havia antecipado alguns dos resultados das urnas no domingo. O mais significativo, pois foi o que terminou levando a eleição presidencial para o segundo turno, foi o tamanho do voto em Marina. Todas mostravam que ela estava crescendo, mas nenhuma (das publicadas) identificou que chegaria aonde chegou.
Em Minas Gerais, as pesquisas indicavam que Antonio Anastasia se elegeria com folga, permitindo estimar que ultrapassasse seu adversário por até 1,5 milhões de votos. Abertas as urnas, viu-se que havia quase dobrado esse número, chegando perto dos 3 milhões.
Também em outros estados, as pesquisas para os governos estaduais acertaram o nome do eleito, mas não identificaram corretamente a proporção de votos obtidos, que chegou a ficar muito distante em alguns. Em pelo menos dois, onde havia uma sinalização de vitória no primeiro turno, os candidatos terão que se enfrentar outra vez. Em muitos, as eleições para o Senado revelaram surpresas.
Voltemos às eleições presidenciais. Todas as pesquisas divulgadas na véspera concordavam que a chance de segundo turno havia crescido, mas nenhuma foi capaz de garanti-lo na proporção em que veio. Sempre se pode dizer que, na margem, acertaram todas, mas é mais que isso que a opinião pública espera dos institutos brasileiros, até por que eles a acostumaram a desempenho melhor.
A performance de Marina em alguns estados superou as expectativas. Esperava-se que ela se saísse bem no Distrito Federal, mas não que terminasse em primeiro lugar. Que fosse bem votada no Rio de Janeiro, mas não que causasse o estrago que trouxe a Dilma ou que a superasse em diversas cidades importantes do estado.
Olhando as pesquisas nos 8 estados em que Serra teve mais votos que Dilma, apenas em três – São Paulo, Paraná e Santa Catarina- a antecipação desse resultado era possível. Nos demais, todas apontavam vitória da candidata do PT, fora da margem de erro.
O que deduzir dessa lista de desacertos? Que as pesquisas erram? Que não são capazes de fornecer ao eleitor uma informação fidedigna? Que sua divulgação deveria ser cerceada, para não induzir as pessoas a um voto de conveniência assentado em referências inexatas?
Discussões como essas são comuns no mundo inteiro e não mudam o fato de as pesquisas de intenção de voto fazerem parte intrínseca da cultura democrática moderna. Acertando e errando, elas continuarão.
O que parece certo é que houve um elemento de imprevisibilidade nas eleições de domingo. Decisões de última hora, fatores inesperados, alteraram tendências que pareciam sólidas. As pesquisas não previram determinados resultados pelo simples fato de que eram imprevisíveis.
O bom é que tudo isso mostra que o efeito da divulgação de pesquisas na opinião pública é muito menor do que temem alguns. Se dependesse delas, Marina teria tido metade da votação que obteve.

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Agora é garantir resultados

Não há nenhuma onda verde. Realizaram-se os últimos comícios de encerramento da campanha eleitoral e a do candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) não chegou a começar e nem houve nesta reta final em lugar nenhum do Brasil. Viajei a oito Estados nos últimos 45 dias e praticamente não existe, nem vi campanha de José Serra.



Outra questão é se haverá ou não 2º turno. As pesquisas, com exceção da Datafolha, indicam que não. Já a exceção, como sabemos, errou quando nossa candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) conquistou a grande virada há dois meses, e ultrapassou José Serra com percentuais que são sempre quase o dobro dos conferidos pelas pesquisas ao tucano.



Assim, em relação à exceção Datafolha, já temos um antecedente para avaliar que o mais provável é que as pesquisas dos outros três institutos - IBOPE, Vox Populi e Sensus - estejam mais perto da realidade. Mas a campanha não terminou e nem o arsenal de baixarias e de sujeira do adversário.

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Os eleitores esclarecidos do Datafolha vão atrás dos analfabetos


Como controle de qualidade é algo que foi abolido há anos das redações, permite-se que essa bobagem siga adiante, embora tenha sido amplamente desmascarada durante o ano.
Enquanto todos os Institutos davam a disparada de Dilma, o Datafolha - instituto nobre, que só pesquisa eleitores mais esclarecidos - patinava feio. Depois, precisou sair em desabalada carreira para alcançar os demais. Ou seja, os eleitores esclarecidos do Datafolha acabaram indo atrás dos eleitores analfabetos dos demais institutos.
É perda de senso do ridículo e incapacidade de ouvir a vox das casas.

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Todos contra o Datafolha

Hoje o Ibope, o Sensus e Vox populi divulgaram pesquisas que divergem frontalmente com a divulgada ontem pelo Datafolha. Domingo o Datafolha desmoraliza os demais institutos ou ficará conhecido por Datafalha ou/e pior, Datafraude.
O Ibop - instituto briguilino de opinião pessoal - foi o primeiro a mostra a vitória da Dilma Rousseff no primeiro turno. Confira Aqui 
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Sensus também contradiz Datafolha

Depois do Ibop, Ibope, Vox populi agora foi a vez do Sensus contrariar o Datafolha. 
No final desta eleição presidencial o Datafolha  será rebatizado?...
Será conhecido como Datafalha ou Datafraude?... 

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Está havendo manipulação na margem de erro

Pequena mas, reveladora a entrevista que Emir Sader deu a Conceição Lemes do Vi o Mundo. Leia abaixo a primeira parte. Depois publicaremos a segunda, quando o professor fala Marina [blablárina] Silva.
Viomundo – Como avalia as pesquisas divulgadas ao longo desta campanha?


Emir Sader – A evolução foi muito convergente. Começou com um recall forte da parte do Serra. Mas com preferências de votar na candidata do Lula. Então, era previsível que no decorrer da campanha houvesse transferência de intenção de voto do Serra para a Dilma. Foi o que aconteceu.
A Dilma está hoje na casa dos 50% e o Serra na, dos 25%  para baixo. Aparentemente a  grande intenção de votos que o Serra tinha no começo  era recall mesmo. Até porque, todos nós vimos, ele desmoronou. Tudo o que se propalava sobre o governo Serra foi por água abaixo. Ele está perdendo na capital e no estado no Estado de São Paulo.
Viomundo – O que achou da pesquisa do Datafolha de hoje?
Emir Sader – Anômala. Ela botou 3% a menos para a Dilma e 1% a mais para a Marina. Enquanto as pesquisas em geral dão 10% de vantagem para Dilma em relação à soma dos outros candidatos, o Datafolha deu 4%. Enquanto o Datafolha cogita o segundo turno, Sensus, Vox Populi e Ibope continuam jurando que vai dar Dilma no primeiro turno.
Viomundo – O Datafolha vai manter isso até o final?
Emir Sader – Não dá para saber. Afinal, não nos esqueçamos que a dona Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), disse que eles são um partido político. Mas é possível que o Datafolha tenha feito esta operação, veiculada hoje, depois faça o ajuste final, para não perder o pouco de credibilidade que ainda tem. Se chegar  à eleição com a diferença de 2% e resultado for 8%, 10% , vai pesar muito para o lado do Datafolha.
Viomundo – Qual o objetivo da operação de hoje?
Emir Sader — Tentar oxigenar o Serra. Só que não tem que bote vida  no Serra. Esse mesmo jogo aconteceu na véspera das prévias do PSDB.  O Datafolha aumentou 9 pontos percentuais  para o Serra na pesquisa divulgada naquela ocasião.
Viomundo – O Datafolha sai arranhado dessa campanha eleitoral?
Emir Sader – Acho que já saiu. Aconteceram duas coisas. Primeira, a Dilma subiu e o Datafolha resistiu ao máximo a reconhecer esse dado. Segunda, na véspera da convenção do PSDB, o Datafolha cravou uma subida de 9 pontos em favor de José Serra, sem que nada tivesse acontecido. Considerando os vínculos políticos, ideológicos e orgânicos que a Folha tem com o Serra, dá para desconfiar.
O mínimo que se pode dizer é que, na margem de erro, está havendo manipulação. Afora os critérios de pesquisa, como se é na rua, se é por telefone. O fato é que tem uns ajustes aí muito estranhos.
Aliás, o Datafolha questionava a veracidade das outras pesquisas e foi o Datafolha que tive de se ajustar aos outros. Tem muito mais coerência a evolução do Vox Populi e do Sensus. E o Ibope teve a grandeza de fazer autocrítica. De modo que eu acho que o Datafolha está muito mal na parada.
Viomundo — O que teremos na reta final?
Emir Sader – Lexotan (risos). Falando sério. Recomendaria calma. Quem está empenhado num candidato, intensificar o trabalho. Mas, sobretudo, tentar desmentir os boatos, as falsidades que andam espalhando por aí.

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Uma pequena entrevista do presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, ao IG

Marina Silva está crescendo sobre votos de Dilma Rousseff?
– Não dá para dizer. Dilma cresceu tanto após o início do horário gratuito da propaganda eleitoral que roubou votos dos outros dois. Agora, esses votos estão, ao que parece, voltando para eles.
Quantos votos, de fato, Dilma precisa perder para que haja segundo turno?
– Nos dados de nosso tracking (corroborados por vários outros que temos de pesquisas desenvolvidas em paralelo), a vantagem dela para a soma dos outros estava em 12 pontos percentuais ontem. Se 6 pontos passassem dela para os outros, a eleição empataria e o prognóstico de vitória no primeiro turno seria impossível.  Como cada ponto equivale a mais ou menos 1,35 milhão de eleitores, isso seria igual a 8 milhoes de eleitores (sem raciocinar com abstenções).
Marina Silva pode ultrapassar José Serra?
– É muito pouco provável, no conjunto do país. Possível em alguns lugares, como a região Norte e o DF. Talvez se consolide no Rio, onde ela já está na frente.
Qual o quadro que o senhor acha mais provável?
Vitória de Dilma no primeiro turno.
*****
Em outras conversas, ao longo do dia, Coimbra disse o mesmo a mais de um interlocutor: não há sinais de onda verde, nem de queda de Dilma Rousseff.
O próprio tracking do Vox Populi de hoje registra Dilma com 49%, Serra com 24% (subiu 1) e Marina com 12% (caiu 1%).
Ou seja, faltando quatro dias para as eleições continua valendo a entrevista que Coimbra deu ao Viomundo, que está aqui. Serra e Dilma estão abaixo das previsões que Coimbra fez em texto para a Carta Capital (56% a 33%).

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Pesquisas - Média dá 55% dos votos válidos para Dilma Rousseff

Pesquisa Datafolha feita nesta segunda-feira aponta queda de Dilma Rousseff (PT) e real possibilidade de haver segundo turno na corrida presidencial. Segundo o instituto, ela perdeu 3 pontos entre quinta-feira e ontem. Mantido esse ritmo de queda, haveria segundo turno, uma vez que a petista, nos números do Datafolha, já entrou na margem de erro de uma vitória em turno único.
Na média das quatro sondagens mais recentes, porém, Dilma ainda ganharia no primeiro turno, com 55% dos votos válidos. Entraram no cálculo da média duas pesquisas feitas pelo Datafolha, uma do Ibope e outra do Vox Populi, todas concluídas nos últimos quatro dias. A média tem a vantagem de diluir eventuais pontos fora da curva em uma sequência de pesquisas, mas é mais lenta para detectar mudanças bruscas de tendência do eleitorado.
Na sondagem feita nesta segunda, o Datafolha aponta uma queda das intenções de voto de Dilma para 46% do total de votos, ou 51% dos válidos. Segundo o instituto, o desgaste da petista, antes limitado aos segmentos mais rico e escolarizado, alcançou o eleitorado que ganha de 2 a 5 salários mínimos. É a primeira vez nesta eleição que uma pesquisa indica uma mudança de voto que desce a pirâmide social. Até então havia sido no sentido contrário.
Em comparação ao levantamento anterior do mesmo instituto, aumentaram os eleitores sem candidato (indecisos e quem pretende votar branco ou nulo), de 8% para 11%. É como se uma parte do eleitorado de Dilma, diante das denúncias e das críticas de Lula à imprensa nas últimas semanas, tivesse ficado em dúvida e estivesse repensando seu voto.
Isso porque, entre os adversários, apenas Marina Silva (PV) se beneficiou da queda de Dilma no Datafolha. Ela foi a 14% no total de votos, ou 16% dos válidos. José Serra (PSDB) continua com 28% no total, e chegou a 32% nos válidos, nas contas do instituto. Os demais candidatos não somaram 1%, mas o instituto não informou se, juntos, atingem esse percentual.
A pesquisa Datafolha contrasta com o tracking diário do Vox Populi (uma média móvel de quatro dias, com amostras diárias de 500 entrevistas). O percentual de Dilma ontem, no tracking, continuava sendo de 49%, como na véspera. Serra seguia com 24%, enquanto Marina mantinha a tendência de crescimento e chegava a 13%.
O Datafolha é o único dos institutos que divulgam pesquisas sobre a eleição presidencial que faz as entrevistas em pontos de fluxo, e não na casa dos eleitores. Por conta disso, o perfil de sua amostra tende a ser um pouco diferente dos demais: capta a opinião de mais pessoas ativas, que saem à rua com frequência.
Teoricamente, esses eleitores são uma espécie de vanguarda das mudança de humor do eleitorado, que demorariam a atingir os mais caseiros. Mas essa é uma hipótese ainda a ser provada.
O movimento que poderia levar a eleição para o segundo turno poderá ser confirmado ou não nos próximos dias. Há três novas pesquisas a serem divulgadas entre hoje e quinta-feira: do Ibope. do Sensus e outra do próprio Datafolha.

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A última hora

A apenas uma semana da eleição presidencial, temos uma parte menor do sistema político, uma parte importante (mas minoritária) da sociedade e a maioria da “grande imprensa” em torcida animada para que a “última hora” faça com que os prognósticos a respeito de seu resultado não se confirmem.
É natural que todos os candidatos, salvo Dilma, queiram que alguma reviravolta aconteça. Os três partidos que dão apoio a Serra, o PV de Marina Silva, os pequenos partidos de esquerda, todos torcem pelo “fato novo”, a “bala de prata”, algo que a golpeie. Do outro lado, a ampla coligação que Lula montou para sustentar sua candidata (e que formará, ao que tudo indica, a maioria do próximo Congresso) espera que nada altere o quadro.
Hoje, Dilma lidera em todas as regiões do país, jogando por terra as análises que imaginavam que as eleições consagrariam um fosso entre o Brasil “moderno” e o “atrasado”. Era o que supunham aqueles que leram, sem maior profundidade, as pesquisas, e acreditavam que Serra sairia vitorioso no Sul e no Sudeste, ficando com Dilma o voto do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste. Não é isso que estamos vendo.
Ela deve vencer em todos os estados, em alguns com três vezes mais votos que a soma dos adversários. Vence na cidade de São Paulo, na sua região metropolitana e no interior do estado. Lidera o voto das capitais, das cidades médias e das pequenas. É a preferida dos eleitores que residem em áreas rurais.
As pesquisas dão a Dilma vantagem em todos os segmentos socioeconômicos relevantes. É a preferida de mulheres e homens (sepultando bobagens como as que ouvimos sobre as dificuldades que teria para conquistar o voto feminino), de jovens e velhos, de negros e brancos. Está na frente entre católicos, evangélicos, espíritas e praticantes de religiões afro-brasileiras.
Vence entre pobres, na classe média e entre os ricos (embora fique atrás de Serra entre os muito ricos). Lidera entre beneficiários do Bolsa Família e entre quem não recebe qualquer benefício do governo. Analfabetos e pessoas que estudaram, do primário à universidade, votam majoritariamente nela.
É claro que sua candidatura não é uma unanimidade. Existe uma parcela da sociedade que não gosta dela e de Lula, que nunca votou e que nunca votará em alguém do PT. São pessoas que até toleram o presidente, que podem achar que é esperto e espirituoso, que conseguem admirar aspectos de seu governo. Mas que querem que Dilma perca.
Se, então, Dilma reúne ampla maioria no eleitorado e apoios majoritários no sistema político, o que seria a “última hora”? O que falta acontecer, de hoje a domingo?
Formular a pergunta equivale a considerar que o eleitorado ainda não sabe o que vai fazer, que aguarda a véspera para se decidir. Que “tudo pode mudar”.
É curioso, mas quem mais acredita que os outros são volúveis são os mais cheios de certezas, os mais orgulhosos de suas convicções. Mas acham que o cidadão comum (o “povão”) é diferente, que é incapaz de chegar com calma a uma decisão pensada e madura.
É fato que sempre existe uma parcela do eleitorado que permanece indecisa até o final. Já vimos, em eleições anteriores, que ela pode oscilar, saindo de uma candidatura e indo para outras. Conforme o caso, sua movimentação pode provocar resultados inesperados, como ocorreu com o segundo turno em 2006.
Mas aquelas eleições também mostram como acontecem esses fenômenos de “última hora”. Nelas, a única coisa que um quase uníssono da “grande imprensa” contra a candidatura Lula conseguiu fazer foi assustar os eleitores mais frágeis, com baixa informação e baixo interesse por política. Os dados indicam que os eleitores mais informados e com alto e médio interesse em nada foram afetados pela artilharia da mídia (assim como os sem nenhum, que nem ficaram sabendo que havia “aloprados”).
Ou seja: aquela gritaria só fez com que as pessoas mais inseguras a respeito de suas escolhas ficassem confusas, ainda que apenas por alguns dias. Mal começou a campanha do segundo turno, Lula reassumiu as rédeas da eleição e avançou sem problemas até a consagração no final de outubro. É como o título daquela comédia: “Muito barulho por nada”.
Marcos Coimbra

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Começa virada pró Mercadante

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Em relação à pesquisa Vox Populi anterior, nosso candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante - PT e mais nove partidos aliados - cresceu 11 pontos porcentuais, o adversário tucano Geraldo Alckmin caiu 9 e confirma-se a possibilidade que venho afirmando há dias aqui no blog: 
a eleição se encaminha para 2º turno no Estado. 
A pesquisa Vox Populi/Portal IG/Rede Band veiculada desde ontem à noite mostra o tucano Alckmin, com 40% das intenções de voto e o Mercadante com 28%. 
Na sondagem eleitoral Vox populi anterior - divulgada dia 16 de agosto -, o candidato do PSDB tinha 49% e Mercadante, 17%. 
A diferença caiu, portanto, de 32 para 12 pontos porcentuais. 
A votação de todos os candidatos adversários de Alckmin citados pelos eleitores já soma 42%, superior, portanto, à votação do postulante do PSDB.

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Tucademos jogaram a toalha

A 15 dias do encontro dos eleitores com as urnas eletrônicas, integrantes das cúpulas do PSDB e do DEM jogaram a toalha.

O signatário do blog ouviu, nas últimas 48 horas, três caciques da oposição –dois tucanos e um ‘demo’.

Para atalhar as declarações protocolares, o repórter comprometeu-se a preservar a identidade dos interlocutores.

Sabendo-se protegidos pelo anonimato, os interlocutores discorreram sobre o desânimo que viceja ao redor de Serra.

Allcançado pelo celular na noite desta sexta (17), um líder tucano disse que a inviabilidade de Serra tornou-se “evidência matemática”.

Munido de cálculos que encomendara à assessoria, o grão-tucano contabilizou o tamanho do desafio.

Para evitar que Dilma Rousseff prevaleça já em 2 de outubro, seria necessário retirar dela algo como 9,4 milhões de votos.

Dito de outro modo: até a data da eleição, a pupila de Lula teria de perder pelo menos 627 mil votos por dia.

“Se a gente olha os percentuais das pesquisas, fica desanimado. Quando o percentual vira número de votos, entende-se o por quê”, disse o tucano.

Os cálculos foram feitos com base no último Datafolha. Consideraram-se apens os votos válidos, sem os brancos e nulos e os indecisos.

Os 57% atribuídos a Dilma correspondem a cerca de 74 milhões de votos. Os 30% de Serra, 36 milhões. Por trás dos 12% de Marina Silva, estão 16 milhões de eleitores.

Outro tucano que falou ao repórter realçou o fato de que Serra, “com erros e acertos”, já fez “tudo o que podia na campanha”.

No início, posou de oposicinista light. Repisou na propaganda a tese segundo a qual tudo o que funciona sob Lula seria mantido numa gestão tucana.

Alvejava Dilma, mas preservava Lula. Chegou mesmo a levar a imagem do presidente à televisão. A estratégia revelou-se improdutiva.

A partir do noticiário sobre a violação do sigilo fiscal de tucanos, o marketing de Serra elevou o timbre da campanha. E nada.

Sobreveio o episódio do tráfico de influência que produziu a queda da ministra Erenice Guerra (Casa Civil). O tucano resumiu:

“O Serra de hoje está distante do Serra dos primeiros dias da campanha como a Lua da Terra. E as pesquisas mostram que os dois Serras foram mal recebidos”.

O cacique do DEM que se dispôs a falar ao blog revelou maior afeição pelo segundo Serra, o candidato de discurso mais agressivo. Porém...

Porém, mesmo líder ‘demo’ disse que, a essa altura, o par de escândalos alardeados por Serra não devem abalar o favoritismo de Dilma.

“O caso da Erenice, mais diretamente ligado a Dilma, é mais forte que o da Receita”, declarou. “Mas o eleitor não está interessado. Nada parece furar o escudo de Lula”.

A percepção foi corroborada por duas novas pesquisas divulgadas nesta sexta. Uma do Ibope e outra do Vox Populi. Em ambas, a mesma realidade: Dilma surfa sobre os escândalos. 

Os entrevistados revelaram uma apreensão comum. Acham que, consolidada a perspectiva de vitória de Dilma, resta à oposição zelar por suas bancadas.

Parecem mais preocupados com a disputa pelas cadeiras da Câmara e do Senado do que pelo assento de presidente.

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por Josias de Souza 

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