Angela Maria

ALAGÃO EM COPENHAGUE

Não se trata de nem uma enchente na “Capital do Clima”.
Mas do xeretão, o Zé Alagão paulista.
Ele foi pra lá, às custas do contribuinte paulista, para fazer campanha eleitoral, enquanto São Paulo amolece debaixo dágua.
Zé Alagão está aonde não foi chamado. Não apita nada e nada decide.
Ele não fala pelo Brasil. Não representa o Estado brasileiro. Quiçá o de SP.
Só dá pitacos e tenta desclassificar a ministra Dilma Rousseff que chefia a delegração brasileira na Conferência da ONU.
Todavia, o PIG lhe dá todo destaque. Chega a ser deprimente a intenção da Globo, por exemplo, de querer dar-lhe uma importância que não lhe cabe, sobretudo naquele evento.
Seria mais conveniente que Zé Alagão estivesse em São Paulo cuidando para que não morram mais sete pessoas no alagado em que se tornou a cidade.
A cidade parou. O trânsito parou. As chuvas voltaram nesta quarta feira em São Paulo. É o caos.
200 quilômetros de congestionamento.
As doenças infectocontagiosas estão chegando. A população ilhada pelas águas.
E o Zé Alagão, subalternamente falando m... pelos espaços recônditos de Copenhague, já que seu nome não consta da relação de autoridades de alto nível para debater as questões inerentes ao clima no Planeta.
Porque o que se debate retoricamente na COP-15 é como se chegar a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
E disso o Zé Alagão não sabe nada.
Mas para parecer competente e inteligente já anunciou que reduzirá a poluição em São Paulo até 2020.
Só que não sabe as medidas a serem tomadas. Nem como tomá-las.
Se fosse para dizer como deixar uma cidade alagada com qualquer chuvinha que não dure nem duas horas, ele daria um show em Copenhague. Porque de alagão ele entende.
Vejam o comentário de um navegante nesta terça fira no Estadão: “Qualquer chuva faz SP parar. Depois o Serra (...) fala que todas as enchentes são causadas pela grande quantidade de chuvas. Ainda tem animais que acreditam nisso”.
O PIG não acredita. Mas finge. E tenta fazer os desinformados e deformados acreditarem.
E blindam o Zé Alagão e o prefeito, Gilberto Kem Sabe Se um Dia Presta Para Ser Prefeito a ponto de não imputar-lhes as devidas responsabilidades pelo caos.
Esses dois senhores não entendem de quase nada.
Deveriam entender de balsas.
São Paulo não precisa mais de tantos carros nas ruas.
Vai findar precisando mesmo é de balsas como meio de transporte.
Aí o Zé Alagão juntamento com o Kem Sabe oficializarão o seu maior programa: “Minha Balsa, Minha Vida”, como sarcasticamente bem disse o Coversa Afiada.


Internet


"Sua" - Marisa Monte

Oposição quer Brasil de joelhos

A COP 15, Conferência de Clima das Nações Unidas em Copenhague nos possibilita observar um belo panorama da atuação da nossa oposição, do seu vale-tudo para fazer campanha eleitoral, particularmente dos presidenciáveis governador José Serra (PSDB) e senadora Marina Silva (PV-AC).


Se se traçarmos um paralelo entre o que fazem Serra e Marina e, por exemplo, a política dos países africanos na Conferência: enquanto estes denunciam o comportamento dos desenvolvidos, pressionam, retiram-se de mesas da COP 15, os dois candidatos a presidente pelo PSDB e PV querem que o Brasil se dobre aos países ricos. Continua >>>

Banda larga logo

Uma matéria publicada ontem no Valor Econômico, assinada pelo repórter Danilo Fariello, de Brasília, informando que o Presidente Lula solicitou ao Ministério do Planejamento um estudo de  avaliação da viabilidade de que o governo, através de uma empresa estatal,  cuidasse de toda a rede de uma rede de  conexão de dados no país, desde a  infraestrutura e até a  oferta até o usuário final ou que, pelo menos, partilhasse esta tarefa com outros provedores de acesso, teles ou não, sobretudo nas áreas menos rentáveis.


O projeto apresentado anteriormente pelo Planejamento previa que o Governo cuidasse da rede, mas deixasse para teles e outras empresas a distribuição domiciliar da conexão, o que os técnicos chamam de “última milha”.


Um amigo aventou a hipótese de o presidente esteja preocupado com uma eventual “operação-tartaruga” das teles em fazer a distribuição final da rede nacional de banda larga, que poderia “desmontar” o  lucrativo e ineficaz  serviço que prestam hoje, por ter de oferecer um produto mais barato  e melhor. Isso, disse-me ele, poderia frustrar o plano de Lula de lançar o programa de inclusão digital ainda em seu mandato.


Um sinal deste interesse do presidente foi o enviar o próprio o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foi ao Rio, na semana passada. Adams conseguiu que, na sexta-feira, o Desembargador Sidney Hartung desse uma liminar devolvendo a posse ao Governo, através de Furnas,  das redes de fibra ótica da falida Eletronet, cujo processo se arrasta na Justiça Fluminense. uma decisão do Tribunal de Justiça mandou  devolver  às empresas do setor elétrico os cabos . No entanto, até a semana passada, a juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato, da 5ª Vara Empresarial do TJ do Rio ainda não havia formalizado a decisão e a infraestrutura,  continuava em posse da massa falida. “Houve uma inércia insustentável da juíza”, disse Adams ao Valor. E, segundo o jornal, disse que a União   fará o que for necessário(grifo meu) para manter a rede da Eletronet liberada para o governo.


Posto aí em cima o vídeo da fala de Lula, na segunda-feira, sobre o plano de banda larga, na abertura da Conferência Nacional de Comunicação. Foi retirado do ótimo site Convergência Digital, onde há muita informação sobre o tema. Inclusive  a de que a Claro e e a TIM Brasil, Rogério Takayanagi repetiram que não têm condições de fechar o pacote de oferta da banda larga popular, com a isenção do ICMS, proposta pelo governo de São Paulo pelo valor proposto – já caro – de R$30.


A banda larga de Serra foi a Batalha de Itararé cibernética do governador paulista.

Tucano faz mal a saúde


Não sou um profundo conhecedor da área de saúde. Muito menos da situação da saúde pública em São Paulo, em Minas ou mesmo no Rio Grande do Sul. Mas não pude deixar de ficar chocado com os dados divulgados na pesquisa do Ipea sobre os quais o jornal O Globo só se preocupou em destacar a questão do peso do setor público no emprego. Vi depois que a Folha seguiu o mesmo gabarito global.
Por isso, peço encarecidamente a ajuda dos paulistas, mineiros e gaúchos, para que me ajudem a explicar estes dados que constam da apresentação que acompanha a pesquisa do Ipea – e que pode ser acessada aqui – mostrando que a maior parcela dos municípios brasileiros sem sequer um médico que atenda pelo SUS – seja da rede municipal, estadual, seja de Santas Casas ou particulares clínicas estejam nos estados do Rio Grande do Sul (14%), Minas e São Paulo (13,9, cada um).
Sera possível que três dos estados mais desenvolvidos do país, três exemplos da competência tucana para governar, um deles gerido pelo homem que se diz “pai dos genéricos” – minhas homenagens ao socialista Jamil Haddad, recém-falecido, que assinou o ato de criação dos genéricos – possam estar nesta situação.urgencia
Eu até achei que era erro meu. Mas olhei o gráfico seguinte na apresentação e de novo estava lá: Distribuição dos municípios sem estabelecimentos de urgência do  SUS – 1°) Minas Gerais , 21,3%; Rio Grande do Sul, 14,1% e São Paulo, 9,9%. Só bem  mais longe vêm Goiás e Paraíba, com 6,7%.
Será possível. Por favor, socorram-me os leitores paulistas, mineiros e gaúchos. Isso é competência dos municípios e estados, e é evidente que municípios pequenos – devem ser pequenos – dependem que os governos estaduais montem uma estrutura de saúde pública.
Será que os governos tucanos dos três Estados, tão competentes, os deixaram ficar nesta situação? Afinal, a saúde foi o tema central das aparições de Serra nos anúncios da propaganda do PSDB, veiculados mês passado.  É isso a competência tucana com a saúde pública?
Eu espero estar errado e que alguém me explique estes resultados, que a nossa grande imprensa não achou interessarem.