Supermercados

[...] Startup lança site para comparar preços

Brasileiros adoram uma pechincha e geralmente utilizam sites como o Buscapé para comparar e encontrar os menores preços de livros, DVDs e eletrônicos na internet. Mas, o que se faz quanto o assunto é compras em supermercado online?De acordo com o André Nazareth, um dos fundadores da startup MeuCarrinho, a idéia surgiu da própria necessidade que tinha em sua época de faculdade em economizar...Continua>>>

Artigo semanal de Delúbio Soares

Buriti Alegre

                                        Já rodei o mundo, visitei os cinco continentes, percorri dezenas de países, admirei povos e civilizações, estudei suas culturas e hábitos, deslumbrei-me com as belezas e surpreendi-me com as particularidades dos quatro cantos do planeta, mas o que trago no peito, o que me estimula e conforta, o que me orgulha e gratifica, é a terra onde nasci e o seu povo. Infeliz do homem sem raízes. Desgraçado daquele que renega suas origens. Quem não ama seu berço, não quer bem a nada. E eu amo Buriti Alegre.

Acompanho o dia-a-dia de minha terra com o mesmo interesse com que contemplo a evolução dos assuntos mais importantes de nosso tempo. Cada notícia que me chega de um avanço social, de uma realização econômica, de uma nova turma de estudantes que se formam, de profissionais liberais que se estabelecem, de empresas que chegam para somar esforços, gerar empregos e produzir em Buriti Alegre, tem para mim o impacto de uma alta na Bolsa de Nova York, da descoberta de uma nova jazida pela Petrobrás, de uma vitória de nossa seleção na decisão de uma Copa do Mundo. Meu amor por minha terra não conhece limites. É que Buriti e seu povo jamais colocaram qualquer limite em seu carinho e integral solidariedade para comigo em todos os momentos de minha vida.

Nós já fomos uma cidade acanhada, perdida numa região belíssima e esquecida. Geramos governadores, deputados, grandes empresários, artistas, intelectuais, gente trabalhadora e da melhor qualidade. Mas não saíamos de uma posição injusta de cidade pouco reconhecida, economia estagnada, com potencialidades mal exploradas e população mal assistida pelos poderes públicos.

Recordo-me dos anos 60, quando já havíamos dado um governador a Goiás e, no entanto, apenas dois dos professores que lecionavam em Buriti dispunham de curso superior. Mas nem isso impedia que nós, meninos pobres, tivesses mestres devotados e que se desdobravam para suprir as carências com enorme sentido de missão e competência profissional.

Tínhamos um dos maiores rebanhos bovinos do Estado de Goiás, quiçá do Brasil. Sua agricultura sempre pródiga, alicerçada numa terra fértil e abençoada. Mas isso fazia muito pouca diferença na distribuição de renda na sociedade local ou na arrecadação do Município, pequeníssima e incapaz de fazer frente às necessidades de uma população crescente e suas demandas nas áreas de educação, saúde, saneamento básico.

Buriti Alegre era um retrato diminuto e veraz do Brasil: uma terra riquíssima e um povo carente. Possibilidades infindas, mas tentativas tímidas de exploração do potencial existente. No microcosmo, o reflexo de uma realidade injusta e recorrente.

Começamos a mudar a história de minha amada terra quando perdemos o medo. A eleição do prefeito João Alfredo - homem austero, trabalhador incansável e administrador visionário - uniu sua experiência de bem sucedido empresário rural à de companheiro petista, comprometido com as necessidades da população e com a boa governança. Buriti Alegre disparou! A arrecadação, em apenas seis anos, deixou o acanhado patamar de R$ 4 milhões praticamente quadruplicando em 2010, favorecendo uma gama de obras públicas, onde saúde e educação foram priorizadas.

Não há criança em idade escolar que não tenha vaga disponível na rede pública local. Além disso, mais de 200 estudantes universitários residentes em Buriti Alegre, todos os dias, num programa exitoso e necessário, são transportados em ônibus para Municípios onde se localizam as faculdades cursadas, num esforço merecido pelos que apostam no estudo e vêem nele a chance não só da construção de uma carreira profissional, mas da participação cidadã na vida de seu país.

Ao latifúndio improdutivo se contrapôs a chegada da indústria, com a instalação de frigorífico de grande porte e um abatedouro de aves dos mais modernos do país, com o impressionante número de quase 200 mil aves processadas diariamente. Essas indústrias, instaladas durante o governo Lula, realizaram investimentos altíssimos em tecnologia, instalações industriais e formação de pessoal, seguindo padrões internacionais de qualidade. Outro frigorífico chegará em breve, gerando mais empregos, riquezas, impostos e divisas. O rebanho bovino passa das 105 mil reses e se notabiliza pela altíssima qualidade. A agricultura de Buriti Alegre vive um ciclo virtuoso, com a produção de milho, soja, arroz, tomate e sendo um pólo produtor bananeiro. Vai longe o tempo em que não podíamos vivenciar o progresso e planejar o desenvolvimento sustentável da riquíssima região onde nascemos, vivemos e produzimos. Esse tem sido o jeito petista de governar do prefeito João Alfredo, meu dileto companheiro, e sua operosa equipe.

Ainda agora, com base nas políticas desenvolvimentistas implementadas no governo do Estadista Luiz Inácio Lula da Silva e renovadas na administração da presidenta Dilma Rousseff, a montadora automobilística Suzuki, uma das maiores do mundo, anunciou a instalação de uma linha de montagem na vizinha cidade de Itumbiara, governada por um dos prefeitos mais dinâmicos de Goiás, o meu amigo José Gomes. O reflexo da chegada da montadora japonesa ao sul goiano será imediato na economia de todo o Estado, especialmente das cidades daquela região, que passarão a participar de uma nova etapa do processo de desenvolvimento econômico e industrial, ainda desconhecido na área. Não nos falta excelente mão-de-obra, invejáveis recursos naturais, posição geográfica estratégica e a irrefreável vocação dos goianos para o desafio, o empreendedorismo e o êxito.

O Brasil vive um momento invulgar. Segundo a competente Fundação Getulio Vargas, a taxa de desigualdade no Brasil atingiu a sua mínima histórica desde se começou a pesquisá-la em nosso país. O estudo divulgado pelo seu Centro de Políticas Sociais (CPS/FGV) revelou que em oito anos - de dezembro de 2002 a dezembro de 2010 - o país conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%. Ou seja: o governo Lula levou mais de 30 milhões de brasileiros para a classe média, tirando-os da pobreza, dotando-lhes de melhores condições de vida e os incluindo no mercado consumidor. Isso se chama, simplesmente, inclusão social. "Em 8 anos, no governo Lula, foi feito o que era previsto para 25 anos, de acordo com a Meta do Milênio da Organização das Nações Unidas, que era reduzir a pobreza em 50% de 1990 até 2015", ressaltou o economista Marcelo Neri, da FGV.

Buriti Alegre é um retrato fiel do Brasil de hoje. Evoluiu, cresceu, quer mais e está fazendo sua parte na incessante tarefa do desenvolvimento nacional. Ainda falta muito a se fazer e as carências são grandes. Mas já se respira o ar do desenvolvimento e seu povo se orgulha de mostrar o quanto conseguiu construir em tão pouco tempo.

Há mais de 30 anos saí de Buriti Alegre. Nunca, jamais, em tempo algum, Buriti Alegre saiu de mim, do meu coração, do meu sentimento, da minha alegria de viver, da minha ternura pela terra abençoada e por seu povo.

www.delubio.com.br

www.twitter.com/delubiosoares

companheirodelubio@gmail.com


Isca ou anzol

[...] quem pesca no mar das redes sociais?

Vamos pensar no movimento de um cardume de peixes. Concordam que é praticamente impossível prever o seu rumo? Quanto mais você corre para se aproximar, mas eles se afastam e tudo vira um grande caos. Mas se você interagir oferecendo a isca certa, além de se aproximar – entendendo assim seus hábitos – poderá fisgá-los com muito mais facilidade. Usando a isca certa, os peixes praticamente pedirão para ser fisgados. Devemos agir da mesma forma... Continua>>>

Refinaria

[...] governo do Estado do Ceará conclui desapropriação do terreno para construção da Premium II, da Petrobras

O projeto da refinaria já tem, inclusive, licença ambiental expedida pela SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente -. 
A licença prévia foi aprovada em 28 de abril.
Falta apenas um lote de terra para o fim do processo de desapropriação. 
O titular da Procuradoria do Patrimônio e do Meio-Ambiente, Diogo Musy, revelou que o lote tem somente 47 hectares e representa somente 2,4% de todo o terreno previsto para a refinaria. 
A unidade da Petrobras no Ceará deve ter uma área total de aproximadamente 1.930 hectares, em Caucaia.
"Não existia uma avaliação das benfeitorias neste lote. A avaliação chegou na última sexta-feira (29). Nós já estamos em negociação com a pessoa. Uma semana é o prazo que eu estimo para o fim desse processo", afirma Diogo.
Dinheiro não é problema
Diogo Musy não soube precisar o valor exato do lote a ser desapropriado, mas garantiu que "dinheiro nunca foi problema" para o Governo do Estado em se tratando do processo de desapropriação dos terrenos para a refinaria. A próxima fase do processo, após o fim da desapropriação, é o início da regularização notarial e registral do terreno em cartório.
300 mil barris ao dia
A previsão da Petrobras é que a refinaria comece a operar em 2017, produzindo 300 mil barris de petróleo ao dia. As primeiras intervenções no terreno para a obra devem começar ainda neste ano, no terceiro trimestre.

Remédios

[...] vendas de genéricos disparam

Boa notícia: crescem as vendas de medicamentos genéricos, instituídos no país há exatos 10 anos por projeto do saudoso senador Jamil Haddad (PSB-RJ). No 1º trimestre deste ano, foram vendidas 123,7 milhões de unidades, uma alta de 32% se compararmos aos índices do mesmo período em 2010. Já o faturamento com estes remédios cresceu 37,4% de janeiro a março, totalizando R$ 1,7 bi.

O crescimento do setor de genéricos também bateu o recorde registrado na área no ano passado. Com um faturamento total de R$ 6,2 bi, o setor cresceu 33,1% em 2010. Ao longo de uma década - eles foram criados em 2001 - esta média (de crescimento) girava em torno de  25% ao ano.

O mais importante é que a disparada nas vendas dos genéricos está relacionada ao aumento da renda da nossa população, à expansão do programa Farmácia Popular criado pelo governo Lula e, também, ao lançamento de novos medicamentos a partir de patentes recém-expiradas.

Segundo o presidente da Pró-Genéricos (entidade do setor), Odnir Finotti, "as pessoas estão conseguindo comprar medicamentos que antes não conseguiam". Um exemplo clássico é um remédio contra colesterol alto cujos preços caíram de R$ 200,00 para R$ 80,00.

Os genéricos são mais uma prova que a distribuição de renda veio para ficar e é a única forma de crescimento sustentável.
Zé Dirceu

Casamento Civil

[...] STF retoma julgamento

Os ministros do Supremo Tribunal Federal retomaram o julgamento das ações que reconhecem os direitos da união estável aos casais homossexuais.
As ações foram propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.
Já existem decisões dadas por tribunais e juízes nos estados a favor ou contra à extensão dos direitos dados à união de casal hetero aos casais homos.
A decisão do STF unificará o entendimento do tema.
O julgamento teve inicio ontem (4) com a leitura do relatório feita pelo ministro Ayres Britto. Depois de mais de 4 horas de sessão, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, suspendeu o debate e convocou a continuação do julgamento para hoje.
Ayres, até o momento, foi o primeiro a votar favorável aos casais homossexuais.
“O sexo das pessoas não se presta como fator de desigualação jurídica”, ressaltou Britto na ocasião.
Caso prevaleça a análise de Britto, na prática o Supremo reconhece os mesmos direitos e deveres de uniões estáveis heterossexuais às uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Parte das garantias está relacionada aos direitos previdenciários, de divórcio, de pensão, da herança, de declaração compartilhada de Imposto de Renda, entre outros.
Hoje o primeiro a votar será o ministro Luiz Fux.
Na sequência votam Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.
O ministro Dias Toffoli se declarou “impedido” de votar porque já tinha opinado sobre a questão quando foi Advogado Geral da União.

Política

[...] lição para oposição!

1. A parlamentarização dos partidos brasileiros e a partidarização da política obscurecem os vetores de atuação da própria oposição. Num quadro pluripartidário, com 22 partidos na câmara de deputados, muito mais. Fazendo remissão a 10 anos atrás, constata-se que quem mudou foi o PT, que jogou suas teses para debaixo do tapete e pragmaticamente passou a governar com seus antigos adversários. Com isso, reforçou a parlamentarização dos partidos. E transformou o ato de governar num consórcio de espaços, e não na pactuação de políticas.
                  
2. Com isso, a oposição, também parlamentarizada, apenas mede sua força pela álgebra das bancadas. Na verdade, os assuntos parlamentares deixaram de ser relevantes, com uma ou outra exceção, o que reforça a regra. Parte dos partidos de oposição fica ansiosa: Se é para não mudar, então quero minha parte nesta sopa de resíduos.
                  
3. A oposição fica indócil ao ver que algumas de suas políticas servem para a sopa de resíduos conhecida como base aliada. E que outras políticas e teses não têm como tramitar no Congresso, mesmo se voltássemos à 15 anos atrás. Se as reformas -política e tributária- não tramitaram antes, agora mesmo é que não tramitarão. Mas isso é apenas um resultado parlamentar.
                  
4. Olhando para 2012 e 2014, os mesmos temas, esses e outros, que não tramitam no Congresso com uma maioria clientelar, podem -e devem- tramitar nos corações e mentes dos eleitores. Para isso há que fazer Política com P maiúsculo. E essa é uma conhecida prática dos partidos políticos pelo mundo todo. Nenhuma bancada de partido grande faz Política como um todo em nenhum lugar.
                  
5. Isso é feito por um grupo de parlamentares que passam a funcionar como um Grupo Compacto. Nome, aliás, dado pelo deputado Bocayuva Cunha depois da vitória eleitoral do PTB em 1962 quando se torna a primeira bancada e -por isso- com muito maior diversidade ideológica. Em outros lugares se chama de Núcleo Duro. Em geral, isso não gera ciúmes internos, pois uma boa parte dos demais não quer cumprir esse papel..., pelas razões.
                  
6. O que precisa a Oposição no Brasil é sair da armadilha da dramatização da política como linguagem da mídia, e entender que os fatos correntes eram previsíveis pela sopa de resíduos, com tantos colegas de outras jornadas, em que participavam desta mesma sopa, quando a oposição era governo.
                  
7. Por isso mesmo, não faz muita diferença perder cinco ou dez deputados. Elege-se na próxima eleição pelos vácuos regionais. O importante é que a Oposição constitua um Grupo Compacto um Núcleo Duro, e que passe a fazer política -com a agitação de suas ideias, dentro e fora do parlamento- ampliando sua capacidade tática, potencializando temas e entrando nas brechas da sopa de resíduos, explorando suas contradições intrínsecas e dando visibilidade a guerra de ideias. Há quadros de sobra para isso.
                  
8. Afinal, partidos com dois, cinco ou dez deputados, tem produzido mais luminosidade de suas teses e contrapontos, que uma oposição de mais de 100 deputados. A palavra de ordem da Oposição deve ser: Grupo Compacto Já! Núcleo Duro Já!
Cesar Maia