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Artigo semanal de Delúbio Soares

CARNAVAL, O BRASIL NA AVENIDA 
“Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão, pela cidade”, 
Chico Buarque

Faz poucos dias, mortificado, assisti pelos telejornais as labaredas de um incêndio que consumiu diversos barracões de várias escolas de samba no Rio de Janeiro. Carros alegóricos e fantasias, os destaques de várias alas, as gigantescas figuras de luz e se sonho que encantam milhões de brasileiros e bilhões de pessoas ao redor do mundo, que pelo milagre da TV e da Internet acompanham a mais bela festa do planeta, foram destruídas pelo fogo em minutos apenas. Na antevéspera do reinado de momo, as cinzas se tornaram uma cruel e terrível realidade.
 Mas a capacidade de reinventar-se do povo brasileiro, sua total disposição de luta e a crença inabalável em cada recomeço, determinaram que aquele episódio já pertença a passado dos mais longínquos, tal a força e alegria com que a população carioca e seus carnavalescos se lançaram a tarefa de reconstruir o que o fogo destruiu, de recuperar o trabalho perdido e lutar pela conquista das arquibancadas, das multidões, do reconhecimento popular, de vencer mais um carnaval, de fazer de seu samba-enredo o campeão na avenida, de levar alegria ao povo.
 O carnaval é mais que um espetáculo de luz, de cor, de som, de alegria. É mais que uma manifestação da musicalidade e da expressividade corporal de nossa gente. Ultrapassa as fronteiras do acontecimento que congrega milhões de brasileiros, que atrai outros tantos milhares de estrangeiros e gera uma quantidade de divisas consideráveis, movimentando o turismo e fazendo do Brasil por alguns dias o centro do noticiário e das atenções da imprensa internacional. O carnaval é a continuidade de uma tradição das mais belas, da arte que vem do seio do povo, em demonstrações de talento e de criatividade insuperáveis.
 Não há cidade no interior desse país imenso, de norte a sul, por menor que seja em que o período carnavalesco não se faça sentir através de alguma iniciativa. Seja um bloco tímido numa localidade interiorana do meu querido Estado de Goiás, ou na majestosa entrada da Estação Primeira, quando seus tamborins e os poetas de sua Comissão de Frente, pisando as folhas secas caídas de uma mangueira, estremecem o solo da avenida e nos recordam a força e a beleza da arte que desce o morro e encanta o Brasil e o mundo.
 Li que Helsinque, a gélida capital dos finlandeses, já faz o seu carnaval. E o teria “copiado” do Rio de Janeiro. Seria muito acreditar que lá existam barracões, carnavalescos, puxadores de sambas-enredo, passistas e mestres-salas. Mas é correto pensar que existe o espírito da alegria e um enorme bom gosto: tentar, mesmo que a 50 graus abaixo de zero copiar o que os cariocas fazem com 40 graus a sombra, e ensinar alvas moçoilas de pele de porcelana o segredo divino que somente os pés de mulatas esculturais que tiveram a graça de nascer em Vila Isabel, no Morro do Chapéu Mangueira, na Rocinha, em Nilópolis ou no Morro da Portela, é algo absolutamente impossível. Haverá, vinda dos confins da Lapônia, uma brancarana sorridente, com a ginga de Vilma, a porta-bandeira que emocionava a avenida e monopolizava os olhares para a beleza plástica de seu bailado, a elegância de seus movimentos, como se fora uma Margot Fonteyn  do asfalto? Mas a tentativa é válida e mostra que o carnaval é uma festa de paz e de harmonia entre os povos por mais distantes que estejam.
 O Guinness Book registra em sua edição mais recente que o fabuloso carnaval da Bahia é “a maior festa popular de rua do mundo”.  Desde 1995 o mesmo Guinness declarou o genial Galo da Madrugada, do Recife, como “o maior bloco de carnaval do mundo”. E, independente do que o Guinness Book, com a autoridade e a seriedade que lhe reconhecemos, atesta, nós todos já sabemos há séculos que o carnaval é a mais bela, a mais alegre, a mais fraterna, a mais humana, a mais democrática das festas que o gênero humano inspirou.
 O reinado de momo se aproxima. Reinado absolutista, de absoluta alegria, que toma conta de todos, com os sambas-enredo, verdadeiras obras-de-arte, que serão cantados por gerações. As avenidas e as praças se lotarão de sonhos e de fantasias, de luzes e de cores, de sons e de risos.
 Recordemos dos valores maiores dessa arte popular, como Cartola, Chiquinha Gonzaga, Capiba, Tia Ciata, Dodô e Osmar, Monarco, Nélson Cavaquinho, Carmem Miranda, Noel Rosa, Jamelão, Neguinho da Beija-Flor, João Nogueira, Lamartine Babo, Braguinha, e de todos os que, desde os tempos do Entrudo, dos Corsos, dos carnavais de sempre, com talento e alegria, preservaram esse patrimônio lindo de nossa nacionalidade.

O futuro nos trilhos

O governo do presidente Lula Foi marcado por grandes obras. São obras físicas, mas também são iniciativas de profundo humanismo. Elas estão em todos os setores da vida nacional e, especialmente, no dia-a-dia de dezenas de milhões de brasileiros. São os que passaram da situação de miserabilidade para a classe média, comendo três vezes ao dia, readquirindo os direitos usurpados pelo Brasil do passado, da fome, da segregação social, dos governos descomprometidos com a cidadania e os destinos do país. São os brasileiros afro-descendentes e indígenas, são os filhos do povo, que adentraram os campus de nossas universidades em busca de um futuro profissional por obra do Pro-Uni. São milhões de trabalhadores, homens e mulheres, que não mais vagam em busca de um posto de trabalho e nem sofrem com o flagelo já banido do desemprego, trabalhando pela grandeza do país e assegurando dignidade e conforto às suas famílias.
As obras físicas do governo do presidente Lula são muitas e de notável importância. Elas foram impulsionadas pelo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, o maior elenco de realizações da União desde o vitorioso governo do presidente JK. E a presidenta Dilma já deixou claro o seu comprometimento com a continuidade de uma política desenvolvimentista, tocando grandes e fundamentais obras de infra-estrutura que se fazem absolutamente necessárias para um país que vive momento extraordinário de sua história.
Chegamos a uma situação singular: o presidente Lula conseguiu reverter o quadro caótico em todos os setores da vida nacional, a “herança maldita” recebida dos tucanos em 2003, e, com seu espírito visionário fez um governo comprometido com a grande massa do povo brasileiro e com políticas públicas voltadas para o crescimento econômico e a redenção social dos brasileiros. Teve pleno sucesso, deixando para a presidenta eleita, Dilma Rousseff, um país diverso daquele Brasil derrotado, desmoralizado e aparentemente sem futuro, fruto de um governo neo-liberal e sem compromissos para com a Nação e seu povo.
Considero que o governo Lula deu três importantes passos em setor fundamental para o desenvolvimento econômico, com larga penetração em nossa vida social: a séria retomada do sistema ferroviário, com o avanço das obras da Ferrovia Norte-Sul, fundamental para o agronegócio e para o progresso das regiões centro-oeste e norte; a iniciativa da construção do trem de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo, cortando o sul fluminense, o Vale do Paraíba e se estendendo até a importantíssima cidade de Campinas e, por fim, a decisão de iniciar as obras da Ferrovia Oeste-Leste, que nasce no litoral sul da Bahia, passa pelo São Francisco, corta o oeste baiano e chega ao coração do Tocantins, beneficiando uma das mais futurosas regiões agrícolas do país.
O Brasil volta seus olhos, novamente, para uma modalidade de transporte vitoriosa em todo o mundo: econômica, sustentável e de comprovada eficiência logística. Não poderíamos fazer escolha melhor. Ainda hoje pagamos a conta de um erro grave, o de se abandonar a ferrovia em benefício das estradas, de prescindir do trem em favor do transporte rodoviário. Os altos custos e os imprevistos a que estamos sujeitos na dependência do caminhão como peça-central do escoamento das produções agrícola e industrial, além de distribuidor e abastecedor dos centros consumidores, são prova de que o transporte ferroviário precisa voltar a ser forte integrante de nossa economia.
A Ferrovia Oeste-Leste (FIOL) terá suas obras iniciadas em 2011, já no governo da presidenta Dilma Rousseff. É um dos principais projetos do PAC e seus trilhos cortarão 1.490 km do sertão brasileiro, gerando mais de 30 mil empregos e sendo um investimento da ordem de R$ 4,2 bilhões. Sua malha irá beneficiar diretamente o Estado da Bahia e toda a atividade econômica do Tocantins, com grande influência, ainda, nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Goiás, além do Distrito Federal e norte de Minas Gerais.
A conexão da Oeste-Leste com a Ferrovia Norte-Sul, em Figueirópolis (TO), oferece ao Brasil central uma saída para o mar, possibilitando que o Porto de Ihéus se torne em muito pouco tempo um dos mais importantes de nossa infraestrutura portuária. São milhares de empresas que já se preparam para, dentro de poucos anos, utilizar os trilhos da nova ferrovia para o escoamento de suas produções. Da histórica cidade baiana de Caetité, por exemplo, serão escoados pela FIOL mais de 19 milhões de toneladas de minério de ferro anualmente, partindo do porto de Ilhéus para mercados internacionais em todos os continentes. A soja plantada em toda a fértil região oeste da Bahia, no além São Francisco, chegará aos portos de todo o mundo com custos muito menores de escoamento a cada safra. Tal operação já se iniciará em 2013, com uma geração de empregos, arrecadação de impostos, mais divisas e uma onda de desenvolvimento para toda a região abrangida pela ferrovia, com grandes e positivas transformações em seu espectro social e econômico.
Já a implantação do chamado “trem-bala” ligando nossos dois maiores centros urbanos, recupera o tempo perdido pelo Brasil em um setor onde países como a Espanha estão operando há mais de quatro décadas. A participação de consórcios europeus e orientais na disputa pela construção da obra mostra sua grandiosidade e importância, assegurando grandes investimentos, geração de empregos e inequívocos benefícios para a mais rica região do nosso país.
Ainda nos debatemos com problemas graves em nossa estrutura social, com questões delicadas a serem resolvidas nas áreas da saúde, da habitação, da segurança pública e da educação. E desconhecê-los ou minimizá-los é um erro que o governo de Lula não cometeu e, seguramente, o de Dilma não o fará. Mas, ao mesmo tempo em que nos defrontamos com tais questões, já temos outra agenda extremamente positiva, não vista em nossa vida institucional há muitas décadas. Podemos, com a segurança de um presente de acertos e a confiança em políticas que estão mudando o Brasil para muito melhor, tratar das questões do desenvolvimento sustentável e da infraestrutura que irá amparar o notável crescimento que nos espera logo ali, num futuro que já está chegando pelas mãos, pelo esforço e pelo mérito de um povo invulgar e vitorioso. O futuro vem pelas trilhos de nossas novas ferrovias.
Delúbio Soares 

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As bases do Brasil que nasce

Na primeira metade do século passado o presidente Getúlio Vargas lançou as bases sólidas para o desenvolvimento nacional. Começou com a garantia dos direitos trabalhistas e sociais para nossos trabalhadores. Em seguida, iniciou a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, dotando o país de uma indústria de base fundamental para o nosso progresso. Finalizou seu ciclo virtuoso com a criação da Petrobrás e o indispensável monopólio estatal do petróleo. Em seguida, JK realizaria um brilhante governo com a “marcha para o oeste”, a construção de Brasília e os “50 anos em 5”.
Dos anos 60 até hoje, com o advento do golpe militar de 64, o “Brasil grande” nos anos de chumbo do “ame-o ou deixe-o”, o experimento neoliberal do governo FHC com a privatização danosa de muitas de nossas maiores empresas, os brasileiros viveram de salto em sobressalto, assistindo ora o sucateamento de sua infra-estrutura nacional, ora o afunilamento de seu processo produtivo por falta de uma infra-estrutura maior e mais adequada.
Agora, após os anos vitoriosos do governo Lula, o país deu importantes passos na consolidação de um processo indispensável e vigoroso, qual seja o de dotar-se dos instrumentos necessários para fazer frente à realidade social e econômica que agora vivemos.
Nossos aeroportos estão a cada dia menores, já não atendendo as necessidades de uma sociedade que passou a voar mais, muito mais, lotando aviões e abrigando novas empresas aéreas, por conta da melhor distribuição de renda e de nova realidade salarial, com o acesso das classes “D” e “E” ao transporte aéreo. Sem esquecer-nos dos terminais cargueiros, que já estão a um passo de não dar conta do imenso fluxo de carga tanto nacional quanto internacional que abarrota nosso sistema aeroportuário. Cidades do interior como Maringá, Ribeirão Preto, Juazeiro do Norte ou Uberlândia, passaram a ter movimento aéreo igual a de muitas capitais, fomentando o turismo, as viagens de negócio e o transporte de carga. São vários os aeroportos regionais que se preparam para sediar rotas internacionais. Cidades como Goiânia, capital da sétima economia nacional, carecem urgentemente de solução na questão aeroportuária, com movimento crescente de novos vôos a cada dia e milhares de novos passageiros incorporados ao transporte aéreo. O Brasil corre atrás de suprir tais necessidades, fazendo frente à utilização crescente de nossos terminais de passageiros e de cargas, com a reforma e ampliação dos aeroportos existentes e a construção de novos por todo o território nacional.
Nos portos a situação não é diferente. De Rio Grande, no extremo sul do país, até os terminais de Itaqui, no Maranhão, e nos portos fluviais do Pará e do Amazonas, nunca nossos terminais marítimos jamais tiveram tanta utilização ou experimentaram movimentação de produtos semelhante. Mesmo portos expressivos e bem aparelhados como os de Santos, Paranaguá e os vários terminais de Vitória, no Espírito Santo, experimentam filas de espera de navios, algumas excepcionalmente longas, demonstrando tanto a pujança de nossa economia quanto a necessidade de ampliação da capacidade de nossos portos. Não tenho nenhuma dúvida de que toda e qualquer ampliação, remodelação ou construção na área portuária, será sempre uma solução para tempo relativamente curto, já que o crescimento econômico – aí medido tanto pelas exportações quanto pelas importações – irá sempre determinar mais obras e alentadas realizações.
O governo Lula recuperou a maior parte de nossa malha rodoviária, absolutamente acabada nos anos do governo passado, quando milhares de vidas foram ceifadas em nossas rodovias federais, nossas safras experimentaram perdas, nossos produtores purgaram imensos prejuízos e o transporte de passageiros havia se transformado em algo lento e caro. Ao contrário dos governos do PSDB, que buscam resolver tão delicada equação com a pura e simples privatização das estradas, com a penalização dos usuários com os pedágios mais caros do mundo, o governo Lula preferiu investir na reconstrução de nossas rodovias, melhorando sua segurança, dotando-as de condições de tráfego e as modernizando. Tem sido um trabalho duro e custoso, mas seus primeiros resultados já podem ser sentidos em todo o território nacional. Bem diferente do governo passado, onde famílias choraram seus entes mortos em acidentes pavorosos e a economia amargou perdas imensas por culpa de estradas que não ofereciam a menor condição de tráfego pesado ou escoamento da produção.
Estamos vivendo um país que se defronta com a imensa necessidade de prover o seu crescimento com uma base estrutural que vai desde as estradas aos aeroportos, passando por nossos portos e pela reativação de nossas ferrovias. E nesse item, particularmente, o governo Lula tem sido dos mais vigilantes, com o avanço da ferrovia Norte-Sul e o início das obras da Leste-Oeste, cruzando o território nacional desde o litoral baiano até o interior do meu Estado de Goiás, sem falar nas obras da Transnordestina, cujo traçado rasgará o sertão, disseminando o progresso e criando um novo eixo produtivo numa das regiões mais beneficiadas ao longo dos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula.
O trem-bala, ligando o Rio de Janeiro à Campinas, com passagem pelo interior fluminense, Vale do Paraíba e a capital paulistana, será a consolidação do transporte ferroviário como nova opção de transporte em nosso país. O projeto, as fontes de financiamento, os consórcios que se formam para disputar sua construção e operação, são fruto de decisão política e da clarividência do governo Lula e de sua gestão econômica, equilibrada e vitoriosa.
O Brasil que o presidente Lula deixará para a presidenta Dilma é o oposto do Brasil que ele recebeu de FHC. É um país ganhador, confiante, determinado a vencer as poucas barreiras que ainda o separam do primeiro mundo. As bases para o Brasil do futuro, que Getúlio lançou nos anos 40 e 50, Lula as reformulou e concretizou mais de meio século depois. Caberá à Dilma Roussef, gestora competente e visionária, a tarefa de dar o salto qualitativo que experimentamos nos anos douradores do inesquecível JK.

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Brasil, nenhum passo atrás

O Brasil vive um dos melhores – senão o melhor – período econômico de sua vida republicana. Nunca fomos tão exitosos em todas as nossas iniciativas no campo produtivo: a agroindústria ocupando um lugar de destaque no cenário econômico, o comércio vendendo como nunca dantes, o desemprego apresentando números insignificantes, a inflação despencando a cada novo exercício, a infra-estrutura do país passando por notável ampliação e nosso território transformado em um canteiro de obras.
Não foi fácil para o presidente Lula, ao assumir o poder no início de 2003 e encontrar um país dilacerado pela decadência econômica, o sucateamento do parque industrial, a desmoralização das instituições e um descrédito internacional absurdo. A herança do governo de FHC era mais do que maldita: era quase impossível de ser administrada. Pois com talento político, competência gerencial e imensa serenidade, Lula e sua equipe domaram o monstro da convulsão social e econômica e deram partida a um projeto vitorioso de mudança nas bases da então combalida sociedade brasileira. Vínhamos de três quebras sucessivas, quando o Brasil foi à bancarrota e integrou o rol dos países desmoralizados perante o mundo desenvolvido e sem credibilidade perante os mercados internacionais, os investidores e, mesmo, frente à opinião pública mundial.
Mudamos para melhor, para muito melhor. Trocamos a desmoralização pelo prestígio. Deixamos a decadência econômica por um lugar de destaque entre os países que já estão desenhando o século XXI. Se éramos desacreditados sob a égide do governo dos tucanos, com o advento do governo Lula e o seu indiscutível sucesso, hoje somos a aposta certa dos que tem visão e descortino.
O governo do presidente Lula conseguiu a façanha de reativar nossa vida econômica sem reacender o processo inflacionário. Desmistificou a cantilena dos tucanos de que os salários eram geradores da inflação e, portanto, deveriam continuar achatados como nos oito anos de Fernando Henrique , Pedro Malan e José Serra. Lula mais do que dobrou o salário mínimo e nossa economia está distante milhares de léguas do menor sinal de aumento de preços e retorno dos tempos inflacionários do PSDB no governo federal. O presidente Lula, assessorado por Guido Mantega e Henrique Meirelles, tem assegurado política econômica firme e com sólidas bases para que o país siga adiante. Existe uma tranqüilidade do mercado e um nível de confiança da sociedade absolutamente impensáveis nos anos infames do tucanato.
O governo Lula mostrou que a economia pode e deve ir bem conjuntamente com uma sociedade atendida em seus reclamos mais legítimos e em suas necessidades mais evidentes. Essa foi e é a enorme diferença entre os governos do PT e o estilo demo-tucano de administrar: tudo deve girar em torno do objetivo de se governar pelo povo e para o povo, não subordinando a sociedade às metas econômicas emanadas de organismos internacionais como o FMI, mas, sim, das necessidades, anseios e reclamos de nossa população.
É impossível a construção de uma sociedade moderna, justa, democrática e lastreada por economia desenvolvida e pujante, sem que se administre o país com um projeto de Nação, com visão de Estadista e comprometimento com a boa governança. O presidente Lula modificou a face do Brasil, tornando-o mais moderno, mais justo, mais desenvolvido e mais democrático ao realizar tão complexa e necessária equação. Conseguiu angariar prestígio popular inédito com severidade na política econômica. Logrou comandar o maior e mais bem-sucedido processo de redistribuição de rendas sem esgarçar o tecido social ou provocar qualquer ruptura em nossa sociedade. Estabeleceu novos paradigmas na vida social e política, como o de que o Brasil pode e deve estender a mão forte do Poder Público para a cidadania carente, retirando quase 30 milhões de brasileiros da pobreza absoluta e elevando-os à nova categoria social, incorporando imensa massa consumidora à classe média. O humanismo do presidente Lula,coadjuvado por políticas econômicas e sociais realistas e sem vezo demagógico ou eleitoreiro, modificou profundamente as estruturas de nossa sociedade. O Brasil hoje é outro e mudou para muito melhor.
É o caso de se perguntar: qual a razão dos antecessores de Lula não terem operado tamanhas mudanças, tão necessárias para nosso país e seu povo? A resposta é dura, mas é simples: não quiseram, não criaram as condições necessárias, não se dispuseram a incluir socialmente os milhões de irmãos nossos que viviam às margens do processo produtivo, da vida social e política do Brasil. Não acreditaram na força do povo, prestando vassalagem às piores perversões de uma minoria elitista e reacionária, e perderam o bonde da história. Além de atrasarem por algumas décadas o progresso do país latino-americano mais vocacionado para se tornar uma superpotência. Mas isso é passado, e o Brasil é presente e futuro. Futuro, principalmente.
Quem apostar na decadência do país, ou no retrocesso social, quem achar que os brasileiros permitirão que sejam usurpadas as conquistas alcançadas durante os dois históricos mandatos do presidente Lula, estará cometendo grosseiro erro de avaliação. O futuro que se nos apresenta é espetacular e está sendo construído com garra, decisão política e trabalho duro.
Estamos vivendo um processo eleitoral onde é fácil identificar de que lado está a verdade. E por isso Dilma Rousseff teve impressionante e consagradora votação e caminha para a vitória no segundo turno da disputa presidencial. E tão fácil quanto, é enxergar imenso retrocesso nas práticas políticas de nossos adversários, fomentando mentiras, disseminando boatos e reescrevendo biografias com pura lama.
As forças do mal serão derrotadas, como o foram em 2002 e 2006 pelo presidente Lula e seus aliados. O Brasil não pode dar um passo atrás. O Brasil não quer voltar ao desemprego, inflação e endividamento externo. O Brasil não quer retroceder, retornar ao passado e renunciar aos seus melhores anos.

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Dilma é Lula, Lula é Dilma!

No domingo o Brasil voltará às urnas, escolhendo seus parlamentares, seus governadores e elegerá quem deve continuar o extraordinário governo do presidente Lula. Não será apenas mais um capítulo em nossa história política, além do exercício democrático e insubstituível da democracia, expressa pelo voto popular e a soberana decisão de dezenas de milhões de brasileiros.

Está em jogo a continuidade do mais exitoso governo desde Getúlio e JK. Está em jogo a estabilidade econômica e o acentuado desenvolvimento alcançado pelo país depois de longos períodos de recessão, empobrecimento e decadência social e econômica. Está em jogo as conquistas alcançadas pelo Brasil e seu povo e, mais que tudo isso, o futuro que se apresenta promissor a uma Nação que se reencontrou com seu destino de grandeza e sua vocação de prosperidade e democracia.
Durante a campanha eleitoral, a mais livre e a mais dura que o país já assistiu, pudemos avaliar os candidatos que se apresentaram para a difícil missão de substituir o maior de nossos presidentes em meio século. Foi uma jornada onde o desespero da oposição tentou macular o processo da ida de nossos cidadãos às urnas com toda sorte de denúncias falsas, manobras mesquinhas e mentiras que se desmoralizaram rapidamente. Os que baixaram o nível do debate, envolvendo toda sorte de artifícios, ardis e leviandades, estão sendo punidos pela condenação e o desprezo da cidadania, amargando índices ridículos nas pesquisas de intenção de voto. Os brasileiros de todos os rincões dessa Pátria continental, com distanciamento crítico e sabedoria imensa, fruto de amadurecimento notável e de clara opção pela democracia e a liberdade, estão rechaçando os arautos da desgraça, os pregoeiros do retrocesso, os porta-vozes da mentira e os oportunistas de sempre.
Os brasileiros não votarão em nomes, tão somente. Esse povo invulgar e talentoso, agente da história e responsável maior por seu próprio destino, está optando pelo caminho da estabilidade política, da soberania como Nação, da economia que se levantou de tantas quebradeiras e agora ocupa lugar de destaque no cenário internacional, do estilo de governar do presidente Lula, priorizando o social, vencendo as barreiras da miséria e avançando em direção a se tornar a sétima potência mundial.
Lamento informar aos nossos adversários, mas os brasileiros não topam nenhuma aventura, não querem saber de retrocesso, não enxergam o passado senão como lição e testemunho, não olham para o futuro senão com garra e confiança. O Brasil está dizendo sim a si mesmo. E aprendeu muito com Lula e seu governo íntegro, onde o humanismo e a preocupação social, que tiraram quase 30 milhões de irmãos nossos da miséria e os levaram para a classe média que consome, que estuda, que participa, que opina e que acredita no país que nós todos ambicionamos. O Brasil também aprendeu com a outra face do mesmo governo, a da competência gerencial, da defesa dos interesses nacionais, da gestão pública com compromisso popular.
Foi assim com o presidente Lula reerguendo empresas que o governo FHC queria vender, como a Petrobrás, hoje a 2ª maior empresa de energia do planeta e a 4ª maior empresa de capital aberto do mundo capitalista. Foi assim com a construção de dezenas de universidades e escolas técnicas contra nenhuma (repito: nenhuma) do governo passado. Foi assim com a política de cotas nas universidades, abrindo a vida acadêmica para nossos irmãos negros e indígenas. Foi assim com o Prouni possibilitando a formação de profissionais de nível universitário em todas as áreas: medicina, direito, engenharia, veterinária, administração. 
Lula, Estadista reconhecido pelo mundo e aprovado pela maioria esmagadora de nossa gente, cometeu um crime que jamais será perdoado pelas elites mesquinhas e pelos inimigos do povo: teve olhos, teve ouvidos e teve coração para os deserdados, os abandonados, os famintos, os desempregados, as vítimas maiores da política neoliberal, socialmente mesquinha e economicamente perversa.  Lula viu o Brasil com os olhos do homem que o percorreu em tantas caravanas, que conhece as estradas, os rios e as cidades perdidas em nossa imensidão territorial, que bebeu água nas cacimbas e conversou com nossos sertanejos, matutos, caipiras, favelados, quilombolas, excluídos, falando a língua deles, conhecendo a grandeza e os sonhos de um povo sofrido, explorado e, desgraçadamente, faminto.
O encontro de Lula com esse Brasil profundo, sua identificação com as raízes da gente que o gerou, o formou, o elegeu e o sustenta, foi grandioso e histórico. E dele surgiu um governo que combateu e venceu a fome, que reergueu nossa economia, que distribuiu renda, que acabou com o desemprego e mudou para sempre a face de um país que se agiganta e se supera.
Para substituir Lula, para continuar o seu trabalho, para melhorar o que precisa ser melhorado, para vencer novas etapas e novos desafios, com competência gerencial, com firmeza de caráter, com coragem de guerreira e doçura de mãe e de avó, o nome de Dilma Rousseff é o que reúne as melhores condições, apresenta invejável experiência e traz enorme conhecimento das políticas sociais, da equação econômica e do projeto de país sonhados e iniciados por Lula. De personalidades diferentes, Dilma e Lula se igualam, se irmanam e se encontram no amor ao Brasil e no irrevogável comprometimento com seu povo e suas aspirações mais legítimas.
Luiz Inácio Lula da Silva deixará a presidência da República, já tendo o reconhecimento dos brasileiros e da história, nas mãos de quem melhor pode substituí-lo na tarefa de continuar o governo que os brasileiros apóiam, aprovam e desejam que continue. Lula jamais teria indicado o nome de Dilma Rousseff, cuja trajetória impecável ja a credenciaria por si só, não tivesse a certeza de que Dilma será uma excelente presidente da República.
Bem vinda, Senhora Presidenta.

Ninguém se perde no caminho da volta

O entrechoque das paixões políticas e a radicalização partidária, tão próprias do período eleitoral, quase sempre nos impedem de enxergar o óbvio: o que está em jogo não é a vitória do nosso candidato preferido ou do partido de nossa simpatia, mas o futuro de nossa terra e de nosso país.
Com mais de meio século de vida nas costas, alegrias e sofrimentos, amigos em todos os partidos, profundas convicções democráticas e uma crença inabalável em nosso povo e no destino de grandeza que o espera, já consegui separar o joio do trigo e não ultrapasso a linha tênue que separa minhas preferências políticas, convicções ideológicas e torcida pessoal do direito que todos os demais tem de divergirem. Custou-me muito, mas me ajudou a ser mais brasileiro e mais democrata.
A batalha será árdua até o dia 3 de outubro, no plano nacional. Com a eleição de Dilma Rousseff, ela será transferida para os Estados como Goiás, onde o segundo turno dará nova oportunidade de escolha com a volta dos eleitores às urnas. Teremos mais alguns dias para debater e refinar as propostas, testar os candidatos, aprovar os que nos convencerem com o que nos parecer melhor, mais sério e exeqüível para nossos Estados e rejeitar os que não nos conquistaram para suas idéias e propostas.
Goiás assiste uma das campanhas eleitorais mais importantes e duras de sua história. Não deixaria de dizer que ela é paradigmática: divide a história de Goiás e sinaliza o caminho que o Estado trilhará em direção aos desafios do século XXI. Não é mais o Estado sertanejo e provinciano que está em jogo, mas o futuro da sétima economia do país, de uma agroindústria que se supera a cada safra, de um pólo tecnológico e automotivo, de cidades que nos surpreendem pelo crescimento e pela qualidade de vida de seus habitantes. Não mais somos um largo espaço geográfico perdido na imensidão do planalto central do país. Somos mais que isso, muito mais!
O Goiás que vai às urnas é um gigante que o Brasil desconfiava de sua existência desde os primórdios de Pedro Ludovico, líder carismático e visionário que pensou grande e lançou as bases do Goiás do futuro. Tivemos governos marcantes como os de Mauro Borges e sua verdadeira revolução estrutural, o de Iris Rezende, líder nato e administrador invulgar, e o de Maguito Vilela, conciliador e laborioso, e agora vemos a luta de reconstrução empreendida por Alcides Rodrigues, que com o apoio decisivo do presidente Lula está retomando o patrimônio da CELG, a maior empresa dos goianos, consoante com o desejo e a expectativa de toda população.
O Goiás que vais às urnas é todo ele grandeza, desprendimento e esperança. O ódio, a radicalização e a vingança não podem fazer parte do processo eleitoral pelo simples fato de não existirem no coração dos goianos.
Não permitamos que se rebaixe ao nível da discussão estéril e improdutiva, da agressão pessoal e da ausência de bons propósitos, do personalismo e da violência pura e simples, uma jornada que deve ser de confronto de idéias e de projetos para os desafios que esperam um dos melhores Estados da Federação. Não se pode substituir o argumento pelo grito, nem a conquista de aliados a um projeto de governo pela vergonhosa cooptação de sócios para um projeto de poder puro e simples, sem compromisso com as carências e expectativas dos goianos.
Há uma nova geração de empresários que estão sacudindo a economia de Goiás e vencendo as fronteiras do mundo com nossos produtos. Há uma nova geração de intelectuais e artistas que estão renovando a cultura goiana e recebendo os aplausos pelo talento enorme que demonstram. Há uma nova geração de políticos sérios e competentes, que está prestes a assumir o comando de Goiás, dentro em breve, representada por figuras como o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, o de Goiânia, Paulo Garcia, e o de Inhumas, Abelardo Vaz, dentre outros. Como símbolo desses goianos decentes e trabalhadores, com sua experiência administrativa consagrada tanto como governador de Goiás quanto como prefeito de Goiânia, com uma história de vida inatacável, tendo sido vítima da ditadura militar e sendo, nas palavras do presidente Lula, “uma lenda viva”, Iris Resende emerge como o nome que nossa gente levará, mais uma vez, ao Palácio das Esmeraldas como solução de alto nível, confiabilidade a toda prova e certeza de um tempo de paz, progresso e democracia em Goiás.
Iris, um goiano que o Brasil respeita e reverencia, que tantos serviços prestou à sua terra e ao seu país, agora será a ponte para o futuro, cabendo-lhe a honrosa tarefa de mostrar o caminho a ser trilhado pelas novas lideranças que surgiram e que surgem a cada dia.
Bem vindo, Iris, ninguém se perde no caminho da volta.


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O Brasil vive sua primavera

A paisagem calcinada do cerrado goiano, em pleno planalto central do país, oferece imagem impressionante. Há meses não chove por aqui, o verde não é mais do que uma recordação longínqua e a vegetação exibe cor acinzentada e tristonha. Mas é chegada a primavera, que se manifesta na florada do ipê que, como por um milagre da natureza, insiste em desafiar a seca e teima em colorir a paisagem com um amarelo escandalosamente belo. Não é paixão de matuto goiano, nem de filho que declaradamente ama a sua terra natal, mas a constatação de que o entardecer do centro-oeste é coisa das mais lindas e a primeira chuva trará de novo o verde para compor um cenário deslumbrante.
Antes que chegasse como a mais bela estação da natureza, a primavera chegou como estado de espírito ao coração dos brasileiros. Estamos vivenciando situações que de há muito não eram experimentadas. Nossa auto-estima foi recuperada e o sentido da nacionalidade e da soberania, os valores resgatados da cidadania, o orgulho de ser brasileiros, a crença no futuro de nosso país, deixaram de ser utopias e vivem entre nós. O Brasil vive a sua primavera.
Faz parte de um passado nada saudoso o lamentar e a decepção, o sentimento de orfandade em relação aos poderes públicos e os governos descomprometidos com as necessidades da população. Nunca houve, jamais, em tempo algum, em toda a nossa história, um governo que estivesse tão comprometido com o povo brasileiro e que dele recebesse um apoio tão maciço, tão decidido e tão consagrador, como o do presidente Lula. Nessa fase dourada da história nacional, existe um governo conectado com o sentimento que brota do coração das massas e das aspirações mais profundas de nossa gente. Talvez seja essa a explicação mais plausível para o sucesso de uma administração que operou transformações estruturais que mudaram o Brasil para muito melhor.
No inverno de FHC e Serra, o salário mínimo era de R$ 200,00. Na primavera de Lula e Dilma ele é de R$ 510,00! O salário mínimo daqueles tempos infames era de US$ 64,00, hoje é de US$ 300,00!  Naqueles tempos duros e difíceis, onde o desemprego corroia a estrutural social e a base familiar, os tucanos não conseguiram gerar senão menos de 780 mil empregos em oito longos anos. Em menos de sete anos, o governo do presidente Lula criou as condições econômicas necessárias para que 14 milhões de novas vagas fossem criadas, assinando as carteiras de trabalho dessa imensa legião de trabalhadores brasileiros.
O desemprego assaltava os lares e destruía o país, atingindo quase 11% nos anos do tucanato. Hoje ele é pouco mais de 6% e a cada mês apresenta índices decrescentes, com a criação de milhares de novos empregos em todas as faixas salariais, em todas as profissões, em todas as regiões e Estados. A imagem deprimente das filas de cidadãs e cidadãos em busca das poucas vagas que se ofereciam, virando quarteirões e recordando a insensibilidade social do governo de então, é retrato de um tempo passado que ficou em nossas retinas e memórias, mas não mais faz parte de nossa realidade.
Operou-se uma revolução silenciosa e pacífica, que mudou drasticamente a vida nacional, tirando da linha da pobreza mais de 27 milhões de brasileiros! Hoje são irmãos nossos que ingressaram na classe média, desfrutam de mais qualidade de vida, consomem mais e melhor, tem acesso à saúde e educação e produzem mais. Exercem sua cidadania na plenitude e oferecem ao seu país força e capacidade de trabalho. Repito o número: 27 milhões de brasileiros não são mais pobres e vivem e muito melhor condição que antes. No inverno dos tucanos esse número não chegou aos 2 milhões. Poderiam ter feito tanto quanto Lula fez? Sim e não. Sim por terem as condições políticas para isso, não por não possuírem qualquer sensibilidade social ou compromisso com a grande massa de nosso povo mais sofrido. Além do mais, os tucanos representavam e representam um projeto neo-liberal de poder, enquanto o presidente Lula representa o povo em suas aspirações mais legitimas.
Numa das batalhas mais duras que se trava em nosso país, a do combate à mortalidade infantil, essa chaga que a todos entristece e envergonha, o governo de Lula avançou bastante, trabalhou com afinco e baixou o índice de 27,5 mortes por mil nascimentos do governo de FHC e Serra para 19,3. Ainda é alto se confessarmos nossa verdadeira intenção: levar esse número terrível para perto do zero.
No país dos grandes educadores Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Milton Santos, o governo de Lula e de Dilma foi a primavera na luta contra o analfabetismo: o analfabetismo “absoluto”, o daqueles que não sabem ler e tem entre 15 e 64 anos de idade, caiu dos 12% do governo anterior para menos de 7%. E o analfabetismo chamado “funcional”, aquele onde há incapacidade de entender textos e realizar operações simples, baixou dos anteriores 27% para decrescentes 21%. Mas o que mais impressiona é que os esforços do governo de Lula são impressionantemente maiores do que os de FHC, que descuidou totalmente de tão delicada questão.
O humanismo da gestão petista se manifesta também na questão do saneamento básico. Hoje exatos 90% da população tem acesso à água tratada. Eram só 72% no governo socialmente descomprometido do PSDB. Hoje, as redes de esgoto chegam a 75% dos lares, contra os 68% do governo passado. Parece que houve um avanço pequeno, mas o importante é salientar que nos oito anos do tucanato o avanço foi quase nenhum...
A produção agrícola chega aos 148 milhões de toneladas, um recorde que reafirma nossa vocação agroindustrial e a força do setor como um dos pilares da economia nacional. A melhor das safras no governo anterior são ultrapassou os 120 milhões de toneladas e as estradas esburacadas, as dificuldades de financiamento e a má relação do governo com o homem do campo, impediam a expansão do agro-negócio. No governo Lula a agricultura brasileira vive a melhor fase de todos os tempos e o Brasil descobriu que os recordes devem ser cada vez mais freqüentes e maiores.
Os amigos leitores se lembram do “risco Brasil”, aquele indicador tão usado para aterrorizar o país, para amedrontar os brasileiros? Pois é, com FHC e Serra, ele chegou à enormidade de 2.700 pontos. Eram tempos de desemprego, de visitas humilhantes ao balcão do FMI e de insensibilidade social. Era o inverno de um país desmoralizado. No governo do presidente Lula e de Dilma ele se encolheu de tal forma, perdeu sua força e majestade, que se perdeu nos escaninhos da história e apresenta 200 pontos. Não custa repetir e por extenso: duzentos pontos, tão somente. Vivemos a primavera de um país que se reencontrou consigo mesmo.
Poderia finalizar esse artigo com o eloqüente valor de nossa dívida externa nos tempos do governo passado: US$ 173 bilhões. Mas prefiro finalizar com a atual dívida externa do governo de Lula e Dilma: ZERO.
Chegou a primavera, brasileiros. Nos campos, nas cidades, nos corações e no futuro de um dos maiores e melhores países do mundo. O nosso.

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O Brasil no rumo certo


O Brasil, enfim, encontra seu futuro e ocupa o lugar que nos estava reservado desde sempre. Chegamos ao seleto grupo das oito maiores economias do mundo, ultrapassando a Espanha, dando um salto quantitativo na economia e qualitativo nos indicadores sociais que nos dão a segurança da recuperação de décadas de tempo perdido que foi recuperado pelo governo do presidente Lula. Brevemente, seremos a quinta economia mundial.
Não foi um passe de mágica e nem obra do acaso. Não existe fórmula miraculosa e nem “surfamos” em onda alguma. O Brasil está sendo governado com competência e seriedade, com visão de futuro e pés no chão, com humanismo e responsabilidade social. Uma equipe trabalhadora, comandada por um Estadista, vindo do Brasil profundo, das raízes de nosso povo mais sofrido, auxiliado diretamente pela ministra Dilma Rousseff, uma competentíssima executiva com larga experiência na gestão pública, que realizou em dois mandatos presidenciais uma revolução social e econômica que o Brasil merecia, precisava e cobrava de seus líderes políticos e de sua classe dirigente.

Muitos tiveram a oportunidade de fazê-lo, mas não o fizeram. Pior: fizeram ao contrário e na contramão dos interesses mais legítimos do Brasil. Privatizaram as melhores empresas da União a valores risíveis, dando imenso prejuízo ao patrimônio de nosso povo. Pioraram os indicadores sociais, achataram os salários, promoveram o rebaixamento das condições de vida da classe média e levaram os que viviam na pobreza ao limiar da miséria. Os anos anteriores ao governo do presidente Lula são a crônica de como  empobrecer um país e levar seu povo à miséria. A comprovação disso são os vexatórios percentuais alcançados nas pesquisas de intenção de voto pelo candidato que representa esse tempo e essa maneira de governar e de maltratar país e povo...

Mas os tempos são outros e o país vive a chegada de sua primavera de Nação desenvolvida e às portas do primeiro mundo. Apenas seis anos separam o país da erradicação total da pobreza extrema. A trilha já foi aberta pelo metalúrgico que chegou a presidente e mudou a história de seu país, basta segui-la com a mesma preocupação social e seriedade.

Só em 2010, o Brasil já cresceu no primeiro trimestre 2,7%, comparados aos três últimos meses de 2009. Atingimos o ritmo chinês de crescimento, especialmente na região nordeste, nossa área mais carente. O Brasil cresceu a 8,9% no primeiro semestre do ano, perdendo apenas para a China, mas chegaremos a ultrapassá-la! Se o Brasil crescer esta mesma taxa o ano todo, ao final de 2010 teremos um índice espetacular de crescimento de 11,2%.

A turma do contra diz que um crescimento econômico nestes níveis não se sustenta em uma estrutura como a brasileira. Nesta semana, a PNAD, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2009 mostra que, com o crescimento acelerado e sustentável do PIB, todos os demais indicadores crescem e corroboram com a sustentação da economia nas melhores taxas mundiais de crescimento.

Em apenas um ano, a renda média do trabalhador cresceu 2,2%. O número de trabalhadores com carteira assinada é o mais alto da nossa história, 59,6% da população. A escolaridade, mola propulsora e objetivo-fim de qualquer Estado que almeja o desenvolvimento pleno da sociedade, também mostra sinais inequívocos de um crescimento insuspeito. Em 2009, o total de pessoas que possui nível superior atingiu 11,1%. Em alguns poucos anos, os maciços investimentos do governo Lula em universidades federais, 14 em oito anos de governo - mais que todos os seus antecessores juntos em quinhentos anos - e o Prouni, hoje, algo em torno de 160 mil, asseguram o ritmo acelerado de pessoas que em poucos anos passam a ter o tão sonhado diploma universitário. Quem vê no Prouni a chance para mudar de vida não perde tempo. No ano passado, o meu querido  Goiás foi o Estado do Centro-Oeste que mais ofertou bolsas do Prouni: 7985. São quase 8 mil oportunidades para quem vê a mudança do Brasil nos últimos anos e quer se especializar para não perder a chance de crescer, de se formar, de ter o seu diploma e ajudar a construir o Brasil ao construir sua carreira acadêmica!

Aliás, diferenciar números de pessoas, é o forte de um govenro humanista, de um governo que cuida das pessoas, que não fala somente em “choque de gestão”, mas trabalha por “melhoria de qualidade de vida”. Eis o que separa o governo Lula de seus antecessores tucanos. Antes de Lula, governos se preocupavam apenas com números e planilhas. São as pessoas que mudam de vida e transformam um o país, não apenas os números.

No último ano antes de Lula, o PIB brasileiro cresceu apenas 1,93%, índice ridículo e pífio para um país das dimensões e riquezas do Brasil. Eram períodos outros, em que a mentalidade daqueles que governavam o país era alimentada apenas pela vonta imperiosa do tacão do FMI. Era o Brasil de FHC e dos tucanos, o Brasil das falências, das quebradeiras, das filas do desemprego, dos empresários desrespeitados em seus reclamos e dos trabalhadores aviltados em seus direitos.  O povo não era levado em conta. Mas os momentos são outros, com outras pessoas no comando de uma das vigorosas economias do planeta e uma nova forma de pensar o Brasil. O resultado é um país decente, rumando firme e forte para o futuro. O Brasil está no rumo certo, seguro do caminho que trilha e do objetivo a ser alcançado: desenvolvimento com democracia e justiça social.



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Eleição: Chegar ao nível do povo

                                                 Há uma excelente geração de novos dirigentes latino-americanos surgidos nos últimos anos e que vem operando transformações importantes na América Latina. Eles precisam ser vistos para muito além da ótica restritiva da questão ideológica, sendo aquilatados por seus feitos administrativos e pela devoção à vida pública. E a história corre célere no jovem continente cheio de riquezas naturais, povoado por centenas de milhões de pessoas produtivas e conscientes, ávido de recuperar o tempo perdido e assumir o lugar que o aguarda no cenário mundial.
Somos surpreendidos pela grandeza dos destinos da América Latina e pela força de sua gente. Ainda agora, depois de quatro governos da Concertação Democrática no Chile, que sepultaram a longa noite de trevas da ditadura de Pinochet, o empresário liberal Sebastián Piñera chegou ao poder numa eleição disputadíssima, com um discurso bastante interessante e sem baixar o nível do debate eleitoral uma vez sequer. Na noite de sua vitória, o ex-presidente Eduardo Frei, por ele derrotado, estava ao seu lado, cumprimentando-o e desejando-lhe um bom governo.
No Uruguai o presidente José Mujica, o popularíssimo “Pepe”, venceu nas urnas o ex-presidente Alberto Lacalle em um pleito duro e disputado. Mas, em momento algum, o nível da disputa foi rebaixado por nenhum dos candidatos. O eleito contou com a presença do derrotado em sua posse, em gesto civilizado e democrático, e goza de imensa popularidade ao continuar o fabuloso governo de Tabaré Vasquez, também um líder de esquerda. Pepe Mujica, como Dilma Rousseff, esteve preso por muitos anos nos cárceres da ditadura militar uruguaia, sofreu toda espécie de torturas e, igual a ela, se caracteriza pelo espírito conciliador e pela absoluta ausência de qualquer sentimento de vingança ou ódio no coração. Um homem no sentido mais completo, amplo e digno da palavra.  Seu governo, com altíssima aprovação popular, não tem senão recebido elogios de todos os setores, mantendo as políticas do governo anterior, ampliando conquistas e preparando a pequena e valorosa Nação uruguaia para um grande salto qualitativo rumo ao futuro. Ninguém, nem os adversários de Mujica, viram no ex-guerrilheiro tupamaro um “terrorista”: pesou a seu favor a coragem de ter combatido uma ditadura sanguinária, como a que tivemos na mesma época aqui no Brasil, e o seu imenso sofrimento nos 14 anos de cárcere, tortura e entrega à causa de seu país.
Nossa importante parceria com o Paraguai é obra de um intenso trabalho iniciado pelo presidente Juscelino Kubitschek, coroado pelos esforços do Itamaraty na celebração do Tratado de Itaipu e consolidado com a construção da maior usina hidrelétrica do mundo. O governo Lula, com a visão humanista do presidente, com seu acentuado sentimento de latinidade e a notória competência negocial de nossa diplomacia, conseguiu chegar a bom termo nas tratativas de continuidade da parceria exitosa na gestão da Itaipu Binacional. Não faltaram críticas a posição do Brasil em relação ao Paraguai, cedendo aqui ou acolá em nome tanto da continuidade da parceria quanto da constatação de que é necessário ajudar um povo amigo, irmão e sofrido como o bravo povo guarani. É preciso recordar, também, a existência de milhares de produtores rurais brasileiros estabelecidos no Paraguai, produzindo lá, integrados à vida daquele país com suas famílias, e que não poderiam ser alvo de qualquer tipo de retaliação ou hostilidade por parte de quem quer que fosse. Não podemos e nem devemos nos esquecer do massacre a que submetemos aquela gente, dizimando numa guerra desigual quase 100% da população masculina do país. O Duque de Caxias, ao ver o que as tropas do Conde D’Eu haviam feito contra os vencidos, chocou-se e impediu a festa da vitória, mandando rezar uma missa pelos mortos de ambos os lados. Millôr Fernandes, com a sabedoria de sempre, numa frase supera todos os livros e tratados históricos sobre a Guerra do Paraguai e o que fizemos por lá: “a história do Brasil, vista do Paraguai, é outra...”
A exploração do narcotráfico como tema de campanha é demagogia, quando sabemos que nunca se combateu tanto o plantio, o refino, a distribuição e o comércio de drogas na América Latina. Esse combate tenaz se iniciou com um alentado programa do governo norte-americano, através do DEA, com a participação ativa dos governos da Colômbia, Equador, Bolívia, Paraguai e Peru, dentro outros. Além de treinamento de pessoal e material bélico (helicópteros de combate, por exemplo), os EUA irrigaram a luta anti-narcóticos com grandes e necessárias dotações orçamentárias, que permitiram que os cartéis da droga e os grupos paramilitares a eles ligados sofressem pesadas perdas e, nos dias de hoje, estivessem mesmo às portas da extinção. No Brasil a ação conjunta do DPF e das Forças Armadas praticamente desarticularam o tráfico em nossas fronteiras, diminuindo sabidamente a ação desse flagelo da humanidade. O que não foi devidamente combatido, desarticulado e nem vencido, infelizmente, foi a “Cracolândia”, no centro de São Paulo, onde se podem ver milhares de crianças e adolescentes consumindo o crack e vegetando em condições sub-humanas, em região degradada e abandonada pelo poder público. Vejam a ironia: a luta vitoriosa das Forças Armadas e da Polícia Federal sendo desmerecidas pelos partidos que não conseguiram vencer o crack no centro da maior cidade do país!
Eis que chega ao Brasil o novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. É sua primeira viagem como presidente e veio visitar o presidente Lula e agradecer a colaboração do governo do Brasil à luta do povo colombiano contra o narcotráfico e a guerrilha. Apesar disso, a oposição insiste em utilizar fantasiosas relações do PT e do governo Lula justamente com aqueles que foram combatidos pelo mesmo governo.  Seria surrealismo, não fosse pura má-fé.
O debate político não permite a negação dos valores pessoais e políticos do adversário. Como negar os avanços sociais no atual mandato do peruano Allan Garcia apenas pelo fato de ser um líder carismático e popular? Como negar a Evo Morales o sucesso de sua gestão, apoiada por mais de 80% dos bolivianos em sucessivos pleitos e plebiscitos, com políticas sociais e estabilidade econômica, além de notória seriedade pessoal e de propósitos, apenas pelo fato de ser um homem de esquerda? No Equador, mesmo os mais encarniçados adversários de Rafael Correa são unânimes em reconhecer, depois da costumeira bateria de críticas de ordem política, sua honradez pessoal e a profunda sinceridade com que defende suas convicções. Fazer uma campanha eleitoral mentindo, mascarando a verdade, armando jogadas, desmerecendo os adversários e, sobretudo, acreditando que o povo brasileiro não se dá conta de tamanha impostura, é o prenúncio de uma derrota anunciada. Aliás, uma grande derrota.
Os que mistificarem a discussão política em proveito do resultado eleitoral pagarão um preço alto nas urnas. Não só a América Latina como o Brasil tem passado por um processo de transformações profundas, onde o povo tem a exata noção de sua importância, de sua força e de seus verdadeiros interesses. O rebaixamento do nível da discussão política ao rés do chão em nada irá colaborar para o processo de aprimoramento das instituições ou do avanço social. O nível de nosso povo é alto, e preciso ser acompanhado pelos candidatos que insistem em fazer da campanha um palco de permanente baixaria. Os candidatos, especificamente os da oposição do presidente Lula, precisam subir ao nível do povo. Resta-nos o consolo de saber que, do alto de sua sabedoria, o povo negará a eles o seu bem mais precioso: a confiança expressa através do voto.
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