Aumento da dívida bruta com repasses ao BNDES não preocupa o governo


O governo não tem nenhum tipo de preocupação quanto ao aumento da dívida bruta, principalmente, se é provocado pelo repasse de recursos do Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar o crescimento o Brasil. A afirmação é do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Para enfrentar a crise, o banco de fomento recebeu R$ 180 bilhões do Tesouro para repassar ao setor produtivo.
Ele criticou aqueles que não compreendem de forma adequada as circunstâncias que levaram o governo a tomar esse tipo de medida, afirmando que existem duas formas de aumentar a dívida bruta. A primeira é o aumento das reservas cambiais. Essa medida mostra solidez do país e, segundo ele, provou-se correta durante o enfrentamento da crise econômica e financeira mundial.
“Agora, tem uma contrapartida. Toda vez que as reservas aumentam é preciso esterilizar a moeda nacional, que foi usada para comprar essa moeda estrangeira. Isso significa aumento da dívida pública. Isso é normal e é a contrapartida do aumento de reservas”.
A outra forma é justamente o tipo de operação que levou o Tesouro a repassar recursos para o BNDES durante a crise. O secretário lembrou que os recursos representam investimentos sólidos, pois financiam o crescimento mais forte da economia sem gerar inflação.
“Estamos financiando a capacidade do país de melhorar seu desempenho econômico com investimentos em bens de capital proporcional ao que está ocorrendo, portanto, sem pressão inflacionária. Isso do ponto de vista fiscal é ótimo”
O secretário entende que, nesse cenário, o governo passa a sofrer uma pressão menor do ponto de vista do pagamento de juros, à medida que não há justamente inflação. A consequência também, segundo ele, seria o aumento na arrecadação.
“É uma das operações, do ponto de vista da estabilidade fiscal, mais adequadas que foram feitas, porque garante estabilidade econômica, garante arrecadação e garante que não haja uma política monetária mais forte. Portanto, ela tem resultado fiscal bom, positivo”.

Dilma dá uma aula de política fiscal à Miriam Leitão


Alexandre Porto – Blog de Ale

Miriam Leitão – A grande dúvida a respeito da senhora é que nunca demonstrou, durante o período em que estava mais exposta na vida pública, apoiar políticas que garantiram a estabilidade da moeda, por exemplo, controle de gastos. Quando os seus colegas de partido, Antonio Palocci e Paulo Bernardo propuseram reduzir e zerar o déficit público, a senhora considerou a ideia rudimentar. E eles estavam certo. Tanto estavam certo que, de lá para cá, a dívida pública bruta subiu de R$ 1,2 trilhão para R$ 2,2 trilhões. Agora, a senhora tem defendido estabilidade da moeda, tem defendido políticas restritivas fiscais e monetárias. Quando é que a senhora mudou de ideia, que eu perdi essa parte?
Dilma Rousseff – Ô, Miriam, deixa eu te falar uma coisa. A nossa visão naquela época, de ajuste de longo prazo, ela ainda não estava completa. A questão do ajuste fiscal de longo prazo é algo que você constrói, porque implica, inclusive, relações complexas intertemporais. Exemplo: nós mantivemos sempre a trajetória e perseguimos isso. Aliás, eu queria te esclarecer, eu sou integrante, fui aliás, desculpe, da junta orçamentária. Todos os cortes de gastos aprovados por esse governo, em 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009, e início de 2010, foram aprovados com meu acordo. Todos os superávits primários e as metas de superávit primário foram aprovadas com o meu acordo. Aliás, o Programa de Aceleração do Crescimento mostra, da nossa parte, uma maturidade maior, porque eu não posso prever um plano de ajuste fiscal de longo prazo em que o PIB começa mais alto e acaba mais baixo. É o inverso, eu tenho de prever um plano de ajuste fiscal de longo prazo em que o PIB começa mais baixo e passa para um patamar mais alto. O próprio plano de ajuste fiscal é um fator de elevação do nível de crescimento da economia.
[Aqui a ministra está dizendo que não se pode fazer ajuste fiscal constrangendo o investimento e o crescimento. Ao contrário, o ajuste deve vir como consequência do crescimento, do incentivo ao crescimento.]
ML – Ministra, deixa eu interromper, porque a minha pergunta não está sendo respondida.
DR – Eu estou tentando, viu, Miriam, estou fazendo o melhor dos meus esforços para te responder. Então, no caso do PAC, por exemplo, nós trabalhamos com metas de superávit primário, de queda do déficit nominal e de taxa de juro. Tanto é assim que foi só porque o valor do PAC, vamos supor, o primeiro valor, R$ 500 bilhões e pouco, era consistente com essa trajetória que a gente queria de queda do endividamento, e você a de convir comigo, o único governo nos últimos anos que perseguiu queda sistemática do endividamento foi o governo do presidente Lula.
ML – Ministra, os números mostram o contrário. A dívida pública cresceu, ministra.
DR – Você está falando a bruta, né, Miriam?
[Só na cabela da Miriam a dívida Bruta é a mais importante que a líquida. E como se verá a seguir, não há truques contábeis, mas diferentes interpretações sobre o papel da capitalização do BNDES. A política fiscal está tão 'descuidada' que o Risco País continua caindo. Quem será que está errando? Truques contábeis é ela se referir ao valor nominal da dívida e não sua relação com o PIB.]
ML – A bruta, que é a mais importante, até porque na líquida tem alguns truques contábeis.
DR – Então, vamos discutir porque a dívida bruta cresceu.
ML – Mas deixa eu terminar a minha pergunta. Pelo contrário, o governo Lula, a partir do momento em que a senhora assume e a partir do momento em que o ministro Palocci sai, começa a aumentar muito os gastos públicos. Então, a minha pergunta é o seguinte: a senhora estava errada quando atropelou a proposta do ministro Palocci?
DR – Me desculpa, Míriam, você está falando uma coisa que não é correta.
ML – O que não é correto?
DR – No momento em que nós fizemos o maior superávit primário, tão grande que nós pudemos construir o fundo soberano, foi em 2008. Você está equivocada no que se refere a números. Além disso, Miriam, vou te falar uma coisa. Você falou em dívida bruta. Você sabe por que que a nossa dívida bruta cresceu? A dívida líquida você concorda que é cadente.
[E mais. Foi na gestão Dilma e Mantega que o Brasil elevou as reservas aos níveis que nos garantiram passar pela crise internacional com soberania. Fruto, é claro, do trabalho iniciado por Palocci e Henrique Meirelles, mas dizer que a política fiscal foi deixada de lado com Dilma na Casa Civil, é uma afirmação que não tem base real. ]
ML – Ela aumentou recentemente também.
DR – Fizemos um pequeno desvio diante da crise, muito necessário para a gente poder sair da crise sem grandes conseqüências. Aliás, o Brasil tem um dos menores déficits nominais e uma das menores dívidas/PIB.
[A dívida líquida aumentou em 2009, mas já retomou seu ritmo de queda em 2010, mesmo com algumas desonerações ainda em curso. ]
ML – A senhora estava errada quando atropelou a proposta do ministro Palocci?
DR – Miriam, me desculpa, eu acho que você está errada no conceito. Não houve essa questão. Temos perseguido e cada vez mais aprimorado nossa política de ajuste de longo prazo. Tanto é assim que, no caso da dívida bruta, as razões pelas quais ela cresce são o fato de a gente ter construído 250 bilhões de dólares de reserva. E você sabe tão bem quanto eu: se eu quiser diminuir a dívida, eu posso. As reservas têm liquidez imediata, o BC liberou R$ 100 bilhões para os bancos, diante da crise, e agora já está voltando a recompor o compulsório. Por último, transferimos R$ 180 bilhões para o BNDES, um pouco menos do que isso, a título de garantir empréstimo e investimento de longo prazo, impedir que as empresas brasileiras tivessem um enorme choque de crédito. Portanto, não se pode discutir dívida bruta no Brasil sem dizer porque ela aconteceu. Senão, é como a gente lançar plumas ao vento. Eu digo: olha, a dívida bruta subiu e não digo, por exemplo, ela é completamente diferente da dívida bruta da Grécia, que está quebrando. Nós não estamos quebrando, pelo contrário. Estamos cada dia mais robustos.
[Dívida líquida é a diferença entre o que o país deve (dívida bruta) e o que tem a receber mais as reservas. Os tais truques contábeis, citados na pergunta anterior, se baseiam na tese mercadista segundo a qual a capitaização de um banco de investimento, no caso o BNDES, deve ser computado como dívida líquida e não apenas como dívida bruta. Essa tese não leva em consideração que o banco não só tem retorno dos financiamentos que faz ao setor privado, como tem lucro. O índice de inadimplência do BNDES é muito baixo para ser considerado uma capitalização de risco. Risco seria deixar os investidores com projetos sem financiamento.]
Você está pegando uma discussão de 2005. Que era a seguinte: como faremos? Sabe como fizemos, Miriam? Colocamos o investimento na ordem do dia, mantivemos talvez nessa trajetória até 2008 a maior queda nos últimos tempos na dívida líquida/PIB e no déficit nominal. Fomos interrompidos pela crise? Fomos. Saímos de um patamar de 3,6% ou 3,3% do superávit primário, e só fizemos 2,1%. Este ano, estamos recompondo o superávit primário. A mesma coisa houve com o déficit nominal. Estávamos numa trajetória de queda no endividamento, mas sobretudo, eu acho que a grande conquista fiscal do Brasil foi desindexar a dívida interna brasileira das moedas externas, o que foi altamente relevante. Você há de convir que país nenhum tem margem de manobra fiscal se não é capaz de ter a sua gestão internacional, em termos de dívida, de endividamento, sem o dedo do Fundo Monetário. E isso, nós conseguimos.

O Brasil vai continuar crescendo

O início do primeiro mandato do governo Lula foi como uma mudança para uma casa velha, com inúmeros problemas de água, luz, esgotos, rachaduras nas paredes, pisos etc. 


Herdou uma inflação de 12,53% em 2002; a geração de empregos nos dois mandatos de FHC foi pífia, criou-se tão somente 780 mil novos. Por Cid Barbosa Lima Jr. 


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Brizola Neto denuncia manipulação da Folha e DataFolha



Brizola Neto honra o sobrenome.

Leonel Brizola (seu avô), com certeza está orgulhoso dele.

Não verás Lula nenhum


Em linhas gerais, Luís Fernando Veríssimo disse, em artigo recente, que as gerações futuras de historiadores terão enorme dificuldade para compreender a razão de, no presente que se apresenta, um presidente da República tão popular como Luiz Inácio Lula da Silva ser alvo de uma campanha permanente de oposição e desconstrução por parte da mídia brasileira. Em suma, Veríssimo colocou em perspectiva histórica uma questão que, distante no tempo, contará com a vantagem de poder ser discutida a frio, mas nem por isso deixará de ser, talvez, o ponto de análise mais intrigante da vida política do Brasil da primeira década do século XXI.


A reação da velha mídia nativa ao acordo nuclear do Irã, costurado pelas diplomacias brasileira e turca chega a ser cômica, mas revela, antes de tudo, o despreparo da classe dirigente brasileira em interpretar o força histórica do momento e suas conseqüências para a  consolidação daquilo que se anuncia, finalmente, como civilização brasileira. O claro ressentimento da velha guarda midiática com o sucesso de Lula e do ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, deixou de ser um fenômeno de ocasião, até então norteado por opções ideológicas, para descambar na inveja pura, quando não naquilo que sempre foi: um ódio de classe cada vez menos disfarçado, fruto de uma incompreensão histórica que só pode ser justificada pelo distanciamento dos donos da mídia em relação ao mundo real, e da disponibilidade quase infinita de seus jornalistas para fazer, literalmente, qualquer trabalho que lhe mandarem os chefes e patrões, na vã esperança de um dia ser igual a eles.


Assim, enquanto a imprensa mundial se dedica a decodificar as engrenagens e circunstâncias que fizeram de Lula o mais importante líder mundial desse final de década, a imprensa brasileira se debate em como destituí-lo de toda glória, de reduzi-lo a um analfabeto funcional premiado pela sorte, a um manipulador de massas movido por programas de bolsas e incentivos, a um demagogo de fala mansa que esconde pretensões autoritárias disfarçadas, aqui e ali, de boas intenções populares. Tenta, portanto, converter a verdade atual em  mentiras de registro, a apagar a memória nacional sobre o presidente, como se fosse possível enganar o futuro com notícias de jornal.


Destituídos de poder e credibilidade, os barões dessa mídia decadente e anciã se lançaram nessa missão suicida quando poderiam, simplesmente, ter se dedicado a fazer bom jornalismo, crítico e construtivo. Têm dinheiro e pessoal qualificado para tal. Ao invés disso, dedicaram-se a escrever para si mesmos, a se retroalimentar de preconceitos e maledicências, a pintarem o mundo a partir da imagem projetada pela classe média brasileira, uma gente quase que integralmente iletrada e apavorada, um exército de reginas duartes prestes a ter um ataque de nervos toda vez que um negro é admitido na universidade por meio de uma cota racial.


Ainda assim, paradoxalmente, uma massa beneficiada pelo crescimento econômico, mas escrava da própria indigência intelectual.

Santa Zica

Marco Antonio Leite disse:


Santa ZICA, a Santa dos azarados, aquela que protege as bruxas dos males que a vida oferece. 


Santa ZICA, a Santa que azarado pode recorrer para resolver seus problemas de ZIQUIZIRA, URUCUBACA e MALDIÇÃO. 


Santa ZICA, a Santa do forfé, caso esteja necessitando de ajuda solicite a Santa que lhe faça um milagre no sentido de tirar toda a MALDIÇÃO que o acompanha no cotidiano. 

90% dos eleitores de Ciro Gomes votarão na Muié

Lendo a afirmação de Tasso que: "70% dos eleitores de Ciro votarão em Serra", não pude deixar de rir kkkkk.

É triste ver um político perder de vez o senso da opinião pública, deixar de sentir, perceber o que os eleitores pensam e como votarão.

Afirmo sem medo de errar (como eleitor de Ciro que já fui e posso muito bem votar nele outra vez), que 90% dos eleitores dele (Ciro) votarão na Dilma.

Tenho dito!