John's telephone

"Telefone do João" foi criado para crianças e para gente que não é fã de tecnologia 
Designers holandeses criaram um celular que não acessa a internet, não tem câmera, games nem permite enviar ou receber SMS (mensagens de texto). Chamado de Telefone do João [John´s Telephone, em tradução livre], o aparelho só tem uma função: fazer e receber chamadas.
Os criadores dizem que o celular deverá fazer sucesso entre gente que não gosta de tecnologia e crianças que estão comprando seu primeiro celular.
Por Ernesto Camelo
do R7

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Brasil nos trilhos

O trem bala e o eixo Rio [São Paulo] Campinas 

No próximo dia 29 – a 30 dias do fim do governo – deve ocorrer a maior licitação da Era Lula: 33 bilhões de reais é o preço mínimo da licitação do trem-bala entre Rio e São Paulo.

Eu disse entre Rio e São Paulo? Esse é um erro comum. Mas a verdade é outra: no projeto do moderno trem, São Paulo é “apenas” passagem. O velho eixo Rio/SP já não dá conta da diversidade do Brasil. É simbólico que o traçado do novo trem seja Rio-Campinas, com paradas no Vale do Paraíba e na capital paulista.

Símbolo, eu diria, de um país que avança para o interior. Durante 4 séculos, incluindo os trezentos anos de colonização portuguesa, as principais cidades brasileiras ficavam – todas elas – na nossa imensa costa atlântica. Só no limiar do século XX é que o Brasil – já republicano – veria sua primeira metrópole longe (mas nem tão longe) do litoral: São Paulo. Depois, viriam Belo Horizonte e  – graças ao planejamento dos anos JK – Brasília. Durante a ditadura, nova metrópole longe do litoral: Manaus, cidade encravada no meio da Floresta Amazônica. Até hoje me surpreendo quando chego de avião à capital amazonense. É espantoso ver a dimensão daquela cidade (cheia de problemas, diga-se) que os brasileiros foram capazes de construir.

O traçado do trem-bala é o reconhecimento desse Brasil que caminha – a passos lentos, mas sem retorno - para o interior. O trem ajuda a estruturar e a ampliar esse eixo que já foi Rio-SP, mas hoje avançou cem quilômetros rumo ao interior paulista.

Um eixo que terá, numa das pontas, o atrativo do turismo carioca e da fortíssima indústria do petróleo (a restaurar, espera-se,  o vigor da economia fluminense). E, na outra ponta, o agronegócio, a indústria e os centros de inovação do interior paulista (Campinas, lembremos, é polo de conhecimento e inovação – com a  Unicamp).

Por fim, é bom não esquecer, o Vale do Paraíba, onde o trem deve parar, é sede da indústria de aviação brasileira (e também um território de inovação e conhecimento, com o ITA).

Simbólico que o trem passe por uma área que já foi tomada pelos cafezais no século XIX. Os morros valeparaibanos sem vegetação (a mata foi derrubada pra ceder lugar ao café) são testemunho daquela época. Sobraram os pastos e algumas belas fazendas – históricas – que vale a pena conhecer, tanto do lado fluminense como do lado paulista.

Dali partia o café que sustentou a República Velha e que forneceria os capitais para a incipiente industrialização paulista no entre-guerras do século XX. Agora, esse pode ser o eixo da nova economia do século XXI.

E a capital paulista? Virou passagem. Cidade de serviços (mais do que indústria) São Paulo vai mediar os contatos entre Rio e Campinas. São Paulo seguirá importante. Mas é simbólico – também – que o projeto do trem-bala Rio-Campinas seja obra de um governo (de Dilma) que deve ser o primeiro em 16 anos a afastar a centralidade paulista do poder.

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Guia do bajulador

Saiba como se dar bem com a presidente Dilma Rousseff.


Ela é chocólatra, não fuma e adora cantar; em compensação, não tem paciência com quem fala sobre o que não entende.

A eleição de uma mulher para a Presidência da República não vai mudar a rotina só do Palácio do Planalto. Com a ex-ministra Dilma Rousseff no cargo mais alto do Executivo, lobistas, assessores e bajuladores também terão que passar por uma reciclagem a partir do ano que vem.
Foto: AP
Com a chegada de Dilma no lugar do presidente Lula, bajuladores de plantão terão de adaptar repertório
Apesar da grande afinidade política, Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm perfis opostos e, dado o temperamento da presidenta eleita, conhecida por ser “durona”, ter algum conhecimento sobre suas preferências é fundamental quando o objetivo é agradar.
Na área profissional, a petista prefere os assessores objetivos, aqueles que evitam “tergiversar”, como diria a ex-candidata.
De perfil técnico, Dilma não gosta de lidar com negociações entre partidos por cargos no governo. Como não pode evitar, a ex-ministra procura ser o mais direta possível nas conversas e vez ou outra escala alguém para substitui-la.
No quesito vida pessoal, Dilma é discreta e não gosta de abrir sua intimidade - seja para imprensa ou até mesmo para assessores com os quais trabalha diariamente. Por conta desta característica, são poucas as pessoas que conhecem suas preferências e hobbies.
A seguir, uma lista com dicas e recomendações feitas por pessoas que sabem como agradar a presidenta eleita:
Só puxe assunto se souber o que está falando
Uma recomendação corriqueira é a seguinte: nunca puxe um assunto sobre o qual não tenha domínio. Dilma costuma se aprofundar nos temas pelos quais se interessa e quando encontra um interlocutor à altura desenvolve a conversa. Assim, não adianta apenas saber que a ministra gosta de artes plásticas e tem um “museu particular” no computador. É preciso saber quais são os pintores, estilos e fases preferidos da eleita e se for preciso fazer um curso intensivo sobre, por exemplo, a escola impressionista francesa.
Do contrário, o que deveria ser uma tentativa de agradar pode acabar em constrangimento. O mesmo vale para a música, cinema e principalmente a literatura. Dilma é cinéfila, leitora voraz e apreciadora de música com gosto peculiar e eclético (ouve desde música erudita, forró, até o pop-rock). Na leitura, Dilma já disse e não custa anotar: mesmo com a rotina intensa de presidenta, ela pretende continuar com a prática, misturando grandes biografias com literaturas.
Não seja pedante
Mesmo que seja um especialista em um determinado assunto, é bom tomar cuidado com excessos para não parecer pedante. A dica vale até para comida. Como boa mineira, Dilma gosta de comidas triviais como arroz com feijão.
Tour e souvenir
Sempre que viajar com a presidenta eleita, principalmente para o exterior, tenha em mente o seguinte: Dilma gosta de conhecer os pontos turísticos da cidade que está visitando. Para agradá-la, assessores sugerem ter sempre na ponta da língua nome de museus famosos para sugerir. E quanto mais discreto, melhor. Segundo assessores, Dilma costuma também passar nas lojas de souvenirs durante as viagens. Ultimamente, ela tem demonstrado preferência pelas lembrancinhas ao neto Gabriel.
Entre nós
A petista não gosta de muvuca e prefere passear acompanhada apenas por poucas pessoas. Em sua primeira viagem internacional, por exemplo, levou a tiracolo apenas dois assessores para conhecer o Palácio Imperial, um dos principais pontos de Seul, na Coréia do Sul.
A presidenta eleita gosta de companhia para almoçar. Mas só chama os mais próximos. Portanto, não se convide. Na campanha, a então candidata costumava chamar, após entrevistas diárias à imprensa, um de seus coordenadores para comer. Mesmo aqueles que já haviam almoçado, não recusavam o convite.
No círculo familiar, Dilma não foge à regra. Além da mãe, Dilma Jane e da tia, Arilda, a petista cultiva relações íntimas com a única filha, Paula, e o ex-marido Carlos Araújo.
Vai um Karaokê aí?
Durante a campanha, para aliviar a tensão, Dilma costumava soltar a voz nos jatinhos que a levavam de um comício par outro. Quando não estava lendo ou dormindo, a petista cantava observada pelos aliados José Eduardo Martins Cardozo ou e José Eduardo Dutra. Quem sabe sugerir uma cantoria no final de semana livre só entre amigos não agrada a presidenta?
Dilma entende futebol e é colorada
Embora tenha gosto artístico sofisticado, Dilma tem hábitos simples e sabe falar sobre futebol. Torcedora declarada do Internacional de Porto Alegre, a presidenta eleita conhece os principais jogadores, os últimos resultados e a situação do time na tabela. Durante a Copa do Mundo, Dilma impressionou assessores ao fazer comentários pertinentes sobre a seleção brasileira.
Ela não bebe nem fuma
Outra grande diferença em relação a Lula é que Dilma não bebe nem fuma. Ela abandonou o cigarro no final da década de 90 e desde então nunca mais fumou. Quanto à bebida, a presidenta diz ter baixa resistência e portanto evita o álcool a não ser em ocasiões especiais. Nem no dia da vitória Dilma abriu uma exceção. Reunida no Alvorada com Lula, coordenadores de sua campanha e governadores eleitos, a petista recusou bebidas. Disse que só tomava, ocasionalmente, vinho.
Não dê uma de ‘ folgado’
Para os acostumados com o estilo informal e nada protocolar de Lula, todo cuidado é pouco. Dilma é uma pessoa reservada e tímida. Piadas chulas ou preconceituosas são o caminho certo para irritar a presidenta eleita. O velho truque de fingir intimidade para forçar a aproximação também pode sair pela culatra.
Não banque o dissimulado
Na verdade Dilma prefere uma crítica sincera e bem fundamentada à bajulação mal disfarçada. E neste ponto o terreno fica ainda mais escorregadio pois a futura presidenta costuma dizer que consegue "ler a alma das pessoas".
Nunca desobedeça
Nada irrita mais Dilma do que uma ordem não cumprida. “Ela fecha a cara e às vezes chega a perder as estribeiras. O clima fica azedo”, confidenciou um colega mineiro. Se combinar ou prometer alguma coisa, cumpra da forma e no prazo combinados. Do contrário o risco de levar um pito em público é grande.
Vá direto ao ponto
Outra dica de pessoas próximas a Dilma: não tergiverse, como diria a ex-candidata. Seja direto. A presidenta eleita não gosta de perder tempo com discussões.Gosta de números, planilhas e dados- de preferência exibidos em Power Point. Também não atrase. Principalmente se for levá-la para ver Paula, sua filha. Assessores dizem que nada deixa Dilma mais tensa que se atrasar para ver a filha, em Porto Alegre.
Fale sobre bebês, mas não exagere
Segundo colaboradores próximos de Dilma, nos últimos meses surgiu uma brecha para os candidatos a bajulador. O assunto preferido da presidenta eleita é o neto único, Gabriel, nascido durante a campanha eleitoral. As engenhocas à disposição no mercado para facilitar a vida das mães, os avanços da medicina, as diferenças entre ser avó e mãe são temas que atraem a atenção da futura presidenta do Brasil e podem render conversas longas e agradáveis desde que o interlocutor não exagere, nem tente bancar o enxerido.
Novos acessórios
Durante a campanha, Dilma usou no pulso esquerdo um presente de Fátima, mulher do governador da Bahia, Jacques Wagner. A pulseira de ouro com olho grego é geralmente usada para combater mau olhado. Para a fase como presidenta eleita, assessores sugerem : Por que não comprar um amuleto da sorte contra novos maus olhados? Ou, como anotou um observador masculino, presenteá-la com um par de brincos de pérola, um de seus favoritos?
Eu só quero chocolate
Durante viagem a Seul, um bajulador atento anotaria: chocolate está entre as preferências na lista de Dilma. Na bagagem da presidenta que seguiu para o Brasil, entre os presentes e compras, uma caixa chamou a atenção pelo tamanho: eram chocolates finos na mala. Quem sabe investir na guloseima?

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Dois pesos e duas medidas

Onde estão as feministas?...
Fosse o deputado que tivesse esbofeteado a excelêntissima deputada...
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Twitter for IPhone

Foi lançado na iTunes Store uma nova versão do Twitter for iPhone para aqueles que gostam de usar o microblog em seu smartphone. A novidade é que esta nova versão vem com a opção de avisar os reply e mentions de forma instantânea. Além disso, há também a opção de receber mentions por SMS e de recebê-las de qualquer usuário ou não.

E o Twitter disponibilizou também a opção do Trending Topics localizado. Agora, é possível saber quais os assuntos mais comentados em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Ele pode ser selecionado na barra lateral do Twitter, junto ao TT. Outra novidade é a tradução dos tweets por meio do Google translate, mas ainda não está disponível para todos.

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Judiciário reprovado


Fosse a atuação do Judiciário uma prova de escola, a Justiça brasileira estaria reprovada. Ou, ao menos, em recuperação. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou nesta quarta-feira 17 um levantamento sobre a avaliação que a população faz da atuação da Justiça. Nota geral atribuída pelos cidadãos: 4,6, em escala de 0 a 10.
O estudo levou em conta critérios como rapidez nas decisões, facilidade no acesso, custo, honestidade, qualidade das decisões e outros. Em todos os critérios utilizados, a avaliação fica abaixo da média. Em notas de 0 a 4, o Ipea solicitou que os cidadãos avaliassem a Justiça de acordo com alguns critérios específicos.
A melhor avaliação, mesmo ainda abaixo da média, foi sobre a qualidade das decisões. A nota ficou em 1,60. Na questão de facilidade de acesso, a nota já cai para 1,48. A questão do custo para que os cidadãos defendam seus direitos tirou nota 1,45.
As notas caem ainda mais com as questões da imparcialidade da Justiça (tratamento igual para todos), 1,18, mesma avaliação da rapidez na decisão dos casos. E a pior das notas para a Justiça fica no critério de honestidade de seus integrantes, 1,17.
Um dado surpreendente da pesquisa feita pelo Ipea é a avaliação por faixa de renda. As classes D e E são as que dão as notas médias mais altas para o Judiciário, 4,61 e 4,62, respectivamente, em escala de 0 a 10. A pior nota é dada pela classe C, 4,29. As faixas mais altas, classes B e A, atribuem 4,5 e 4,43, respectivamente.
O instituto também publicou as divisões da pesquisa por etnia. A avaliação mais alta da Justiça é da etnia definida pelo Ipea como Parda/Morena, com nota 4,76, em escala de 0 a 10. Brancos dão nota 4,44, Amarelos, 4,36 e, por último, Pretos/Negros indicam que o Judiciário merece nota 4,25.
O grande alerta do estudo do Ipea aos integrantes da Justiça: apesar das variações e das nuances de etnia e classe social, todas as notas, em todos os critérios adotados pelo levantamento, ficam abaixo da média, seja ela qual for. Resta saber se será uma reprovação definitiva ou uma chance de recuperação.

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Petrobras: domínio do petróleo


O influente jornal inglês The Guardian acaba de publicar artigo sustentando que a Petrobras está destinada a dominar o setor petrolífero, diante da descoberta das gigantescas reservas de petróleo abaixo da camada do pré-sal. 

O jornal publica uma importante entrevista com o diretor-financeiro da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa, anunciando que a estatal brasileira de petróleo pretende mais do que dobrar a sua produção, na próxima década, para 5,4 milhões de barris de petróleo e gás por dia, destinando-se a dominar o mercado do setor petrolífero no mundo.

Sonho

A Petrobras acalenta o projeto de se tornar a maior produtora mundial de petróleo de capital aberto, até 2015. Na reportagem de página inteira, publicada nesta última terça-feira, intitulada "Petroleiros do Brasil destinados a dominar", o jornal registra que a série de descobertas de reservas de petróleo na camada do pré-sal "transformaram a sorte da companhia e catapultaram o Brasil em um dos líderes em energia e um dos motores econômicos mundiais". As reservas chegariam a cem bilhões de barris, como anunciou o presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima.

Domínio do setor

De acordo com afirmações do diretor-financeiro da Petrobras, a empresa promete ser uma das maiores beneficiárias da legislação brasileira, que lhe dá uma parcela mínima de 30% sobre nova reserva descoberta, além de absoluto controle sobre os novos projetos. Esse predomínio dá uma grande vantagem à Petrobras quanto ao domínio dessas reservas, pois a BP, a Shell e a ExxonMobil, consideradas as maiores empresas petrolíferas de capital aberto do mundo, "terão que ficar em segundo plano atrás da Petrobras pelo acesso às vastas reservas brasileiras".

Ascensão

A reportagem do jornal inglês observa que as grandes descobertas de petróleo em águas profundas, nos últimos anos, estão por trás da "ascensão meteórica" da Petrobras, elevando as reservas comprovadas da companhia de 11,5 bilhões de barris, em 2008, para 30 bilhões de barris. Assinala o The Guardian que a continuidade da exploração poderá fazer com que essas reservas gigantescas abaixo da camada do pré-sal cheguem a 50 ou até 100 bilhões de barris, transformando o Brasil em um dos grandes exploradores do mundo do petróleo, no mesmo nível do Kuwait e da Rússia.

Tarcísio Holanda
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