Mostrando postagens com marcador Marina silva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marina silva. Mostrar todas as postagens

Trechos da entrevista de Marina Silva à Folha de São Paulo

247 - A ex-senadora Marina Silva afirmou em entrevista à Folha deste domingo, 2, que não há provas materiais que sustentem um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
"Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer", afirmou Marina. "Eu não seria leviana de dizer, sem provas, que ela [Dilma] tem responsabilidade direta. Ela tem responsabilidades políticas e administrativas. Esse não é o momento de ficar gesticulando, tagarelando", acrescentou. 
A ex-candidata a presidente pregou "responsabilidade" com a democracia e disse que não vai "instrumentalizar a crise" para tentar ampliar o desgaste da presidente. "Neste momento, é preciso ter muita responsabilidade. Já tivemos perdas em relação às conquistas econômicas. Agora estamos tendo perdas em relação às conquistas sociais, com inflação e desemprego. Uma coisa que não podemos perder é a nossa confiança na democracia. Não podemos, em hipótese alguma, colocar em xeque o investimento que fizemos na democracia", afirmou.
Sobre as manifestações contra o governo que estão marcadas para próximo dia 16, Marina Silva disse que a sociedade tem todo o direito de se manifestar, "porque foi enganada quando negaram os problemas e não fizeram o que era preciso".
"Mas esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar. A liderança política não tem apenas que repetir o que se quer ouvir. Às vezes, ela tem que pagar um preço. Não podemos deixar de considerar o valor da democracia, até pelos traumas que passamos", afirmou. 






Como podemos ver o problema dela é quando vem com a tal da sustentabilidade sustentável e mais blablarinagem ecoxiita.

A "nova política" evapora um avião e o pig silência

Campanha de Marina não inclui avião em prestação
Segundo balanço divulgado nesta terça (4) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), campanha do PSB à Presidência com Marina Silva, que inclui também o período em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos era o candidato, arrecadou R$ 62 milhões e terminou a disputa sem dívidas; documento, no entanto, não cita o pagamento do jato que caiu em Santos (SP), matando Campos e mais seis pessoas de sua coligação, em agosto; o uso do avião é alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público


 Derrotada no 1° turno das eleições à Presidência, Marina Silva (PSB) arrecadou R$ 62 milhões durante a campanha e terminou a disputa sem dívidas.
O balanço foi divulgado nesta terça (4) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e inclui também o período em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto, era o candidato do PSB.
No entanto, a prestação não cita o pagamento do jato que caiu em Santos (SP), matando Campos e mais seis pessoas da coligação. O uso do avião é alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público.

Blablarinagem do dia

A blablarina não cansa de falar asneira
E não falta babaca para concordar
O esgoto para essa gentalha não é o limite!

Para onde vão Marina e a Rede?...

- Provavelmente para baixo -, por Cesar Maia - Ex-blog

1. Marina saiu da eleição presidencial de 2010 fortalecida e em ascensão. Tornou-se um destaque nacional e internacional, sinalizando que, em 2014, seria uma alternativa de poder.  Em função da "plasticidade" do PV, Marina rompeu com o partido e se declarou independente.
         
2. Agrupou em torno dela um grupo com ideias afins, sendo que muito poucos com mandato, talvez uns 3 deputados federais. Em função da afirmação de princípios e redação de documentos, atrasou a criação de seu partido ao qual denominaram Rede - rede de sustentabilidade.
         
3. Por esse atraso, no limite do prazo para criação de partidos, as assinaturas de apoio apresentadas não foram suficientes. Havia a expectativa de uma adesão significativa de parlamentares. Desnorteados, reúnem-se nessa mesma noite/madrugada e após um telefonema de Marina ao governador Eduardo Campos, decide ingressar no PSB, apontando a hipótese de vir a ser vice de Campos, coisa que acabou ocorrendo.
         
4. Logo em seguida, o Congresso aprova uma lei terminando com o direito de que novos partidos criados tenham direito ao fundo partidário e ao tempo de TV proporcional aos deputados federais que atraíssem. A lei termina assim com a portabilidade dos deputados federais que, ao trocarem de partido nas condições permitidas pela lei, levariam consigo o tempo de TV e a parte do Fundo Partidário proporcionais a eles.
         
5. Campos e Marina realizam reuniões públicas e afirmam uma parceria. Marina lembra que é provisória até criar a sua Rede. As pesquisas indicam para Campos intenções de voto quase a metade do que indicavam para Marina.
         
6. Com a morte de Eduardo Campos, Marina assume a candidatura a presidente e imediatamente as pesquisas a projetam para uma posição de liderança, derrubando Aécio Neves para um terceiro lugar afastado. Marina passa a ser alvo de seus adversários e vacila. No final do primeiro turno já estava em empate técnico com Aécio e em processo de desgaste.
          
7. Já na entrada ao PSB não houve consenso na Rede. Alguns preferiam que entrasse para o PPS e imediatamente assumisse a candidatura presidencial.
          
8. Com sua imagem afetada, segue para o segundo turno e, com o reforço da família de Eduardo Campos, adere a Aécio Neves em três momentos: declaração à imprensa; depois o encontro dos dois com Marina sem coque e de rabo de cavalo (Freud explica); e, finalmente, na TV com um bom pronunciamento de apoio a Aécio.
          
9. Outra vez a Rede racha. Boa parte, talvez a maioria, preferia a neutralidade. O apoio de Marina a Aécio não altera a disputa no segundo turno. A eleição termina quase empatada e Marina como uma outsider nesse processo.
        
10. Hoje, o quadro é totalmente diferente do momento da tentativa de criação da Rede no TSE. Marina enfraquecida, seu grupo dividido e fragilizado, nenhuma expectativa de atrair parlamentares quando a Rede for legalizada.
         
11. O mais provável é que Marina não recupere mais o brilho de antes e que seu partido, uma vez criado, se torne inviável ou mais um micropartido pela quase nenhuma adesão de parlamentares, o que mesmo ocorrendo marginalmente, não trará mais os recursos e o tempo de TV que trazia antes.

Mídia usou, e a descartou Marina Silva

É assim que a mídia sempre faz, usa e abusa dos traíras, depois passa na moenda e joga no lixo. Se ilude com essa gente os fracos de espírito e cegos pelos holofotes. Confira (abaixo) o exemplo do que afirmo, no texto do Josias de Souza:

Coreografia demorada esvaziou o papel de Marina

No mundo dos negócios, tempo é dinheiro. Na política, tempo é poder. Há uma semana, derrotada na sua pretensão de passar ao segundo turno da disputa presidencial, Marina Silva tornara-se uma poderosa terceira colocada. Seu apoio era cobiçado por todos. Que fez Marina? Matou o tempo, em vez de vivê-lo.
Antes mesmo da abertura das urnas, Marina comentara, em privado, que jamais cogitaria apoiar Dilma. A campanha de desqualificação lhe deixara marcas na alma. Restavam Aécio ou o voto nulo. Qualquer que fosse a decisão, haveria uma justificativa plausível.
Com Aécio, Marina poderia sustentar que a política baseada apenas nos bons sentimentos, por estéril, não muda as coisas. Optando pelo voto nulo, diria que não se pode enxergar apenas os objetivos-fim, sem considerar os objetivos-meio. Ou, por outra: política sem sonho não vale a pena.
Aprisionada em algum lugar entre o ideal e a prática, Marina girou por uma semana como um parafuso espanado. Reuniu-se com correligionários. Deitou sobre o papel um lote de compromissos que queria impor a Aécio. Divulgou nota para desmentir que houvesse decidido. Prometeu dizer algo na quinta-feira. Cancelou. Visitou FHC. Conversou com fulano. Recebeu beltrano. Ouviu sicrano. E nada.
Súbito, Beto Albuquerque, o número 2 da chapa de Marina, fez uma declaração pró-Aécio. Os partidos que integravam a coligação derrotada formalizaram apoio ao tucano —primeiro o PPS; depois o PSB. Até a família de Eduardo Campos —a viúva Renata e os filhos— aderiram ao rival de Dilma.
Em Pernambuco, Aécio absorveu parcialmente neste sábado as teses de Marina. Divulgou uma carta. Em São Paulo, a esfinge mandou dizer, por meio do porta-voz Walter Feldman: “Em relação ao conteúdo do debate programático do primeiro turno, avança de maneira consistente. Mas não há que se imaginar que seja o programa da Rede.'' Nem poderia. O eleitor não quis.
Marina anunciará sua decisão neste domingo. Dará entrevista às 10h30. A importância da decisão, seja qual for, será inversamente proporcional ao espaço que ocupará nas manchetes. O Datafolha informou há dois dias: 66% dos eleitores que declaram ter votado em Marina no primeiro turno já migraram para Aécio. Apenas 18% dizem preferir Dilma no segundo round.
Marina ainda não se deu conta. Mas o tempo, por vingativo, não perdoa quem tenta matá-lo. A posição da candidata que diz representar a “nova política” tornou-se politicamente irrelevante.




Rodrigo Vianna: A implosão de Marina Silva: a candidata do “novo” já negocia reeleição com Aécio




O tucano-marinismo forma um bloco único: essa é a realidade cada vez mais evidente
Marina Silva já havia implodido nas urnas. Agora, implode também sua imagem, e o capital que poderia carregar para 2018.

O PPS apoiar Aécio é parte do jogo. O partido sempre foi próximo dos tucanos. Mas e a “Nova” Política de Marina? O eleitor vai engolir mais esse vai-e-vem da ex-ministra?

Marina – que era de esquerda e se apresentou como alternativa, criticando o “toma lá dá cá” – agora já negocia com Aécio Neves nos bastidores. Pode até virar ministra?

Ou coisa pior: Aécio estaria oferecendo a ela “acabar com a reeleição”, assim Marina poderia ser candidata em 2018. Uai, mas não foram os tucanos que aprovaram a reeleição na época do FHC? Marina vai aceitar essa mudança de regras, na canetada, só pra acertar a vida dela?

Não é apoio a Aécio. É apoio em troca de mudança nas regras políticas para beneficiar a aliança tucano-marinista. Nova política? Sei…

Alguns amigos, jornalistas, blogueiros (e até militantes que votam em Dilma) acham que o PT “exagerou” nas críticas a Marina. Discordo dessa análise.

Marina tinha que ser confrontada, porque a partir de agosto ela virou a candidata da direita e dos liberais. Não havia como enfrentar aquela onda com meias palavras. Se o PT errou, foi por não ter enfrentado antes a adversária.

Marina e o PSDB formam um bloco único: o tucano-marinismo. Dilma, Lula e o PT precisam enfrentar os adversários em bloco. Não há escolha, nem meias-palavras.

Maior prova do que Marina significava são os movimentos que ela faz agora. A imprensa amiga do PSDB espalha a notícia de que Marina vai apoiar Aécio porque está “magoada” com a “violenta campanha movida pelo PT”.

Hehe… Marina vai apoiar Aécio porque a afinidade dela com o PSDB é hoje muito maior do que com o PT. Marina foi confrontada e criticada em agosto e setembro exatamente porque essa afinidade já era evidente.

Falo nas afinidades na Economia e nas Relações Internacionais. Marina defendeu “independência do Banco Central”, criticou Mercosul, colocou o Eduardo Gianetti e Neca Setúbal para falar nos jornais.

A consequência lógica era o apoio a Aécio. Não deve haver susto nem surpresa.
O caminho para quem apóia Dilma é procurar os eleitores de boa-fé – que acreditaram na “nova” Política de Marina – e perguntar: vocês não acham que Marina traiu a confiança de seu eleitorado?

Quem apóia Dilma não deve temer esse debate. O apoio a Aécio facilita as coisas, é didático.

Marina vai transferir votos para Aécio em São Paulo? Sim, de forma consistente. Ela teve 5,5 milhões de votos em São Paulo. Calculo que 4 milhões – pelo menos – irão para Aécio, consolidando a onda antipetista no Estado.

Mas e no Nordeste? Bem, no Nordeste Marina teve 6,5 milhões de votos. Tirando Pernambuco, onde a transferência para Aécio deve ser forte, o povo nordestino que votou em Marina não vai embarcar na canoa tucana.

É ali, no Nordeste, que a aproximação entre Marina e Aécio ficará mais claramente definida como traição.

Dilma deve ficar com 4,5 milhões dos votos marineiros no Nordeste, Aécio com 2 milhões. Esse movimento compensará São Paulo.

O PT não vai conquistar esses votos falando bem de Marina. Vai conquistá-los mostrando que o apoio de Marina a Aécio é uma traição ao povo nordestino que confiou nela.

O tucano-marinismo é um bloco. E assim precisa ser enfrentado. Em bloco.



Marina impõe condições para embarcar na piroga de Aécio

GAIA - Fora do segundo turno, a ex-candidática Marina Silva deixou inscritas nas paredes de uma caverna no Acre Setentrional as dez condições para embarcar na piroga de Aécio Neves. "Em primeiro lugar, Marina exige autonomia para o Banco Central e para si mesma", interpretou o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, ao se deparar com os desenhos de dois faisões voando separados.




Após estudar as alegorias da caverna por duas horas, Viveiros de Castro apresentou a lista completa: "Marina reciclou a nova política. Para se empenhar na preservação dos tucanos, exige a legalização do suco de aloe vera e o fim da polarização entre Marilena Chauí e Merval Pereira. Mas, acima de tudo, a ex-candidática diz que só apoiará Aécio se ele mudar de opinião toda semana", concluiu, exausto, o antropólogo.

No final da tarde, Marina mudou de opinião e resolveu permanecer neutra. Depois, reviu sua posição pelo avesso do avesso do avesso do avesso. "É o perspectivismo marinístico", explicou Viveiros de Castro.




da The i-piauí Herald

Marina Silva, a que foi sem nunca ter sido

Marina se foi, e isso não é uma ofensa. É uma constatação
por Fernando Brito - Tijolaço

Hoje, alguns leitores que (com todo o direito e que peço que respeitem) apoiam Marina Silva se irritaram quando leram que eu escrevi que ela havia se tornado um nada.
É obvio que isso não é um juízo sobre pessoa Maria Osmarina, mas uma avaliação política da candidatura Marina Silva.
Se era preciso uma prova concreta disso, ela veio hoje com a melancólica “carreata” da candidata na Tijuca, um dos bairros de classe média no Rio onde tem mais apoio.
Quase ninguém, entusiasmo algum, agitação mais por conta do grande número de repórteres e fotógrafos, muitas vezes maior que o de populares e militantes.
Nenhum candidato do PSB apareceu, apenas o candidato do PSOL Pastor Jefferson Barros, ligado ao grupo da deputada Janira Rocha, acusada de extorquir dinheiro dos funcionários de seu gabinete na Assembléia e excluída, por isso, como Barros, dos programas de TV do partido.
Romário, candidato favoritíssimo ao Senado pelo PSB – tem quase 50% nas pesquisas – não deu as caras. Miro Teixeira, seu aliado de primeira hora, escafedeu-se.



Quem quiser, pode ler, nos jornais, antes só simpatia marinista, o relato do desânimo marinista.
É por isso que disse que era o nada, não por desprezo à pessoa de Marina.
Foi por sentir que isso não é na Tijuca, não é no Rio, é em toda parte.
Marina, fora do segundo turno, será impiedosamente massacrada pelos políticos – a começar dentro do PSB – e solenemente ignorada pelo eleitorado, que vai fazer ele próprio suas escolhas, pois não reconhece nela uma liderança orgânica, capaz de fazer alianças – às quais ela se orgulha, aliás, de maldizer – que façam vingar um projeto político.
Já disse aqui, certa vez, que ela pode ficar atrás de Aécio não por uma arrancada do mineiro, mas por sua própria decadência.
Que é, tristemente, quase tão veloz quanto sua ascensão.

Josias de Souza: Debate foi luta na qual Marina entrou com a cara

O debate presidencial transmitido na noite passada pela Record foi uma espécie de luta de boxe na qual Marina Silva entrou com a cara. Dilma Rousseff esmurrou-a impiedosamente. Aécio Neves desferiu-lhe um par de jabs. Até a nanica Luciana Genro levou-a às cordas. No final, a parte da anatomia de Marina que mais apareceu no vídeo foi seu queixo de vidro.
Anabolizada pelo treinamento do marketing, Dilma foi para cima de Marina já na sua primeira pergunta. "A senhora mudou de partido quatro vezes, mudou de posição de um dia para outro em problemas de extrema importância, como a CLT, a homofobia e o pré-sal. Num debate da Bandeirantes, a senhora disse que tinha votado a favor da criação da CPMF porque achava que era o melhor que se podia ter para a saúde. Qual foi mesmo o seu voto como senadora?"
A pergunta de Dilma ecoava uma propaganda que sua campanha veiculara na tevê ao longo do domingo, como quem prepara uma emboscada. Ecoando o noticiário, a peça demonstrava que, diferentemente do que dissera, Marina votara contra a proposta de criação da CPMF em duas ocasiões. Como as votações ocorreram em dois turnos, ela dissera "não" ao chamado imposto sobre o cheque quatro vezes.
Sem poder negar o inegável, Marina ajustou a declaração que fizera antes. Em verdade, ela endossara o imposto sobre o cheque na votação da proposta que criou o Fundo de Combate à Pobreza, uma iniciativa do ex-senador Antonio Carlos Magalhães. "A composição do fundo seria: recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro", disse Marina no debate. "Naquela oportunidade, [...] portanto, votei favoravelmente, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que à época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita."
Punhos em riste, Dilma foi à réplica: "Candidata Marina, eu não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Nessas quatro vezes a senhora votou não. Isso consta dos anais do Senado. Atitudes como essas produzem insegurança. Governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitiudes firmes. Não dá pra improvisar. Então, candidata, me estarrece que a senhora não lembre como votou quatro vezes contra a criação da CPMF."
Abstendo-se de comentar os votos contrários, Marina, por assim dizer, dobrou os joelhos: "Eu me lembro exatamente quando votei a favor. Não tenho a lógica da oposição pela oposição nem da situação raivosa, que não é capaz de dialogar em nome dos interesses do Brasil. E nem da situação cega, que só vê qualidades mesmo quando os defeitos são evidentes. Tive uma prática coerente a vida toda. Defendi, sim, a CPMF para o fundo de combate à pobreza e é mais uma das conversas que o PT tem colocado para deturpar o processo." Tempo esgotado, cortou um dos apresentadores.
Marina vem dizendo que prefere o debate ao embate. Após assistir à surra da noite passada, um de seus aliados disse que Marina talvez devesse considerar a hipótese de entrar na briga de uma vez por todas. Sob pena de morrer como uma transeunte inadvertida. Em política, quem se entrega ao dilema shakespeariano (to be ou not to be) raramente chega a ser.
Dilma foi aos estúdios da Record orientada para esfregar na cara de Marina as mistificações que, exploradas na propaganda eleitoral petista, puxaram-na para baixo nas pesquisas. "Não se pode usar dois pesos e duas medidas", fustigou Dilma noutra passagem. "Qual é a posição da senhora a respeito dos créditos para os bancos públicos, o chamado crédito direcionado subsidiado? A senhora sabe a quanto monta esse crédito?"
Além de se converter num ser que se justifica, Marina fazia propaganda dos programas expostos na vitrine eleitoral de sua antagonista: "Eu não só vou manter o crédito dos bancos públicos para o Minha Casa, Minha Vida, para ajudar a nossa agricultura a se desenvolver, como vou fortalecer, sim, os bancos públicos. Isso é mais um boato que está sendo dito em relação à nossa aliança, de que nós vamos enfraquecer os bancos públicos."
Dias atrás, Marina chorou ao comentar os ataques que o petismo lhe faz com o endosso de Lula. De tanto se queixar dos boatos criados na usina de marketing de João Santana, a rival de Dilma corre o risco de se autofragilizar. De resto, candidato que reclama de malandragens dos rivais pode acabar soando como comandante de navio que se queixa do mar.
"O que vamos evitar é aquele subsídio que vai para empresários falidos, meia dúzia de escolhidos para ser campeões do mundo", prosseguiu Marina. "…Esses, sim, não terão vez no meu governo. Não vamos permitir que recursos do BNDES sejam usados por meia dúzia."
E Dilma: "Interessante, porque no seu programa consta justamente que a senhora vai reduzir o papel dos bancos públicos." Ensaiada, a discípula de João Santana tirou sarro de Marina: "Sei que a senhora não sabe o montante dos créditos direcionados. É R$ 1,340 trilhão de reais. Isso significa, candidata, que toda a estrutura do Brasil, a produtiva e a social, está ligada a esse crédito."
"O que vamos evitar é aquele subsídio que vai para empresários falidos, meia dúzia de escolhidos para ser campeões do mundo", prosseguiu Marina. "…Esses, sim, não terão vez no meu governo. Não vamos permitir que recursos do BNDES sejam usados por meia dúzia."
E Dilma: "Interessante, porque no seu programa consta justamente que a senhora vai reduzir o papel dos bancos públicos." Ensaiada, a discípula de João Santana tirou sarro de Marina: "Sei que a senhora não sabe o montante dos créditos direcionados. É R$ 1,340 trilhão de reais. Isso significa, candidata, que toda a estrutura do Brasil, a produtiva e a social, está ligada a esse crédito."
"Eu vou manter, sim, o crédito direcionado…", repisou Marina. "Isso está muito claro no meu programa. É mais um dos boatos que estão sendo espalhados." Um repórter perguntou quem decidiria sobre a manutenção de programas sociais como o Bolsa Família num hipotético governo Marina, ela ou seus assessores bem-nascidos?
"Quem vai decidir a manutenção dos programas sociais do meu governo é a sociedade brasileira", respondeu Marina. Instado a comentar, Aécio Neves acionou os punhos: "No meu governo, serei eu que irei decidir. E eu manterei os programas sociais, blá, blá, blá…"
Aécio continuou jabeando: "…Vejo com certa estranheza a candidata Marina se queixar muito, hoje, das ofensas, das calúnias e dos boatos que os candidatos de oposição sofrem, de que vão acabar com esses programas sociais. Os boatos realmente existem, candidata, mas sempre existiram. Existiram contra nós quando a senhora estava no PT. E não me lembro, infelizmente, de nenhuma palavra da senhora contra esse tipo de política que o PT continua praticando."
A alturas tantas, Marina dirigiu a Aécio uma questão sobre a matriz energética do país. Concordaram no essencial: é preciso diversificar o modelo, adicionando a energia eólica, a solar e a da biomassa. Mas Marina criticou a "falta de planejamento" que vigorou nos governos do PT e também no do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Aécio viu-se compelido a defender o correligionário. Fez isso atacando: "A senhora cita governo Fernando Henrique, que tinha um grande desafio: o desafio de domar a inflação, de tirar o perverso imposto inflacionário das costas do trabalhador brasileiro. Lutamos muito por isso, contra o PT. Isso aconteceu, lamentavelmente, num tempo em que a senhora participava do PT."

Fernando Brito: Marina quase foi o tudo. E pode virar o nada

É muito curioso o que ocorre quando a política, em lugar de se dar como emanação de um processo social, passa a viver à base de jogadas, truques de esperteza e arranjos de marketing.

Não que eles não possam ser bem sucedidos, como foram, por exemplo, na eleição de Fernando Collor, em 89, quando se tratava, antes e acima de tudo, de não permitir a eleição de um favorito de esquerda, primeiro Leonel Brizola e, a seguir, Luís Inácio Lula da Silva, separados por ínfimo meio por cento no primeiro turno.

Antes que digam que estou comparando Marina Silva a Collor, digo que não vejo a menor semelhança entre ambos, exceto a arrogância.

Interessa-me é o que se une em torno e o que, depois do seu desmanche, o que resta nas forças políticas que representam como “salvadores da pátria” que se proclamam fora da política.

E o que pode, surpreendentemente, fazer com que parte da direita brasileira, diante da inviabilidade de uma vitória de Marina Silva, prefira que a eleição se encerre no primeiro turno, o que é menos improvável do que muita gente pensa.

Vejam: o crescimento de Marina Silva veio, essencialmente, de três vertentes.

A primeira, a não-política, espécie de hipocrisia alimentada pela mídia e seu falso moralismo nas classes médias urbanas. É algo que não tem voto, mas tem “estampa”. É um espaço eleitoralmente minúsculo, mas barulhento, onde se aninham “udenistas de esquerda”, de direita e psolistas em geral, abrigados antes no PT “pré-poder”.

A segunda, deformação politiqueira de confissões evangélicas que pretendem se comportar, espalhadas pelos partidos, como um partido político e uma ferramenta de poder.

E, por último, a mais importante: a falta de um candidato da direita orgânica, tradicional, que, diante da rejeição e repetidas derrotas de seu general José Serra e da inutilidade pomposa do Marechal Fernando Henrique, teve de adotar um candidato pífio, sem luz própria e cuja carreira foi o arranjo de um “filhinho do vovô”.

A fatalidade da queda do avião de Eduardo Campos reciclou Marina Silva e a transformou na “grande esperança verde” para dar fim ao ciclo trabalhista-desenvolvimentista que começou com Lula ( e, ainda assim, depois que ele percebeu que a direita não o aceitaria como solução intermediária a um regime entreguista e excludente, porque a direita brasileira não aceita – e nunca aceitou – qualquer regime que não fosse o da espoliação selvagem deste país).

Marina tinha o “physique du rôle” para isso: de origem pobre, aparência frágil, evangélica e de personalidade arrogante, em tudo servia para apresentar-se como capaz de capturar os votos da pobreza, o que de fato fez em certa classe média baixa, em parte e durante algum tempo.

Além disso, caprichou em sua conversão à uma imagem de “selvagem domesticada”, cuidando de exibir suas companhias “confiáveis” – a senhora do Itaú e os economistas neoliberais – como penhor de sua docilidade ao stablishment.

Marina, porém, esbarrou em alguns limites.

O primeiro, a fantástica lucidez do povo mais pobre deste país que, embora vivendo os maiores sacrifícios e carências, soube, quase que instintivamente, proteger suas conquistas.

O segundo, também um instinto de sobrevivência, este de Dilma Rousseff, que abandonou a despolitização que marcou seu governo e assumiu, de frente e sem covardias, o combate político, inclusive e sobretudo no horário político.

O terceiro – e este foi fatal a Marina – o tempo de exposição de suas próprias fraquezas. A necessidade de atender a tantos senhores quanto os que necessitada em seu inorgânico ajuntamento – de Malafaia a Setúbal, de tudo um pouco – foi-lhe expondo as contradições, as companhias e, sobretudo, a inevitabilidade de um governo de concessão aos ricos e arrocho aos pobres.




Agora, chegamos a um possível – para mim, provável – paradoxo.

A direita paulista – e direita paulista é um pleonasmo e uma definição – prefere agora a morte rápida, com uma decisão de primeiro turno.

A vitória de Alckmin já na primeira rodada parece assegurada e o mesmo ocorre com algo que irá definir seu futuro nos próximos anos: a eleição de José Serra para o Senado.

Este é o eixo de poder real que irá se agrupar na oposição a Dilma, com Aécio reduzido a expectativas no máximo estaduais e Marina Silva, enfim descartada do cenário político, como bananeira que já deu – e na segunda vez não o pôde dar – cacho.

Não estou dizendo que a eleição se encerrará no primeiro turno, até porque os movimentos eleitorais tem um quê de insondável.

Estou registrando, agora com mais clareza, aquilo que já vinha afirmando desde o dia 3: “se a direita convencer-se que Marina não será o seu “cavalo” nesta disputa presidencial, poderá “sacrificá-la” antes da hora. E juntar os cacos do PSDB.”

Para que levar Marina a um segundo turno e deixá-la como “player” em 2018?

A política, não me canso de repetir a frase do velho Brizola, ama a traição, mas logo acaba por abominar o traidor.
     style="display:block"
     data-ad-client="ca-pub-5370099243653851"
     data-ad-slot="9686705460"
     data-ad-format="auto">



Evocando frase de Goebbels
“Tem gente que acha que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Eu não concordo”, disse Marina. A evocação da frase de Goebbels pela candidata foi contada aos jornalistas por Claudio Lottemberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos organizadores do encontro.
O companheiro de chapa de Marina, o candidato a vice-presidente, deputado Berto Albuquerque, achou pouco e ontem resolveu reforçar a associação feita por Marina.  Nesta 3ª feira, em discurso na Federação da Agricultura do Paraná, em Curitiba, Beto, repetiu publicamente a acusação. “Um partido (PT) que, no passado, perdeu uma eleição para o Collor em função da mentira usa, hoje, os mesmos recursos de Goebbels para tentar ganhar a eleição”, acusou Beto.
É muita apelação! Olha, o que tira mesmo o sono de Marina são as pesquisas a ultima do IBOPE, a da CNT/MDA e a do Vox Populi, todas apontando para uma vitória da presidenta Dilma no 2º turno contra Marina Silva. Todas apontando para uma inversão completa do que se via até agora nos cenários de 2º turno, quando os levantamentos apontavam pequena vantagem de Marina, dentro da margem de erro sempre. Isso, também virou fumaça.
Da dupla derrota de Aécio, em Minas e no país, ninguém fala
Todas as pesquisas deixam mal também o candidato demotucano, Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), não só em nível nacional onde ele empacou e não sai do 3º lugar, como também e principalmente em Minas, onde perde para a presidenta Dilma. E mostram que o candidato a governador de Aécio, ex-ministro de FHC, Pimenta da Veiga, perde o governo do Estado, sem sequer ir para o 2º turno,  para o nosso candidato, Fernando Pimentel.
Sem tripudiar, por favor, não considerem como tal, são pesquisas que deixam Aécio, tudo indica, de vez fora do 2º turno e seu candidato ao Palácio da Liberdade, em Minas, também. É uma derrota e tanto – ou duas – para os tucanos e que nossa mídia faz de conta que não está para acontecer. Todas as análises são para uma iminente e possível derrota nacional do PT no 2º turno presidencial, seu fim.


São as previsões dos analistas de Bagé de sempre…que felizmente não se concretizam. Já o fim da polarização PT-PSDB que marcou os últimos 20 anos das disputas eleitorais nacionais, fato da maior importância nelas – e fim porque o eleitor escanteou os tucanos – não merece maior espaço de análise…Quando vem algo nessa linha, é ent passant, de articulista choroso, de luto.
do Blog do

Quincas: Por que não mostram seus legados?

Está mais que provado que os nossos meios de comunicação criaram uma Marina virtual, um produto velho numa embalagem nova para ser devorado numa onda de consumismo, como estas novidades que aparecem na TV: as sandálias da Xuxa, as bandeiras nacionais que superlotam as lojas durante jogos da copa do mundo, cornetas que surgem como epidemias na época de carnaval, chocolates no tempo de Páscoa.



A onda de consumo do produto Marina está passando e tem que passar, porque quem o analisa vê claramente que não tem conteúdo, não só por ela, mas principalmente por aqueles que estão com ela, que nada somaram quando estiveram no governo. Marina durante 24 longos anos como deputada estadual, senadora e ministra e Aécio durante 33 longos anos esteve no jogo político como secretário do avô Tancredo, deputado estadual e federal, governador de Minas e Senador e onde estão os seus legados de fato. Se os tem, porque não mostram em seus programas ao invés de passar o tempo todo malhando Dilma e o PT? Esta campanha deveria ser decidida no primeiro turno para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Marina posa de Joana D’Arc e do flechado São Sebastião

A candidata Marina continua pela undécima semana se fazendo de vítima sem razão. Posa de Joana D’Arc, de São Sebastião, quando ninguém a acusou de nada do que ela enumera. Ela é, sim, criticada politicamente por seu programa que diz, nisso de forma clara, que o pré-sal é secundário (a questão merece uma linha no programa de 243 páginas), que o Banco Central deve ser independente…


É criticada porque sempre foi contra os transgênicos e agora mudou, porque defendeu a terceirização, a precarização e a flexibilização das leis trabalhistas – antes era contra – e porque seus assessores estão todos sentando na cadeira como ministros antes de vencer. E como tal, dizem claramente que darão um choque na economia brasileira com cortes nos gastos, mais juros e superávit, tarifaço e por aí vai… Ela quer o que? Não ser criticada politicamente?

Voto útil do PSDB em Marina se tornou inútil

247 – Foi recolhida de circulação na tarde desta segunda-feira 22, em entrevista coletiva do ex-presidente Fernando Henrique e do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em São Paulo, a tese que ambos haviam divulgado em benefício da adversária Marina Silva, do PSB. Assim como deram a senha, em uma declaração pública, no caso do ex-presidente, e em entrevista a um jornal, como fez Fraga, para que os tucanos não incomodassem a adversária Marina Silva, do PSB, agora ambos sustentam que é preciso empolgar a militância do PSDB para levar o candidato Aécio Neves a ultrapassar a ex-ministra e, assim, ele próprio atingir o segundo turno, no qual mediria forças com a presidente Dilma Rousseff. Em outras palavras, a tese envergonhada do voto útil tucano a favor de Marina, miou.




Enquanto FHC chegou a declarar, ao lado do candidato do partido, Aécio Neves, que não queria "melindrar" a candidata do PSB, Fraga disse ao jornal O Globo, no último final de semana, que "claramente não é fácil" para Aécio chegar ao segundo turno. Num impulso a Marina, também disse, ao mesmo veículo, que "genericamente" a adversária tem o mesmo programa econômico do postulante tucano. Vindas de quem vieram, uma vez que FHC foi quem lançou Aécio, e Fraga ganhou do candidato a nomeação antecipada como ministro da Fazenda, em caso de vitória tucana, as declarações soaram como senhas de confusão no ninho tucano. Afinal, a orientação do maior quadro político e do principal nome econômico seria mesmo a deixar Marina passar sem incômodo sobre Aécio em nome do objetivo maior de derrotar o PT? Ou ocorreu apenas um mal entendido?

Agora, porém, a luz das tendências registradas nas pesquisas dos maiores institutos, já se sabe que os movimentos de FHC e Fraga foram inúteis para a campanha do próprio PSDB. Também nesta segunda 22, o portal Fórum, editado pelo jornalista Renato Rovai, noticiou que uma das campanhas presidenciais trabalha com um quadro eleitoral que marca 40% de intenções de voto para a presidente Dilma, contra 22% para Marina e 17% para Aécio.

No segundo turno, de acordo com a mesma fonte, a presidente já estaria com seis pontos percentuais adiante da adversária do PSB. A estarem certos, esses indicadores apontam que, ainda numa situação de empate técnico, a candidata do PT teria apenas 1% a menos do que a soma de seus adversários. Dilma estaria, assim, a apenas um ponto de vencer em primeiro turno.

Para que exista o chamado voto útil, o partido que abre mão de pedir o sufrágio para seu próprio candidato tem de enxergar num postulante de outra legenda chances de reais de bater o que esse mesmo partido considera como o mal maior. Na prática, os tucanos deixariam de votar em peso em Aécio para que Marina tivesse mais chances de superar Dilma. No entanto, os números estão mostrando que a candidata do PSB vai, dia a dia, perdendo intenções de votos. Aécio, na mão contrária, parece ter estancado sua própria sangria. Ele fez bem o movimento de voltar a concentrar-se em Minas Gerais, seu berço político. Dessa forma, desde a semana passada passou a reduzir perdas e, até mesmo, a recuperar pontos importantes. Combinado com o declínio de Marina, a estabilização com viés de alta de Aécio devolveu-o ao páreo.

Fernando Henrique, que havia, sem meias palavras, determinado que o alvo preferencial do PSDB deveria continuar a ser Dilma e o PT, nesta segunda 22 voltou atrás.

- Eu não sou marqueteiro. Quem tem de avaliar o caminho a seguir neste momento são o Aécio e os marqueteiros dele. Da minha parte, o que eu acho é que temos de ter garra para chegarmos ao segundo turno com o nosso candidato. O que será do segundo turno, veremos depois. Por isso é que a eleição tem dois turnos.

A declaração foi dada ao final do almoço-debate do Lide - Grupo de Líderes Empresariais, presidido pelo empresário João Doria Jr. Com a presença recorde de 602 executivos de grandes empresas, que faturam anualmente mais de R$ 200 milhões por ano, FHC foi aplaudido de pé. Para entusiasmar, o próprio Doria fez uma defesa enfática de Fernando Henrique, atacando, sem citar nominalmente, seus sucessores petistas, Lula e Dilma:

- Tenho orgulho de ter o presidente Fernando Henrique conosco. Dos outros, não tenho.

O próprio FHC manifestou sua fé de que Aécio pode vencer as dificuldades da reta final e alcançar o segundo turno. Fraga, que falou antes, não parecia tão animado, mas, ao menos, evitou citar semelhanças entre a plataforma econômica tucana e a de Marina Silva. Como se sabe, o ex-presidente do BC foi 'nomeado' por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda, em caso de vitória.

- O País já está em recessão. É relativamente fácil sair dela, mas para isso precisamos da confiança da sociedade, disse Fraga.

Os tucanos, assim, se mostraram unidos, diante de uma plateia de elite, o chamado PIB nacional. Mas a festa de comunhão em torno e Aécio não foi completa. Pesquisa Lide-FGV, feita entre os comensais, apurou que 53% acreditam que Marina será eleita presidente, contra 35% de projeções a favor de Aécio e apenas 12% de manifestações com o prognóstico de vitória da presidente Dilma.

À luz deste tipo de resultado, a nova pergunta que não quer calar é: a 13 dias das urnas de 5 de outubro, a estratégia de fortalecer Aécio e deixar Marina com seus próprios problemas vai mesmo empolgar da base, o corpo e a mente dos tucanos?

Cliente de Marina não pediram confidencialidade

Cláusula de confidencialidade usada como justificativa pela candidata Marina Silva (PSB) para manter sob sigilo os clientes e valores individualizados de suas palestras não se aplica a todos os seus contratos, que, juntos, somaram R$ 1,6 milhão; ao contrário do que Marina tem dito publicamente, quatro entidades disseram que não assinaram nenhum acordo para tratar como sigiloso o valor pago a ela; candidata disse que mantém em segredo quem lhe contratou e quanto pagou, alegando que a confidencialidade é imposta por seus contratantes. Continua>>>


247 - Clientes de Marina não pediram sigilo em contrato

A suposta cláusula de confidencialidade usada como justificativa pela candidata Marina Silva (PSB) para manter sob sigilo os clientes e valores individualizados de suas palestras não se aplica a todos os seus contratos, que, juntos, somaram R$ 1,6 milhão em receita bruta para a ex-ministra. De acordo com a Folha, ao contrário do que Marina tem dito publicamente, quatro entidades disseram que não assinaram nenhum acordo para tratar como sigiloso o valor pago a ela. Marina tem dito que mantém em segredo quem lhe contratou e quanto cada um pagou, alegando que a confidencialidade é imposta por seus contratantes.

A reportagem do jornal procurou 32 entidades para as quais Marina deu palestras desde 2011, após ter deixado o Senado. Das 17 que responderam aos questionamentos da Folha, quatro revelaram não ter existido nenhum acordo de confidencialidade. Destas, apenas a Fundação Dom Cabral se recusou a revelar o valor das duas apresentações, uma em 2011, em Belo Horizonte, e outra em 2012, em São Paulo.




Mas outras três abriram os dados: a Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais pagou R$ 31 mil, a Associação Brasileira dos Profissionais de Recursos Humanos do Rio repassou R$ 5.000, e o Conselho Federal de Contabilidade, R$ 33 mil. Nenhuma delas firmou qualquer tipo de acordo de confidencialidade.

Outras cinco instituições confirmaram o acordo para manter sob sigilo o valor pago, admitindo não ter sido exigência de Marina, mas procedimento interno padrão, e oito entidades disseram que Marina não cobrou pela apresentação. As demais não responderam aos questionamentos ou se recusaram a dar informações.

Procurada, a assessoria da campanha agora afirma que houve contratos sem cláusula de confidencialidade e sustenta que, posteriormente, a empresa de Marina passou a oferecer essa opção por exigência dos clientes. "É compromisso público da empresa de Marina Silva divulgar o mais breve possível a lista de todos os contratantes dos serviços prestados que não se opuserem à divulgação dos dados dos contratos. Para isso, todos os contratantes estão sendo procurados para autorizar formalmente a quebra da cláusula de confidencialidade", informou a assessoria.


Marina Silva: "agora estão unidos, PT e PSDB, numa mesma artilharia para destruir quem tem programa, para destruir quem trata eles com respeito

André LB:
COMO É QUE É??? QUAL parte do programa, a que ela mudou ou que AINDA não mudou?
A de flexibilizar direitos trabalhistas?
De mudar a Lei anti trabalho escravo?
A de dar "independência ao BC?
De propor tarifaço para depois das eleições?
A de deixar os LGBT na mão?
De sugerir toda santa vez que abandonará o partido em que está - e de quem é o programa que ela muda como quem muda de camisa - na primeira oportunidade?




E QUE RESPEITO É ESSE? O de "acusar" o PT de por um diretor na Petrobrás "para roubar"?

Apesar de sempre ter discordado de Marina, achei que ela tinha CARÁTER. Ela deve ter mudado de ideia quanto a ter caráter também. Pelo visto, ter caráter não é importante na "nova política". Ela me faz lembrar do filme "as mil faces do Sr. Lao", ou "Macunaíma, o herói sem nenhum caráter".

Dilma e Lula, o mito, o Mercado, o dinheiro e Marina, por SergioMedeiroR




Dilma é a cara de Lula. Lula é a cara do Povo

Marina é a cara do Mercado. O Mercado é a cara do Dinheiro

Nas manchetes dos grandes jornais, podemos ver, todos os dias, que a Bolsa de Valores-Mercado-Dinheiro, tem lado, o de Marina e Aécio, aumentando conforme as possibilidades destes candidatos nas eleições presidenciais.

Por outro lado, age com uma ferocidade impressionante contra Dilma-Lula, pois lhes acusa de intervir na economia, para assegurar empregos e ganhos salariais, bem como regular preços públicos para que não aumentem e causem inflação.

Mas, afinal, quem é o mercado??

O mercado é a população em geral que busca emprego?? é a população que busca atendimento de saúde?? Educação?? São os pequenos empresários??

...ou, o mercado é aquela parte da economia (com poderes para tanto) que tem como objetivo ter o maior lucro possível e, com o que sobrar cuidar das áreas que o povo em geral precisa de atendimento.

Fiquemos com esta segunda hipótese.

Ainda, os interesses do chamado “mercado” nunca foram os interesses do povo, para aquele, o objeto de desejo é somente o maior lucro possível, para estes, as melhores condições e qualidade de vida possíveis.

Enquanto Lula e Dilma governaram, o povo foi vencedor, vide o pleno emprego, os ganhos gerais de salário, a redução da pobreza e o aumento do nível educacional, mas, se o mercado voltar a mandar no país, o lucro e o dinheiro para poucos, e a miséria e falta de emprego para muitos é que se tornarão presentes.

No caso, o mercado, todos sabem, e não há contestação alguma, apoia a oposição. Apoiava Aécio.

Agora, apoia Marina.

Todos podem ver, está escrito nas manchetes dos grandes jornais da mídia, todos os dias.

Assim, a cada vez que uma pesquisa de intenção de voto para presidente mostra algum avanço de Marina, o mercado saúda tal fato com aumentos no valor das empresas com ações nas bolsas de valores, e isso é festejado na grande mídia como se fosse uma festa.

Bolsas de valores? Isso. Mas, pergunto, que valores?

Claro, valores monetários, em outros termos, dinheiro.

Marina avança, o dinheiro aplaude, Marina retrocede o dinheiro se retrai.

E a cada avanço do dinheiro, um grande retrocesso para o povo simples, que apenas quer viver e sonhar.

Quanta diferença.

Com Dilma e Lula, nestes 12 anos, os valores sempre foram outros...o dinheiro nunca mandou, o POVO sim.

Basta ver que todos, artistas, intelectuais, trabalhadores, estudantes, funcionários da própria Petrobrás, acorreram prontamente, após a iniciativa de LULA, num abraço em defesa da Petrobrás...

Num momento, surgiram de todos os lados, de todos os lugares, pessoas, as mais diversas, e se uniram com um objetivo comum... Algo incompreensível para esta mídia paga a preço de ouro...algo profundamente humano para o agir destas pessoas.

É que, eles não sabem...Lula está consolidado no imaginário popular, ele não precisa mover multidões, ele precisa que as multidões saibam que ele está com elas, que está novamente lutando com elas e a favor delas, apesar do câncer, apesar do cansaço, apesar da idade, apesar dos ataques, apesar de tudo... pois, com tudo isso, ele não desiste, ele continua ao seu lado, sempre.

Não há recurso aos poderes constituídos ou a mídia, que fazem ouvidos moucos, o recurso de Lula, hoje e sempre, é ao povo, e este, depois que o conheceu, sempre o acolhe, o reconhece como um deles, e o abraça e protege como um de seus filhos, como um dos seus..

É simples.

Lula não é um mito, Lula é de carne e osso e os mitos não prescindem da forma abstrata.

Por outro lado, é exatamente isso que o diferencia, Lula é profundamente humano, e as demais pessoas simples do povo, sabem disso, porque, se para os deuses é fácil, para um Homem, é preciso um esforço que só não é sobre humano porque LULA consegue, apesar de tudo, realizar seus intentos em prol de cada um e da sociedade como um todo.

Assim, para nós, brasileiros, a mensagem “sim nós podemos”, é real.

E este, é o maior fator.... o POVO, o povo simples, que vê e se vê em Lula...e, agora, em Dilma.

Ta aí a impotência da mídia, eles não podem destruir o LULA, ele se tornou imenso, ele se tornou nação.. e caminha em direção a Dilma, ao encontro do seu Povo ..

Mas, não há descanso.

E quando Marina avança, e o dinheiro avança, a Petrobrás sofre.

Por óbvio sofre, porque também a corrupção sempre tem um nome – nome este que ninguém desconhece – e atende pelo nome de dinheiro, e em seu nome se praticam as maiores atrocidades e, quando se dedica a atacar um país, quem sofre são suas maiores riquezas, que no Brasil atendem pelo nome PETRÓLEO e bancos públicos (CEF, Banco do Brasil e BNDES).

Para quem já viu destruídos dois de seus maiores patrimônios nacionais, como os brasileiros já viram a Vale do Rio Doce e todas as siderúrgicas e a destruição da malha ferroviária, tal quadro é aterrorizante, pois, perfeitamente possível.

Nesses casos, ao final, é o povo que fica despojado de suas riquezas, do necessário para a educação de seus filhos, para a saúde de seus cidadãos, para o emprego de seus jovens e adultos...

Isso é o dinheiro...isso é o mercado...e é o que acontece quando ele toma o poder.

No Brasil, o Mercado tem nome e sobrenome é Marina Silva.

Mas, no Brasil, o POVO também tem nome... e sobrenome...Dilma e Lula...


Marina contra Marina, por Ricardo Melo

Josias de Souza: Marina muda programa de governo para 2º turno




Eu: Seee tiver segundo turno>>>

O programa de governo de Marina Silva sofrerá novos ajustes para o segundo turno da disputa presidencial, informou a coordenação da campanha nesta segunda-feira (15). Após encontro com empresários, o coordenador Walter Feldeman chamou a futura peça de “programa de governo 2.0.”

Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Com 243 páginas, o programa de Marina gira ao redor de “seis eixos”. Na versão promocional, vieram à luz depois de ser “discutidos com vários setores da sociedade, em encontros em todas as regiões do país e em oficinas temáticas”.

A julgar pela forma como vem sendo mexido, o programa de Marina deve mesmo ser fruto de inusitadas discussões. Envolveram representantes surdos da coligação e pessoas mudas da sociedade. Ou vice-versa.

Diz-se que os novos ajustes tratarão do “setor produtivo''. Mais um pouco e o eleitorado será convencido de que Marina é a favor de tudo e absolutamente contra qualquer coisa.