Crédito sem Crise

Relatório mensal de crédito do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira, capricha numa boa notícia.

A oferta bancária para pessoas jurídicas e pessoas físicas - ou para produção e consumo - alcançou em julho o equivalente a 45% do PIB, pela primeira vez em 38 anos. Foi bem mais que os 37% de agosto do ano passado, antes da crise.

Já se acredita em oferta de até 60% do PIB em setembro do ano que vem, reta de chegada das urnas de outubro - com devolução de parcela maior dos depósitos bancários congelados hoje no Banco Centtal.

Ainda assim, estamos pela metade da média global, além de ser o crédito mais caro do mundo, com direito a inadimplência de 3,8% das empresas e de 8,6% das famílias. 

A agente Waldvogel e o universo paralelo da mídia

por Celio Mendes, Blog do Nassif

Não é mais um caso simples de partidarismo, o jornalismo brasileiro da dita grande mídia simplesmente enlouqueceu. É como se existissem dois mundos, um narrado nos jornais e o outro que é o “deserto do real”.

Ao chegar a redação ou estúdio o 'empregado da grande mídia' conecta um plug na nuca e faz uma imersão no mundo da fantasia. Neste estranho mundo se o depoimento de uma funcionaria exonerada, acusando uma ministra está eivado de contradições não importa.

Suas contradições foram apenas a 'matrix' se reconfigurando, a única realidade aceitável é aquela que os arquitetos desenham em seus editoriais. Mais eis que a agente Waldvogel traz três especialistas para uma entrevista pensando que eles também estão conectados à matrix, e para sua surpresa descobre que eles tomaram a pílula vermelha e vêem a realidade como ela é e não como a jornalista, plugada na matrix, a enxerga.

Não entende, tenta inutilmente conduzir as respostas dos convidados para o mundo que descreveu no prólogo do programa, porém o “deserto do real” é implacável e o desmonta a cada resposta dos entrevistados.

Desolada a agente Waldvogel gagueja, interrompe os interlocutores tudo em vão, outros usuários plugados à matrix vão ter acesso a pílula vermelha. O estrago esta feito. 

STF - MPF x Palocci - recortes de jornais


De Carolina Brígido:
O Supremo Tribunal Federal (STF) decide hoje se aceita ou não a denúncia contra o ex-ministro da Fazenda e hoje deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), acusado de ter mandado quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O caso levou à queda de Palocci do comando da Fazenda, em 2006.
O julgamento do STF, cuja tendência é pelo arquivamento, deverá decidir também o destino político de Palocci, cotado no PT para disputar o governo de São Paulo em 2010 e até a Presidência, caso a candidatura da ministra Dilma Rousseff não decole.
Com Palocci, foram denunciados, também por violação do sigilo funcional, o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e o então assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto.
Segundo a defesa de Palocci, a denúncia não contém "descrição pormenorizada e individualizada daquilo que teria consistido a ação concreta do denunciado". A defesa nega que o então ministro tenha "qualquer participação na quebra do sigilo bancário". E sustenta que Palocci não pode ser enquadrado no crime, pois a divulgação do extrato bancário "teria partido de outros setores da administração pública federal".Leia mais em O Globo
Comentário: 
O que devemos prestar bem atenção é que: Quando do caso "Francenildo",  PIG acusou, julgou e condenou Palocci. Agora, quando a denúncia chega finalmente no STF, as matérias são unânimes: a denúncia será arquivada. 
Por que isso? Porque a tucademopiganalha sabe que não existem provas consistente na denúncia feito pelo MPF, ela se baseia exclusivamente em recortes de jornais. 
Porém o estrago já foi feito. Para sempre eles vão usar este contra o político Antonio Palocci.
A corja não tem limites.

Ideias

Amplas casas/ rostos mudos/ ruas de sombras esquesitas/
pelo canto dessa porta/ euforia de pivetes/ fome/ trapo/ grito/ velas...
são as ideias.

O rio todo virado/ toda revirada a terra/
padre de carros dourados/ sinos/ procissões/ promessas/
e o povo cheirando a lepra/ tanta miséria.

Sertão banhado de lágrimas de antepassados/
corpos de homens suados/ explorados no roçado/
prá ver se no fim do ano tem uma barriga farta.

E por falar falar de saudade/ quem não lembra de Wandré/
amigo bom/ afinado/ idealista de fé/ tá longe/ também pudera/
são as ideias...

E por inveja ou por ódio/ confusão tanta maldade/
foi preso mantido em ferros/ por homens da lei chamados/
foi preso por ter sonhado um dia com a liberdade.

São as ideias...
Neuto Jucá
Letra e Música

IBOPE - contra o rochedo da verdade

Marco Antonio Leite

Desde as eleições presidenciais de 1989, os "magos" de institutos de pesquisa são tratados pela grande imprensa como grãos-senhores da opinião pública, cientistas políticos dotados do preceito positivista da infalibilidade. 


Era de se esperar que os especialistas adulados soubessem que cair no canto da sereia midiática pode conduzir suas naus à boca do Adamastor ou espalhar-se no invisível Cabo das Tormentas. 


A entrevista concedida pelo presidente do Ibope Carlos Augusto Montenegro à revista Veja (edição 2127, de 26/8/2009) bate de frente com o rochedo da verdade, lançando uma nuvem de suspeita sobre os rigores científicos de futuras pesquisas, seus modelos matemáticos e estatísticos. 


Ao afirmar que "sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia", Montenegro incorreu em erro primário. Ou o narcisismo excedeu os limites toleráveis, ou a má-fé já não se preocupa em vestir disfarces. Continua>>>

Mais uma armação desarmada

De acordo com o edital, vencido pela empresa Telemática Sistemas Inteligentes (TSI), os registros de acesso de pessoas e veículos ao Palácio do Planalto deveriam ser guardados em um banco de dados específico, com capacidade de armazenamento por um período “mínimo de seis meses”. 


Como vemos a corja continua sua campanha imoral e infâme tentando colar a pecha de mentiros na ministra. Fazem questão de estender, esticar a mentira até onde não poder mais.


Agora frisam que as imagens poderiam ser guardadas pelo período "mínimo de 6 meses".


Muito bem, desmontemos mais esta armação.


Se o "encontro" foi no dia 19/12/2008, as imagens seriam automaticamente apagadas no dia 19/06/2009. Que dia é hoje?


Vão trabalhar tucademopiganalhada incompetente, deixem de tentar atrapalhar quem trabalha.

Cabo das Tomentas - ibope


Desde as eleições presidenciais de 1989, os "magos" de institutos de pesquisa são tratados pela grande imprensa como grãos-senhores da opinião pública, cientistas políticos dotados do preceito positivista da infalibilidade. Era de se esperar que os especialistas adulados soubessem que cair no canto da sereia midiática pode conduzir suas naus à boca do Adamastor ou espalhar-se no invisível Cabo das Tormentas. 
A entrevista concedida pelo presidente do Ibope Carlos Augusto Montenegro à revista Veja (edição 2127, de 26/8/2009) bate de frente com o rochedo da verdade, lançando uma nuvem de suspeita sobre os rigores científicos de futuras pesquisas, seus modelos matemáticos e estatísticos. 
Ao afirmar que "sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia", Montenegro incorreu em erro primário. Ou o narcisismo excedeu os limites toleráveis, ou a má-fé já não se preocupa em vestir disfarces.
Um "pesquiseiro" pode ter uma expectativa a priori sobre os resultados (ou ninguém testaria hipóteses) e expô-la ao cliente – confidencialmente. Até deve, se achar que não é recomendável gastar tempo, dinheiro e esforço com pesquisa redundante. Mas não é disso que tratamos. É de coisa bem distinta. É do que diz o presidente de uma instituição com conhecidos vínculos com corporações midiáticas a uma revista que não esconde o protofascismo de sua linha editorial.
Dados, só com sondagem realizada - 
Ao emitir juízo de valor sobre a ministra Dilma que, apesar das evidências, ainda não confirmou sua pré-candidatura, o analista incorreu em duplo erro: ético e metodológico. 
Quando diz que Dilma não dispõe de carisma, simpatia ou jogo de cintura, Montenegro parece ter se esquecido que sua empresa vai ser solicitada a fazer pesquisa de opinião sobre o objeto dos comentários. Suas afirmações podem criar uma pré-percepção de predisposição. O que, convenhamos, é um desastre para acredibilidade do grupo que preside. 
Em outro trecho, quando perguntado pelo jornalista Alexandre Oltramari sobre as possibilidades das candidaturas aventadas até o momento, o economista, habituado a realizar pesquisas em diversos setores, vaticina: "Faltando um ano para as eleições, o governador de São Paulo, José Serra, lidera as pesquisas. Ele tem cerca de 40% das intenções de voto. Em 1998, também faltando um ano para a eleição, o líder de então, Fernando Henrique Cardoso, ganhou. Em 2002, também um ano antes, Lula liderava – e venceu. O mesmo aconteceu em 2006." Lorota. 
Em 1994, pesquisa sobre intenção de voto do Datafolha dava 41% para Lula contra 19% para FHC. O tucano ganhou o pleito no primeiro turno. Em 1998 e 2006 tivemos reeleições e os favoritos eram os candidatos a elas, respectivamente FHC forte (cf. "estelionato cambial") e Lula, se não diretamente enfraquecido, pelo menos alvejado pelo "mensalão". Coisa bem diferente de agora. 
Montenegro deveria saber que só tem que apresentar dados em cima de um parecer quantitativo que foi extraído de sondagem efetivamente realizada. Do contrário, como faz nessa entrevista, parece querer induzir futura pesquisa ou dar uma opinião pessoal, já dizendo, mesmo antes de fazê-la, qual vai ser o resultado. 
Conspiracionismos à parte, algo soou estranho nas "amarelinhas" da revista dos Civita.