É do Tesão que nasceu a evolução

Tesão: Este instinto primitivo é que incentivou a evolução humana.

“Nossa, assim você me mata.” Esse verso veio à cabeça de Michel Teló ao ver uma mulher, na penumbra de uma balada cheia de gente. Nada de conversa, encontro ou jantar. Um flerte e ele já estava caidinho por ela. Imagine que, com o hit nas rádios, a cena se repete, a moça o reconhece e cai de amores pelo autor de “Ai, se eu te pego”. Os dois copulam e têm dezenas de telózinhos e telózinhas, passando seus genes adiante na história da civilização. 

Essa atração fatal é, na verdade, um instinto de sobrevivência. Para psicólogos, biólogos e neurocientistas que estudam o que move o desejo de homens e mulheres, nossa capacidade de identificar parceiros “quentes” com um simples olhar foi decisiva para nosso sucesso evolutivo, e não faltam esforços para mapear o que está por trás desse encanto à primeira vista. Só no ano passado, foram concluídas mais de 300 pesquisas científicas sobre o assunto. “O que nos desperta o tesão são sinais de que aquele ser humano nos daria uma prole capaz de sobreviver melhor e levar a espécie adiante”, diz Cláudio Soto, psicólogo da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos.
Editora Globo

Fraude na escolinha do professor Gilmar Dantas

Na edição da Carta que chega essa semana às bancas, Leandro Fortes publica estarrecedora reportagem:

Cobras e lagartos – disputa empresarial – em um processo judicial conturbado, Inocêncio Coelho, ex-sócio de Gilmar Dantas (*) no IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público – acusa o ex-Supremo Presidente Supremo de “desvio de dinheiro e sonegação” de impostos.

O título da capa é sugestivo: “Fraude na escolinha do professor Gilmar”.

Fraude. Sonegação. 
Desvio.


Desvio de conduta, também, porque um Ministro da Suprema Corte não pode ser empresário – só pode ser professor.

Tudo pronto para um impeachment !

Está tudo lá na estarrecedora reportagem de Leandro Fortes, que já tinha identificado as impressões digitais da Globo nas operações do Carlinhos Cachoeira.

A história que Leandro conta essa semana mostra que Inocêncio Mártires Colho, último Procurador da República do regime militar, entrou na Justiça contra Gilmar, porque:


  • Gilmar atacava o cofre da empresa sob a alegação de que precisava custear festas familiares e fazia retiradas significativas;
  • atacava o cofre na esperança de cobrir depois, com “acertos futuros”- o que jamais acontecia e, portanto, praticava o que se chama de “evasão fiscal”;
  • Gilmar queria uma “vantagem diferenciada” na empresa,  porque se cansou de ser o “garoto propaganda” do IDP;
  • será que isso explica a obsessão pelos holofotes da Globo, essa “vantagem diferenciada”?;
  • apavorado com o processo judicial do ex-sócio, Gilmar contratou o segundo advogado mais poderoso do Brasil – Sergio Bermudes, aquele que aparece no processo de impeachment que o Dr Piovesan movia e move contra Gilmar (o primeiro é Marcio Thomaz Bastos, cujo escritório move, em nome de Daniel Dantas, uma ação contra Mino Carta);
  • da Alemanha, na edificante companhia do amigão Demóstenes Torres, Gilmar conseguiu “trancar” o litigio com Inocêncio e submete-lo a um providencial “segredo de Justiça”. Viva o Brasil !
  • segundo auditoria contratada no litígio, as “remunerações extras” – eufemismo usado pelos auditores para se referir a “retiradas ilegais” – do ex-Supremo chegavam a 14% (!) da receita bruta – não há negocio capitalista que resista a tal voracidade;
  • eram pagamentos “feitos por fora”, ou seja, sem recolhimento de impostos

Os sócios fizeram um acordo para encerrar o litigio judicial.

E ministro (ou ex-Ministro) do Supremo “indenizou” Inocêncio em 8 milhões e um Real – onde um ministro do Supremo consegue esse dinheiro, Ministro Celso de Mello, decano da Casa ?

Onde ? 
Onde um Ministro do Supremo levanta R$ 8 milhões ?

Leandro Fortes já demonstrou de forma irrefutável – e por isso mereceu ações judiciais movidas pelo ex-Ministro Supremo do Supremo – que o IDP  só existe porque:


  • recebeu um terreno do notável governador de Brasília, Joaquim Roriz, outra Catão do Cerrado, com um desconto camarada de 80%;
  • e obteve um empréstimo no Banco do Brasil do fundo de “para estimular a produção em zonas rurais”.

Quanto tempo dura Gilmar no Supremo ?

Ministro Ayres Britto, o senhor permitirá que este  
“empresário” se sente ao seu lado e vote o mensalão ?

É este o Catão de Mato Grosso que denunciou a chantagem do Nunca Dantes – chantagista que ele não processou ?


Ele pode continuar a “desonrar a Magistratura”, como previram dois brasileiros íntegros, Joaquim Barbosa e Dalmo Dallari ?



A reportagem de Leandro Fortes deveria ser dedicada a Fernando Henrique Cardoso.
Paulo Henrique Amorim

Tilápia assada com batatas e ovos

Ingredientes

  • 1 kg de tilápia
  • 3 batatas média
  • 1 maço de brócolis
  • 3 ovos
  • 2 cebolas
  • 3 dentes alho picado
  • 2 colher(es) (sopa) de salsinha picada(s) fininha
  • 100 gramas de azeitona preta picada

  • . Sal, azeite e pimenta-do-reino à gosto

    Como fazer
    Corte a tilápia em tiras no sentido das fibras. Tempere com sal e pimenta-do-reino branca e deixe tomar gosto. Corte as batatas em pedaços não muito pequenos e cozinhe em água com sal até ficarem macias, mas bem firmes. Cozinhe os ovos duros e corte em rodelas. Separe o brócolis em buquês pequenos, desprezando os talos. Corte a cebola em rodelas de meio centímetro e o alho, em lâminas finas. Num refratário grande, distribua em camadas, pela ordem, as batatas, o brócolis, o peixe, os ovos e a cebola. Espalhe as azeitonas, o alho e por último a salsinha. Regue tudo abundantemente com azeite. Cubra com papel alumínio e leve ao forno a uns  200ºC. Tire o papel alumínio depois de 15 minutos e deixe assar até o líquido secar um pouco e a cebola ficar murcha.

    Economia verde ou azul?

    O povo não quer saber se a economia é verde ou azul. O importante é que ele possa consumir.

    Quero


    Quero acordar do seu lado num domingo de manhã. 

    Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhar o caderno de cultura. 

    Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. 

    Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. 

    Quero deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado. 

    Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele. 

    Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. 

    Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. 

    Quero que você nunca mais deixe de pensar em mim.
    Tati Bernardi

    A marcha dos marcianos


    por Mino Carta, em CartaCapital


    Recebi de um leitor a imagem que ilustra este editorial. Primeira página de O Globo pós-golpe de 1964, Presidência interina de Ranieri Mazzilli, enquanto os donos do poder e seus gendarmes decidem o que virá. Treze dias depois o então presidente da Câmara volta a seu assento de congressista e a ditadura é oficialmente instalada. Comentário do amável leitor: eis aí os defensores midiáticos da democracia sem povo.


    De fato, acabava de ser desferido um golpe de Estado, mas seus escribas, arautos e trompetistas declamam e sinfonizam a história oposta. O marciano que subitamente descesse à Terra, diante da página de O Globo, e de todas as dos jornalões, acreditaria que o Brasil vivera anos a fio uma ditadura e agora assistia à sua derrubada. Em editorial, nosso colega Roberto Marinho celebrava: “Ressurge a Democracia!”


    É o jornalismo nativo em ação, entre a ficção e o sonho, a hipocrisia e a prepotência, sempre na sua função de chapa-branca da casa-grande. Vaticinava a invasão bárbara da marcha da subversão, passou, entretanto, a Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade. A Marcha dos Marcianos, me arrisco a dizer. Não é que faltassem entre os marchadores os hipócritas e os prepotentes. A maioria, contudo, era marciana. Só mesmo um alienígena para acreditar em certos, retumbantes contos da carochinha.


    Agora, observem. Quarenta e oito anos depois, a Marcha dos Marcianos ainda desfila, sem deixar de arrolar hipócritas e prepotentes. Ocorre que muitas mudanças aconteceram neste tempo longo. Inúteis ferocidades e desmandos a ditadura praticou, para esvair-se em suas próprias contradições enquanto fermentava a fortuna de empreiteiros, banqueiros e barões midiáticos. A pretensa redemocratização teve seus lances de ópera-bufa. Collor foi louvado por abrir os portos, mas cobrou pedágios nunca vistos. O governo tucano quebrou o País três vezes.


    Fernando Henrique Cardoso contou de fio a pavio com os aplausos febris da mídia, seduzida pelo príncipe dos sociólogos disposto, oh, surpresa, a encarnar as preferências da reação, impávido ao conduzir a privataria tucana e a comprar congressistas para garantir a reeleição. A vitória de Lula é o divisor de águas, não somente porque um homem dito do povo chegou ao trono, mas também em virtude de um governo que elevou o teor de vida dos setores menos favorecidos da população e ganhou prestígio internacional nunca dantes navegado. A presidenta Dilma garante a continuidade. Para entender melhor, leiam nesta edição a coluna Vox Populi de Marcos Coimbra.


    Sim, os bairros ricos, alguns dubaienses, ainda pululam de marcianos, assinantes fiéis e parvos dos jornalões, sem falar das pilhas de Veja que abarrotam no fim de semana os saguões dos seus prédios. Não enxergo, porém, a maioria dos brasileiros debruçados sobre estes textos sagrados e consagrados pela chamada classe A e parte da B. É possível que os da maioria ainda não tenham atingido o grau adequado de consciência da cidadania, de resto incomum em geral, mas estão maciçamente com Dilma como estiveram com Lula. E, quem sabe, pouco se preocupem com os destinos do processo do mensalão.


    Leio e ouço até agora que a questão incomoda sobremaneira tanto Lula quanto Dilma, e que a CPI do Cachoeira foi excogitada para desviar as atenções da Nação. CartaCapital entende que é do interesse geral, inclusive do PT, que o julgamento se faça o mais rapidamente possível e que o assunto seja finalmente encerrado por sentença justa.


    Insistimos na convicção de que o mensalão, conforme a denúncia original de Roberto Jefferson, como mesada oferecida a um certo número de congressistas, não será provado. Outros crimes, acreditamos, terão prova. Crimes igualmente gravíssimos, uso de caixa 2, lavagem de dinheiro, aquele que o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos recebe do contraventor Cachoeira para defendê-lo. CartaCapital arrisca-se a prever condenações óbvias, e nem tanto, e espera que o conspícuo envolvimento do banqueiro Daniel Dantas venha à tona neste enredo. Difícil imaginar como a mídia se portará ao cabo. Vale acentuar apenas o silêncio que manteve sem pestanejar diante dos “mensalões” tucanos.

    Chrome para o Windows 8

    A primeira versão de testes do Chrome para a interface Metro do Windows 8 vai ser lançado nos próximos dias, junto com a próxima atualização do canal de desenvolvedores do navegador do Google.

    Quem já está usando o Release Preview do Windows 8 poderá colocar o Chrome como navegador padrão do sistema e, assim, aproveitar a integração do browser com a nova plataforma da Microsoft, substituindo o Internet Explorer.

    A adaptação para o Metro vai permitir o uso de touchscreen para navegar na internet. As primeiras versões do navegador vão ser integradas com algumas funções básicas do Windows 8, como a barra lateral, por exemplo.

    do Olhar Digital