De Drummond para as mães


Por simonebh

As mães não morrem, elas ficam encantadas nos corações dos filhos e nos poemas como este:
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade

A Mãe é a mais bela obra de Deus - Almeida Garret


Existe uma única entidade perfeita por sobre a face da terra. Ela é inatacável, absoluta, irreparável e à prova de todas as provações.
Ela dispensa tratados internacionais e maiores explicações. Suas razões ultrapassam o previsível, o justificável, o usual. Em verdade, ela se impõe pela força intrínseca do amor e da fé que remove as montanhas e enfrenta o mundo.
Não há força que supere a sua força. Não existe medo que a intimide, nem percalço algum que a desanime.
No gênero humano a perfeição se materializou na figura da mãe. Seu ventre abriga por parcos meses o homem de amanhã, mas suas mãos conduzem vida afora aquele que jamais deixará de ser criança frente aos olhos de seu coração.
Retorno num lapso de tempo, no mais profundo da memória ainda vida, e me reencontro no chão de Buriti Alegre, com o cheiro da terra, com o barulho do vento balançando as árvores, meu pai tangendo o gado, as longas caminhadas pés descalços rumo à escola na cidadezinha distante. Tantas boas lembranças de uma infância pobre, mas feliz. Mas nenhuma delas superando o olhar significativo, perspicaz e doce de minha mãe. A mesma mirada firme, resoluta, suave e solidária, que em mais de meio século acompanha minha vida, dá alento, é refúgio e dá paz.
Minha mãe sempre soube a hora certa de deixar que cada um de seus filhos seguisse seu caminho pela vida. Mulher de pouquíssimas letras, Dona Jamira é mais sábia que os quatro filhos que formou. Chego a pensar que os canudos que recebemos nas universidades são pouco ou nada se comparados à sabedoria daquela suave senhorinha do interior goiano… Tendo mal saído das terras amadas de Buriti Alegre, é cidadã do mundo, versada em vida e doutora nos mistérios da existência humana.
A figura da mãe é o espelho de nossas almas. E essas mulheres que batalham e formam famílias, que geram filhos e os educam, que trabalham e lutam, que constroem caminhos e enfrentam a dureza dos desafios da vida, são exemplos a serem exaltados, homenageados e seguidos.
Aproveitemos o comercialíssimo Dia das Mães no que ele tem de bom: a lembrança da instituição perfeita, da entidade do bem, da mais sublime das criaturas.
E vale destacar que o Brasil de hoje trata muito melhor a mulher, dá à cidadã o tratamento respeitoso que lhe é devido, resgata as potencialidades de nossa imensa força de trabalho feminina e as igualdades de oportunidade no  mercado de trabalho. A mulher deixou a posição subalterna que a sociedade atrasada e reacionária insistia em destinar-lhe e ela, com a coragem que lhe reconhecemos, jamais aceitou. As mulheres brasileiras continuam criando seus filhos, mas também comandam grandes empresas. Não perderam a doçura, mas assumem responsabilidades e sabem tomar decisões. Estão entre as mais belas do mundo, mas são guerreiras destemidas quando chamadas à luta.
Milhões de mulheres compõe a força produtiva da economia nacional, mostrando ao mundo sua capacidade e a diferença que fazem na construção de um país que tem colecionado indicadores sociais e econômicos que apontam sua rápida caminhada rumo ao primeiro mundo. No governo Lula a situação da mulher na sociedade brasileira apresentou avanços impressionantes, com maior participação política, social e econômica, inclusive com a ocupação de postos de relevância na administração pública, mostrando o estágio avançado a que está se chegando o protagonismo da cidadania feminina na gestão dos destinos de nosso país.
Mas, por outro lado, persistem graves problemas a serem superados na sociedade brasileira em relação à mulher. E, por incrível que pareça, apesar de todos os avanços que já presenciamos, a discriminação ainda existe e pode ser notada, e ela é fruto da desinformação tanto quanto do preconceito. E se a política de cotas raciais foi um sucesso garantindo aos nossos irmãos afro-descendentes e indígenas o acesso às universidades públicas, proponho que se estabeleça a discussão de cotas mínimas para a participação da cidadania feminina em várias modalidades, como, por exemplo, o serviço público. As mulheres têm mostrado seu valor e conquistado seus espaços na sociedade brasileira por méritos próprios, mas nem por isso devemos deixar de reconhecer a existência lamentável de forte resquício de machismo e tentar eliminá-lo criando mecanismos que ampliem os horizontes de tais conquistas.
Falar do valor de nossas mulheres é prestar homenagem sincera às mães. Eles embalam nossos sonhos, curam nossas feridas, olham por nós e se doam por completo, desdobrando fibra por fibra, com a doçura e a fortaleza que só elas têm. Faz poucos meses os brasileiros se comoveram com história tipicamente brasileira, quando a figura suave e forte de Dona Lindú, mãe-coragem, emergiu das telas dos cinemas com a força de sua sofrida e belíssima história, criando sozinha os filhos, dando-lhes  amor e os encaminhando na vida. Um deles, Luiz Inácio, engraxate, vendedor de laranjas, torneiro-mecânico, líder sindical e presidente do Brasil acaba de ser apontado como um dos principais e mais influentes líderes do mundo pela revista Time.
Homenageio as Mães em seu dia nas figuras das mulheres pobres e desconhecidas que vi no nordeste de antes do governo Lula, percorrendo dezenas de quilômetros para buscar água e alimento para os filhos seus. Homenageio as Mães relembrando as mulheres sofridas da Plaza de Mayo, em Buenos Aires, que numa marcha marcada pelo silêncio, as lágrimas e a coragem, não permitiram que a poeira do tempo cobrisse a memória dos filhos que a ditadura lhes arrancou. São hoje as Mães da sólida democracia argentina. Homenageio as Mães voltando meio século, no mais profundo e belo da memória que jamais se apagará, para recordar o brilho dos olhos e o sorriso imorredouro de Dona Jamira, cuja presença discreta e forte é uma benção de Deus em minha vida.

DAMA


Marco Antônio Leite disse...

Meu coração foi apunhalado traiçoeiramente por aquela ingrata.
Ingrata que manchou meu coração de vermelho sangue de um homem apaixonado.
O sangue jorrava em abundância a ponto de respingar na minha alma triste pela traição causada pela dama da noite.
Dama que não levou em consideração todo o meu afeto e amor que sentia e nutria por ela.
Hoje me sinto um João ninguém perante a vossa pessoa, a qual me humilhou na frente de seu novo amado.
Dama da Noite, malvada mulher, mulher que nunca levou em consideração a paixão que meu coração ferido sentiu durante o tempo em que vivemos juntos.

Mineirinho intimado pela Receita Federal ...


Marco Antônio Leite disse...

Zé Miguilim comenta com sua esposa, a Bastiana:
- Muié, ricibi uma intimação da Receita Federar. Caí na máia fina!!! Ocê acha que devo cumparicê na odiênça do fiscar, de botas e carça de sirviço, pra parecê mais simpri, ou de rôpa de saí, pra passá uma imagi de sero?

- Home, vou dizê a mema coisa que minha mãe me falô quando preguntei prela si divia usá carcinha di renda ô di pano di saco de argodão, na noite de núpsia.

- E qué que foi quéla falô?

- Tanto faiz!... Ele vai te fudê de quarqué jeito

Minha Casa, Minha Vida revoluciona setor habitacional brasileiro


Minha Casa, Minha Vida é o único programa habitacional já feito no Brasil que leva em consideração a necessidade de atender famílias de baixa renda e, além de ajudar as pessoas mais pobres, está promovendo também uma grande revolução no setor de construção civil do País, afirmou o presidente Lula durante cerimônia de inauguração de obras do PAC Habitação realizada nesta sexta-feira (7/5) na Via Mangue 3, nos conjuntos habitacionais Zeferino Agra e Vila Imperial, em Recife (PE).
Lula chegou a pedir à presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, que informasse o valor da prestação das casas do programa: R$ 50 para famílias com renda até um salário mínimo.
Vamos ser francos companheiros, R$ 50 não é muito. Se sair na Boa Viagem vendendo limão galego arrecada isso. Sou contra dar de graça. Nós queremos este ano contratar um milhão de casas e para os próximos quatro anos queremos contrar mais dois milhões de casas.
Em entrevista coletiva à imprensa concedida após a solenidade, Lula afirmou que o Minha Casa, Minha vida mudou o patamar da construção habitacional no Brasil. Segundo o presidente, já foram contratadas obras de 425 mil casas e há 800 mil casas em projetos que estão sendo analisados pela CEF. “Se atingirmos a contratação de 1 milhão de casas até dezembro, começamos uma revolução na construção civil deste País”, afirmou.

João Cândido, petróleo, racismo e emprego



Ranking semanal: a manchete símbolo da manipulação midiática vai para a Folha



  Petizes da Folha ruminam insonia e sudoriase noturna; algo os inquieta nas noites maldormidas, quando a realidade bate pesado e não há Datafolha, nem 'yes men'  que sancione aquilo que as manchetes antecipam com ansiosa disciplina diária: a vitória demotucana em outubro. 

Há fendas insondáveis entre o Brasil esfericamente maniqueísta estampado no órgão de circulação interna do clube tucano e a realidade além-Higienópolis.

 Frêmitos nervosos conectam a suspeita ao medo e este ao cinismo; a vergonha se esconde num canto qualquer da gaveta ao lado do manual de redação, nasce a manchete símbolo da manipulação midiática da semana: 


Não, Lula não pretende criar uma bomba demográfica de HIV no coração da América Latina; não é tão fácil assim como os petizes sugerem diariamente aos leitores do clube.

O governo, na verdade, apenas orienta casais portadores de vírus, que pretendam ter filhos, e não têm acesso a clínicas de reprodução,  a fazê-lo com maior segurança e  responsabilidade. 

É o oposto  do que sugere a novilíngua criada pelo veículo da família Frias que apenas jogou mais um pedaço de carne podre para alimentar o ódio da classe média semi-culta e semi-informada que o jornal metaboliza diariamente. 

Os petizes das Barão de Limeira sabem disso; o texto do Ministério da Saúde é irretocável. Mas a sudoriase noturna incomoda. Não há desodorante para o medo da derrota que pode estar oculta por trás dos números, digamos, excessivamente confortáveis do Datafolha, bem como da coerência irretocável impressa diariamente no noticioso do 'clube'.  Tudo pode ser apenas uma rastejante fraude histórica. Como a manchete da edição de 04-05. 

Aguardemos os comentários da nova ombudsman do jornal, Suzana Singer.
Folha, uma credibilidade em ruína; Carta Maior