Descendo do muro

O escritor Ruy Castro em 1993 no livro "O Poder do Mau Humor", escreveu: "Um dia o PSDB descerá do muro - com uma perna de cada lado".

Isso acontece agora com Serra o "anti-Lula" e Aécio o "pós-Lula".

Aliança, anti-lula, pós-Lula

Os temas do momento entre os jornalistas, cientistas políticos, estrategistas e marqueteiros são:
  1. A Aliança PMDB/PT ou PMDB/PSDB.
  2. Quem será o candidato, Serra o anti-Lula ou Aécio o pós-Lula?
Sobre com quem a puta vai ficar? Tenho certeza... com quem oferecer mais.

O PMDB mais uma vez demonstrará que sua força é nos estados e no parlamento. Que depois eles usam isso para chantagear e apoiar qualquer que seja o presidente eleito.

Por isso que José Dirceu e Lula tem como objetivo uma verdadeira aliança com o PMDB, para apartir daí fazer política com P maiúsculo e governar com mais tranquilidade.

Quanto ao candidato ser Serra ou Aécio, o anti-Lula ou o pós-Lula  não fará a menor diferença no resultado da eleição presidencial, a candidata(o) apoiado por Lula vencerá e com facilidade. 

Mas, quem o PT prefere ter como adversário em 2010, Serra ou Aécio?

Claro, lógico, óbvio que é o Serra. E por que?

Além de ser mais fácil vence-lo o PT vê crescer enormemente a chance de governar São Paulo.

Mas, tenho uma dúvida... 

A tucademopiganalha enlouqueceu?  

A pergunta que não respondem


“De que me acusam? Quantos são os políticos brasileiros que realizaram campanhas eleitorais sem que alguma soma, por menor que fosse, não tenha sido contabilizada?”
Delúbio Soares

A troco de banana


A tucanada não só rouba como se corrompe e vendem o país a troco de banana. 

Na época do FHC e no atual governo Serra, vulgo Zé Pedágio realizaram um festival de doações do pouco que restava e resta do patrimônio nacional para grupos estrangeiros. 

Esses grupos para ganhar muito dinheiro fizeram uma radical redução nos custos das empresas recebidas de mão beijada.

Essa redução começou com a dispensa de milhares de trabalhadores para reduzir custos nas folhas de pagamento, bem como, cortou muitos benefícios sociais que esses trabalhadores recebiam na época das estatais entre outras reduções, ocorreu também corte nos custos de produção no sentido de se produzir a mesma quantidade com menor perda de matéria-prima. 

No bojo dessa esteira o Zé Pedágio privatizou muitas estradas paulista, visto que anteriormente o picolé de chuchu já havia feito isso. 

As empresas que “compraram” as melhores rodovias realizaram um festival de construções de pedágio, cujo governador Serra adora um tributo vindo dessas estradas, o qual pode render alguns trocados para melhorar sua condição econômica
Marco Antonio Leite

Volta por cima

Nesta segunda-feira, em São Paulo,em seminário internacional da revista Exame, quatro mestres da Economia, os professores Delfim Netto e três prêmios Nobel - Edward Prescott, Robert Mundell e Joseph Stiglitz - sustentaram que a crise global ainda não tem luz no fim do túnel, mas já se vislumbra o outro lado do túnel. Onde? 

Aqui no Brasil.

Segundo eles, o Brasil tem todas as condições para ser o primeiro a dar a volta por cima. E já a partir do segundo semestre deste ano. Já há quem jure, por todos os juros, que vamos fechar 2009 com PIB acima de 1%, a caminho de 3% a 4% no ano que vêm (Leia também CADA CABEÇA UMA SENTENÇA).

Amém. 
Joelmir Beting

O sabor é saber


A primeira fase do projeto ´Comida Ceará´ chega ao fim. 

A pesquisa do Memorial da Cultura Cearense percorre todo o Estado para registrar práticas de alimentação, que servirão como mote para uma pesquisa permanente a ser desenvolvida pela instituição. 

Parte dos caminhos trilhados pela equipe poderá ser conhecida hoje e amanhã, no Seminário Comida Ceará.

Na mesa, discussões sobre os sabores e as práticas de alimentação do Estado. Continua >>

Derivativos: Economia e Política

Em sua coluna semanal na Rolha de SP, Cesar Maia(ex), faz um paralelo entre desvios do setor público e privado, nesse quadro de crise, onde há uma crise de valores preliminar à crise econômica. Leiam alguns trechos deste artigo, que concordo e muito:

       

1. Não haverá um mundo empresarial ético e um mundo político aético, ou vice-versa. Não há abuso de restrições legais e de ética de mercado se não houver cumplicidade entre empresários e políticos. Não há corrupto sem corruptor. Não há achacador sem a fragilidade do achacado. O que se vê hoje já se sabia. Os especuladores ganhavam e autoridades políticas se omitiam, com proveito pessoal.
       

2. Os derivativos financeiros representam operações cuja relação com os fatos reais (empréstimos, emissão de capital, produção) vai se tornando cada vez mais tênue, até que, no cume da pirâmide, elas fiquem soltas, sem lastro.
       

3. No mundo político, isso ocorre de forma parecida. A atividade política envolve as ações de governo e das oposições, a legislação, a mobilização de militantes e da opinião pública, a defesa pública de interesses, as articulações para a obtenção de massa crítica de opinião ou de voto e as eleições.  Para isso, os políticos contam com a sustentação partidária, os partidos, com o fundo partidário, acesso a rádio e TV e doadores formais. Os parlamentares e ministros contam com salários e gabinetes, incluindo assessores e benefícios que garantam mobilidade e comunicação. As distorções vêm do uso de derivativos políticos sobre elementos de sustentação, autorizados em lei.
       

4. Exemplos. Nomeações nas máquinas de governo como uma extensão de gabinetes, atos e votos trocados por favores empresariais e governamentais, uso dos direitos de gabinete para ganhos pessoais, sobras de campanha, doações cruzadas e por aí vai. A crise de valores e os vasos comunicantes garantem que parte das elites, política e empresarial, opere no mesmo mundo, descolando a atividade-fim, dos lastros legais e moral. Os derivativos políticos fazem parte da mesma crise de valores.