Cinema: O ator Matheus Portugal destaca o objetivo do filme Sonhos Reais

Com produção independente, o filme foi realizado e todo rodado em Manhuaçu e região com mais de 500 atores.

O diretor e produtor Teógenes Nazaré, teve que suar muito a camisa contando com apenas uma câmera, eu acredito que seja algo inédito na história do cinema.

Veja o vídeo de entrevista no Programa Mão Amiga:

http://www.youtube.com/watch?v=EpdcRHoWolo&feature=player_embedded



Há de florescer...

Se no terreno de pedras ou lodoso
Nasce uma linda flor
Por que no coração do egoísta e orgulhoso
Não há de florescer o amor?

por Luis Fernando Verissimo

O resto

Anders Behring Breivik é um belo espécime de raça superior. Aquela que, segundo ele, deve se defender da mestiçagem e do multiculturalismo para não perder sua identidade, sua religião e finalmente seu espaço numa Europa ocupada por inferiores.
E Breivik não contribuiria apenas com sua boa estampa para hipotéticos cartazes promovendo a causa. Ele próprio é um exemplo da eficiência e da produtividade que caracterizam a raça nórdica, em contraste com as outras e com os mestiços. Fazer o que ele fez, em tão pouco tempo, requer uma organização e uma racionalização de meios incomuns.
Como já se disse sobre a política de extermínio dos nazistas, abstraindo-se o resto a simples engenharia do feito foi admirável. O "resto" a ser abstraído são os milhões de seres humanos assassinados pela engrenagem mortal, certo. Mas, julgada pela eficiência e a produtividade, que para Breivik distinguem os puros dos híbridos e das raças menores, a engrenagem funcionou.
Seu pequeno genocídio de noruegueses inocentes também funcionou. Assim, ao mesmo tempo que sua estampa nos mostra um ideal da raça que deve ser preservada, ele nos dá uma aula prática da sua superioridade. Se conseguirmos abstrair o "resto", claro.
CHICO
O crítico Edward Said escreveu sobre o "estilo tardio" que em muitos casos — o Beethoven dos últimos quartetos é o exemplo mais notório — distancia o artista do seu público. O artista quer evoluir e experimentar e o público quer a repetição do que gosta.
No caso do Chico Buarque o estranhamento causado pelo seu novo CD pode durar uma ou duas audições de algumas das músicas (com outras a rendição é instantânea), mas não resiste à terceira audição, quando o estranhamento vira encantamento.
Chico experimenta com rimas insólitas e sutilezas tonais (esmiuçadas naquele antológico artigo do Artur Nestrovski sobre o disco no "Estadão", e pelo Wisnik no GLOBO, semana passada), letras que misturam naturalmente o coloquial e o literário, canções que se esfarelam num quase recitativo, um blues e até um dueto de amor inevitável, que termina com o moço e a moça cantando "e lalari, lairiri" em vez de completar a letra. O estilo tardio do Chico é um estilo rarefeito, mas insista. O estranhamento acaba logo. E mal dá para esperar o que virá depois.
DEFINIÇÃO
Ouvi uma perfeita definição de super-herói, que serve para todos:
— São aqueles caras que usam a cueca por fora das calças.
E...

O pacote cambial e a jogatina financeira

A  decisão mais contundente do pacote cambial anunciado 4º feira ficou um tanto escondida por configurar, ainda, apenas uma possibilidade. A Medida Provisória 539 dá ao Conselho Monetário Nacional a prerrogativa de, a qualquer momento, exigir que os especuladores do mercado futuro de dólar elevem a margem relativa ao valor das apostas. Ou seja, façam depósitos de garantia em dinheiro vivo proporcionalmente  maiores que os percentuais vigentes. 

Em qualquer cassino o apostador compra fichas no valor correspondente  ao seu lance. Na roleta do mercado futuro de câmbio não é assim.  O especulador só precisa depositar 8% do valor da aposta, o que lhe dá enorme poder de 'alavancagem': com menos de US$ 1 milhão, pode reunir contratos de US$ 10 milhões --multiplicando por 10 os ganhos com eventual queda do dólar. Graças às facilidades concedidas aos jogadores, passam por essa roleta diariamente mais de US$ 15 bilhões, cerca de dez vezes o volume físico de dólar negociado no país, exercendo um poder desproporcional sobre as cotações . 

O cassino do dólar é um dos brinquedos do parque temático rentista instalado no país, cuja principal atração chama-se 'carry trade': consiste em tomar empréstimo a juro zero lá fora e aplicar aqui a uma taxa real de 6,8%, a maior do planeta. Esse, na verdade, é o grande vilão da taxa de câmbio, que transforma a economia numa esponja, com dólares que entram por todos os poros em busca de rentabilidade sem igual num mudo mergulhado em recessão e liquidez.

O pacote cambial ergue a comporta do dique e dá ao governo, ao Conselho Monetário, o poder de manejar para cima o mecanismo quando for o caso. Mas não ataca o vertedouro inclinado dos juros que atrai massas descomunais de dinheiro especulativo para a economia.

 É difícil separar o joio do trigo nesse caudal em que especuladores e tesourarias de bancos e empresas --inclusive nacionais-- muitas vezes se confundem. 

O conjunto forma uma avalanche que barateia o dólar e impulsiona as importações com dois efeitos contraditórios: arrefece a inflação com o ingresso de mercadoria barata, mas transfere emprego e produção para o exterior.É um corner estratégico para o qual não existe resposta estritamente técnica. No fundo trata-se de escolher a sociedade que se quer construir no Brasil. 

A desordem cambial reflete um desarranjo mais amplo nos preços básicos da economia --entre os quais a taxa de juros se sobressai como um aspirador que suga recursos ao rentismo, em detrimento de outras prioridades. Reordenar essa equação requer uma negociação política mais ampla. O governo teme que uma redução abrupta do fluxo de dólares, decorrente de um efetivo controle cambial, encareça subitamente as importações, prejudicando o combate à inflação. Por isso age na margem. O risco existe. Mas existe também alternativa: uma repactuação política das bases do crescimento, coisa complexa, mas talvez menos fluida do que controlar caso a caso a esponja da especulação cambial.
Carta Maior

Chega de intermediários: Joseph Blatter para presidente do Brasil


Não é difícil descobrir as eminências pardas escondidas atrás do poder e dos poderosos. Napoleão dizia dispor de um amo e senhor que determinava todas as suas iniciativas: era a natureza das coisas. Já os presidentes Castelo Branco, Ernesto Geisel e João Figueiredo tinham o general Golbery do Couto e Silva. José Sarney não agia sem o dr. Ulysses, e, com todo o respeito, a presidente Dilma Rousseff reverencia no Lula o seu grande oráculo.

Tudo bem, é da vida a existência dessas influências por trás do trono, mas alguma coisa está errada quando as eminências pardas assumem a forma de entidades ou empresas que  mais parecem um arco-iris flamejante. O Brasil, como nação, ganhou um amo e senhor, melhor dizendo, um  feitor de escravos,  empenhado em ditar ações que seriam de nossa exclusiva competência.

Chama-se FIFA, que desde a nossa escolha para sediar a Copa do Mundo de 2014 vem dando não apenas palpites, mas expedindo ucasses e determinações escandalosas. Sua última interferência foi fechar por quatro horas, no próximo sábado, o Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Só porque o sorteio das eliminatórias do certame acontecerá na Marina da Glória, na parte da tarde, nenhuma  aeronave poderá aterrissar ou levantar vôo, duas horas antes e duas horas depois.  Pior é que o nosso governo aceitou a exigência, feita através do ministério dos Esportes e destinada a atingir a proporia presidente Dilma Rouseff, que já confirmou presença na cerimônia. Vai ter que chegar cedo, se pretende utilizar o Santos Dumont, e não poderá sair  enquanto não expirar o inusitado prazo. Na hipótese de precisar retornar antecipadamente a Brasília, por conta de uma crise política qualquer, estará prisioneira de Joseph Blatter e companhia.

Faz muito que a FIFA  vem exagerando, exigindo a construção ou  modificações milionárias  em estádios variados, de acordo com suas regras.  Quer avenidas e transporte de massa em torno desses locais segundo padrões que impõe sob a ameaça de transferir a realização da Copa para outro país. Controla  os contratos de publicidade e prestação de serviços, ganha comissões,  manipula o crédito e até escolhe as  empresas encarregadas executar obras e de atuar no certame.

A tudo o país  se curva, governo e economia privada, sem ponderar que muito maior prejuízo teria a FIFA  caso nos negássemos a cumprir  suas determinações. Apesar da euforia econômico-financeira que nos assola, valeria atentar para o fato de que estádios de futebol já possuímos aos montes, capazes  de abrigar nossas torcidas e  em número superior a hospitais,  escolas, portos e postos de defesa de nossas fronteiras.  Mesmo assim, dezenas de bilhões vem sendo desviados para satisfazer as imposições dessa mais nova eminência colorida, pois deixou de ser parda. Se é desse  jeito que as coisas funcionam, muito acima e além de nossa soberania, logo surgirá um partido político lançando Joseph Blatter para presidente do Brasil...
por Carlos Chagas

A democracia mudou de face


Parece que interessa mais ao eleitorado os líderes de popularidade do que as próprias estruturas partidárias. É uma tendência mundial, do final do século XX, que está ligada à fragmentação do sistema partidário, a crise da representação e a diluição das grandes identidades políticas, que em nosso país adquiriram contornos muito contundentes depois da crise de 2001. Entre as consequências deste fenômeno, estão a flutuação do voto e uma maior autonomia cidadã em relação aos partidos. A democracia representativa tradicional, baseada em um sistema partidário, já não é o que era. A democracia mudou de face.


Não se trata somente das novas tecnologias da comunicação política, das redes sociais, que ampliaram o espaço público para novas formas de comunicar e participar, mas também de uma democracia de contato com os cidadãos.  Com isso, faço menção ao enlace que se estabelece entre os eleitores e os "líderes de popularidade", que são aqueles reconhecidos pelo grande público, que não provem do âmbito da política. A democracia imediata exacerba, sem dúvida, o personalismo na política.

Hugo Quiroga, politólogo da Universidade de Rosario

Receita de Torta de Coco Dourada

torta-de-coco-dourada-f8-11264.jpg Ingredientes

Massa

2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de margarina Qualy 
1 colher (sopa) de fermento químico em pó 
1 de ovo

Recheio

3 copos de leite
6 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de amido de milho

Cobertura

1 pacote de coco ralado 
1 lata de leite condensado 

Modo de preparo

Massa
Misture todos os ingredientes, amasse até obter uma massa homogênea. Abra a massa e aplique sobre uma fôrma de fundo removível, deixando descansar por 10 minutos. Aplique o recheio e leve ao fogo médio (180º) até que esteja dourada.
 
Recheio
Leve todos os ingredientes ao fogo e quando o creme estiver pronto, aplicá-lo sobre a massa.
 
Cobertura
Polvilhe o côco ralado sobre o recheio e, em seguida cubra com o leite condensado. Leve ao forno. 
 

Esta receita foi preparada pela especialista em confeitaria Renata Karan.