Editora Abril, Policarpo e Cachoeira um trio afinado


O blog reproduz trechos de áudio da Operação Vegas que comprovam a íntima relação do diretor da Veja, Policarpo Junior, com o Carlinhos Cachoeira.


Socialismo, o que é isso?

[...] O socialismo é uma doutrina totalmente triunfante no mundo. E não é paradoxo. O que é o socialismo? É o irmão-gêmeo do capitalismo, nasceram juntos, na revolução industrial. É indescritível o que era a indústria no começo. Os operários ingleses dormiam debaixo da máquina e eram acordados de madrugada com o chicote do contramestre. Isso era a indústria. Aí começou a aparecer o socialismo. Chamo de socialismo todas as tendências que dizem que o homem tem que caminhar para a igualdade e ele é o criador de riquezas e não pode ser explorado. Comunismo, socialismo democrático, anarquismo, solidarismo, cristianismo social, cooperativismo… tudo isso. Esse pessoal começou a lutar, para o operário não ser mais chicoteado, depois para não trabalhar mais que doze horas, depois para não trabalhar mais que dez, oito; para a mulher grávida não ter que trabalhar, para os trabalhadores terem férias, para ter escola para as crianças. Coisas que hoje são banais. Conversando com um antigo aluno meu, que é um rapaz rico, industrial, ele disse: “o senhor não pode negar que o capitalismo tem uma face humana”. O capitalismo não tem face humana nenhuma. O capitalismo é baseado na mais-valia e no exército de reserva, como Marx definiu. É preciso ter sempre miseráveis para tirar o excesso que o capital precisar. E a mais-valia não tem limite. Marx diz na “Ideologia Alemã”: as necessidades humanas são cumulativas e irreversíveis. Quando você anda descalço, você anda descalço. Quando você descobre a sandália, não quer mais andar descalço. Quando descobre o sapato, não quer mais a sandália. Quando descobre a meia, quer sapato com meia e por aí não tem mais fim. E o capitalismo está baseado nisso. O que se pensa que é face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele com suor, lágrimas e sangue. Hoje é normal o operário trabalhar oito horas, ter férias… tudo é conquista do socialismo. O socialismo só não deu certo na Rússia. Leia mais>>>

Crença e teimosia

Uma coisa é certa, o ser humano é capaz de acreditar em qualquer coisa e também não acreditar em coisa alguma.

Tinha uma parenta minha que quando em crise dizia a meu avô que fazia 3 dias que estava morta - ela acreditava nisso -, meu avô insistia em dizer que ela estava viva...

Pois não é que tem pessoas que vivem me dizendo que a mais de 2.000 anos atrás Jesus Cristo morreu para me salvar. E não adianta eu dizer que eu ainda nem tinha nascido, eles continuam dizendo que isso é a mais pura verdade.

Afff, discuto mais com essa gente não. Apartir de agora vou confirmar que tenho 2012 anos.




A VITÓRIA DA EDUCAÇÃO

 por Delúbio Soares 

Já lá se vão mais de três décadas que, como professor e estudioso do tema, acompanho a educação em nosso país. Suas potencialidades, suas deficiências, seu inestimável papel no desenvolvimento nacional e na transformação positiva da vida dos brasileiros. Nas salas de aula, como aluno ou já no magistério, vivi a educação e pude aquilatar sua importância. E não vejo outro caminho melhor para o futuro do Brasil do que ela.

 Em meados da década de 70, já empenhado na luta sindical, aprofundei ainda mais meus conhecimentos na questão educacional, presenciando a falência do modelo excludente e autoritário imposto pelo regime militar pós-64. Um sistema falido por antecipação vigiria por quase duas décadas: ensino de qualidade inferior e para muito poucos, universidade para a elite, professores desvalorizados e mal remunerados, imensa proliferação de instituições privadas de ensino, etc... E, acima de tudo, instrumentos de intimidação e repressão à via acadêmica, como os decretos 477 e 228, verdadeiros AI-5 da educação, levando o terror para as escolas e universidades, semeando o medo entre os estudantes, pairando como uma ameaça permanente aos docentes, inibindo a renovação, a criação e o talento.

 No país de geniais educadores e cientistas como Anísio Teixeira, Josué de Castro, César Lattes, Paulo Freire, Milton Santos e Darcy Ribeiro, de magistério com larga tradição de competência e imensa devoção, a ditadura esmerou-se em castrar brilhantes carreiras acadêmicas, despachando para o exílio mestres e cientistas, cassando cátedras, empobrecendo a educação e o país, baixando flagrantemente a qualidade de nosso ensino enquanto bania a política estudantil e perseguia com violência as lideranças que brotavam. Quando pior, impossível.

 Findo o período autoritário, com a abertura democrática em 1985, muito pouco se fez pela melhora da educação, sem dado algum que mereça ser exaltado, a não ser a natural oxigenação propiciada pela liberdade e alguns experimentos válidos em umas poucas universidades ou escolas aqui e acolá. Porém, no geral, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

 Em 2004, quando o Brasil já dava seus primeiros passos após o duro ano de 2003, quando o presidente Lula arrumou a casa e iniciou o mais fértil período social, político e econômico de nossa história, dá-se início a uma verdadeira revolução em nossa vida educacional, com o nascimento do Programa Universidade Para Todos, o Pro-Uni. De forma pioneira, intimorata, com a ousadia necessária aos países e povos fadados ao sucesso, o governo Lula inova ao abrir as portas das universidades à grande massa da população, possibilitando a chegada de filhos de famílias pobres à instituições de ensino privadas.

 De 2004 até os dias de hoje, milhões de estudantes buscaram no Pro-Uni a sua grande chance. Em janeiro passado, O número de inscrições chegou a mais de 1 milhão 202 mil, disputando as 195.030 bolsas — 98.728 integrais e 96.302 parciais, de 50% da mensalidade — em 1.321 instituições de ensino superior particulares, entre universidades, centros universitários e faculdades. E, ressalte-se, são os números do primeiro trimestre de 2012, apenas!

 Tive a alegria de ver um conterrâneo meu se tornar o milionésimo aluno a ser contemplado com uma bolsa de estudos do Pro-Uni. Em janeiro passado, o goiano Vitor Lima Lobo, aos 20 anos de idade, ao conquistar com imenso mérito a sua vaga no curso de medicina, deu um belo recado ao país e à sua geração: "Não se pode tratar o paciente como um número, dar uma receita sem olhar na cara. O médico precisa ouvir, ser mais humano". Vitor é filho de uma servidora pública aposentada do Estado de Goiás e não conhece seu pai. Em verdade, meu jovem e talentoso conterrâneo, futuro Doutor, é filho desse novo Brasil que surge, mais justo e democrático, generoso com sua gente e oferecendo as oportunidades que sempre lhes foram negadas.

 A educação, desde sempre, tem recheado discursos e frequentado palanques. Na boca de candidatos e em programas de governo ela aparece com destaque imenso e suposto respeito. Nada mais que isso. Mas foi no nosso governo, o governo do PT e dos partidos da base aliada, no governo do presidente Lula, no governo da presidenta Dilma, na competentíssima gestão de Fernando Haddad à frente do MEC, que ela saiu dos palanques e se encaminhou para a realidade de milhões de Vitor, de João, de Maria, de José, de filhos do povo que serão doutores num país melhor. O país que nós resgatamos do descrédito e do caos e se transformou em grande potência econômica e, com esforço e abnegação, vai se tornando uma grande Nação.



Contra corte de ponto, professores universitários prometem radicalizar greve

Radicalizar?...

Quem tem de radicalizar e exigir que o governo federal corte o ponto deles, são os pais dos alunos prejudicados pela férias renumeradas que os mesmos estão desfrutando.

Chega desta classe ficar posando de coitadinhos, eles são coitadinhos coisa nenhuma. 

A maioria dos professores de universidade ganha muito mais que os rendimentos de toda uma família que faz da tripas coração para conseguir formar um dos seus membros. 

Desafio a qualquer professor universitário que está em greve(?) mostrar seu contracheque e comparar com os rendimentos de uma destas famílias que estou falando.

Presidente Dilma Rousseff, por favor corte mesmo o ponto dessa gente. Chega, já passou da conta Não dá para que o patrão - nós contribuintes - ficarmos pagando para esta gentalha sindicalizada e protegida por leis imorais ficarem rindo da nossa cara.

Corte do ponto Já, Ontem!!!

Nouriel Roubini prevê: dias piores virão

[...] No ano que vem poderemos ter uma tempestade global perfeita.


[...] Penso que em 2013 os formuladores da política serão incapazes de evitar a perda de fôlego da economia, que o lento acidente de trem da zona do euro vai se tornar um acidente veloz, que os Estados Unidos parecem próximos de parar e mergulhar em uma nova recessão — segundo os dados econômicos mais recentes –, que o pouso da China está se tornando mais duro que suave, e que todos os mercados emergentes também estão reduzindo fortemente seu crescimento econômico, todos os BRICs — China, Rússia, Índia e Brasil — mas também o México e a Turquia, parcialmente por causa da recessão na Europa e no Reino Unido, do crescimento lento dos EUA, parcialmente porque não fizeram as reformas para aumentar a produtividade e potencializar o crescimento, e finalmente porque existe a bomba relógio de uma potencial guerra entre Israel, Estados Unidos e Irã.


As negociações fracassaram, as sanções vão fracassar, Obama não quer a guerra antes das eleições, mas depois das eleições, seja Obama eleito ou [Mitt] Romney, as chances são de uma decisão dos Estados Unidos de atacar o Irã, então você terá os preços do petróleo dobrando da noite para o dia. É uma tempestade perfeita: colapso da zona do euro, nova recessão nos EUA, pouso duro da China, pouso duro dos mercados emergentes e guerra no Oriente Médio.

Suas previsões são piores que as de 2008?
Muito piores porque, como em 2008, agora você tem uma crise econômica e financeira, mas diferentemente de 2008 não há mais balas para usar. Naquela época podíamos cortar os juros de 6% para 0, 1, 2 ou 3, podíamos dar estímulos fiscais de até 10 por cento do PIB, podíamos resgatar os bancos e todos os demais. Hoje, mais QEs [Quantitative Easing, a impressão de dinheiro pelo Tesouro dos Estados Unidos] está se tornando menos eficaz porque o problema é de solvência, não de liquidez; os déficits fiscais já são solares, todos precisam reduzir os déficits, não dá para aumentar; e não dá mais para resgatar os bancos porque, um, existe oposição a isso, dois, os governos estão quase insolventes, não podem se salvar, o que dizer salvar os bancos. O problema é que estamos sem balas na agulha, estamos sem coelhos para tirar das cartolas políticas. Se um derretimento dos mercados e da economia acontecer não temos mais a rede de segurança para absorver os choques, porque gastamos os últimos quatro anos atirando 95% da munição. Poderá [2013] ser pior que 2008. Leia íntegra da entrevista Aqui

Conselho do dia

Mulher, não perca tempo procurando o príncipe encantado. Procure o lobo mau, que te enxerga melhor, te ouve melhor e ainda te fode.