por Carlos Chagas
Massacre em Realengo
Código Florestal Brasileiro
Empreendedor
Massacre em Realengo
O massacre em Realengo abriu uma ferida no Rio e enlutou todo o país.
Comércio - Brasil e China
A peça expõe um quadro preocupante. Revela uma assimetria. Empresas chinesas avançam sobre o mercado brasileiro sem freios. Na outra ponta, empresários nacionais enfrentam barreiras para se estabelecer na China.
O texto do Ipea ilumina também uma armadilha que se esconde sob os números da balança comercial. Lula firmou com o colega Jintao um plano de ação conjunta que começou a ser implementado em 2010 e se estenderá pelo mandato de Dilma, até 2014.
Assinado em 2009, o acordo será detalhado em encontros bilaterais ao longo de 2011. Contempla investimentos e acordos comerciais. "O problema do avanço dessas negociações agora é que os chineses sabem claramente o que querem do Brasil", anota o Ipea em seu estudo.
"No entanto, ainda não se tem claro do que queremos da China", arremata o órgão de estudos do governo. A intenção de Dilma é a de clarear as coisas.
Entre 2000 e 2010, as exportações do Brasil para a China saltaram de US$ 1,1 bilhão para notáveis US$ 30,8 bilhões. No mesmo período, as importações de produtos chineses cresceram de US$ 1,2 bilhão para US$ 25,6 bilhões.
Embora favorável ao Brasil em US$ 5,2 bilhões, o saldo comercial carrega uma distorção que, no longo prazo, pode convertê-lo em déficit. Vende-se para a China uma pauta de produtos básicos. Compra-se dos chineses uma lista de equipamentos envernizados pela tecnologia.
Nos últimos dez anos, de cada dólar que o Brasil amealhou nas exportações para a China, 87 centavos vieram de produtos primários e manufaturas. A venda de produtos de média intensidade tecnológica renderam 7 centavos. Os de alta tecnologia, 2 escassos centavos de dólar.
Em 2010, os minérios responderam por 40% das vendas brasileiras para o mercado chinês. Oleaginosas, 23%. Combustíveis minerais, 13%. Os três juntos, 76%. Na outra mão, dá-se coisa bem diferente.
Em 2000, o Brasil importou da China US$ 487 milhões em produtos de alta tecnologia. Em 2008, a aquisição desse tipo de mercadoria já somava US$ 8 bilhões. No ano passado, roçaram a casa dos US$ 10 bilhões.
Dito de outro modo: o superávit do Brasil no comércio com a China escora-se na venda de produtos primários. Nos itens de baixa, média e, sobretudo, nos de alta tecnologia acumula-se um déficit crescente.
O Brasil importa da China principalmente máquinas e aparelhos elétricos (33%), caldeiras e máquinas mecânicas (20%) e químicos orgânicos (7%). O cenário não é menos inquietante quando considerados os investimentos.
Na última década, as inversões da China no Brasil experimentaram um crescimento de 294,5%. O Ipea estima que, em 2010, os chineses investiram no Brasil algo entre US$ 13 bilhões e US$ 17 bilhões.
A China opera em solo brasileiro nos mais diversos setores. Vende defensivos agrícolas, produz semi-acabados em aço, fabrica malte, cervejas e chopes, é sócia de bancos de investimento e de empresas de telecomunicações.
Em 2009, investiu US$ 10,7 bilhões em petróleo, US$ 1,8 bilhão no setor financeiro, US$ 1,22 em mineração e US$ 1,72 em energia elétrica. "Fica evidente a estratégia chinesa de garantir o acesso as fontes de recursos naturais, bem como o de tentar influenciar no preço desses setores", anota o estudo do Ipea.
Como se fosse pouco, empresas chinesas marcham sobre o agronegócio brasileiro. Num processo de aquisição que o Incra não consegue acompanhar, estima-se que os chineses já estão assentados sobre 7 milhões de hectares agricultáveis no Brasil.
E quanto aos investimentos brasileiros na China? Eram diminutos: 0,06% em 2006. E o Banco Central informa que caíram ainda mais: 0,03% em 2010. No ranking dos receptores de inversões brasileiras, a China ocupa a 30ª colocação.
Por que tão pouco? São duas as razões, diz o Ipea. Uma: poucas as empresas exibem disposição para se instalar na China. Outra causa: as poucas que ainda se animam a tentar a sorte no mercado chinês enfrentam "restrições e dificuldades" impostas pelo governo local.
A China não admite concorrência em setores que considera estratégicos. Nas outras áreas, impõe aos estangeiros a sociedade com empresários chineses. Há, no dizer do Ipea, evidente falta de reciprocidade no tratamento.
O que fazer? O texto que Dilma carrega na valise relaciona providências. Por exemplo: uso de instrumentos de defesa comercial; negociação de condições isonômicas para as empresas brasileiras...
...Fiscalização da compra de terras no país; regulação da exploração de recursos naturais brasileiros; submissão dos investimentos chineses às prioridades do Brasil (infra-estrutura, por exemplo)...
...Exigência de que o investidor chinês agregue valor ao que produz no Brasil; e financiamento ao produtor nacional para que evolua dos produtos primários para os tecnológicos.
É longo, como se vê, o caminho a percorrer na relação da oitava economia do mundo com a segunda. Ao trocar ideologia por pragmatismo, Dilma deu o primeiro passo. Não é pouca coisa. Mas está longe, muito longe de alcançar seus objetivos.
- Serviço: Aqui, um resumo do estudo do Ipea (17 folhas). Aqui, a versão integral (56 páginas).
por Josias de Souza
Corruption
1. This point is noteworthy. In the Corruption Perception Index 2010, prepared by Transparency International (civil society organization thatpreaches strict compliance with the UN Conventionagainst Corruption), Argentina is located in a kindof suburb of the planet in this area, down from 100 / 1 countries in a total of 178. On a scale of leastcorrupt to most corrupt, 10-0, Argentina marks 2.9points, while Chile has 7.2; - Uruguay and Costa Rica 6.9 - 5.3. Brazil - 3.7, Colombia and Peru -both with 3.5 - that has a better score assigned bythe Argentines themselves.
2. There remains, however, a consolation prize, since Nicaragua -2.5 - and Venezuela - 2.0 - areeven worse. Good company: those countries withpolarized societies, governments are stronglyquestioned because of the hegemonic exercise of presidential power.
3. In democratic politics only to the principle oflegality can place limits on the facts that could bedescribed as corrupt. Corruption is a matter ofdegree directly related to the possible sanctions,the legitimacy and effectiveness of the judiciary.This is the root of the rule of law.
4. We must ask ourselves if these episodes do notrecall the title of Chapter XVIII the Discourses ...,Machiavelli. To what extent, in fact, one can"preserve freedom in a corrupt state?
5. We have a democracy of great endsliberationists, and rhetoric involved who want to impose themselves on the enemy with the apparatus of government propaganda, and we need a democracy of institutional facilities capable of housing to all, friends or foes, in a shared sense of personal safety and collective. To this are thelaws that are not fulfilled here.