Força de Lula/Dilma é Bolsa-Família ou emprego?

Os nossos comentaristas políticos e econômicos não se cansam de afirmar que o prestígio do presidente Lula e, consequentemente, a força eleitoral que ele trasnfere para a candidatura Dilma Rousseff deve-se aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Argumentam que Lula tem mais apoio e Dilma mais votos  maior votação são maiores os efeitos dos programas de transferência de renda. Traduzindo, entre o mais pobres. Descoberta fantástica, pois seria natural o contrário, não é? Imagine o seu Severino da Silva dizendo assim: “não, senhor, vou votar no Serra porque o Fernando Henrique me deixava desempregado, sem programa social e fora do consumo e o Serra ajudou ele a fazer isso. Sou muito grato a eles por não terem feito nada por mim, meu voto é garantido deles”.
Mas embora os programas de distribuição de renda, naturalmente, transfiram prestígio para quem os implantou, iso é um pedaço mínimo da verdade.
Porque, como já resumiu com a famosa frase “é a economia, estúpido” aquele marqueteiro de Clinton – e que andou por aqui com FHC, é a atividade e a renda que determinam mais fortemente o prestígio e o desprestígio de um governante

Este gráfico aí ao lado, elaborado pelo Dieese, mostra como evoluíram o nível de emprego (em azul), o salário médio  (em vermelho) e a massa total de salários na economia.

Não é preciso esforço ver que o emprego e o salário tiveram uma vigorosa expansão  desde o início do governo Lula.
Como o gráfico termina em 2009, trouxe um outro, publicado na Folha de S. Paulo que mostra que, neste ano, apesar da herança da crise estaexpansão aumentou. E quem observar que a massa de salários na economia cresce mais lentamente entenderá que os empregos criados se concentraram nas faixas mais pobres da população.
Poucos jornalistas e analistas, entretanto, destacam que isso injeta muito mais recursos e potencial de consumo que o Bolsa-Família, que com seus máximos R$ 134 reais mal consegue tirar uma família da fome. Mas tem outros efeitos muito importantes muito menos eleitorais.
Um relaporio da ONU publicado há dois anos diz que ele está “impulsionando o número de matrículas: cerca de 60% dos jovens pobres de 10 a 15 que atualmente estão fora da escola devem se matricular em resposta às exigências do Bolsa Família e de seu antecessor, o Bolsa Escola. Diz o documento: “A taxa de abandono [nas escolas] diminui em cerca de 8%”.
Como os nossos jornalistas não têm o hábito de pesquisar, vou dar alguns dados interesantes para que se entenda porque o apoio a Lula e a Dilma, embora impulsionado pela boa maré de emprego que os dados que registrei revelam, se dá de maneira extremamente forte no Nordeste.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) , do Mnistério do Trabalho registram os seguintes dados nos últimos 12 meses:
Região
Empregos gerados
Crescimento percentual
Nordeste407.6148,45%
Norte105.5727,83%
Sul398.3946,76%
Sudeste1.130.2726,35%
Centro Oeste127.1325,22%
BRASIL2.168.9246,71%
<table style="height: 216px;" border="1" cellspacing="0" cellpadding="0" width="445">
<tbody>
<tr>
<td style="padding-left: 30px;"><strong>Região Metropolitana<br />
strong>td>
<td><strong> Chances de emprego   em 30 e 60 dias<br />
strong>td>
<td><strong>Faixa de Salário &#8211; em R$*<br />
strong>td>
tr>
<tr>
<td>Belo Horizontetd>
<td style="text-align: center;">33 % &#8211; 54%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"><span id="lblResultSalarioF_L">556span> a <span id="lblResultSalarioF_U">1233span>span>strong>td>
tr>
<tr>
<td>Porto Alegretd>
<td style="text-align: center;">29%-50%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"><span id="lblResultSalarioF_L">591span> a <span id="lblResultSalarioF_U">1311span>span>strong>td>
tr>
<tr>
<td>Recifetd>
<td style="text-align: center;">21%-38%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"><span id="lblResultSalarioF_L">465span> a <span id="lblResultSalarioF_U">847span>span>strong>td>
tr>
<tr>
<td>São Paulotd>
<td style="text-align: center;">19%-35%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"><span id="lblResultSalarioF_L">587span> a <span id="lblResultSalarioF_U">1302span>span>strong>td>
tr>
<tr>
<td>Rio de Janeirotd>
<td style="text-align: center;">13%-25%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"> <span id="lblResultSalarioF_L">599span> a  <span id="lblResultSalarioF_U">1329span>span>strong>td>
tr>
<tr>
<td>Salvadortd>
<td style="text-align: center;">11%-21%td>
<td style="text-align: center;"><strong><span id="lblResults"><span id="lblResultSalarioF_L">465span> a <span id="lblResultSalarioF_U">958span>span>strong>td>
tr>
tbody>
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Novamente não é preciso ser economista ou cientísta político para ver que Norte e Nordeste, as áreas mais pobres do nosso país, vêm tendo incremento em número de empregos – e, consequentemente, em renda da população e consumo – superiores á média nacional. E quem diz que pretente um desenvolvimento nacional sem tantos desequilíbrios regionais e seus efeitos na migração, no inchaço das cidades, se tiver um mínimo de honestidade intelectual sabe que isso precisava acontecer, se desejamos, de fato, um crescimento harmônico do Brasil.
O problema é que as nossas elites não querem nem desenvolvimento nem harmonia no Brasil. Elas preferem grades, polícias e “choques de ordem”, por mais que as três coisas se mostrem inócuas para lhes dar paz.
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Dilma ganha em todos os itens

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Tornada pública desde a tarde dessa 6ª feira (30.07), a pesquisa IBOPE/Rede Globo/O Estado de S.Paulo mostrando Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) ganhando a disputa presidencial de José Serra (PSDB-DEM-PPS) em todas as variáveis e itens pesquisados, é uma pá de cal na campanha da oposição. Principalmente por Dilma já ter atingido esses patamares dois dias antes do início da série de entrevistas dos presidenciáveis no Jornal Nacional da Rede Globo (2ª próxima);  a uma semana do primeiro debate entre eles (5ª próxima, na Rede Bandeirantes);  e a pouco mais de duas semanas do início dos programas de propaganda eleitoral no rádio e TV em rede nacional. Continua>>>

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Dilma supera, com Minas e Rio, a vantagem de Serra em São Paulo

Dilma supera, com Minas e Rio, a vantagem de Serra em São Paulo
    Pesquisa não é eleição e intenção de voto não é voto, sabe-se há longo tempo. Contudo, a mais recente pesquisa feita pelo Ibope para a Rede Globo e o jornal O Estado de S. Paulo indica que o avanço da candidatura da petista Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, superou [...]



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Ceará - Indústria cresce nos últimos 5 anos

A Fiec lança às 18 horas, de hoje, a edição 2010 do Guia da Indústria do Ceará, com dados sobre 2.750 empresas



O setor industrial cearense, que em dezembro de 2008 contava com 8.822 estabelecimentos e 215.542 postos de trabalho, tem evoluído ao longo do tempo, qualitativa e quantitativamente, sendo decisivo para a mudança econômica do Estado. Atualmente, o parque industrial cearense tem predominância de dois setores: têxtil, vestuário e artefatos de tecidos (2.984 empresas) e produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (1.935 empresas). Esses respondem por 55,76% do número de estabelecimentos e por 48,01% dos empregos.



Outros setores, no entanto, têm apresentado expansão significativa. É o caso das indústrias de tecnologia da informática. Fato comprovado pelo aumento do número de empresas de base tecnológica inscritas para o Prêmio Finep de Inovação: quatro em 2000 e 37, em 2009, um salto de 825%.



Além disso, os valores contratados via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) cresceram de R$ 1,86 milhão, em 2003, para R$ 21,3 milhões, em 2006, atingindo R$ 31,8 milhões, em 2008, apresentando, portanto, taxa de crescimento de 17 vezes, no período de apenas cinco anos. Leia mais>>>

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Em 98, DataFolha ajudou tucano

Um velho economista costuma dizer que em determinadas situações não adianta torturar os números. Mas, pelo visto, alguém está torturando os pobres coitados. Até o IBOPE deu Dilma na frente. 

O DataFolha ficou isolado – insiste no empate técnico, com Serra à frente. 

Hudson Villas Boas relembra o que aconteceu em 98, quando a Folha errou em favor de um tucano – Mario Covas. Confira!

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Os novos protagonistas da economia

De acordo com o instituto de pesquisas Data Popular, este ano,  as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão. 
Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). 
A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200. 
O maior potencial de compras, no entanto, continua no bolso da classe C: R$ 427,6 bilhões (31%). 
“Mas é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em termos de consumo”, afirma o sócio diretor do Data Popular e responsável pelos cálculos, Renato Meirelles.
Estes brasileiros não têm geladeira e máquina de lavar  (49%) e seu conho de consumo é, este ano, comprar máquina de lavar (41%), o forno de micro-ondas (37%) ,geladeira (35%), e até computador (29%), diz a pesquisa.
Não havia na matéria dados sobre as classe A e E, mas é possível dizer que, agora, as classes B, C e D, que vão de um salário mínimo a R$ 10,2 mil de renda familiar ( ou um a vinte salários mínimos) representam 83% da massa de rendimentos do país. Mas ainda existem algo como 13 ou 14 por cento dos brasileiros, a classe E, excluídos da economia real.
Dá para avaliar o impacto disso no aquecimento da economia, no emprego e na produção?

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NEM EUFORIA NEM TRISTEZA


É claro que felizes ficaram os companheiros, com a diferença  de cinco  pontos em favor de Dilma Rousseff, na  mais recente pesquisa do Ibope. Mas sem euforia, porque as eleições   acontecerão em outubro.

No reverso da medalha, os tucanos preocuparam-se, mas não a ponto de perder o plano de vôo. Afinal, José  Serra já esteve na frente, inúmeras vezes. 

O importante, em mais essa tomada de opinião, é que  as consultas sobre votos em branco, nulos e  indecisos somam 19%.  Um volume de eleitores para não deixar ninguém desesperançado ou confiante demais. Parece evidente que as duas primeiras categorias, branco e nulo,  estarão presentes na hora de votar, ainda que os indecisos  devam diminuir, mesmo fluindo para uma das duas outras.  Sem contar os faltosos, percentual difícil de calcular antes da eleição, já que somos 135 milhões de eleitores.

De qualquer forma,  outras pesquisas virão, jamais certezas, mas tendências expressivas à medida em que o tempo passar e os institutos desdobrarem-se para não  ficar muito  distantes do resultado final. Precisarão de clientes para as  eleições seguintes... 

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