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O acerto da prefeita Luizianne Lins mereceu aplausos de alguns dos deputados defensores do estaleiro em Fortaleza

A notícia de que o estaleiro está garantido para a Capital cearense foi comemorado ontem, na Assembleia Legislativa, principalmente pelos deputados que dão apoio à prefeita Luizianne Lins (PT). Na última quinta-feira, durante reunião em Brasília, Luizianne e o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, entraram em consenso de que o estaleiro Promar Ceará será instalado na Capital cearense, conforme relatou o Diário do Nordeste.

Apesar do local ainda não ter sido definido, para aqueles que torciam com a vinda desse empreendimento para o Ceará, esta já é uma boa notícia. A prefeita não concordava com a instalação do estaleiro na Praia do Titanzinho.

Repercussão

Para o deputado Artur Bruno (PT), esta notícia é uma resposta aos tucanos que por várias vezes bateram na tecla de que a prefeita não queria o estaleiro. Segundo Bruno, a prefeita já havia mencionado vários pontos que poderiam abrigar o equipamento. O petista faz questão de explicar que Luizianne Lins não admitia que a empresa decidisse sobre o local sem levar em conta a decisão da Prefeitura e nem o interesse ambiental e da população.

O deputado Carlomano Marques (PMDB) que sempre debate o assunto no plenário da Casa, também comemorou o consenso entre a Prefeitura e a empresa responsável pelo estaleiro. Na quarta-feira, dia 12, o peemedebista havia afirmado ser contrário o posicionamento da prefeita em não querer que o empreendimento fosse instalado no Titanzinho, pontuando que o foco da prefeita estava mal direcionado e as propostas que Luizianne tem para aquela área eram inviáveis.

Ontem, Carlomano disse ter ficado alegre ao ver a manchete do Diário do Nordeste, informando que Luizianne Lins garante o estaleiro para a Capital. "Hoje, para meu gáudio, entendi que a prefeita dá uma prova de que realmente está no rumo certo. Todos nós estamos no século das luzes", comemorou.

Dessa forma, Carlomano entende que estão superadas as diferenças entre a prefeita e o governador Cid Gomes sobre o estaleiro, já que o governador apoiava a vinda do equipamento para a praia do Titanzinho.

"Não perderemos um investimento de no mínimo US$ 110 milhões de dólares. Tanto a prefeita quanto o empresário, garantem o estaleiro em Fortaleza. Teremos emprego e o alargamento do caráter administrativo de Fortaleza", atestou.

O líder do Governo na Assembleia, deputado Nelson Martins (PT), informou que na próxima segunda-feira, a prefeita vai visitar o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco. O petista ainda pontua que na próxima semana Cid Gomes se reunirá com a prefeita para debater qual o local onde o estaleiro deverá ser instalado.

Luizianne Lins garante estaleiro na Capital

Em menos de uma hora de reunião, realizada ontem em Brasília, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins e o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, bateram o martelo: o estaleiro Promar Ceará será instalado na Capital cearense. Falta apenas decidir o local exato para receber o empreendimento.

Para demonstrar o empenho em resolver o impasse, na segunda-feira, 17, a chefe do executivo municipal visitará o Estaleiro Atlântico Sul, no município de Ipojuca, Pernambuco, interessada em entender o funcionamento de um equipamento desse tipo. No dia seguinte, o empresário, acompanhado do sócio Miro Arantes, chega a Fortaleza para conhecer melhor a orla e negociar com técnicos da Prefeitura a melhor área para a construção do estaleiro. Todos os locais já sugeridos, inclusive o Pirambu, serão avaliados.

"A reunião foi ótima. Nunca pensamos em perder a possibilidade de Fortaleza fazer parte da nova indústria naval brasileira. Por isso, estamos reunindo todo o nosso esforço para garantir o empreendimento na Capital cearense", afirmou Luizianne, antes de embarcar de volta aos seus domínios. Hoje, às 10h, ela visita as obras de reforma do Estádio Presidente Vargas.

Paulo Haddad, por sua vez, comemorou o resultado do encontro de ontem. "Pela primeira vez, tivemos a chance de colocar todos os pontos de vista na mesa. Agora tudo vai ser mais calmo. Vamos estudar todas as possibilidades e achar uma área adequada e vai ser em Fortaleza", ressalta o empresário. Continua>>>

Compra do Estaleiro Rio Grande deve ser fechada até o fim do mês


Sérgio Bueno, de Rio Grande – VALOR

A negociação para adquirir o controle do Estaleiro Rio Grande (ERG) que está sendo construído pelo grupo WTorre no Rio Grande do Sul é o primeiro passo da Engevix Engenharia para instalar dois grandes polos navais próprios no país. O segundo empreendimento será implantado na região Sudeste a partir do zero pela empresa, que em pouco mais de uma semana pretende definir uma área entre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo ou Espírito Santo para o projeto, disse ontem o diretor executivo Gerson de Mello Almada.
A Funcef, fundação de seguridade dos funcionários da Caixa Econômica Federal, é sócia da Engevix na aquisição do estaleiro gaúcho e pode ficar com 25% do negócio. Almada não confirmou a divisão das participações nem revelou o valor do negócio, mas disse que a operação deve ser fechada até o fim do mês, praticamente junto com a inauguração do ERG, prevista paro o dia 31. No Sudeste, o investimento será exclusivo da Engevix.
Segundo Almada, a negociação em Rio Grande inclui o projeto (e a área contígua) do ERG2, onde a WTorre pretendia construir embarcações de apoio a plataformas marítimas. A empresa ainda está discutindo com a prefeitura e o porto locais a aquisição de novos terrenos para produzir também navios-sonda e fabricar e integrar os módulos das plataformas. Conforme o executivo, a Petrobras já lançou dois editais para a contratação de sete navios-sonda e duas plataformas semi-submersíveis, que totalizam investimentos de R$ 7,6 bilhões.
O plano da Engevix é montar uma infraestrutura capaz de absorver todas as etapas da construção de uma plataforma de exploração de petróleo e gás. De acordo com o diretor, a produção dos cascos representa 40% do investimento total num projeto deste tipo, enquanto a fabricação dos módulos responde por mais 30% e a integração, pelos 30% restantes.
No ERG a Engevix vai construir os oito cascos já contratados pela estatal para plataformas de produção e armazenamento (do tipo FPSO) de petróleo e gás na área do pré-sal na Bacia de Santos, orçadas em US$ 3,5 bilhões. O trabalho será executado no local de qualquer forma devido a vantagens logísticas e de disponibilidade de mão de obra, mas a aquisição do estaleiro, com um dique seco de 350 metros de comprimento por 130 de largura, “pereniza” e dá mais produtividade ao investimento, disse Almada. A construção dos cascos deve iniciar em outubro e vai levar cinco anos e quatro meses.
A implantação do ERG começou em 2006 e exigiu investimentos de R$ 840 milhões, sendo 21% bancados pela WTorre e 79% pela emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) administrados pela Rio Bravo Securitizadora e garantidos pela Petrobras. Em contrapartida, a estatal terá direito de usar a estrutura durante dez anos e depois disso os ativos serão repassados ao controlador privado, que agora deverá ser a Engevix. O projeto do ERG2 é orçado em R$ 420 milhões.
Neste ano a empresa já adquiriu o controle da Aibel Óleo e Gás, especializada em manutenção de plataformas para a Petrobras, que dispõe de um terreno de 41 mil metros quadrados, galpões e áreas industriais em Macaé (RJ). Mas, segundo Almada, a área não serve para absorver o projeto para a região Sudeste porque não tem acesso ao mar e se presta apenas para a montagem de módulos pequenos. O executivo participou de um seminário sobre o setor naval em Rio Grande patrocinado pela própria Engevix e pela construtora Toniolo Busnello, e organizado pela revista gaúcha “Voto”.

Dilma, PSDB "detonou" indústria naval


Sérgio Bueno, de Rio Grande – VALOR

Rio Grande - RS por dilmarousseff.Principal palestrante de um seminário sobre a implantação do polo da indústria naval em Rio Grande, patrocinado pelas empresas Engevix Engenharia e Toniolo Busnello e pela prefeitura da cidade, administrada pelo PMDB, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, aproveitou o evento para apresentar credenciais como gestora de grandes projetos e disparar críticas ao PSDB. 
Ela também voltou a defender a autonomia operacional do Banco Central e chegou a dizer que, “como onze entre dez brasileiros”, gostaria de ver os jogadores Neymar e Ganso, do Santos, convocados para a seleção brasileira, o que acabou não acontecendo.
Segundo Dilma, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma “verdadeira Cruzada” para reativar a indústria naval brasileira, que chegou a empregar 40 mil pessoas em 1979, mas foi “detonada” e caiu para menos de 2 mil empregos em 1998, durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. 
Hoje, o setor ocupa 45 mil empregados no país graças aos estímulos federais para a construção de navios e plataformas de exploração de petróleo e gás e para a qualificação profissional.
Dilma também afirmou que não vê necessidade de modificar o modelo que garante autonomia operacional do Banco Central. 
Na véspera, o pré-candidato do PSDB, José Serra, criticou o BC por não baixar os juros durante a crise econômica global, mas para a petista o sistema atual funciona bem. 
Questionada sobre o que o governo deveria fazer diante das denúncias de envolvimento do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com a máfia chinesa no país, ela afirmou que se ele deveria ser afastado do cargo se as acusações tiverem “fundamento”.
O restabelecimento da indústria naval brasileira começou a ser gestado no início do mandato de Dilma, então ministra das Minas e Energia, como presidente do conselho de administração da Petrobras. 
Na cidade gaúcha, a iniciativa do governo já resultou na construção de plataformas de exploração de petróleo e gás e na construção de um estaleiro e um dique seco que deverão ser inaugurados no fim deste mês pelo presidente Lula.
De acordo com a pré-candidata, na campanha eleitoral de 2002 o PSDB provocou uma polêmica “ácida” quando afirmou que o programa do PT era “irresponsável” por propor a reativação da indústria naval. 
“Diziam que o Brasil faria navios inadequados, não competitivos, e acabaria prejudicando a Petrobras”. Mas agora, segundo ela, o setor corre o risco de sofrer um “acidente de percurso”. 
“Depende de quem estiver à frente disso”, afirmou, numa alusão a uma eventual vitória do PSDB em outubro.
Segundo Dilma, a aposta do governo no setor, que incluiu o estímulo à descentralização dos novos estaleiros e ao aumento gradual do conteúdo local dos navios e plataformas, significou também a retomada da política de desenvolvimento industrial para o país.
“Essa história de que o Brasil não pode ter uma política industrial é uma visão ultrapassada”, disse. Para ela, um eventual novo governo do PT tem condições de fazer “muito mais” porque foi o partido que criou a “base” para o crescimento atual.
Para a ex-ministra, o Brasil “dificilmente” seria respeitado apenas por ter estabilizado a economia (a partir da implantação do Plano Real, em 1994, quando FHC era ministro da Fazenda). “Somos respeitados por isso, mas também porque deixamos de ser devedores do Fundo Monetário Internacional e porque mostramos que o Brasil podia, com estabilidade, crescer, distribuir renda e melhorar a vida das pessoas”, afirmou.
A pré-candidata admitiu que não tem experiência eleitoral, mas afirmou que essa condição poderá aparecer ao eleitor como uma “lufada de ar novo numa situação mais tradicional de fazer política”. 
Em contrapartida, lembrou a experiência acumulada como secretária da Fazenda em Porto Alegre, como secretária de Minas e Energia em dois governos do Rio Grande do Sul e como ministra das Minas e Energia e chefe da Casa Civil do governo federal.
 “O carisma do presidente Lula não é passível de comparação, mas participei com ele da gestão dos principais projetos do governo”.

Dilma chamou para si a responsabilidade pelos investimentos na indústria naval gaúcha

 Guilherme Mazui  |  guilherme.mazui@zerohora.com.br


Dilma Rousseff, palestrou na manhã de hoje durante 50 minutos sobre os investimentos do governo federal em Rio Grande. Durante seminário, a ex-ministra alfinetou o PSDB e chamou para si a responsabilidade pelos investimentos na indústria naval gaúcha:

— O caminho para o desenvolvimento da Metade Sul é sem volta, mas podem ocorrer acidentes de percurso. Depende de quem estará a frente do processo.

Dilma ficou duas horas e 45 minutos em Rio Grande, berço do polo naval, foco dos principais investimentos federais do Estado. Chegou às 10h15min e partiu às 13h, em jato fretado. Já o representante da governadora Yeda Crusius, o deputado Cláudio Diaz, participou da abertura do encontro e logo foi embora.

O polo naval foi o foco da palestra, que ainda destacou obras de modernização do cais do porto, dragagem de aprofundamento do canal e duplicação da BR-392, que teriam investimento de R$ 689 milhões.

Abusando de números, enfatizou que o ressurgimento da indústria naval é uma aposta do governo Lula. Também frisou a estabilidade econômica, o bom momento do Brasil na política externa e a saída de 24 milhões de pessoas da linha da pobreza nos oito anos do governo petista. Tratou de destacar sua participação nestas negociações.

— Eu participei deste governo 24 horas por dia, durante sete anos e meio — afirmou.

Em entrevista coletiva, concedida após a palestra, Dilma procurou não se expor ao ser questionada sobre assuntos como a normatização do Banco Central, denúncias contra o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr, as críticas do rival tucano José Serra e o aumento para os aposentados.

Ela ainda comentou o primeiro mês de pré-campanha, dos compromissos e da nova rotina, longe de funções administrativas.

— Em gestão, tenho experiência razoável. Quem sabe uma das maiores da União. Me falta experiência eleitoral. Quem sabe isto seja bom, seja uma renovação — disse.

A palestra de Dilma no seminário 
Rio Grande — Onde o Rio Grande Renasce, organizado pela Revista VOTO, foi realizada no auditório do Centro de Convívio Meninos do Mar (CCMar), da Universidade Federal de Rio Grande (Furg).

Por volta das 13h, a delegação de Dilma decolou do aeroporto de Rio Grande em direção a Porto Alegre. À tarde, ela participa da posse da diretoria da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS e da Associação Comercial de Porto Alegre. 

João Cândido, petróleo, racismo e emprego



Petroleiro - Jõao Cândido - simboliza reinício da indústria naval


O Estaleiro Atlântico Sul entregou à Petrobras nesta sexta-feira, em Ipojuca (PE), o navio petroleiro João Cândido, símbolo do reinício das atividades da indústria naval, que o Governo Lula encontrou abandonada há décadas. Lançado pelo presidente Lula e batizado em homenagem ao líder da Revolta da Chibata (1910), uma rebelião de marinheiros contra os castigos desumanos que sofriam, o João Cândido é o primeiro grande navio construído no Brasil em 13 anos e também o primeiro da frota de 49 embarcações que integram o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef).
   A implantação e o desenvolvimento do Promef, no atual governo, tornou o Brasil o quinto país do mundo em volume de encomendas de navios petroleiros. Só ao EAS estão encomendados 22, que somam negócios de aproximadamente US$ 3,5 bilhões. O programa também multiplicou vinte vezes o número de trabalhadores na indústria naval. Eram pouco mais de 2.000, há uma década, e agora são 45.000.
    Desse total de operários do setor, 1.300 construíram o João Cândido. Quase todos moram nas cinco cidades do entorno do Complexo Portuário de Suape e, até serem contratados pelo estaleiro, há três anos, ganhavam a vida cortando cana, pescando e vendendo peixe ou trabalhando em atividades turísticas ou domésticas. Continua>>>

O metalúrgico e o marinheiro: com Lula, indústria naval renasce e João Cândido vira nome de navio


O governo Lula marca pontos, e ajuda a (des) travar o bom debate político no Brasil, quando assume posições como essa:  batizou o primeiro navio montado no Brasil, depois de 13 anos, com o nome de João Cândido - o herói da Revolta da Chibata. Ele, o marinheiro, foi o mote para a monumental canção "Almirante Negro" - de João Bosco e Aldir Blanc (este último, certamente, um dos dez maiores letristas da nossa riquíssima música popular). Se tiver interesse em saber mais, clique aqui - http://www.rodrigovianna.com.br/brava-gente/as-pedras-do-cais-ja-nao-sao-o-unico-monumento-para-o-almirante-negro.
Com o nome do marinheiro no casco do navio, Lula politizou (no bom sentido, da grande Política) um debate que poderia ser puramente econômico.
E, aliás, trata-se economicamente de um salto gigantesco. Leia mais Aqui

Transpetro lança navio ao mar hoje


A Transpetro lança hoje em Pernambuco, o primeiro navio do Programa de Modernização da Frota (Promef). A embarcação, do tipo Suezmax, tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.
Este é o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em mais de 13 anos, período em que a indústria naval brasileira praticamente desapareceu dos radares, após ser a segunda maior fabricante mundial nos anos 1970. A partir do Promef, um dos principais projetos estruturantes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os estaleiros nacionais se modernizaram e novas unidades de produção, como o Atlântico Sul, surgiram no País. Hoje, o Brasil já possui a quarta maior carteira de navios petroleiros do mundo.
“O lançamento ao mar do primeiro navio do Promef é um fato histórico. Atravessamos uma verdadeira epopéia para chegarmos a esse ponto. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do Promef, que entra agora em uma nova etapa, inclusive porque já estamos trabalhando para lançar a sua terceira fase”, afirma o presidente da Transpetro, Sergio Machado.
O Promef já gerou 15 mil empregos diretos. Este número chegará a 40 mil. Em suas duas primeiras fases, o programa prevê a construção de 49 navios no Brasil, dos quais, 46 foram licitados e 33 já contratados. Os três últimos estão fase final de licitação. Em junho, será lançado ao mar o segundo navio do programa, desta vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).

Indústria naval: Programa da Transpetro contrata 33 navios


Chico Santos, do Rio – VALOR

A falta de competitividade crônica matou, na década de 1980, a indústria naval brasileira, que, sob política protecionista, chegou a ser a segunda do mundo em encomendas (1979). Para a cidade de Niterói, próxima do Rio de Janeiro, foi um rude golpe sobre o seu quase único setor industrial de porte. Lá estava, entre outros, o Estaleiro Mauá, fundado em 1946 por Irineu Evangelista de Souza (o barão de Mauá) com o nome de Fundição e Estaleiro Ponta d’Areia. O Mauá chegou a ter cerca de 10 mil empregados, entre próprios e de empreiteiros. Em 1995, o Mauá parou de fazer navios.
Hoje, Niterói vive um novo ciclo de prosperidade industrial, iniciado em 1999, impulsionado pela indústria do petróleo, especialmente de embarcações de apoio à exploração e produção no mar (offshore). E o Mauá também ficou com quatro navios do atual programa de renovação da frota da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
O programa da Transpetro, resultado do aumento explosivo da carga a transportar, vem sendo responsável pelo ressurgimento, de forma desconcentrada, da grande indústria naval no Brasil, tendo contratado 33 navios de grande porte e licitado outros 13. Novos estaleiros surgiram, o maior deles em Pernambuco (Atlântico Sul).
O secretário de Indústria Naval de Niterói, Milton Cal, diz que 15 mil pessoas já trabalham diretamente nos estaleiros e em outras empresas do setor. A caótica Ilha da Conceição, mistura de favelas e ruas esburacadas, orlada de galpões industriais, concentra, segundo cálculos extraoficiais, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) de Niterói.
Milton Cal, morador da Ilha, avalia que são cerca de 200 empresas industriais e de serviços, especialmente de reparos, entre elas a coreana STX (estaleiro), Superpesa, Subsea 7, Rolls-Royce e o próprio Mauá que, segundo o secretário, tem 4,5 mil pessoas trabalhando em suas instalações.
A Rolls-Royce escolheu Niterói para instalar sua base de serviços para a frota offshore de toda a América do Sul. Líder mundial em projetos de embarcações offshore e no fornecimento dos equipamentos mais sofisticados, como turbinas, propulsores e máquinas de leme, a empresa britânica inaugurou sua base em novembro do ano passado em um terreno de 13 mil metros quadrados.
Nesta primeira fase, a unidade tem escritórios e uma oficina para reparos e manutenção de equipamentos sofisticados fornecidos pela empresa. Ronaldo Melendez, diretor comercial da Rolls-Royce Marine Brasil, afirma que a empresa trocou o bairro industrial carioca de São Cristóvão por Niterói para ter acesso ao mar e, futuramente, um cais para receber as embarcações offshore diretamente em suas instalações. São cerca de cem empregados trabalhando na base nesta primeira fase.
Atenta ao esforço brasileiro para ampliar o índice de nacionalização das embarcações, a Rolls-Royce criou um grupo de trabalho para estudar as possibilidades de vir a produzir alguns dos seus equipamentos no Brasil, seja por meio de uma fábrica própria, seja em parceria com fabricante local.

Indústria naval brasileira lança 1º navio após 13 anos


Do Blog de Maria Dirce

Embarcação tem 274 m de cumprimento e pode transportar 1 milhão de barris
A estatal brasileira Transpetro vai lançar ao mar o primeiro navio construído no Brasil nos últimos 13 anos. A embarcação, que tem 274 m de comprimento e capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo, vai ao mar no dia 3 de maio no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco.
O navio marca o ressurgimento da indústria naval brasileira, já que o país já foi 2º colocado no ranking mundial de fabricantes na década de 1970. Atualmente, o país figura na 5ª posição mundial. O presidente da Transpetro, Sergio Machado, classificou o lançamento como um “fato histórico”.
- Atravessamos uma verdadeira epopeia para chegarmos a esse ponto. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do Promef [Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro], que entra agora em uma nova etapa, inclusive porque já estamos trabalhando para lançar a sua terceira fase.

Graças ao PAC


Serra, ex- ministro de FHC por oito anos, disse sábado que falta infraestrutura ao país. A coalizão demotucana que o lançou afirma que o PAC é uma ficção. Aspas para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial, Carlos Maurício de Paula Barros: “...as empresas de construção industrial brasileiras nunca tiveram tamanho volume de obras.... [graças à] combinação das obras do PAC com o aumento do conteúdo nacional nas obras e equipamentos da Petrobras; chego a ficar tonto [ao] fazer um levantamento detalhado do que há para fazer nos próximos cinco anos ... há trabalho pelo menos até 2020... todas as empresas (do setor) hoje têm uma perspectiva que nunca tiveram, nem na década de 1970 .... em 2003 a indústria naval estava praticamente parada e muitas outras fábricas operavam com, no máximo, 30% de uso da capacidade instalada; hoje, em contrapartida, são mais de 40 estaleiros operando..
(Carta Maior , com informações Valor;)
 

Indústria naval - Brasil é a 5ª carteira do mundo

Kelly Lima

Plataformas, sondas, petroleiros e embarcações de apoio em encomendas bilionárias da Petrobrás podem fazer do Brasil a meca dos investimentos da indústria naval nos próximos anos. Os valores chegam a US$ 17 bilhões, numa primeira fase (entre 2009 e 2010), podendo ir a US$ 40 bilhões até 2012. O mercado brasileiro já detém a quinta maior carteira de encomendas do mundo, com estudos para a construção de até 17 estaleiros, segundo fontes do setor.

A maioria dos projetos, no entanto, aguarda ganhar uma licitação para efetivar os investimentos que, isoladamente, variam de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão. “Primeiro tivemos o boom do ressurgimento da indústria naval brasileira, após 20 anos sem encomendas. Com isso, vieram os estaleiros virtuais, hoje uma realidade, e investimentos na modernização e ampliação de outros, já existentes. Agora são novos investidores nacionais e internacionais, de olho nas oportunidades que o País oferece”, diz o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Além de 26 novos petroleiros - dos quais 18 estão sendo negociados e 8 serão licitados dentro de 60 dias - encomendados pela Transpetro, a Petrobrás recebe em 7 de agosto os envelopes com as propostas para a construção de oito cascos em série para navios-plataforma que vão operar em Tupi.

A estatal também lança no segundo semestre a encomenda do primeiro pacote de sete sondas de perfuração em águas ultraprofundas, de um total de 28 que serão construídas pela primeira vez no Brasil.

Por fim, colocou na praça o primeiro lote para contratação de 24 (de um total de 146) embarcações de apoio. O governo do Rio está intermediando duas negociações de grande porte.

ATRAÇÃO

Além de ter incentivado a construção de quatro estaleiros no Complexo Industrial de Barra do Furado, no Norte Fluminense, o governo quer atrair investidores para uma área em Itaguaí, no sul do Estado, área próxima ao porto. “Temos holandeses, brasileiros, franceses, vários interessados. Há uma fila de investidores”, diz o secretário de Desenvolvimento do Estado, Júlio Bueno. Ele também atua em negociação de compra ou aluguel pela Petrobrás da área que abrigou o estaleiro Ishibrás, o maior já instalado no Brasil.

Por causa de sua extensão às margens da Baía de Guanabara e seu calado, a área poderia sediar a construção simultânea de até dois navios-plataforma FPSO (de produção e estocagem de óleo), do tipo que está sendo encomendado para Tupi. O diretor da área de serviços da estatal, Renato Duque, confirma as negociações, mas não dá maiores detalhes.

A ideia é repetir no Rio o arrendamento de um dique seco construído no Rio Grande do Sul, que é ofertado nas licitações. A área no Estado do Rio pertence aos grupos Iesa e Banco Fator.