A curandeira

Noite escura. Uma senhora em casa, sozinha, vê um vulto masculino

passar à sua frente, sem percebê-la. Ela aproxima-se dele por trás e, com cuidado, agarra-lhe os ovos, apertando-os com força, e pergunta:

- QUEM É VOCÊ ??? Não obtendo resposta, aperta com mais força ainda, e novamente pergunta:
- QUEEEEM ÉÉÉÉÉ VOOOCÊÊÊÊ????? Mantém-se o silêncio, ela aperta ainda mais, e já com pedaços da pele escapando-lhe por entre os dedos, volta a perguntar:
- QUEEEEM ÉÉÉÉÉ VOOOCÊÊÊÊÊÊ????
Eis que uma voz, num tom muito baixo e sofredor, consegue balbuciar:
- C..A...R..L...Ã...O...
Então ela pergunta, apertando mais:  
CARLÃO?? QUE CARLÃO ???
E ele responde:
- O...O... O...MUUUUUDO !!!


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Jornal Nacional - A noite em que William Bonner escorregou

A entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal Nacional foi laboratório amplo de como o jornalismo pode utilizar estereótipos vazios em uma campanha eleitoral.
Não se vá exigir de William Bonner e Fátima Bernardes – dois ótimos apresentadores – conhecimento que vá além dos bordões das televisões. Quem detém mais conhecimento são comentaristas, especialmente os que passaram pela imprensa escrita, antes de chegarem à TV.
TV aberta não privilegia conteúdo. Trabalha sempre em cima do bordão, em geral repetitivo para poder alcançar a faixa mais ampla de público. Como tal, há um nivelamento por baixo. A arte na TV aberta consiste no apresentador falar uma banalidade em tom grave e convincente.
Mais que isso, em emissoras partidárias – como é o caso da Globo – cria-se um mundo à parte, força-se a reportagem sempre em uma mão única. E aí sucumbem vítima de um problema bastante estudado na sociologia da comunicação: acreditam que o mundo real é aquele espelhado em suas reportagens; e, como não há o contraditório interno, acredita-se na eficácia de bordões que, na verdade, só são eficientes quando não existe alguém do outro lado para rebater.

ALCIONE - Faz Uma Loucura Por Mim



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Dinheiro tem olfato



Navalha

O Vasco recomendou a leitura atenta desta manchete com pragmática observação: os ratos começam a abandonar o navio.
Igualmente pragmático, o Delfim Netto costuma dizer que dinheiro não tem carimbo.
Este ordinário blogueiro prefere imaginar que Dinheiro tem olfato.
E o Dinheiro já percebeu pra onde sopra o vento – clique aqui para ler “Sumiram com o dinheiro do Serra …”
O Gabeira sentiu no bolso quanto custa trair o PT e o PV.
Veio buscar dinheiro com o Serra e saiu com a mala cheia de trololó. 
 Em tempo: por falar em traíra, pergunta-se: em nome de quê a Marina é candidata? Clique aqui para ler “Desmatamento caiu 49%”.

Oh! Destino cruel: o desmatamento caiu quando a Marina saiu.


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Lucas Celebridade


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Amor entre grades

No ambiente frio e impessoal das prisões, é possível o surgimento de relações afetivas, muitas vezes, por acaso



Um gueto institucionalizado. Assim pode ser definido o ambiente prisional, marcado por um ambiente frio, impessoal, que segrega e mata desde sonhos até relações sociais e afetivas, que ficam limitadas pela quebra do direito de ir e vir desta população. Assim, os muros das instituições prisionais, a exemplo do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa delimita não apenas o espaço geográfico entre dois mundos distintos, mas também sentimentos. Como o que sentem as 22 mulheres daquela unidade que mantém relacionamentos afetivo-sexuais além muro do presídio. O local, no município de Itaitinga, abriga 416 mulheres com capacidade para apenas 374 detentas. Muita gente.



Dentre estas mulheres, nove têm como companheiros detentos do Instituto Professor Paulo Olavo Oliveira (IPPOO-II). Neste caso, apesar da distância física ser apenas de alguns metros, não tornam essas relações mais próximas, uma vez que o contato só acontece de 15 em 15 dias, durante três horas, quando são permitidas as visitas íntimas.



A saudade faz parte da vida dos casais que não dividem o dia a dia. No entanto, só não é maior do que o constrangimento enfrentado pelas companheiras, no momento da revista. Para alguns, esta é a maior declaração de amor, como admite Emanuel Coelho de Amorim Peixoto, 30 anos, para quem a visita com a família e a companheira é o que de melhor acontece na sua vida. Abandonado pela mulher, conseguiu conhecer, por acaso, a atual namorada com quem vai casar, em breve.



"Foi através da mulher de um companheiro. Ela disse que tinha uma amiga, levou minha foto, e trouxe a dela. A gente gostou um do outro". A falta do contato diário, elemento fundamental para a construção de uma relação afetiva, não constitui entrave. "Foi amor à primeira vista". Com a certeza peculiar dos apaixonados diz: "Vamos casar aqui mesmo, no presídio".



Relações construídas entre as brechas deixadas tanto pela legislação quanto pelo desejo de encontrar um novo significado para a vida de pessoas que estão presas, nem por isso deixam de ser intensas. A jovem Bruna Pinheiro Moreira, 21 anos, conheceu o companheiro com quem mantém um relacionamento, há dois anos, na casa de uma amiga.



Mãe de um filho de três anos, reconhece como demonstração de amor o apoio. "Ele me ajuda com o meu filho e não me abandona". Assim, o amor é expresso por diversas formas. O "eu te amo" ganha várias dimensões que passam pelo cuidar, como revela Ana Lorena Barbosa Viana, 34 anos. Ela encontra nas demonstrações de afeto da companheira uma declaração de amor. "Nunca ninguém tinha cuidado assim de mim", confessa, prometendo escrever um livro sobre sua história de amor. Outra maneira de expressar o sentimento é a disposição de passar pelo constrangimento da vistoria, antes da visita íntima.



Diretores dos presídios, sobretudo dos masculinos, reconhecem que o momento da visita requer muito cuidado, podendo ser a porta de entrada para drogas e celulares, explica Elindomar Batista Caminha, chefe de Segurança e Disciplina do IPPOO-II. As visitas, realizadas às quartas e domingos, reúnem 250 pessoas.



A entrada de crianças é vista com cautela, sendo proibida a de adolescentes entre 12 e 17 anos, para evitar situações de exploração como "venda" ou "leilão" de filhas de detentos. O chefe de Segurança do IPPOO-II garante: "Essas histórias fazem parte do passado". Hoje, o controle é maior, no sentido de garantir que as visitas íntimas sejam feitas apenas por companheiras de relações estáveis ou casadas. A burla sempre existe, como por exemplo, homens emprestarem nomes para outros. Continua>>>

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Quanto veneno tem na nossa comida?

Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. 

No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentam intoxicações sérias. 

Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. 

A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. 

Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá

Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. 

O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento. Continua>>>
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