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O Titanic do Pmdb

O bravo comandante Michel Temer e seus peemedebistas favoritos estão preparando, nos melhores alfaiates, as indumentárias mais vistosas, reservando os melhores perfumes para embarcarem, excitadíssimos, na viagem do impeachment sem desconfiarem que a sua aventura tende a ser tão desastrosa quanto a do Titanic.

Desastrosa não só para eles, mas para todos os brasileiros que os saúdam e aplaudem – e também os que os vaiam - enquanto eles gloriosamente sobem ao convés.

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Pobre Temer, pobres peemedebistas!

O impeachment que sempre foi e sempre será um golpe civil, na medida em que sua finalidade é depor um presidente (ou vice ou ambos) eleito é um processo tão tortuoso e danoso ao país que jamais aconteceu entre nós, ao contrário do que afirmam editoriais tendenciosos e deputados mal informados.

"Mas tivemos o impeachment do Collor! E ele não foi danoso! Não fez mal algum ao país, só fez bem! E ninguém chamou de golpe"!

Ledo (e Ivo) engano!

O impeachment compõe-se de três etapas. Na primeira, os deputados federais votam se o processo deve ser aberto – é o que acontece nos dias que correm. Se 342 deles optarem pelo sim passa-se à segunda etapa, que é quando os senadores, também por maioria absoluta, devem confirmar a decisão da Câmara dos Deputados para o processo seguir adiante.

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Nessa etapa Collor renunciou, impedindo que a terceira etapa acontecesse.

E é na terceira etapa que mora o perigo.

Se os senadores aprovarem a abertura do impeachment (até aí vota-se apenas a abertura e não o mérito), o presidente ou, no caso, a presidente é afastada provisoriamente por 180 dias.

E o vice assume, também provisoriamente, por 180 dias.

Nesse período ocorre, enfim, o julgamento do impeachment, realizado no Senado, mas sob o comando do presidente do STF. É quando o processo político veste o figurino jurídico.

Jamais um impeachment chegou a essa etapa no Brasil.

Essa grande festa para a qual o PMDB ansiosamente se embeleza e distribui convites tem, portanto, duração limitada.

Se o Senado decidir que a presidente não cometeu crime de responsabilidade – que é o mais provável, pois crime não há - ela volta ao poder e o governo provisório do vice afunda no iceberg da sua estupidez e irresponsabilidade.

Sobre impeachment e golpe




Impeachment é um instrumento legal criado para tirar um presidente da República que cometa crime de responsabilidade.

Quando criminosos se apossam dele para tirarem da presidência uma mulher Honesta, então o nome é outro:

Golpe!

Definição exata publicada por Regis Braga @regisbraga1

Recadinho para o PMDB de Eduardo Cunha e Michel Temer





[...] tudo se governa unicamente pela lei do mais forte. [...] O contrato de governo é assim desfeito pelo despotismo; o déspota só é senhor enquanto é o mais forte; e, tão logo seja possível expulsá-lo, de modo algum ele pode reclamar contra a violência. [...] Só a força mantinha, só a força pode derrubá-lo", Jean Jacques Rousseau.


Que não se iludam, eles tem muito a Temer e se arrepender por tentar assumir a presidência através de um golpe. No futuro próximo as ruas e urnas lhes darão a paga.

Lula é mais igual que os demais






Em mais uma das coisas que só acontece mesmo no Brasil o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, criou o cidadão menos igual que os outros. Sem nenhuma discussão ou votação e "Janota" decidiu incluir na Constituição exatamente no artigo 5º "Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Pois não é que o protetor de tucanos graúdos (em especial um de Minas Gerais, Aécio Neves), recomendou que o STF - Supremo Tribunal Federal -, derrube a liminar que impede que Lula assuma o cargo de ministro de Estado. Mas, que não tenha o direito ao foro privilegiado que todos os demais 200 milhões e 400 mil brasileiros tem, caso seja nomeado pela presidente da República.

Sinceramente, isso é um Procurador-Geral de Merda!

Só espero que o juiz Sergio Moro seja justo comigo, diz Lula

Três dias depois de a presidenta Dilma Rousseff conceder em Brasília uma entrevista a um grupo de jornais estrangeiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se reuniu nesta segunda-feira em São Paulo com a imprensa estrangeira para uma coletiva: tudo isso é um sintoma de como estão as relações entre o Governo e os meios de comunicação locais. Lula está posicionado no próprio olho do furacão político que atormenta o país pelas acusações de corrupção de que é alvo e sua nomeação como ministro, vetado provisoriamente por um magistrado do Supremo Tribunal Federal que entende que desse modo ele busca escapar da Justiça.

O carismático ex-presidente afirmou que Rousseff estava lhe oferecendo o cargo havia muito tempo: "Desde agosto vinha me dizendo, mas eu argumentava que esse não era meu lugar, que não era meu espaço. Até que há pouco tempo a presidenta me disse: 'Preciso de você para recuperar o país', e então aceitei". "Fui [na sexta-feira, 18 de março] a uma manifestação na Avenida Paulista e era ministro. E termino a manifestação e já não era [foi quando o juiz do STF vetou a nomeação, ainda em suspenso]. O que eu quero no Governo é ajudar o país fazendo o que mais gosto na vida: conversar. Mas sem um cargo no Governo vou parecer Rasputin."

Em relação à imunidade que obtém graças, precisamente, ao cargo, garantiu: "Eu não necessito de nenhum tipo de foro. Agora, vejamos: existe cumplicidade aqui entre polícia, juízes e política". E acrescentou, referindo-se à sua detenção: "É importante saber quem roubou, mas para isso não é preciso montar esses circos midiáticos, toda essa pirotécnica". Quanto ao juiz de primeira instância Sérgio Moro, que o investiga por suspeita de ter aceitado presentes de empresas vinculadas à Petrobras e que mandou a polícia prendê-lo em sua casa e levá-lo para depor, esclareceu: "Podia ter me convidado a ir depor. Eu teria ido sem nenhum problema. Inclusive não teria me oposto a que a declaração fosse transmitida ao vivo".

Moro divulgou gravações de Lula, – que tinha o telefone grampeado por ordens suas – com outros dirigentes políticos, incluindo a própria presidenta Rousseff: "Quando ouvi aquelas gravações divulgadas me senti ofendido como brasileiro. O juiz confundiu conversas públicas e privadas. E tudo se transformou em um circo. E o juiz, por mais que seja juiz, não agiu corretamente. Tudo isso empobrece o Brasil. Porque se isso de divulgar as conversas privadas se torna um hábito...O que está por trás é destruir a imagem de Lula. Mas lhes digo uma coisa: não está longe o dia em que alguém vai ter de me pedir desculpas".





O ex-presidente negou todas as acusações. Garantiu que não são seus nem o apartamento na praia nem o sítio suspeitos de terem servido como troca de favores. Depois, já um pouco mais político, afirmou – como defende Rousseff – que a destituição parlamentar (impeachment) que a presidenta enfrenta carece de base legal. "De modo que pode ser considerada um golpe". Acrescentou que vai trabalhar para conseguir os aliados parlamentares necessários para que isso não ocorra. No que se refere às maciças manifestações contra o Governo, disse: "Sou a favor de que as pessoas se manifestem. As manifestações demonstram que a democracia está viva". Mas ressalvou: "Eu sabia que a oposição ia criticar minha nomeação, que ia reclamar, mas não que fossem vetar-me como ministro, junto com o juiz Gilmar (do TSF)".

Em relação à economia, afirmou que "o povo brasileiro precisa de um sinal de esperança". Para Lula, esse sinal de esperança é acabar com a política de cortes que atualmente o Governo de Rousseff realiza e começar a incentivar –com créditos e investimentos em infraestrutura– o mercado interno brasileiro a fim de estimular o consumo. "Quando o pobre tem dinheiro, ele gasta em sapatos, em comida, em roupa, não o guarda em uma conta. Antes, o pobre era o problema; agora, é a solução."

Veja a seguir os principais trechos da entrevista coletiva:

Sérgio Moro

Se o juiz Moro cumprir todos os procedimentos estará exercendo um trabalho extraordinário. O excesso pode levá-lo a cometer erros... Só quero que ele seja justo comigo. Que ele me trate como a qualquer brasileiro.

Vaias a Aécio Neves na avenida Paulista no dia 13

O problema dessa manifestação é que Aécio também não pôde falar. E isso é perigoso porque então a coisa fica solta.. e pode dar em qualquer coisa, inclusive em nada. Eu prefiro que dê em alguma coisa.

Manifestações

É preciso suportar os protestos que vão contra você. Estas manifestações demonstram que a democracia está viva. Eu cheguei a ter 80% de aprovação em São Paulo. Isso significa que essas pessoas podem ser reconquistadas.

Impeachment de Dilma

Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Portanto, estão lhe roubando um direito dela e das pessoas que votaram nela. O impeachment é legal. Mas este processo está baseado em contas que ainda nem foram apresentadas.

Meios de comunicação

Alguns meios de comunicação estão transformando o ambiente até fazê-lo parecer com o da Venezuela.

Governo Lula

Quando eu entrei no Governo pensei que todos os brasileiros deveriam ter um café da manhã e um sanduíche para comer... [três refeições por dia, seu bordão quando era presidente]. Era a missão da minha vida. E foi isso o que aconteceu.

Revolução social

Fizemos uma revolução social sem violência. Sem nenhum tiro nem de pistola de água.

Para Janot a lei não é para todos

No parecer que enviou para o STF - Supremo Tribunal Federal - o Procurador-Geral da República Rodrigo Janot pondera que Lula tem o direito "mas"...desde que não tenho o direito que todos os demais ministros tem, foro privilegiado.

Lembrei de um caso contado pelo jornalista Josias de Souza, e jamais contestado pelo ministro do Supremo Celso de Mello. Foi o seguinte:

"
— Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do presidente.

— Claro! O que deu em você?

— É que a Folha de S.Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S.Paulo. Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do presidente.

— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S.Paulo noticiou que você votaria a favor?

— Sim.

— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?

— Exatamente. O senhor entendeu?

— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda."

Parafraseando Saulo Ramos:

Entendi. Entendi que Rodrigo Janot é um Procurador-Geral de Merda!