Por que o amor é cego

É cego porque não amamos a aparência. 

Amamos a essência. 

A essência não vemos, apenas sentimos.

Viúvas de Demóstenes na imprensa choram por ele


Por Ricardo Kotscho 
Abandonado pelos seus pares do DEM e do que restou da oposição parlamentar no Congresso Nacional, o ainda senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) só encontra apoio em alguns setores da imprensa e agora joga todas as suas fichas no Judiciário, pois sabe que não tem como escapar da cassação do mandato. É tudo só uma questão de tempo.
Chega a ser comovente o empenho de alguns jornalistas em variadas mídias para separar o Demóstenes AC (Antes de Cachoeira), o implacável combatente contra a corrupção, do Demóstenes DC (Depois de Cachoeira), como se isso fosse possível.
tem essa história de antes e depois: Demóstenes e Cachoeira são umbilicalmente ligados faz muito tempo, atuavam juntos em atividades clandestinas e um cumpria ordens do outro, segundo as gravações feitas pela Polícia Federal.
Tratado agora como um traidor, Demóstenes sempre foi um impostor, e só se deixou enganar por ele quem o considerava um aliado útil contra o governo, independentemente dos seus objetivos. Agora não adianta chorar.
Tanto que nem o senador nem o seu advogado até hoje apareceram na imprensa para defender a sua inocência, mas apenas para negar a validade das provas obtidas nas escutas telefônicas.
A atividade criminosa pela qual Demóstenes está sendo denunciado é concomitante à sua atividade como parlamentar, na qual se destacou como grande ator, de acordo com seu ex-parceiro Sergio Guerra, presidente do PSDB, que gostava de vê-lo “de dedo em riste”.
A tragédia greco-goiana das duas vidas no mesmo personagem protagonizada pelo senador só se tornou pública porque ele tinha certeza de que nunca o iriam pegar.
De um lado, confiou na alta tecnologia do telefone Nextel à prova de grampos, que ganhou do bicheiro; de outro, tinha certeza da impunidade, garantida por seus fortes laços de amizade na alta cúpula do Judiciário e pela teia de apoios montada pelo seu cúmplice na área político-policial.
Pois agora é exatamente na Justiça que Demóstenes emprega todos os seus esforços para evitar a cadeia. Na terça-feira (10/3), como informou a colega Marina Marquez, do R7, em Brasília, a defesa do senador entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação das provas apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
A defesa se resume nisso: ao incluir no inquérito contra o senador as gravações entre Demóstenes (o Doutor) e Cachoeira (o Professor) obtidas durante a Operação Monte Carlo, a Polícia Federal estaria “usurpando” as funções do STF, já que o órgão não autorizou qualquer investigação contra o senador.
Também na terça, o Conselho de Ética do Senado se reuniria para eleger seu novo presidente, primeiro passo para a abertura de um processo contra Demóstenes.
O problema é que o STF negou aos senadores cópia do inquérito da Polícia Federal, o que inviabiliza o processo na Comissão de Ética e praticamente obriga o Senado a instalar uma CPI. Só assim os parlamentares poderão ter acesso às provas.
Se tudo der certo, ainda assim levará pelo menos uns três meses para que o processo de cassação de Demóstenes Torres seja julgado no Senado – o tempo com que ele conta para que todo mundo esqueça o que aconteceu e o STF anule as provas. “Se conseguirmos trancar as provas, este inquérito estará morto”, já comemorava previamente o advogado Almeida Castro.
É bem possível, pelos antecedentes que conhecemos, que o procurador Demóstenes livre-se das garras da Justiça. Mas nem ele acredita numa absolvição política no Senado, onde virou um estorvo, um morto vivo sem chances de ressuscitar.
Com a palavra, os comentaristas: o que vai acontecer com Demóstenes?
a) vai ser cassado
b) vai ser condenado e preso junto com Cachoeira
c) não vai acontecer nada

Arrecadação do ICMS do Nordeste supera a do Sul


Do DCI
 O total arrecadado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados nordestinos continua a crescer, percentualmente, mais do que o recolhimento no Brasil. Pelos dados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), esse avanço possibilitou que no ano passado a região se tornasse a segunda maior em arrecadação, ao ultrapassar a Sul pela primeira vez na série histórica.

Enquanto a Região Nordeste registrou recolhimento de R$ 65,150 bilhões em 2011, o montante da região sulista foi de R$ 47,979 bilhões. Para especialistas, a explicação vai desde a maior distribuição de renda, passando pelo crescimento econômico mais expressivo na primeira região, até as consequências da chamada guerra fiscal.

A advogada Priscila Calil, sócia do PLKC Advogados, acredita que, se confirmado os números preliminares do Confaz, os incentivos fiscais concedidos, principalmente, pelos estados nordestinos, podem ser um dos grandes fatores do aumento da arrecadação de ICMS. "Esses benefícios motivam a ida de várias empresas à Região Nordeste. Por mais que os estados do Sul também concedam esses incentivos, que são ilegais, o desempenho da economia do Nordeste tem sido mais atrativo", justifica a especialista.

Para ela, os estados nordestinos continuaram a apresentar aumento do recolhimento do ICMS por meio da concessão desses benefícios, que culminam na guerra fiscal, se não houver uma verdadeira reforma tributária. "Decisões do STF [Supremo Tribunal Federal] se referem a cada caso. E são várias situações em que incentivos inconstitucionais são oferecidos. A proposta de tornar a alíquota de ICMS única na entrada de mercadorias no País pode ser um primeiro passo, mas só uma reforma ampla resolverá essa disputa fiscal", argumenta Priscila Calil.

Já para Max Roberto Bornholdt, advogado sócio do escritório Bornholdt Advogados e ex-secretário da Fazenda de Santa Catarina, a guerra fiscal não é responsável pelo aumento da participação do Nordeste na arrecadação do ICMS, e na diminuição no Sul. "Na verdade, houve aumento de arrecadação tanto no Nordeste quanto no Sul, mas enquanto no Sul o aumento foi menor por conta da desaceleração da economia, no Nordeste houve uma expansão do mercado e também uma melhoria de renda na população", diz.

Adriano Gomes, professor de Finanças do curso de Administração da ESPM, também entende que a maior participação do Nordeste no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é que tem possibilitado esse aumento na arrecadação. "O deslocamento de Sul para Nordeste está ocorrendo. Basta ver os indicadores econômicos. Os dados do Confaz, mesmo que preliminares, podem confirmar isso", afirma. "A boa notícia é que a região nordestina tem crescido pela força que o governo federal proporcionou nas últimas duas gestões. O lado ruim é que o Sul foi esquecido. Houve uma queda da renda da população e menos investimentos nos estados", ressalta o professor.

Para ele, a tendência é de avanço no Nordeste, mas políticas econômicas têm que ser feitas em prol de todo o País.

Entre regiões

Comparado a 2010, a arrecadação realizada pelos estados nordestinos teve um acréscimo de 59,41%, de R$ 40, 870 bilhões, maior do que a média nacional, cujo aumento foi de 18,87%, ao passar de R$ 270,726 bilhões para R$ 321,825 bilhões. No Sul, em 2011, houve alta de 13,89%, de R$ 42,129 bilhões, segundo os dados do Confaz.

Outra região de destaque é o Norte, ao apresentar expansão de 16,96% do acumulado de 2010 para o mesmo período de 2011, ao passar de R$ 15,506 bilhões para R$ 18,136 bilhões. O recolhimento de ICMS no Centro-Oeste subiu de 22,748 bilhões para R$ 26,298 bilhões, o que equivale a uma alta de 15,61%.

O sudeste ainda á região que mais arrecada no País, mas pelos dados preliminares do Confaz, o crescimento foi o menor: 9,89%, para R$ 164,261 bilhões, nessa mesma base de comparação.

Sermão, pregação, discursos

A Sexagésima do Padre Antonio Vieira

1. O Islã afirma que a maior virtude de um mulçumano é ensinar o Alcorão aos demais. Os apóstolos de Cristo só pregavam aos Judeus, até que Paulo questionou e Pedro ouviu uma voz que lhe dizia o mesmo: pregue a todos. São Paulo e Santo Agostinho diziam que a salvação vem da fé, mais que da doutrina ou dos livros.

2. Só crescem as organizações que pregam, que saem de si para fora, para outros. Essa é a razão do crescimento do Islamismo e foi a do Cristianismo por séculos. Hoje, dentro do Cristianismo, crescem mais as Igrejas de pregação externa, como os Evangélicos, e menos as de pregação interna como -em geral- os Protestantes e Católicos. 

3. O mais importante pregador da Igreja Católica em língua portuguesa foi Padre Antônio Vieira, com seus Sermões, ouvidos, dentro e no entorno das Igrejas. Em seu famoso Sermão - SEXAGÉSIMA- Padre Antônio Vieira dá uma aula de como Pregar. Diz ele:

4. Um Sermão é constituído pela Pessoa (o pregador), a Ciência (doutrina), a Matéria (sobre o que se vai pregar), o Estilo de quem prega e a Voz (suas nuances). O fundamental num pregador é sua vida, seu exemplo. O que realmente semeia ao pregar é a ação. Para falar ao coração, são necessárias Obras. 

5. As palavras entram pelos ouvidos e as obras entram pelos olhos. Devemos pregar aos olhos com obras. O estilo há de ser muito fácil e natural. Por isto, Cristo comparou o pregar ao semear. Que diferente é o estilo violento e tirânico que hoje se usa ao falar. 

6. A queda é para as coisas, a cadência é para as palavras. As palavras são as estrelas; os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. O estilo da pregação deve se mostrar distinto, e muito claro. 

7. O sermão há de ter um só assunto e uma só matéria.  Se se semeia muita variedade não se pode colher coisa certa. No sermão a variedade nos discursos deve nascer da mesma matéria. Como uma árvore que tem tronco, ramos, folhas, frutos, mas a matéria é uma só. Se tudo são troncos não é sermão, é madeira, se tudo são flores não é sermão, são ramalhetes...
            
8. O pregador há de pregar o seu e não o alheio. O alheio é bom para comer, mas não para semear.  Com armas alheias ninguém pode vencer. Não servem todas as línguas a todos, senão cada um a sua.
            
9. As palavras de Deus pregadas no sentido que Deus lhas deu, são palavras de Deus. Mas pregadas no sentido que queremos dar, não são.
          
10. Há sermões que são comédia e há os que são farsa (voz muito afetada, muito polida, requintar finezas, lisonjear precipícios...).
          
11. Sermões para gostarem ou não gostarem os ouvintes. Que médico repara no gosto do cliente?

Se Demóstenes Torres relatasse Demóstenes Cachoeira

por Carlos Chagas

Caso não sobrevenham retrocessos, instala-se hoje a Comissão de Ética do Senado, sob a presidência do senador Vital do Rego. Com um pouco de boa vontade, os senadores escolherão também o relator do processo aberto contra Demóstenes Torres. A impressão é de que tudo correrá bem depressa, para evitar o desgaste que seria o prolongamento do inquérito. Claro que o acusado terá amplo direito de defesa.
                                                     
Fosse qualquer outro o réu e dúvidas inexistiriam: Demóstenes Torres seria o relator, em função de sua postura sempre rígida na luta contra a corrupção e a ilegalidade. Seu passado responderia pela designação. Como a vida é sempre mais fascinante e mais complicada do que a ficção, eis que o senador por Goiás encontra-se do outro lado do muro.
                                                       
Fazer prognósticos sobre a decisão do Conselho de Ética será tão prematuro quanto perigoso. Mesmo assim, nos corredores do Senado sopra o vento da condenação, ou seja, da cassação do mandato de Demóstenes. Ninguém seria mais implacável no interrogatório dele mesmo e na coleta de argumentos para sua degola.
                                                      
O Conselho de Ética atua politicamente, acima e além das questões jurídicas. Importa  menos aos senadores saber se o ainda colega não poderia ter sido objetivo de investigações policiais sem licença do plenário. Mesmo com amargura, os 16 integrantes do colegiado decidirão tendo em vista os danos causados ao Senado pelo episódio envolvendo Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Quanto mais rápido  solucionarem a crise, melhor para todos. 

Islândia julga o neoliberalismo


Geir Haarde, primeiro ministro da Islândia em 2008, quando se deu a derrocada bancária no país, está sendo julgado por um tribunal especial. No banco dos réus, pela primeira vez, a política neoliberal que originou a bancarrota. Juízes e 60 testemunhas têm refletido durante o julgamento – que está sendo seguido por milhares de islandeses através da internet – sobre as causas de uma situação que não surgiu em 2008 por geração espontânea mas sim pela deriva neoliberal a que o governo sujeitou o país.

Esquerda.net


Durante o governo de coligação direitista e social democrata de Geir Haarde, os bancos faliram, a economia entrou em colapso. Mais do que julgar o homem que à frente do governo não conseguiu evitar a dramática situação no pequeno país, os juízes tentam apurar o que se passou e as circunstâncias que provocaram a crise. O tribunal considera que não é possível responsabilizar unicamente o ex-primeiro ministro pelo que se passou.

Da sua acusação constam o fato de não ter feito nada para evitar a debandada dos estabelecimentos financeiros, de não ter feito com que o banco online Icesave tivesse o estatuto de filial britânica, o que teria permitido transferir o problema da falência para Londres e evitado ao país a realização de dois referendos e a decisão dos islandeses de se recusarem a pagar por dívidas que não são suas. Este problema está atualmente no Tribunal Europeu de Justiça.

Juízes e cerca de 60 testemunhas têm refletido durante o julgamento – que não é transmitido ao vivo pela TV mas que está sendo seguido por milhares de islandeses através da internet – sobre as causas de uma situação que não surgiu em 2008 por geração espontânea mas sim pela deriva neoliberal a que o governo sujeitou o país.

Em causa estão, principalmente, a privatização das quotas de pesca que proporcionou aos armadores fortunas incalculáveis, um investimento em cascata no estrangeiro, quase sempre com maus resultados, uma privatização desastrosa dos bancos feita frequentemente segundo métodos corruptos e de clientelismo. A este processo seguiu-se uma onda de concessão de créditos bancários sem critérios nem garantias proporcionando, à escala do país, problemas semelhantes aos que se registaram nos Estados Unidos com a bolha imobiliária e o subprime.

Nesta fase, os bancos concederam um volume global de crédito que superou em 11 vezes o PIB islandês; quando o primeiro ministro decretou a sua falência era impossível salvá-los. Além disso, os islandeses não o permitiram e recusaram-se a assumir as dívidas alheias.

A resposta dos islandeses à crise não alinhou pelos caminhos impostos pela União Europeia aos Estados membros, pelo que hoje a Islândia, apesar de sofrer os efeitos de uma forte austeridade econômica e de uma acentuada quebra no consumo, conseguiu salvaguardar o Estado social, o desemprego está em sete por cento e as entidades patronais não foram além de limitar o trabalho extraordinário para conseguirem evitar os despedimentos.

Geir Haarde, político direitista e considerado um fundamentalista neoliberal, tem 64 anos e abandonou a carreira política. Incorre numa pena de dois anos de prisão. Mais do que um chefe de governo incapaz de dirigir o país – é a acusação a que corresponderá a pena que vier a ser aplicada – no banco dos réus está a política neoliberal.


Carnebola com pimentão

Ingredientes

  • 1 kg de lagarto
  • 2 xícaras (chá) de vinagre tinto
  • 1 copo de óleo de soja
  • Sal, pimenta-do-reino, alho e orégano e Aji-no-moto à gosto

Molho

  • 1 kg de cebola fatiadas
  • 100 gramas de azeitona verde picadas
  • 1 maço de cheiro-verde picado
  • 1 pimentão verde em rodelas 
  • 1 pimentão vermelho em rodelas 
  • 1pimentão amarelo em rodelas 
Como fazer
Tempere a carne com sal, orégano, pimenta e Aji-no-moto em seguida leve para cozinhar na panela de pressão,com o restante dos ingredientes. Quando levantar fervura,deixar na pressão por 40 minutos,e desligue o fogo. Reserve o caldo. Deixe esfriar. Fatie a carne bem fina e reserve. Jogue todos os temperos dentro do caldo e deixe ferver. 
 

Forre um refratário com uma camada fina de molho, depois cubra com uma camada de carne e assim sucessivamente. Por último, cubra com uma camada de molho. Deixe esfriar, cubra e leva à geladeira.Sirva no dia seguinte, para que apure o sabor. 

Sirva com arroz branco e salada