Economia: é apenas um museu de novas crises

O texto abaixo foi escrito em 1872, por Eça de Queirós

"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(em As Farpas)

Nasa: ainda sobre Marte

Segura, ele vai tirar outra foto
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Sou como o remédio

[...] respeite a dose e serei a cura.
Exceda a dose e serei o pior veneno.
 


Porta aberta

É esperança escancarada
Abre bastante portas durante a tua vida 
E não as feche
Tem gente que fará isso por te.

Mensalão: por que as vozes roucas das ruas não está nem aí

por Paulo Nogueira

Algumas coisas pegam, outras não. Algumas coisas mobilizam a opinião pública, e outras provocam essencialmente indiferença.
Aqui, na Inglaterra. A revelação de que o celular de uma garota sequestrada fora invadido por repórteres do tablóide News of the World, de Rupert Murdoch, gerou entre os ingleses uma raiva tão forte e tão espalhada que em menos de uma semana o jornal, de 168 anos, estava simplesmente fechado.
Na Tunísia, a autoimolação de um vendedor maltratado derrubou, em menos de um mês, uma ditadura de 23 anos.
O caso inverso é o Mensalão, no Brasil. Não vou entrar sequer no mérito da discussão sobre se o Mensalão deveria ter inflamado os brasileiros ou não. Mas o fato indiscutível é que, gostemos ou não, o caso jamais foi relevante para a opinião pública brasileira – a despeito da cobertura enorme e estrepitosa de jornais, revistas e telejornais.
Se a medição do poder de influência da grande mídia se der em torno do que o Mensalão significa para os brasileiros, a conclusão a que se chega é que a sociedade não está ouvindo tanto assim o chamado Quarto Poder. Se estivesse, a voz rouca das ruas estaria gritando palavras de ordem contra Lula, Dirceu etc. O Brasil se transformaria numa Praça Tahrir, o célebre centro de protestos do Egito.
Mas não.
Fora da mídia, a maior revolta parece vir de Roberto Gurgel, o procurador-geral da República. Mas em suas palavras, até aqui, há mais barulho que sentido. Gurgel, ao estilo superlativo do agregado José Dias de Machado de Assis, classificou o Mensalão como a “maior agressão” que a democracia poderia sofrer.
O quê? Como classificar, então, o golpe militar que derrubou em 1964 um governo eleito pelas urnas? Sabemos todos que muitas bobagens antidemocráticas são ditas em nome da democracia, mas Gurgel extrapolou.
Mas ainda uma vez. A opinião pública brasileira parece surda a toda a exaltação retórica de Gurgel, tão repercutida pela grande mídia.
De novo: algumas coisas pegam, outras não. O Mensalão não pegou.

Receita do dia

Linguiças com batatas e queijo
Ingredientes

  • 1/2 kg de lingüiça calabresa defumada
  • 1/2 kg de batata picada(s)
  • 200 gramas de queijo coalho
  • 2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
  • Sal, alho e pimenta-do-reino à gosto


Como fazer
Cozinhe as linguiças em saquinho de dourar (apropriados para micro-ondas), por 8 a 10 minutos na potência alta. cozinhe as batatas em saquinho de dourar, por 8 a 10 minutos na potência alta. Coloque as batatas em um refratário e tempere com o sal, alho e a pimenta. Adicione o queijo por cima e leve ao micro-ondas por 3 a 4 minutos na potência alta. Arrume numa travessa as batatas com as linguiças, polvilhe a cebolinha e sirva

Sedução

Aprenda com ela