Pra desopilar


Resultado de imagem para amigos conversando

Ontem fui almoçar com meu grande amigo Afonso, o "Galã":
- E aí tudo bem? Me conta as novidades.
- Conto já Tom. Espera apenas eu gravar um áudio e mandar pelo WhatsApp.
- Certo. Tô esperando.
"Ando devagar, porque já tive pressa/ E levo esse sorriso porque já chorei demais". Pronto, Tom. Cara, quanto tempo a gente não tomava uma.
- É mesmo. Pra quem você cantou isso aí? É aniversário da sua mãe?
- Não. Foi pra Nanda. 
- Sua nova namorada?
- Sim. A gente combinou na virada de cantar um para o outro, todos os dias, trechos de canções. Amanhã vou cantar pra ela, "Tempo Perdido" e sábado, "Folhetim"
- Isso não parece ideia sua. Você sempre foi meio grosseirão.
- Não, foi ideia dela mesmo. Ela está me transformando num cara melhor, Tom.
- Tô vendo. Onde vocês se conheceram?
- Não sei exatamente. Acho que na Recoleta, em Buenos Aires.
- Como assim não sabe exatamente?
- Nosso perfil se cruzou por lá.
- Que perfil, Afonso?
- Do Happn.
- Ah bom.
- Aí vocês marcaram um encontro de verdade.
- Não. Eu estava correndo a maratona e voltei no dia seguinte. Ela mora lá, faz um curso de roteiro. Mas volta em maio pra São Paulo.
- Então vocês nunca se viram?
- Não.
- E estão apaixonados?
- Sim, visceralmente.
- Cuidado, cara. 
- Tom, você não está entendendo. Bateu uma química, uma coisa de pele mesmo.
- De pele? Via WhatsApp? Afonso...
- Tom, a gente gosta das mesmas coisas. Ela curte Kurosawa, adora comida peruana. Sabe qual o drinque favorito dela?
- Qual?
- Negroni! 
- E isso já é o suficiente para ela ser a mulher da sua vida? E se ela tiver bafo? Bruxismo? E se votar no Bolsonaro?
- Todo mundo é imperfeito, Tom. E já conversamos sobre política. Ele é centro -esquerda. Uma mulher de grande vivência. E uma leoa na cama.
- Como assim? 
- A gente já transou várias vezes pela web cam. Gozamos sempre juntos. Nunca tive essa sintonia com mulher nenhuma.
- Ah, a tal química, a coisa de pele. 
- Isso! Agora você está começando a entender. 
- Beleza, se você está feliz, tá valendo.
- Aliás, Tom, nosso almoço não pode ser demorado. Vou no Leroy comprar tinta. Vou pintar todo o apartamento. A Nanda escolheu as cores.
- Do quarto do bebê também? 
- Quarto do bebê?
- Ué, se ela é a mulher da sua vida, você vão ter filhos juntos.
- Você acha...
- Sim! Faça uma surpresa pra ela. Decore o quarto do bebê e mostre pra ela.
- Boa, Tom! Vou trocar "Tempo Perdido" por "Eduardo e Mônica". A Nanda vai amar. Ela adora ser surpreendida.

O Afonso foi lá comprar tinta e a frase do Millôr não me saiu da cabeça:
"Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem"
***

Entrevista de Lula ao Brasil 247

"Nunca pedi um favor a um ministro do STF e nem vou pedir"...
***

Boa tarde

Não permita que derrotas ou vitórias mude a essência que existe em você.
Vai por mim:
Sempre haverá outro dia, jamais outra vida
Portanto não desperdice a tua.

Foto
***

A carta da senhora presunção de inocência dirigida ao STF. Por Leonardo Isaac Yarochewsky


Resultado de imagem para carmen lucia charge
Remetente: Presunção da Inocência
Destinatário: STF - Supremo Tribunal Federal -
Exma. Dra. carmen lúcia antunes rocha - é em minúsculo mesmo revisor -
Publicado em primeira mão no Empório do Direito
Venho a presença de Vossa Excelência e dos demais ministros desta Corte Constitucional expor e afinal requerer o seguinte:
Sou uma velha senhora, minha origem remonta ao direito romano. Na Idade Média fui afrontada em razão, principalmente, dos procedimentos inquisitoriais que vigoravam na época, chegando mesmo a ser invertida já que a dúvida poderia levar a condenação. Contudo, sabiamente e felizmente, fui consagrada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 refletindo uma nova concepção do direito processual penal. Uma reação dos pensadores iluministas ao sistema persecutório que marcava o antigo regime, no qual a confissão – “rainha das provas” – era obtida através da tortura, de tormentos e da prisão.
Segundo o jurista italiano Lugi Ferrajoli, sou correlata do princípio da jurisdicionalidade (jurisdição necessária). Para Ferrajoli se é atividade necessária para obter a prova de que um sujeito cometeu um crime, desde que tal prova não tenha sido encontrada mediante um juízo regular, nenhum delito pode ser considerado cometido e nenhum sujeito pode ser reputado culpado nem submetido a pena”. Mais adiante o respeitável jurista italiano assevera que o princípio da presunção de inocência é um princípio fundamental de civilidade “fruto de uma opção garantista a favor da tutela da imunidade dos inocentes, ainda que ao custo da impunidade de algum culpado

Condenação de Lula deverá ser anulada no STF, por Frederico RochaFerreira


Resultado de imagem para charge stf

A investigação e julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz Sergio Moro, que culminou em sua condenação, deverá resultar em esforço inútil.
Apesar do acolhimento que a decisão do juiz Moro teve no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), as falhas processuais e violações da lei, cometidas no curso da investigação, julgamento e condenação, não deverão ter acolhimento no Supremo Tribunal Federal.
Dos avanços aos limites da lei na condenação do ex-presidente, a utilização da norma anglo-saxã da “dúvida razoável”, que permite a substituição de provas concretas, por “forte convicção”, talvez seja entre a magistratura ortodoxa, em particular o Supremo Tribunal Federal, o avanço às normas legais que sofre maior resistência.
Apesar de manter distância do processo, o Supremo sempre esteve atento à conduta do juiz Moro e de seus métodos desde o início e vozes da Corte vem ao longo de todo o processo se manifestando através da mídia.
O Ministro Ricardo Lewandowski1, que presidiu o polêmico impeachment de Dilma Roussef, disse; “a presunção de inocência é clausula pétrea da Constituição, não pode ser reinterpretada por juízes”, numa referência direta às “convicções” de Sergio Moro2. Marco Aurélio Mello3, por sua vez, afirmou; “Moro simplesmente deixou de lado a lei e isso está escancarado”. Gilmar Mendesclassificou, de "cretino", quem criou a proposta de combate à corrupção defendida pelo juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol, que diz; ”que prova ilícita feita de boa fé deve ser validada”.

Hora da Ave Maria

Consagremos nossas Famílias a Nossa Senhora.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém. Rogai por nós Santa Mãe de Deus para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Os Tribalistas voltaram, por Tom T. Cardoso

O que me faz lembrar, de novo, da mais longa e sofrida entrevista que fiz na vida, nos meus 25 anos de profissão.
O ano é 1996. Fui a Salvador, pelo Estadão, entrevistar Carlinhos Brown, na época fazendo sucesso com a Timbalada.
Cheguei no Candeal na hora combinada com a assessoria: 11 da manhã.
Carlinhos já estava lá, em pé, cercado por 15 jornalistas. Todos baianos.
Fiquei sabendo que ele daria uma coletiva para a imprensa local e depois falaria, separadamente, com os quatro jornalistas da "grande imprensa": Antonio Carlos Miguel (O Globo), Silvio Essinger (Jornal do Brasil), Pedro Alexandre Sanches (Folha de S. Paulo) e o foca aqui.
Duas da tarde. Carlinhos ainda estava de pé, na mesma posição, cercado pelas mesmas pessoas. Estava morrendo de fome e fui até lá pegar um pouco de amendoim. Ouvi um trecho da entrevista:
(...)  contemporâneos por terem trazido ao mundo, ou melhor, por fazerem renascer, a intuição da força que nós chamamos de Axé...
Três da tarde. Fui pegar mais um pouco de suco de cajá.
(...) A colonização portuguesa também nos trouxe uma doçura, um força bruta do querer lusitano, do fado enfadado.
Fado enfadado? Putaqueopariu.
Quatro da tarde. Fim da coletiva.
A assessora vira para o quarteto do Sudeste e diz:
"Carlinhos vai dar uma palavrinha com o pessoal do Correio Nagô".
Seis da tarde. É noite no Candeal.
"Pronto. Carlinhos agora vai conversar com cada um. Quem será o primeiro?"
Foi minha a sugestão mais sensata da noite, acatada pelos outros três jornalistas: vamos fazer todos a mesma entrevista. Uma mini coletiva.