Serra tenta cooptar quem o investiga

Márcio Aith, assessor de José Serra, tentou fazer um contato com o jornalista Amaury Ribeiro Jr, apontado na revista Veja como autor de trabalho de investigação de tucanos ilustres para um jornal de Minas. Amaury escreve um livro sobre as relações de Serra e o banqueiro Daniel Dantas. 
O jornalista decidiu não retornar as ligações de Aith, muito embora permaneça intrigado com o súbito interesse do PSDB."

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Balas de prata e os tempos das filhas

É cristalino o significado político das últimas declarações de José Serra. Ao comparar, em um telejornal das Organizações Globo, a presidenciável petista, Dilma Rousseff, ao ex-presidente Fernando Collor, o tucano deixou claro que já não lhe sobra margem para argumentos sutis. Quando responsabiliza a ex-ministra pela quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra, o candidato do PSDB, comprova, mais uma vez, que, neste momento, está refugiado à sombra de togas obscuras e barões midiáticos, aos quais deve prestar vassalagem até o dia 3 de outubro.


Carente de apoio popular, perdendo força a cada dia na classe média, e constatando a decomposição de seu apoio político-parlamentar, Serra só espera sobreviver a partir do apoio que vem obtendo de redações que se transformaram em extensões de seus comitês eleitorais. Sua candidatura está em estranha suspensão, em compasso de espera entre o imprevisto e um novo ato do drama de retrocesso calculado. Esperando por uma improvável “bala de prata", parece estar pronto para enveredar por uma aventura de alto preço para o país: um golpe branco em nome da preservação do Estado Democrático de Direito. Melancólico, mas é o que parece lhe restar.

Fingindo não saber que acabou o teatro esquizofrênico do falso moderno que pensava ser rei, o tucano não teme o ridículo: “O Collor utilizou o filho do Lula em 1989. Agora, pegaram a minha filha (...) para meter nesse jogo político sujo por preocupação com a minha vitória. Dilma está repetindo Collor". Traçar paralelismos requer cuidados que, quando não são tomados, revela a verdadeiras intenções do discurso e do gesto. A mistificação - e Serra deveria saber disso - costuma cobrar preço alto.

Vamos por partes, para melhor detalhar o processo. Collor foi eleito através de uma campanha em que misturou um discurso modernizante com apelos a valores e crenças tradicionais. A reforma do Estado e a moralização da sociedade eram os eixos centrais do discurso. Quem, a essa altura da campanha, está adotando a receita do bolo collorido? A total ausência de compromisso com a verdade e com a ética é marca de qual candidatura? Não convém brincar com o passado recente. O país, hoje, já não padece de aguda crise de cidadania. A sociedade civil já não se submete às surradas cantilenas reacionárias.

Collor atiçou o medo das camadas médias denunciando futuras medidas socializantes de candidatos mais à esquerda, principalmente Lula. Quando, seguindo a mesma trilha do “caçador de marajás”, um prócer tucano afirma que ”devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários “, cabe a pergunta: quem está repetindo quem? Que democracia é preservada quando se pretende reduzir o aparato estatal a uma espécie de polícia da produção a serviço dos ditames do mercado? Como obter a submissão do mundo do trabalho sem a supressão de direitos democráticos?

Por fim, o ex-presidente da UNE, deveria se lembrar que Collor atacou seu adversário no segundo turno, manipulando uma antiga namorada de Lula. Em tudo isso, o ex-presidente contou com uma máquina de apoio e propaganda como nunca tinha sido visto, custeada por grandes grupos econômicos. O apoio da Globo foi, como é, notório e especialmente importante. Como se vê, não cabe misturar filhas e tempos distintos.

Lurian Cordeiro da Silva surgiu no cenário eleitoral como golpe baixo de uma campanha ameaçada pela curva de crescimento da candidatura oponente. Verônica Allende Serra, sem que se saiba ainda quem encomendou a quebra de seu sigilo fiscal, vem a público por emanações do mercado financeiro. Não é plausível confundir coisas e nomes. Sociedades financeiras e namoros apaixonados são coisas bem diferentes. Disso sabem todos, de Miriam Cordeiro a Daniel Dantas.

O que poucos se dão conta é que o uso da “bala de prata” é improvável por uma logística inédita: dessa vez o “lobisomem” e o atirador estão umbilicalmente ligados. Qualquer disparo fulmina os dois. Simbiose perfeita.

Gilson Caroni Filho



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Nenhum candidato à frente nas pesquisas, como Dilma, no horário eleitoral gratuito perdeu a eleição





A campanha de Serra tenta evitar que tudo piore ainda mais e busca fôlego em slogan surrado – “Hora da virada” – diante do fracasso dos factoides. O fato é que não houve virada em nenhuma das cinco eleições realizadas após a retomada da disputa pelo voto direto, em 1989, já com a propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

O histórico das competições presidenciais, polarizadas entre o PSDB e o PT, aponta para a decisão no primeiro turno.

Em 1989, não havia essa polarização e 22 candidatos competiam. Fernando Collor foi para o segundo turno com o dobro das intenções de voto em Lula (22% contra 11%, em porcentuais redondos) e ganhou a eleição. Leonel Brizola teve menos de 500 mil votos do que Lula.
Em 1994 e 1998, o tucano FHC liquidou a fatura contra Lula no primeiro turno. Valeu-se da estabilidade da moeda, proporcionada pelo Plano Real, criado no governo Itamar Franco.
Lula admite, hoje, com razão, que seria um desastre se vencesse aquelas eleições que embalaram sonhos generosos, mas ingênuos.
A exemplo do que ocorreu em 1989, houve um grande número de concorrentes na eleição de 2002. Ciro Gomes (PTB) e Anthony Garotinho (PSB) foram os que, fundamentalmente, impediram a vitória de Lula no primeiro turno. Com 34% das intenções de voto, o petista entrou no horário eleitoral à frente de Ciro Gomes (25%) e de José Serra (14%), além de Garotinho (11%), e ganhou a eleição no segundo turno do tucano, que subiu 4 pontos no horário eleitoral e chegou a 18%, em segundo lugar (gráfico).

Em 2006, após cruzar a tormenta das denúncias do chamado “mensalão” no ano anterior, Lula disputou a reeleição contra o ex-governador, também paulista e também tucano, Geraldo Alckmin. A história se confirmou. Lula entrou na etapa da propaganda eleitoral gratuita à frente de Alckmin, com mais que o dobro das intenções de voto: 46% contra 21%.
Por que a eleição foi esticada para o segundo turno, por muito pouco, já se sabe. Houve a denúncia contra os chamados “aloprados” do PT. Mas o impacto não foi provocado pelos programas do horário eleitoral. A denúncia foi explorada ao máximo pelo Jornal Nacional e teve forte repercussão na mídia escrita. Mesmo assim, mantendo o histórico das eleições, Lula venceu.
É atrás de escândalo semelhante ou mais forte que a oposição anda. Um fato novo, real, que possa ser manipulado para impactar a opinião pública. Mentira não cola.

A vitória de Dilma, se confirmada, jogará por terra, mais uma vez, a influência da mídia sobre eleitores de renda mais baixa e de menor escolaridade. É um mito alimentado pelo preconceito. A imprensa brasileira, em ação implacável contra a candidatura Dilma, talvez aprenda que pobres e ricos só votam por interesse concreto. Voto ideológico, à esquerda ou à direita, é instrumento político da minoria.
Por essas razões, a margem de erro é muito curta, quando se diz “Não” em resposta à pergunta angustiada feita pela oposição: “Dá pra virar?”

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Lustosa da Costa - O que devo a Lula?

De vez em quando, encontro pessoas de baixo nível político que perguntam quanto estou ganhando do Lula para apoiar seu governo. É gente que só age por dinheiro e acha que assim fazem os outros. Dou o maior dez ao presidente que, ao assumir, jurou que todo brasileiro teria três refeições por dia e tudo há feito para melhorar o nível de vida dos menos favorecidos. Sou agradecido a Lula por haver multiplicado os concursos públicos para preencher de empregos federais aos quais hoje se tem acesso apenas pelo estudo e pelos méritos. Graças a eles, três de meus quatro filhos já estão trabalhando no governo, depois de disputa acirrada com milhares de concorrentes. Sem pedir favor a ninguém. Só a Deus. E ao Lula.


Renovação
Com a realização sistemática de concursos públicos para preenchimento de vagas no aparelho estatal, o governo renova a máquina administrativa, com o recrutamento de valores jovens que podem oxigenar o Estado brasileiro. A gente espera que estes concursados não deixem descair o prestígio do funcionalismo público ante a sociedade, pelo descaso no atendimento do público, principalmente dos menos favorecidos. E para que não mais se fale do funcionário público como alguém que deixa o paletó em sua cadeira, na repartição, e vai conversar fiado pelos cafés e bares da vizinhança. Esta turma nova, qualificada, não vai permitir a prevalência de tão nocivo clichê.
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Hoje, no comentário publicado, ele traz uma informação preciosa para entender os rumos do tracking do Vox Populi. Os dados apresentados diariamente referem-se à média dos quatro dias anteriores. Quando ocorrem alterações (como a queda de Serra e alta de Dilma) a média tende a amenizar o ritmo das mudanças. (clique aqui para ler o comentário do Gunter)
Suponha que eu esteja no 10 degrau de uma escada e suba mais 4 degraus. Quando estiver no 14o degrau, a média dos últimos quatro degraus me mostrará ainda no 12o. Ou seja, na ponta o resultado é muito mais expressivo do que pela média.
Levando em conta isso, cometi algumas simulações em torno dos resultados divulgados pelo Vox. Em suma, tento ver em que degrau Serra e Dilma estão hoje, para que a média dos quatro dias se aproxime dos resultados indicados pelo Vox Populi.

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No Ceará, o sol nasce primeiro em Icapuí

Ao pé da letra, Icapuí quer dizer canoa veloz. Faz sentido. Até hoje, as pequenas embarcações dominam e enfeitam aquele pedaço do extremo leste cearense. Mas, o destino aprendeu com a natureza que a pressa é inimiga da perfeição e aos poucos abre caminhos para o turismo, oferecendo belezas a cada correr de olhos na paisagem em volta e novas artes para esculpir a vida

A história registra a passagem de tropeiros por lá e remonta ao descobrimento. O espanhol Vicente Pinzón teria aportado no lugar meses antes da chegada de Cabral a Porto Seguro. Icapuí, então, seria o berço brasileiro. Aliás, esplêndido de cenários paradisíacos. Mas, os acontecimentos foram contados de outra forma e o lugar manteve-se intangível a forasteiros. Só nativos puderam desfrutá-lo por longo tempo. A natureza agradeceu aos privilegiados, se mostrando em toda a sua plenitude.

Hoje, tempos modernos, viagens em alta, Icapuí se mostra, é óbvio. Porém, sem mudar sua essência. Uma nova gente começa a chegar aos poucos, atraída por suas cores e sabores que ganharam fama. Também pelas tradições, lendas e crenças de seus pescadores artesanais de lagosta. Eles partem cedo para o alto-mar, no período certo, em busca do crustáceo, que mais tarde proporciona sustento e vida digna e é apresentado com sabor inigualável nas mesas simples ou requintadas do destino e de muito além dali.

A Terra da Lagosta vai se tornando morada de muitos e refúgio de paz em dias longos à beira-mar, porque o sol no Ceará nasce primeiro ali, um presente a mais dentre os muitos para desfrute de quem desvenda Icapuí. Famílias e casais apaixonados são maioria entre os desbravadores e revelam a alegria de descobertas em passeios intercalados por largos sorrisos, olhos atentos à criação divina ao redor.

Exagero? Melhor dizer bem-viver pleno em harmonia com o cenário natural, que se mostra em 64 quilômetros de praias, muitas delas quase intocadas, dunas, mangue, barra de rio e majestosas falésias que reluzem ao sol ou refletem o oceano bordado da prata do luar. Impossível não vir à mente aquela vontade de saltar da canoa veloz a cada passeio e mergulhar fundo em Icapuí, alcançando a terra abençoada que os nativos exaltam, onde nasce em cada canto um novo encanto de conviver sem pressa de partir.

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O leviano recua

Mais um capítulo vergonhoso nessa armação da velha mídia com Serra. O candidato tornou-se um boquirroto, irresponsável, sem nenhuma preocupação com a legalidade e com a estabilidade institucional do país. Muito menos com a verdade. Acusou diretamente Dilma de estar por trás do suposto dossiê. Deu o mote para a velha mídia reverberar por dias e dias. Foi processado. Agora recua vergonhosamente, falando em "motivação política" em lugar de "motivação eleitoral".
Converse com um tucano de bom nível e avalie, pessoalmente, o nível de vergonha estampada em sua cara, por ter apostado as fichas nesse coveiro do partido de Covas, Montoro e Grama.
por Nascimento
O Serrote mudou a toada. Confessou a leviandade, antes do que se previa. Por que não continuou sustentando a farsa armada com o PIG?
Depois de pedir a impugnação da candidatura da adversária, sob a irresponsável acusação de envolvimento da Dilma no acesso aos dados fiscais da filha, agora anuncia que não foi bem assim.
Segundo o G1 - "Serra diz ver motivação política, mas não eleitoral, para quebra de sigilos".

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