Neno Cavalcante

Imitação sem consistência
Durante a campanha presidencial de 1989, quase todas as redes de TV realizaram debates entre os candidatos antes do primeiro turno, com a ausência proposital do embromador Fernando Collor. A única exceção foi a Globo, que optou por entrevistar individualmente os candidatos. Brizola foi indagado se iria estatizar os bancos. E respondeu, como sempre cheio de sabedoria, ele que não costuma cair em pegadinhas: "Se eu for eleito, o único banco que estatizarei será o Banco Central."

Aí mente
Agora, o candidato Aécio Neves, falando sobre se pretende, caso vença a eleição, privatizar a Petrobras, disse que, ao contrário, irá estatizá-la, crendo que o brasileiro não tem memória e já esqueceu a "Petrobrax" do aliado FHC.

Politiqueiros
Ainda sobre os insultos à presidente da República em São Paulo. Aécio Neves e Eduardo Campos adoraram e disseram, cada qual a seu modo, que foram merecidos. Depois da reação das pessoas de bem do País inteiro, voltaram atrás.

Economia

Brasil - Ligação entre Operadoras ficará 90% mais baratas

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou uma norma nessa quarta-feira, 18, que resultará na redução das tarifas cobradas pelas operadoras móveis por ligações entre seus clientes e os clientes das concorrentes.

De acordo com o órgão, até 2019 os valores de referência de uso de rede móvel da telefonia móvel devem cair em mais de 90%, chegando a um custo médio de R$ 0,02. Hoje esse valor é de R$ 0,23.

A redução atinge as operadoras, que devem repassar o benefício aos clientes, aumentando a competição do setor e diminuindo o “efeito clube” - hoje, como os valores de interconexão são altos, os consumidores evitam ligar para outras operadoras.

“Com a medida deliberada hoje, espera-se que os preços off-net (para telefones fora da operadora de origem) se tornem mais próximos dos preços on-net”, explica a Anatel. “Assim, o consumidor não precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular para realizar chamadas para outras operadoras a preços mais próximos às chamadas on-net”.

Emprego

Se o mercado não te enxerga, nós faremos ele te ver.
Acompanhe toda as quinta-feira a Série Inclusão Profissional no jornal Diário do Nordeste.

Mauro Beting sobre "barrigão" do colunista Mario Sergio Conti

Contem outra

Em 1998, uma cara colega que achava que tudo era ironia nessa história do jornalista que confundiu Felipão com um sósia – e, ainda pior, também o “Neymar” na poltrona próxima… – mais se divertia com Paris que com a Copa que, a princípio, estava escalada para cobrir para mostrar o “outro lado” do Mundial. Sim, ela podia não ver alguns jogos. Mas não deixar de ver quase todos como fez. Como outro caro colega que adorava dizer que não via jogos ruins da Copa. Justamente os que são mais Copa. Justamente os que o levaram a ser pago para executar a função. E com o privilégio que muita gente pagaria para fazer enquanto ele dormia no Mundial.
A cara colega tinha como fazer o que escrevia do Leblon, do Barra Shopping, da estátua do Borga Gato, sei lá eu. Mas ela fazia o seu bom serviço ocupando lugares que seriam de jornalistas esportivos. Essa gente menor e limitada. Alienada. Essa subespécie da imprensa.Esse pessoal da editoria do esporte que não sabe qual é a capa da Época. Da Veja. Da Isto é. Da GQ. Essas revistas de pouca circulação que se confundiram e postaram também capas e reportagens com sósias do Felipão e do Neymar que trabalham no Zorra Total.
Não conheço jornalista esportivo que tenha confundido ministro com sósia.
Mas conheço muito colunista premiado por chefia padrão Fifa que ganha credencial de Copa como se fosse promoção de patrocinador da entidade. Do tipo:
- Escreva mal do governo (qualquer um) por 4 anos e ganhe um mês no centro de imprensa da Copa do Mundo! Não requer prática nem habilidade! Chupe algum artigo do El País, cite Eduardo Galeano, escreva sobre um bistrô fantástico que você foi com alguns jornalistas da antiga até de madrugada, e esteja na final da Copa do mundo vendo o jogo. Se o Brasil perder, diga que torce pelo Barcelona e que perdeu o encanto com o futebol no Sarriá; se o Brasil for hexa, diga que isso não pode jamais reeleger a Dilma.
É isso. É simples.
Tão fácil quanto imaginar que Neymar seria um pouco mais assediado se realmente estivesse no voo, e não o sósia do Zorra Total  (?!).
Tão fácil quanto imaginar que o treinador da Seleção não falaria o que falou a um desconhecido que o desconhecia além do aceitável para qualquer jornalista. Para não dizer para qualquer brasileiro.
Mas, isso, só os limitados jornalistas esportivos sabem. Os doutos colegas-doutores que vão dar um outro enfoque na cobertura esportiva jamais seriam tão focas de publicar uma entrevista com sósia de treinador pentacampeão flanando de avião pelo pais da Copa.
Um culto e letrado colega que tudo sabe dos bastidores da notícia não erraria jamais! Onde já se leu?!!!
Ele, como outros, abusaria da ironia. Sentado numa posição de jornalista em estádio da Copa escrevendo a respeito da mensagem subliminar comunista da bola vermelha da bandeira do Japão… Ou qualquer outra constatação intestina constantina.
Foram os fatos que desandaram. Não a versão publicada no jornal e sumida na internet.
Afinal, é mais fácil nessa condição profissional do nobre colega saber quem é sócio do patrão que reconhecer um sósia do Felipão.
Conte outra.
Nós, limitados jornalistas esportivos, vamos continuar contando nossas tacanhas historinhas.
Nos vemos na Rússia 2018, colegas colunistas.
Ou, provavelmente, não.
Lá só vai colunista para fazer paralelo com a Revolução de 17, Glasnost, queda da URSS, Putin.
É muito areia pro nosso aviãozinho da Ponte Aérea.
por Mauro Beting - www.lancenet.com.br

Frase do dia

O único da Dilma nessa Copa foi ela não ter arranjado tempo de treinar a seleção. 
No resto, tá tudo 100%

Aroeira

Pig tenta manchar a Copa

Mídia usa incidente no Maracanã para "manchar"a Copa

por Jicxjo para o Nassif Online

Acho que valeria analisar melhor o circo que a mídia nativa está fazendo com o episódio da invasão de chilenos ao Maracanã ontem. Estão desesperados na caça de um "escândalo" para manchar a Copa, ao menos internamente, para tentar melar a percepção favorável que vai se formando na população.
Usando o Google News, como tenho o hábito de fazer, li muitos artigos, tanto brasileiros quanto aqueles da cobertura pela imprensa estrangeira. O óbvio: a imprensa europeia em geral é sóbria, faz jornalismo, busca apurar as responsabilidades, preocupa-se com a verdade factual; já a daqui, em regra, faz insinuações, colocando as versões e declarações acima dos fatos. É o jornalismo chacrinha: vem não para explicar, mas para confundir.
Além dos jornalões e seus portais ressaltarem as declarações do chefe de segurança da FIFA de que o episódio é uma "vergonha" (para quem, cara pálida?), enfatizam logo em seguida que é responsabilidade brasileira o policiamento no "perímetro" do estádio. Não apresentam nenhuma mentira avulsa, mas selecionam a dedo a parte que é contada, as expressões vagas a serem usadas.
Sonegam ao destinatário informações sobre a divisão de responsabilidades entre FIFA e poder público (e, claro, se nem isso fazem, muito menos distinguir o que cabe a cada esfera de governo), de que a segurança desse perímetro para dentro é da FIFA, com seus seguranças privados. Os torcedores, usando ingressos usados de outras partidas, atravessam a barreira externa e chegam aos portões, onde forçam a entrada contra os escassos "stewards".
Jogam sempre com a ambiguidade, deixando a gosto do leitor decidir se a responsabilidade é da Fifa ou "do governo" (lembrando que, ainda que alguém ache que é dever da polícia conferir minuciosamente se torcedor tem ingresso para um evento privado, a PM é estadual). A narrativa dos artigos é cuidadosamente elaborada para que o leitor "ligue os pontos" na direção em que os interesses políticos inconfessos determinam.
Sigam até o Google News e deem uma olhada no que estão escrevendo (há muitos exemplos, que mostram o padrão que está sendo seguido). Depois comparem, por exemplo, com o artigo abaixo, da BBC, que vai direto ao ponto, já no início, sem esconder o que interessa:
"Uma invasão de cerca de 100 torcedores chilenos no Maracanã causou um tumulto no centro de mídia do estádio a menos de uma hora do início da partida entre Chile e Espanha, nesta quarta-feira.
O incidente expôs problemas na segurança dentro dos estádios da Copa do Mundo, em parte relacionados a falhas de segurança e falta de vigilantes privados contratados pela Fifa.
Diferentemente do que ocorre nos campeonatos nacionais, a segurança nos estádios da Copa do Mundo não é feita por policiais militares, mas por vigilantes privados chamados de “stewards”, que são contratados pelo Comitê Organizador Local (COL). Segundo órgão, o número desses agentes por jogo varia entre 900 e 1.200."

Josias de Souza

Rio de Janeiro: refugado pelo PSB, Miro Teixeira (PROS) tira time de campo

Em política, as coisas que não têm solução já estão solucionadas. Veja o caso do deputado Miro Teixeira. Recém saído do PDT para o Pros, ele pretendia disputar o governo do Rio com o apoio do PSB e da Rede.
Súbito, percebeu: se continuasse vivendo da esperança de que seus parceiros se unissem, morreria muito magro. Submetido à cordialidade do partido do presidenciável Eduardo Campos, Miro passou a considerar que o Oriente Médio é um trecho pacificado do mapa.
“O tempo dedicado a intermináveis e recorrentes conversas e trocas de notas oficiais dos partidos nas últimas semanas foi o prenúncio de uma campanha eleitoral litigiosa entre aliados, o que me parece impróprio”, escreveu Miro na carta que escreveu ao seu partido para informar que desistiu de ser candidato a governador.